Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Farmacologia Clínica - ANTIDIABÉTICOS Rafaela Pelloi Fisiologia pancreática ● O pâncreas é uma glândula que se localiza na cavidade retroperitoneal, está posterior ao estômago e estritamente relacionado ao duodeno. É dividido funcionalmente por pâncreas exócrino e pâncreas endócrino. ● O pâncreas endócrino é composto por aglomerações de células chamadas Ilhotas de Langerhans compostas pelos seguintes tipos celulares: CÉLULA PRODUTO FUNÇÃO Alfa Glucagon Hiperglicemiante - aumenta taxa de açúcar no sangue Beta Insulina Hipoglicemiante - diminui taxa de açúcar no sangue Gama Somatostatina Inibe pâncreas endócrino Células F (PP) Polipeptídeo pancreático Inibe pâncreas exócrino Insulina ● A pró-insulina é produzida no retículo endoplasmático rugoso das células beta do pâncreas e são liberadas em vesículas. ● O complexo de Golgi cliva a pró-insulina em insulina e peptídeo C através das enzimas proteolíticas (PC1 e PC2) ● A insulina e o peptídeo C são armazenadas em vesículas na mesma quantidade. ➢ Uma das formas de dosar a quantidade de insulina no sangue de um paciente, é dosando o peptídeo C, considerando que são produzidos na mesma proporção. ➢ A função do peptídeo C não é conhecida ainda. Mecanismo de ação ● A insulina aumenta a transcrição de transportadores de glicose → captação tecidual e diminui a taxa de glicose no sangue → É considerado um hormônio anabólico pois tende a estocar a glicose nos tecidos. ● Os receptores estão espalhados por todo o corpo, com quantidades maiores no fígado, músculos e tecido adiposo. São heterodímeros e anfifílicos, pois atravessam a membrana e possuem um componente extra membrana. Farmacologia Clínica - ANTIDIABÉTICOS Rafaela Pelloi Liberação da insulina ● Liberação em baixa taxa basal → controla as pequenas variações de glicose no sangue. Possui a fase rápida, que é a liberação da insulina já produzida e armazenada, e a fase lenta, que é quando ocorre a liberação enquanto a insulina está sendo produzida. ● Pico de liberação após estímulos específicos → Há alguns estímulos que provocam a liberação de maior quantidade de insulina durante o dia. O principal estímulo é a glicose. Após refeições ricas em carboidratos, a glicose entra na célula beta pancreática através do receptor GLUT 2 e estimula a liberação de insulina. Outros estímulos: sistema nervoso simpático, hormônio CCK, sulfoniluréias, aminoácidos, ácidos graxos, entre outros. Ações da insulina 1. Armazenamento de glicose ● Glicogênese (formação do glicogênio) ● Captação de glicose (principalmente a nível de fígado, músculo e tecido adiposo) 2. Armazenamento de gordura ● Glicogênese ● Inibição da gliconeogênese (processo que precursores como lactato, piruvato, glicerol e aminoácidos são convertidos em glicose) → aumentando a quantidade de ácidos graxos e aminoácidos livres, ● Captação da glicose → transformando glicose em glicerol, que quando se junta ao ácido graxo, forma a molécula de triglicerídeo. 3. Crescimento celular: ● Aumento da síntese proteica nos músculos ● 4. Anabolismo Fisiopatologia da Diabetes Mellitus (DM) Diabetes Mellitus tipo 1 Diabetes Mellitus tipo 2 Defeito ou deficiência As células Beta são destruídas por processos autoimunes (iniciados por vírus ou outras toxinas), eliminando a produção de insulina. Incapacidade das células de produzir quantidades apropriadas de insulina; resistência à insulina; outros defeitos. Influenciado por fatores genéticos, idade, obesidade e resistência periférica à insulina, em vez de processos autoimunes. Idade Atinge mais comumente crianças, adolescentes ou adultos jovens Frequentemente acima dos 35 anos Prevalência 5 a 10% dos diabéticos diagnosticados 90 a 95% dos diabéticos