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Gustavo Moreno T19 Aula 11: Farmacologia Clínica Cardiológica I: Introdução: Anti-hipertensivos: Fármacos de origem cardíaca: -Fármacos utilizados na hipertensão arterial. -Fármacos empregados na angina e arritmias. -Anticoagulantes, antiagregantes plaquetários. -Fármacos utilizados em ICC. -Fármacos utilizados nas dislipidemias. Anti-Hipertensivos: -Entender a relação entre a pressão, fluxo e a resistência periférica – hemodinâmicos; -PAM = DC x RVP -PAM = Pressão arterial média (pressão de perfusão). -DC = Débito cardíaco(produto da frequência cardíaca x volume sistólico). -RVP = resistência vascular periférica (força que regula a perfusão). -Nos estados hipertensivos estabelecidos, encontramos, aumento da RVP, aumento do PAM com diminuição do DC. -A RVP é inversamente proporcional à quarta potência do raio dos vasos -HAS bastante dependente do raio (dilatação), das artérias de pequeno calibre -Contudo, os mecanismo intrínsecos exatos que iniciam e mantém a hipertensão não são conhecidos (multifatoriais). -Quase na totalidade dos estados hipertensivos ocorre o aumento da RVP ao fluxo cardíaco. -No passado, com pouco agentes anti-hipertensivos disponíveis, e com hipertensão em estágios avançados e sem conhecimento científico farmacológico, altas doses de medicações eram a tônica. -Por conta disso, o conceito recente de tratamento da hipertensão baseia-se no escalonamento → baixas doses das drogas usadas em combinações racionais para se alcançar o controle pressórico com efeito anti-hipertensivo aditivo. -Essa prática, tem mostrado diminuição das reações adversas às drogas com relativa facilidade do controle pressórico. -Associação de fármacos em dose baixa é melhor do que a dose máxima de um único fármaco Classificação: São muitas drogas anti-hipertensivas de uso habitual, e elas podem ser classificadas de várias maneiras, embora consideremos a seguinte classificação a mais simples: 1. Diuréticos (tiazídicos, alça e poupadores de potássio) 2. Inibidores do sistema nervoso simpático: –Drogas de ação central (ação de efeito antagônico da NA) –Drogas de ação intermediária (bloqueadores ganglionares / bloqueadores pós-ganglionares - poucos utilizados) –Drogas de ação periférica (antagonista dos adrenorreceptores beta ou betabloqueadores / antagonista dos adrenorreceptores alfa ou alfabloqueadores). 3. Vasodilatadores diretos 4. Antagonistas dos canais de cálcio 5. Inibidores de enzimas conversor (IECA) 6. Antagonistas do receptor da angiotensina (BRA) Obs: Evitar IECA e BRA juntos / são de primeira escolha Diuréticos: -Muitos estudos clínicos larga escala -Redução das complicações cardiovasculares decorrentes da hipertensão -Nos últimos anos, o uso dos diuréticos tem sido reduzido nos EUA, devido aos seus efeitos metabólicos adversos potenciais. -Efeito reduzido em início de tto, pois faz bastante efeito colateral. Mecanismo de ação: -No néfron (unidade morfofuncional do rim) -O mecanismo exato pelo qual os diuréticos baixam a pressão sanguínea não é totalmente compreendido -Inicialmente, eles produzem uma leve depleção de sódio, levando a diminuição do fluido extracelular e do DC -Com a continuação da terapia, ocorrem diminuição da resistência vascular periférica e restauração do débito cardíaco. -Sua atuação longo prazo consiste na depleção de sódio -Sódio contribua para a resistência periférica, aumentando a rigidez vascular e a atividade neural, possivelmente em decorrência do cálcio intracelular. -Essas drogas depletam o sódio através da inibição do transporte de eletrólitos nos túbulos renais. Diuréticos Benzo tiazídicos: -Agentes de primeira linha -Inclui os hidroclorotiazida, hidroclorotiazida, clortalidona, indapamida *Clortalidona – mais potente, com maior efeito colateral *Hidroclorotiazida (25-50mg) *Indapamida (25-50mg), mais fraco -Bloqueiam a reabsorção de sódio no túbulo contornado distal do rim, inibindo o co-transportador de cloreto de sódio. -Aumento da excreção de sódio causa excreção secundária de água uma vez que esta segue o sódio. *Depois que para de urinar muito que começa o efeito anti-hipertensivo (vasodilatador). -Causam a excreção de cloreto, potássio, magnésio e prótons (H+). -Aumento os níveis