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ANATO-REPROD PART 3

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Pelve e períneo 
Tronco anterior 
Ramos do tronco anterior da artéria ilíaca interna incluem a 
artéria vesical superior, a artéria umbilical, a artéria vesical 
inferior, a artéria retal média, a artéria uterina, a artéria va-
ginal, a artéria obturatória, a artéria pudenda interna e a ar-
téria glútea inferior (Fig. 5.64). 
• O primeiro ramo do tronco anterior é a ar t ér ia umbilical, 
que dá origem à artéria vesical superior e depois vai em di-
reção ventral imediatamente inferior à margem da entrada 
pélvica. Anteriormente, o vaso sai da cavidade pélvica e 
sobe na parte interna da parede abdominal anterior, che-
gando ao umbigo. No feto, a artéria umbilical é grande e 
traz sangue do feto para a placenta. Depois do nascimento, 
o vaso fecha-se distalmente à origem da artéria vesical su-
perior e finalmente se torna u m cordão fibroso sólido. N a 
parede abdominal anterior, o cordão levanta uma prega dei 
peritônio denominada prega umbilical mediai. 0 rema-j 
nescente fibroso da própria artéria umbilical é o ligamento 
umbilical mediai. 
A a r t é r i a vesical superior normalmente se origina da I 
raiz da artéria umbil ical e tem u m trajeto mediai e caudal! 
para irrigar a parte superior da bexiga e as partes distais do 
ureter. Nos homens, também dá origem a uma artéria que 
irriga o canal deferente. 
A a r t é r i a vesical inferior ocorre em homens e fornece I 
ramos para a bexiga, o ureter, a vesícula seminal e a prós- ] 
tata. A ar t ér ia vaginal, nas mulheres, é o equivalente da 
artéria vesical inferior em homens e, descendo até a va-J 
gina, fornece ramos para a vagina e as partes adjacentes 
da bexiga e reto. 
Artéria umbilical 
Artéria obturatória 
Artéria vesical superior 
Artéria dorsal do pênis 
Artéria sacral média (da aorta 
no abdome) 
Tronco anterior da artéria 
aca interna 
Artéria glútea inferior 
Artéria retal média 
Artéria pudenda interna 
Artéria vesical inferior 
430 
Fig. 5.64 Ramos do tronco anterior da artéria ilíaca interna. 
Uninorte - PY
PJC
Anatomia regional • Pelve 
gar ao ovário e atravessam o ligamento largo para se anastomo-
sarem com a artéria uterina. As artérias ováricas aumentam de 
volume significativamente durante a gravidez para ampliar a 
irrigação uterina. 
Artéria sacral média 
A artéria sacral média (Figs. 5.64 e 5.65) origina-se da super-
fície posterior da aorta em posição imediatamente superior à 
bifurcação da aorta no nível vertebral LIV no abdome. Desce 
na l inha média, atravessa a entrada pélvica e depois segue u m 
trajeto ao longo da superfície anterior do sacro e do cóccix. Dá 
origem ao último par de artérias lombares e a ramos que se 
anastomosam com as artérias iliolombar e sacral lateral. 
Veias 
As veias pélvicas seguem o trajeto de todos os ramos da arté-
ria ilíaca interna, exceto para a artéria umbil ical e a artéria 
iliolombar (Fig. 5 .66A). A cada lado, as veias drenam para as 
veias ilíacas internas, que saem da cavidade pélvica para se 
unir a veias ilíacas comuns situadas em posição imediata-
mente superior e lateral à entrada pélvica. 
N a cavidade pélvica, extensos plexos venosos interconecta-
dos associam-se às superfícies das vísceras (bexiga, reto, prós-
tata, útero e vagina). Em conjunto, estes plexos formam o 
plexo pélvico de veias. A parte do plexo venoso em torno do 
reto e do canal anal drena através das veias retais superiores 
(tributárias das veias mesentéricas inferiores) e entra no sis-
tema porta hepático e, através das veias retais média e infe-
rior, entra no sistema das veias cavas. Este plexo pélvico é uma 
importante derivação portocava quando o sistema porta he-
pático fica bloqueado (Fig. 5.66B). 
A parte inferior do plexo retal em torno do canal anal tem 
duas partes, uma interna e uma externa. O plexo retal in-
terno está no tecido conjuntivo entre o esfíncter anal interno 
e o epitélio que reveste o canal. Este plexo liga-se superior-
mente com ramos da veia retal superior dispostos longitudi-
nalmente e que se situam em cada coluna anal. Quando 
aumentados, estes ramos formam hemorróidas internas, as quais 
se originam acima da linha pectínea e são cobertas por mucosa do 
colo. O plexo retal externo circunda o esfíncter externo do 
ânus e é subcutâneo. O aumento de volume dos vasos no plexo re-
tal externo resulta em hemorróidas externas. 