diagnosticados Tratamento Necessitam de insulina exógena. Redução da massa corpórea, exercícios físicos e modificação da dieta, mas a maioria dos pacientes precisa de hipoglicemiantes orais. Resistencia a insulina → https://www.youtube.com/watch?v=-8nBratrWlE https://www.youtube.com/watch?v=-8nBratrWlE Farmacologia Clínica - ANTIDIABÉTICOS Rafaela Pelloi Complicações da DM ● Nos pacientes com DM, principalmente do tipo 1, pode ocorrer a cetoacidose diabética que é uma manifestação aguda. ➢ Para evitar que as células parem de funcionar, o organismo passa a usar os estoques de gordura para gerar energia. Só que nesse processo em que o corpo usa a gordura como energia, formam-se as cetonas. ➢ As cetonas são substâncias ácidas que vão desequilibrar o Ph do sangue, ou seja, vão causar um desequilíbrio na composição sanguínea, que se não for tratado pode levar até ao coma e à morte. ● Em relação a complicações crônicas, anos de hiperglicemia descompensada causam várias complicações vasculares primárias que comprometem pequenos e/ou grandes vasos. ● A doença microvascular é subjacente às 3 manifestações mais comuns e devastadoras do diabetes melito: ➢ Retinopatia ➢ Nefropatia ➢ Neuropatia ● A doença microvascular também pode alterar a cicatrização da pele; assim, mesmo pequenas rupturas na integridade da pele podem evoluir para úlceras profundas e se infectar facilmente, sobretudo nos membros inferiores. Farmacologia Clínica - ANTIDIABÉTICOS Rafaela Pelloi Insulinoterapia Tipos de insulina 1. Ação rápida (curta duração) ● Possuem uma rápida absorção, pois já são administradas como monômeros. ● Utilizadas para controle de picos glicêmicos pós-prandial. ● Início: 5 a 15 minutos. Pico: 30 min a 1h30. Duração: 2 a 5h. ● Exemplos: Lispro, aspart e glulisina. 2. Ação curta (início rápido) ● Precisa ser diluída para facilitar a difusão, pois tende a se agregar. ● Fazer 30 min antes das refeições, há risco de hipoglicemia caso a refeição não seja feita. ● Início: 30 a 45 min. Pico: 1h30 a 4 horas. Duração: 5 a 8 horas. ● Exemplo: Insulina Regular. 3. Ação intermediária ● Controle da taxa basal de insulina, controla as pequenas variações glicêmicas que ocorrem durante o dia. ● Em geral é associada a insulinas de ação rápida. ● Em média, uso de 2 a 4x/dia. Início: 1 a 2 horas. Pico: 6 a 8 horas. Duração: 4 a 12 horas. ● Exemplo: insulina NPH. 4. Ação longa (início lento) ● Glargina: Não mistura com outras insulinas, pois possui formulação ácida. Início: 1 a 1h30. Não tem pico de ação. Duração 11 a 24 horas. Em geral, uso de 1x/dia. ● Detemir: Menor risco de hipoglicemia. Em geral, uso de 2x ao dia. Início: 2 a 5 horas. Pico: 5 a 12 horas. Duração 18 a 24 horas. Mais usada que a glargina. Farmacologia Clínica - ANTIDIABÉTICOS Rafaela Pelloi Uso clínico ● Via de administração: Via parenteral - injetável subcutâneo. Injetor tipo caneta. ● Com frequência, combina-se uma preparação de ação intermediária (p. ex., a insulina isófana) ou um análogo de ação prolongada (p. ex., a insulina glargina) com uma insulina solúvel ou um análogo de curta duração (p. ex., a insulina lispro), administrada antes das refeições. ● Durante a gravidez, pode ser usada insulina exógenapara o diabetes gestacional não controlado apenas com a dieta. ● Tratamento de emergência da hipercalemia: a insulina é administrada juntamente com a glicose com a finalidade de reduzir o K+ extracelular através de redistribuição para o interior das células. ● Além dos fármacos orais, pode ser utilizada a exenatida no diabetes tipo 2, com a finalidade de melhorar o controle da glicemia e estimular a perda ponderal. Hipoglicemiantes orais 1. Biguanidas ● As biguanidas são sensibilizadores à insulina. Considerada um hiperglicemiante. Além do