de ácido úrico -Efeito vasodilatador secundário e tardio*** -Entre os diuréticos usados para o tratamento HAS benzotiazidas são os mais extensamente estudados -Eles permitem uma ação anti-hipertensiva lenta, com reações compensatórias reflexas menos intensas -São especialmente indicados em pacientes com renina baixa, negros e idosos -Efeitos colaterais: hipocalemia, hiponatremia, hiperuricemia, alcalose metabólica, hiperglicemia, dislipidemia, hipovolemia -Contra indicações: gestação, gota, insuficiência renal (IR) Obs - Normalmente usa-se Hidroclorotiazida 25mg/1 cp Diurético de Alça: -Alça ascendente de henle e no túbulo contorcido distal diminuindo e reabsorção de Na pela inibição de um co-transportador de Na/Cl na membrana luminal dos túbulos -A grande potência e o início rápido dos diuréticos de alça não proporcionam vantagem adicional diário da hipertensão crônica →HAS com insuficiência renal ou cardíaca ou edema refratário →Sd. congestiva (cirrose com ascite, ICC, anasarca, insuficiência renal) -Furosemida 40 mg e ampola de 20 mg EV. -Efeito colateral: anos à audição, aumento de ácido úrico, perda de potássio, desidratação, diminuição dos níveis de magnésio, altos níveis de cálcio no sangue, reações alérgicas, aumento dos níveis de creatinina. Diuréticos poupadores potássio: -Os diuréticos poupadores de potássio são fármacos que atuam nas células principais dos ductos coletores para induzir a diurese, evitando a excreção de potássio -Antagonista da aldosterona → espironolactona (para estados de hipocalemia / hiperaldosteronismo) -Droga de escolha para hipertensão refratária (normalmente 4º fármaco associado). -Contra-indicação do IRC (Creatinina >1,5) ou hipercalemia (potássio > 6). -Os diuréticos poupadores de potássio devem ser dados a pacientes muito vulneráveis a hipocalemia -Hiperaldosteronismo primário -Efeito adversos → ginecomastia**, baixa potência sexual, agranulocitose, úlcera péptica, gastrite, injúria hepática. -Efeito antiandrogênico -Usado para o tratamento de SOP, sem influência na PA, porque não tem disfunção no eixo renina-angiotensina. Inibidores do sistema simpático central: -Drogas de ação central* -O cérebro exerce o controle maior sobre a circulação -O bulbo e o hipotálamo parecem ser os locais responsáveis pela atividade do coração e dos vasos -Parece lógico atuar farmacologicamente nessa área para a diminuição da pressão arterial dos hipertensos -Clonidina e metildopa são drogas desse tipo -Não são drogas de primeira linha, pois causam muitos efeitos colaterais por agirem no sistema simpático central, podendo ativar o sistema parassimpático. -Droga de escolha para gestantes hipertensas ⇒ Metildopa, Nifedipino (2º escolha) -Centrais: –Centro vasomotor ⇒ metildopa, clonidina, moxonidina, rilmenidina –Intermediárias ⇒ Gânglios simpáticos (trimetafan) –Periférica ⇒ receptor simpático (betabloqueadores, alfabloqueadores, guanetidina, reserpina) Alfa agonista de ação central: Mecanismo de ação: -Essas 2 substâncias (clonidina e alfametildopa) deprimem o tônus simpático por ação agonista nos receptores pré-sinápticos alfa-2-adrenérgicos e imidazólicos do sistema nervoso central (SNC). -Essa estimulação diminuiria a eficácia da liberação de noradrenalina nos nervos terminais em resposta à despolarização. -A única diferença entre a clonidina e a alfametildopa é que a primeira age diretamente nos receptores alfa-2-adrenérgicos e imidazólicos, enquanto a segunda tem que ser convertida em alfametilnoradrenalina para atuar (prodroga). -Reduzem o nível de renina plasmática por mecanismos ainda não esclarecidos. -Não alteram o fluxo sanguíneo renal ou a taxa de filtração glomerular, porém reduzem a resistência vascular renal. -Hipertensão moderada a severa e resistentes -Normalmente quinto ou sexto fármaco no esquema HAS -Podem causar bradicardiacomo resultado da redução da atividade simpática e ativação dos centros vagais -Alfametildopa é a droga preferível para a hipertensão específica da gestação, por reduzir a morbimortalidade materna e fetal em estudos epidemiológicos em grande número de gestantes -Em pacientes com insuficiência renal crônica, essas drogas também são indicadas. -Clonidina 0,15 – 0,6 e metildopa 500mg 6/6h (dose máxima). Reação