A veia dorsal profunda única que drena os tecidos eré-
teis do clitóris e o pênis não segue ramos da artéria pudenda 
interna até a cavidade pélvica. Em lugar disso, esta veia entra 
Uninorte - PY
PJC
reive e períneo 
Ureter 
Artéria sacral média 
Artéria ovárica 
Ureter 
Ligamento largo 
Artéria uterina 
Artéria vaginal 
Ramos do 
tronco anterior 
da artéria 
ilíaca interna 
Fig. 5.65 Artérias uterinas e vaginais. 
diretamente na cavidade pélvica através de u m espaço for-
mado entre o ligamento arqueado do púbis e a margem ante-
rior da membrana perineal. As veias unem-se ao plexo 
prostático de veias, nos homens, e ao plexo de veias vesicais 
(da bexiga) nas mulheres. (Veias superficiais que drenam a 
pele do pênis e regiões correspondentes do clitóris drenam 
para as veias pudendas externas, que são tributárias da veia 
safena magna na coxa.) 
Além das tributárias da veia ilíaca interna, as veias sacrais 
médias e veias ováricas fazem um trajeto paralelo ao da arté-
ria sacral média e da artéria ovárica, respectivamente, e saem 
da cavidade pélvica para unir-se a veias no abdome: 
• as veias sacrais médias coalescem para formar uma veí 
única que se une à veia ilíaca comum ou à junção das duas 
veias ilíacas comuns para formar a veia cava inferior; 
• as veias ováricas seguem o trajeto das artérias correspoi 
dentes; à esquerda, unem-se à veia renal esquerda e, àd 
reita, unem-se à veia cava inferior no abdome. 
Linfáticos 
Linfáticos da maioria das vísceras pélvicas drenam principal 
mente para os linfonodos distribuídos ao longo das artériasilía 
Uninorte - PY
PJC
Anatomia regional • Pelve 
fig. 5.66 Veias pélvicas. A. Em um homem com o lado esquerdo da pelve e a maior parte das vísceras removidas. B. Veias associadas ao 
reto e ao canal anal. 
Uninorte - PY
PJC
reive e penneo 
Linfonodos pré-aórticos 
Linfa do ovário 
Dueto torácico 
T12 
Linfonodos aórticos 
laterais 
Artéria ovárica 
Linfonodos ilíacos intern 
Linfonodos ilíacos extern 
Linfa das vísceras pélvicas 
Fig. 5.67 Linfáticos pélvicos. 
cas internas, externas e seus ramos associados (Fig. 5.67), que 
drenam para linfonodos associados às artérias ilíacas comuns e 
depois para linfonodos associados às superfícies laterais da 
aorta abdominal. Por sua vez, estes linfonodos aórticos laterais 
drenam para troncos lombares, que continuam até a origem do 
dueto torácico aproximadamente no nível vertebral TXII. 
Linfáticos dos ovários e partes relacionadas do útero e 
tubas uterinas saem da cavidade pélvica superiormente e dre-
nam, através dos vasos que acompanham as artérias ovári-
cas, diretamente para os linfonodos aórticos laterais e. em 
alguns casos, para os linfonodos pré-aórticos na superfície an-
terior da aorta. 
Além de drenar vísceras pélvicas, os linfonodos, ao longo da 
artéria ilíaca interna, também recebem drenagem da região 
glútea do membro inferior e de áreas profundas do períneo. 
PERÍNEO 
0 períneo é uma região em forma de diamante posicionada in -
feriormente ao assoalho pélvico entre as coxas. Seu limite pe-
riférico é a saída pélvica (abertura pélvica inferior); seu teto é 
o diafragma pélvico (os músculos levantador do ânus e coccí-
geo); e suas paredes laterais estreitas são formadas pelas pare-
des da cavidade pélvica abaixo da fixação do músculo levanta-
dor do ânus (Fig. 5 .68A). 
O períneo divide-se em u m triângulo urogenital anteriore 
um triângulo anal posterior: 
• 0 triângulo urogenital associa-se às aberturas dos sistemj 
urinário e reprodutor e funciona ancorando a genitália ex-
terna. 
• 0 triânguloanal contém o ânus e o esfíncter externo a 
ânus. 
0 nervo pudendo (S2 a S4) e a artéria pudenda interna são 
os principais da região. 