tratamento do DM2, a metformina é eficaz no tratamento da síndrome do ovário policístico. ● Via de administração: Oral ● Meia vida: 3h e não metabolizada no fígado. ● Medicamentos mais importante: Metformina - Reduz até 20% da glicemia Mecanismo de ação ● Inibe a gliconeogênese hepática (formação de glicose) ● Melhora a sensibilidade a insulina → vai fazer com que os tecidos captem mais glicose quando estimulados pela insulina. ● A metformina também retarda a absorção intestinal de açúcar e melhora a sua captação e uso periférico. Efeitos adversos ● A metformina, ao mesmo tempo em que previne a hiperglicemia, não causa hipoglicemia, e os efeitos indesejáveis mais comuns incluem: distúrbios gastrointestinais relacionados com a dose (p. ex., anorexia, diarreia, náuseas). ● A metformina não deve ser administrada de rotina a pacientes portadores de doença renal ou hepática, doença pulmonar hipóxica ou choque. ➢ Tais pacientes estão mais predispostos ao desenvolvimento de acidose lática, pois apresentam redução na taxa de eliminação do fármaco ou menor oxigenação tecidual. Farmacologia Clínica - ANTIDIABÉTICOS Rafaela Pelloi 2. Sulfonilureias ● São secretagogos (liberação de insulina das células do pâncreas). As sulfoniluréias estimulam a liberação de insulina das células beta do pâncreas, aumentando, assim, a insulina circulante para níveis suficientes para superar a resistência à insulina. ● Medicamentos mais importantes: glibenclamida, glipizida e glimepirida ● Meia vida curta, mas efeito prolongado Mecanismo de ação ● Em nível molecular, as sulfoniluréias atuam ao inibir o canal de K+/ATP da célula beta na subunidade SUR1 (A subunidade SUR recebeu essa designação por ser o “Receptor de SUlfoniluréias”). A inibição do canal de K+/ATP pelas sulfoniluréias leva a despolarização da membrana, influxo de Ca2+, fusão das vesículas que contêm insulina com a membrana plasmática e secreção de insulina. Efeitos adversos ● Causam hipoglicemia ● Ganho de peso (“contraindicado” para pacientes obesos) → estimulam o apetite e frequentemente levam a um aumento ponderal. ● Contra-indicação: DM tipo 1, Gravidez ,Lactação. Cautela na insuficiência hepática ou renal (hipoglicemia). Glinidas ● São outra classe de secretagogos (liberação de insulina das células do pâncreas), semelhante às Sulfonilureias. ● Faz controle da glicemia pós-prandial. ● Medicamentos mais importantes: repaglinida e a nateglinida 3. Tiazolidinedionas (Glitazonas) ● São sensibilizadores periféricos de insulina ● Medicamentos mais importante: rosiglitazona* e a pioglitazona ● Rosiglitazona não é mais usada e comercializada no Brasil, estudos relacionam ela com surgimento e agravamento de doenças cardiovasculares. Mecanismo de ação ● Aumentam a captação pelo músculo ● Aumentam a expressão de receptores periféricos ● Também atuam na inibição da gliconeogênese nos hepatócitos. Farmacologia Clínica - ANTIDIABÉTICOS Rafaela Pelloi Excreção ● Os metabólitos da rosiglitazona são excretados primariamente na urina. Não é necessário ajuste de dosagem na insuficiência renal. A maior parte da pioglitazona e dos seus metabólitos é excretada na bile e eliminada com as fezes. Efeitos adversos ● Toxicidade hepática, edema periférico, ganho de peso, desconforto abdominal ● Contra-indicações: Gravidez, lactação, doença hepática, insuficiência cardíaca. 