adversa: -Boca seca, tonturas, sonolência, cefaleia -Cuidados devem ser tomados com a interrupção súbita da droga → efeito rebote, com crise hipertensiva grave em alguns casos (fazer desmame da droga!!) -Menos comuns: diarréia, alteração do sono, congestão nasal, depressão e impotência sexual, anemia hemolítica, hepatopatia tardia. -Uso temporário. Drogas de ação intermediária: -Drogas de ação intermediária -Essas drogas atuam na porção intermediária da via simpática entre o SNC e os nervos periféricos -São drogas menos usadas hoje em dia devido aos seus efeitos colaterais -Bloqueadores ganglionares agem na sinapse ganglionar. -O representante da classe é o trimetafan*** -Bloqueadores pós ganglionares neurais (Guanetidina e Reserpina) -Não tem no brasil Drogas de ação periféricas → Betabloqueadores: Betabloqueadores: -São drogas que antagonizam competitivamente as respostas a catecolaminas, mediadas pelos receptores beta. -Os betabloqueadores adrenérgicos com relação aos efeitos no sistema cardiovascular inibem as respostas cronológicas inotrópicas e vasoconstritoras à ação das catecolaminas epinefrina e norepinefrina nos receptores beta-adrenérgicos. -Embora existam perfis farmacológicos diferentes entre elas, esse bloqueio é responsável pela sua capacidade de baixar a pressão arterial. -São drogas muito populares, bem toleradas, e com efeitos adversos sérios raramente observados. -Pioram um pouco do perfil glicêmico e lipídico, por isso não utiliza de rotina como primeira opção. -Utilizado como primeira opção se tiver hipertensão + alguma outra comorbidade que o betabloqueador deve ser utilizado (arritmias, insuficiência cardíaca, doença coronariana, hipertireoidismo, cefaleia/ enxaqueca). -Diminuem tanto da frequência quanto o DC -Anti-hipertensivo de moderada potência. -Em um primeiro momento a resistência vascular periférica é elevada por via reflexa como resultado da diminuição do débito. -Contudo, com o tratamento crônico, a diminuição da pressão arterial se correlaciona melhor com alterações na resistência vascular periférica do que com variações na frequência ou no débito cardíaco induzidas por essas drogas. -O retorno venoso, o volume a atividade de renina plasmática são também diminuídos com essas drogas. -Pioram o perfil lipídico, só usamos como 1ª droga se tiver hipertensão + ou doenças associadas (HAS + arritmias / ICC / doenças coronarianas, hipertireoidismo) -No caso de pacientes metabólicos sem doenças associadas usamos drogas neutras (que não mexem no perfil lipídico nem o glicêmico) que são IECA, BRA e bloqueadores de canal de cálcio. Betabloqueadores: A. Não seletivos: -Bloqueiam tantos os receptores adrenérgicos B1, encontrados principalmente no miocárdio quanto so B2 -B2 são encontrados nos músculos lido, pulmões, nos vasos sanguíneos e em outros órgãos -Em consequência, apresentam efeitos periféricos mais acentuados como aumento da resistência arterial periférica e broncoconstrição. -Ex. propranolol, nadolol e timolol -Cuidar com pacientes asmáticos, com DPOC B. Cardiosseletivos: -Bloqueiam apenas os receptores B1 adrenérgicos, presente em maior parte no coração, no sistema nervoso e nos rins -Portanto, sem os efeitos de bloqueio periférico indesejáveis. No entanto, em doses muito altas podem também ter ação nos receptores beta-2. C. Ação vasodilatadores: -Manifesta-se por antagonismo ao receptor alfa-1 periférico, como o carvedilol (beta-bloqueador anti- hipertensivo mais potente, fazendo mais vasodilatação, é um moderado a forte, único que é alfa-1 adrenérgico também) e o labetalol, e por produção de óxido nítrico, como o nebivolol. -Os betabloqueadores influenciam na ereção masculina negativamente, exceto o nebivolol. -Quando libera NO faz arteriodilatação *Nebivolol ⇒ único que não atrapalha na ereção masculina *Carvedilol ⇒ faz bloqueio do alfa e + vasodilatação (+ forte) Betabloqueadores: Indicação: -Indicação formal para seu uso em pacientes hipertensos com cardiopatas → DAC, Taquiarritmias, ICC -Indicações compulsórias dos betabloqueadores como terapia anti-hipertensiva inicial: *Angina, infarto,infarto do miocárdio prévio, insuficiência cardíaca diastólica e sistólica, enxaqueca, estado hiperadrenérgico (atividade simpática aumentada), aneurisma de aorta sob tratamento clínico conservador, arritmias supraventriculares. *Gestante usa BB em últimos casos, não atravessa muito a barreira placentária o metoprolol. Efeitos colaterais: -Fadiga, letargia e frieza de extremidades são as queixas mais comuns -Lipossolúveis podem ocorrer insônia e pesadelos. -Podem provocar broncoconstrição e não devem ser usados em pessoas com passado de asma, mesmo os beta-I-seletivos. -Os betabloqueadores induzem alterações no perfil lipídico através do aumento nos triglicerídeos. -Não seletivos podem gerar hiperglicemia e sensibilidade à insulina. Cuidar: asmáticos sibilantes!!!