4. Inibidores da Alfa-glicosidase ● São inibidores da absorção de glicose → Inibidores da α-glicosidase ● Medicamentos mais importante: Acarbose ● Não é muito usado, seu uso é raro por conta dos efeitos adversos intestinais. Mecanismo de ação ● Localizadas no bordo em escova intestinal,as enzimas α-glicosidases hidrolisam carboidratos em glicose e outros açúcares simples que podem ser absorvidos. Acarbose inibe reversivelmente a α-glucosidase. Ingeridos no início da refeição, esses fármacos retardam a digestão de carboidratos, resultando em níveis mais baixos de glicose pós-prandial. Excreção ● Acarbose é pouco absorvida. Ela é biotransformada primariamente pelas bactérias intestinais, e alguns dos seus metabólitos são absorvidos e excretados na urina. Efeitos adversos ● Flatulência, diarreia e cólicas intestinais - diminuem com o tempo ● Contra-indicação: Pacientes com doença inflamatória intestinal, ulcerações colônicas ou obstrução intestinal 5. Inibidores da SGLT-2 ● São inibidores do cotransportador 2 sódio-glicose (SGLT-2) ● Medicamentos mais importante: Canagliflozina, dapagliflozina, Empagliflozina Mecanismo de ação ● O cotransportador 2 sódio-glicose (SGLT2) é responsável por reabsorver a glicose filtrada no lúmen tubular dos rins. Ao inibir o SGLT2, estes fármacos Farmacologia Clínica - ANTIDIABÉTICOS Rafaela Pelloi diminuem a reabsorção de glicose, aumentam a sua excreção urinária e diminuem a glicemia. ● A inibição do SGLT2 também diminui a reabsorção do sódio e causa diurese osmótica. Por isso, os inibidores do SGLT2 podem reduzir a pressão arterial. Contudo, não são indicados no tratamento da hipertensão. Excreção ● Renal e hepática. Estes fármacos devem ser evitados em pacientes com disfunção renal (TGF*). Efeitos adversos ● Os efeitos adversos mais comuns dos inibidores o SGLT2 são infecções genitais de mulheres por fungos (ex., candidíase vulvovaginal), infecções do trato urinário e frequência urinária. Também ocorreu hipotensão, particularmente em pacientes idosos ou sob tratamento com diuréticos. Fasciíte necrosante (FN) ou Gangrena de Fournier (raro). ● Contra-indicação: Pacientes com disfunção renal moderada a grave (TGF) Efeito incretina ● O efeito incretina ocorre porque o intestino libera hormônios incretina, notavelmente o peptídeo tipo glucagon-1 (GLP-1) e o polipeptídeo insulinotrópico glicose-dependente em resposta à refeição. Os hormônios incretina são responsáveis por 60 a 70% da secreção pós-prandial de insulina. ● Portanto, glicose administrada por via oral resulta em maior secreção de insulina do que quando uma mesma quantidade é dada por via IV. Esse efeito é referido como “efeito incretina” e está fortemente reduzido no DM2. 6. Inibidores da DPP-4 (gliptinas) ● São inibidores da dipeptidil peptidase-4 (DPP4) ● Medicamentos mais importante: vildagliptina, linagliptina, saxagliptina e sitagliptina Mecanismo de ação ● Estes fármacos inibem a enzima DPP-4, que é responsável pela inativação dos hormônios incretina, como o GLP-1. O prolongamento da atividade dos hormônios Farmacologia Clínica - ANTIDIABÉTICOS Rafaela Pelloi incretina aumenta a liberação de insulinaem resposta às refeições e a redução na secreção imprópria de glucagon. ● Diferentemente dos incretinomiméticos, estes fármacos não causam saciedade ou plenitude e são neutros em relação à massa corporal. Excreção ● A linagliptina é enteroepática, demais drogas a excreção é predominantemente renal.Todos os inibidores da DPP-4, com exceção da linagliptina, exigem ajuste da dosagem na disfunção renal. Efeitos adversos ● Nasofaringite e cefaleia. Pancreatite (raro). ● Contra-indicação: pacientes com insuficiência renal (para os com excreção predominantemente renal) 7. Análogos de GLP-1 ● São incretinomiméticos → peptídeos análogos a GLP-1 (DPP-4 resistentes). ● Via de administração: Injetável (via SC) ● Medicamentos mais importante: Exenatida, Liraglutida ● Lembrar: Anticorpos anti-liraglutide ocorre em 8,6% dos pacientes, contra os 40% da Exenatida. Produção de anticorpos ocorre porque essa classe de medicamentos são peptídeos. Esses anticorpos geralmente não afetam a segurança do