** Obs: *IECA, BRA e bloqueadores de canal de cálcio são utilizados como drogas neutras (não influenciam no perfil lipídico e glicêmico) e não influenciam na potência sexual. *Nitroprussiato: emergência hipertensiva / insuficiência cardíaca aguda descompensada. *ICC sistólica (fração de ejeção menor que 50%): carvedilol (SUS), metoprolol (SUS) (não atravessa a barreira placentária), nebivolol e bisoprolol Alfabloqueadores: -São drogas que bloqueiam os receptores alfa simpáticos pós sinápticos das arteríolas pré capilares – vasos de resistência – da circulação periférica -Leva potente vasodilatação arterial com queda na RVP -Contudo, o bloqueio não seletivo de receptores alfa1 e alfa2 produz taquicardia reflexa, retenção de sódio e água, o que tem limitado seu uso crônico na HAS -Usado na HPB -Os alfa1-seletivos, cujo representante é a prazosina, têm sido aplicados com algum sucesso no tratamento da HAS. Efeito colateral: -São proporcionais à potência alfa bloqueadora -Hipotensão, tonturas, cefaléia, congestão da mucosa nasal e dificuldade de ejaculação. -São proporcionais à potência alfabloqueadora Vasodilatadores: Vasodilatadores diretos: -Efeito relaxador direto no músculo liso sem intermediação de receptores específicos -Vasodilatação da arteríola pré capilar → queda na RVP -Aumento reflexo na atividade simpática → aumento do DC e via sistema renina-angiotensina, levar a retenção de fluido -Drogas: hidralazina e minoxidil -Indicação: hipertensão pulmonar -Efeito colateral simpático -6 / 7º hipertensivo Hidralazina: -Hipertensão grave da toxemia gravídica, por via parenteral Insuficiência renal crônica -Gestação -A PAD é geralmente reduzida em uma extensão maior do que a PAS -Atualmente essa droga é pouco usada por via oral devido aos frequentes efeitos adversos. -Tratamento crônico da hipertensão arterial durante a gravidez. -Emergências hipertensivas na gravidez. -Efeitos colaterais: cefaleia, náuseas, hipotensão postural e taquicardia + frequentes Gestantes: Metildopa → nifedipino → hidralazina (EV) Minoxidil: -É um vasodilatador oralmente eficaz -Abertura dos canais de potássio nas membranas das células do músculo liso -Como a hidralazina, ele dilata as arteríolas, mas não as veias -É indicado em esquemas triplos em que haja insuficiência renal e hipertensão arterial grave. -Pode ser usado na hipertensão pulmonar. Bloqueador de canais de cálcio: **** -HAS crônica o aumento da RVP depende do fluxo de cálcio aumentado -Os antagonistas dos canais de cálcio (ACC) diminuem as concentrações de cálcio livre intracelular principalmente através desse influxo transmembrana via canais L, levando a uma potente vasodilatação. -Maior efeito vasodilatador em idosos. -Fármacos de primeira linha notratamento de HAS –Não dihidropiridínicos: *Obs: Atuam no Ca+ no nível do miocárdio *Verapamil e diltiazem *Tem afinidade maior pelo miocárdio, incluindo o tecido de condução *É um depressor do miocárdio → inotrópico e cronotrópico negativo *Antiarrítmicos *** *Efeito anti-hipertensivo discreto a moderado (faz diminuição da vasodilatação) *Efeito adverso: obstipação, descompensação da insuficiência. *Contra indicação: insuficiência cardíaca sistólica. –Dihidropiridínicos: *Forte potência e baixo efeito colateral. *Bloqueador de cálcio → Verapamil Verapamil 80 mg a cada 8 horas ou a cada 12 horas *Diltiazem 60 mg a cada 8 horas *São utilizados como antiarrítmicos. Inibidores da enzima conversora – IECA: -Esses compostos inibem a formação de angiotensina II, bloqueando esse sistema -Tem perfis metabólicos e hemodinâmicos favoráveis e podem ser usados a vigência de outras doenças associadas. -Drogas de primeira linha tratamento de HAS. -Inibem a angiotensina II Sistema renina angiotensina-aldosterona (SRAA) -A cadeia enzimática que culmina com a formação de AII começa com a secreção de renina pelos rins. -Renina transforma o angiotensinogênio (produzido pelo fígado que é encontrado no plasma) em AI. -A enzima conversora de angiotensina transforma a AI em AII. -Essa conversão ocorre durante a passagem da circulação nos pulmões . -A AII aumenta a PA por diferentes mecanismos: 1-Ação vasoconstritora direta. 