medicamento, causando no máximo reações nos locais de injeção. Mas diminuem a eficiência terapêutica. Mecanismo de ação ● Os incretinomiméticos são análogos do GLP-1 e exercem sua atividade atuando como agonistas de receptores de GLP-1. Esses fármacos melhoram a secreção de insulina dependente de glicose, retardam o esvaziamento gástrico, diminuem a ingestão de alimento aumentando a saciedade (sensação de plenitude), diminuem a secreção pós-prandial de glucagon (diminuição da glicemia em jejum) e promovem a proliferação de células β. Consequentemente, diminuem o ganho de massa corporal, a hiperglicemia pós-prandial e os níveis de HbA1C. Efeitos adversos ● São náuseas, êmese, diarreia e constipação. Exenatida e liraglutida foram associadas com pancreatite. Os pacientes devem ser orientados a suspender o uso e contatar seus médicos imediatamente se sentirem dor abdominal intensa. ● Contra-indicação: A exenatida deve ser evitada em pacientes com insuficiência renal grave. Farmacologia Clínica - ANTIDIABÉTICOS Rafaela Pelloi RESUMÃO DOS HIPOGLICEMIANTES Subclasse/ fármaco Mecanismo de ação Efeito Farmacocinética, toxicidades, interações Representant es Risco de hipoglicemia SULFONILUREIAS Secretagogos da insulina → fecham os canais de K+ nas células beta → aumentam a liberação de insulina Reduzem a glicose circulante em pacientes com células beta funcionais Duração de 10-24h Toxicidade: hipoglicemia,ganho de peso ● Glipizida ● Glibenclamid a ● Glimepirida ● Tolazamida (menos usadas - mais antigas) SIM GLINIDAS Secretagogos semelhantes às sulfonilureias Estimulam secreção de insulina Início de ação muito rápido: duração de 5-8h Toxicidade: hipoglicemia ● Nateglinida ● Repaglinida SIM BIGUANIDAS Ativa a AMP cinase → reduz a gliconeogênese hepática e renal Diminui a glicose circulante Concentração plasmática máxima em 2 a 3h Toxicidade: sintomas gastrintestinais, acidose láctica (raramente) ● Metmorfina NÃO TIAZOLIDINEDIONAS (GLITAZONAS) Ligam-se ao receptor gama ativado por proliferador peroxissoma no músculo, gordura e fígado, diminuindo a resistência à insulina Reduz a resistência à insulina Ação longa (>24 h) Toxicidade: edema, anemia, ganho de peso, edema macular, fraturas ósseas em mulheres (não pode ser usada na presença de ICC) ● Pioglitazona ● Rosiglitazon a NÃO INIBIDORES DE ALFA-GLICOSIDASE Inibição das a-glicosidases intestinais Diminui absorção de glicose → glicemia pós-prandial Raramente usados Início rápido Toxicidade: sintomas gastrintestinais (não podem ser usados se houver problemas renal/hepático e distúrbios intestinais ● Acarbose ● Miglitol NÃO Farmacologia Clínica - ANTIDIABÉTICOS Rafaela Pelloi INIBIDORES DA DPP-4 Inibe DPP-4 → Bloqueiam a degradação do GLP-1, eleva os níveis circulantes de GLP-1 Aumentam a liberação de insulina mediada pela glicose, reduzem os níveis de glucagon, retardam o esvaziamento gástrico, diminuem o apetite Meia-vida de cerca de 12h: duração de ação de 24h Toxicidade: pancreatite, raramente reações alérgicas. ● Sitagliptina ● Saxagliptina ● Linagliptina ● Alogliptina ● Vildagliptina NÃO ANÁLOGOS A GLP-1 Análogo do GLP-1: ligam-se aos receptores de GLP-1 Reduz as excursões pós-prandiais de glicose: aumenta a liberação de insulina mediada pela glicose, reduz os níveis de glucagon, retarda o esvaziamento gástrico, diminui o apetite Parenteral (SC) Toxicidade:náuseas, cefaleia, vômitos, anorexia, perda discreta de peso, pancreatite, tumores de células C em roedores. ● Exenatida Liraglutida NÃO INIBIDORES DE SGLT-2 Bloqueiam a reabsorção renal de glicose Aumentam a glicosúria, reduzem os níveis plasmáticos de glicose Meia-vida de cerca de 10 a 14h Toxicidade: infecções genitais e do trato urinário. ●Canaglifozina ●Dapaglifozina NÃO
Compartilhar