2-Interação com o sistema simpático por vários mecanismos e locais. 3-Exacerbação da resposta ao estímulo alfa-adrenérgico. 4-Estímulo à produção de aldosterona, levando à retenção de sódio e água. 5-Crescimento das células musculares lisas devido à hipertrofia vascular. Mecanismo de ação: -Diminuem AII é o mecanismo principal → efeito anti-hipertensivo -O fato de o sistema simpático não se tornar ativado durante o bloqueio da síntese de AII certamente representa uma grande vantagem para a ação dessas drogas -Ao contrário, tem-se observado leve estímulo parassimpático. Uso geral: -Droga de primeira linha de tratamento hipertensão -Raça negra hipertensa menor resposta ao IECA -Jovens, melhor resposta idosos -Efeitos benéficos sobre doença arterial coronária (DAC) e ICC. -Reduzem a microalbuminúria em hipertensos com ou sem doença parenquimatosa renal. -Excelente efeito para pacientes diabéticos. *IECA OU BRA para diabético hipertenso à diminui a microalbuminúria (P) Contra-indicações: -Uso dos IECA é contra indicado em Grávidas (má formação fetal), IRC classe IV (creatinina > 2,5), anúria, hipercalemia importante (K>6,0) e na persistência canal arterial -Gestantes → contra indicação absoluta (teratogênico) -SUS: Enalapril (10 mg a cada 12 horas – dose máxima é de 20 mg a cada 12 horas) -SUS: Captopril (25 - 50 mg a cada 8 horas dose máxima – meia vida de 6 a 8 horas) Efeitos adversos: -Hipotensão, hipercalemia e piora da função renal -Tosse seca é um efeito adverso clássico (10-20% dos pacientes – na prática 30%) Obs: irritação alérgica (nível pulmonar) → tosse seca → troca pelo BRA (losartana) -Explicação é potencialização ou liberação de bradicinina. -Reações urticariformes / angioedema Enalapril: A cada 12 horas (2x), Captopril a cada 8 horas (3x) Antagonistas do receptor da angiotensina II – BRA: -Antagonistas do receptor da angiotensina II -Locais de receptores para AII são encontrados em vários órgãos que estão envolvidos com a homeostase da circulação -(Córtex adrenal, vasos sanguíneos, rins e terminações nervosas noradrenérgicas) -A ligação da AII a seus receptores nesses tecidos modula os eventos como: *Formação e secreção de aldosterona *Vasoconstrição *Reabsorção renal de sódio e água *Liberação de NA BRA: -O bloqueio dos receptores AT1 bloqueia a estimulação do sistema nervoso simpático periférico e central, liberação de catecolaminas da adrenal, secreção de aldosterona e crescimento celular. -Antagoniza as respostas endógenas da AII. -Vasodilatação, excreção de sódio e diminuição da atividade noradrenérgica. -Diferentemente dos IECA, essa droga não interfere nos sistemas da bradicinina e das prostaglandinas. -“TANA” à meia-vida de 24h. Indicações: -Drogas de primeira linha de tratamento HAS -Efeitos semelhantes aos IECA -Reduzem microalbuminúria – DM -Nefroproteção efeitos antitérmicos como na hipertrofia ventricular e vascular -Doença coronariana e insuficiência cardíaca -Não mostraram alterações desfavoráveis no lipídios e glicose – assim como o IEVA -Diminuem ácido úrico → pacientes com gota Contra indicação: -Gestantes parece produzir más formações fetais. -Insuficiência hepática (ajustar dose) -Metabolização e excreção são preferencialmente hepáticas. *Cuidar com creatinina > 2,5 e potássio > 6. Obs: BRA-Losartana (SUS ½ vida de 18 horas / particular ½ vida de 24 horas) Efeito adverso: -Reação subjetiva semelhante aos IECAS -Não ocasiona tosse HAS refratária: -Casos de HAS resistente / refratária está indicada a associação de espironolactona -Alfa-agonista central (clonidina) ou BB podem ser quinto fármaco, ficando o uso de vasodilatadores diretos reservado para casos especiais
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