Bordas e teto 
A margem do períneo é marcada pela borda inferior da sínfis 
púbica em seu ponto anterior, a extremidade do cóccix ems 
ponto posterior e as tuberosidades isquiáticas em cada um dos 
pontos laterais (Fig. 5.68A). As margens laterais são forma 
das pelos ramos isquiopúbicos anteriormente e pelos ligamentt 
sacrotuberais posteriormente. A sínfise púbica, as tuberosidakü 
quiáticas e o cóccix podem ser palpados o paciente. 
Uninorte - PY
PJC
Anatomia regional • Períneo 
Sínfise púbica 
Ramo isquiopúbico 
t o b e r o s i d a d e i s q u i á t i c a 
Ligamento 
sacrotuberal 
Triângulo urogenital 
Levantador 
do ânus 
Triângulo anal 
Cóccix 
Ligamento púbico inferior 
Membrana 
perineal 
Abertura uretral 
Abertura vaginal 
Corpo do períneo -
Esfíncter externo 
do ânus • 
Abertura anal 
Fig. 5.68 Bordas e teto do períneo. A Limites do períneo. B. Membrana perineal. 
Uninorte - PY
PJC
Keive e penneo 
0 períneo divide-se em dois triângulos por uma linha imagi-
nária entre as duas tuberosidades isquiáticas. Anteriormente à 
l inha está o triângulo urogenital e, posteriormente à linha, há 
o triângulo anal. 0 significativo é que os dois triângulos não es-
tão no mesmo plano. N a posição anatômica, o triângulo uroge-
nital está orientado no plano horizontal, enquanto o triângulo 
anal se inclina para cima na linha transtubercular, de modo 
que esteja voltado em direção mais posterior. 
O teto do períneo é formado principalmente pelos músculos 
levantadores do ânus, que separam a cavidade pélvica, acima, 
do períneo, abaixo. Estes músculos, um a cada lado, formam 
um diafragma pélvico em forma de cone ou funil, estando a 
abertura anal em seu ápice inferior no triângulo anal. 
Anteriormente, no tr iângulo urogenital, uma falha em 
forma de " U " nos músculos (o hiato urogenital) permite a 
passagem da uretra e da vagina. 
Membrana perineal 
e região profunda do períneo 
A membrana perineal (ver pág. 394) é uma lâmina fibrosa es-
pessa que enche o triângulo urogenital (Fig. 5.68B). Tem uma 
borda posterior livre, que é ancorada na l inha média ao corpo 
do períneo e fixa-se lateralmente ao arco púbico. Em posição 
imediatamente superior à membrana perineal, há uma região 
fina denominada região profunda do períneo, contendo uma 
camada de músculo esquelético e tecidos neurovasculares. 
Entre os músculos esqueléticos na região (ver pág. 396, Fig. 
5.36), há o esfíncter externo da uretra. 
A membrana perineal e a região profunda do períneo dão 
sustentação para a genitália externa, que é fixada à sua su-
perfície inferior. Igualmente, as partes da membrana perineal 
e da região profunda do períneo, inferiores ao hiato urogeni-
tal e ao levantador do ânus, dão sustentação às vísceras pélvi-
cas acima. 
A uretra sai da cavidade pélvica e entra no períneo atraves-
sando a região profunda do períneo e a membrana perineal. 
Nas mulheres, a vagina também atravessa estas estruturas 
posteriormente à uretra. 
Fossas isquioanais e 
seus recessos anteriores 
Como os músculos levantadores do ânus têm u m trajeto me-
diai a partir de sua origem nas paredes pélvicas laterais, 
acima, até a abertura anal e o hiato urogenital, abaixo, ocor-
rem espaços em forma de cunha invertida entre os músculos 
436 
Uninorte - PY
PJC
Anatomia regional • Períneo 
Fig. 5.69 Fossas isquioanais e seus recessos anteriores. A. Imagem anterior com parede pélvica esquerda removida. B. Imagem inferior. 
C. Imagem ântero-lateral com paredes pélvicas e diafragma removidos. 
Uninorte - PY
PJC
Pelve e períneo 
Na clínica 
Hemorróidas 
As hemorróidas são veias submucosas aumentadas. São 
causa comum de perda de sangue durante a defecação e 
depois dela. 
O tratamento das hemorróidas pode envolver auto-
medicação simples ou cirurgia para remover as veias sin-
tomáticas da submucosa. No "fundo da mente de todos 
os clínicos", há a preocupação de que o sangue elimi-
nado do reto possa ser causado por uma doença ma-
ligna do colo ou do reto. Alguns destes tumores podem 
ser palpáveis ao toque retal, que jamais deve ser omitido 
durante o exame físico de um paciente com sangra-
mento retal. A presença de hemorróidas também pode 
ser sinal de hipertensão porta (Fig. 5.70). 
Fig. 5.70 Hemorróidas. 
cóccix. O teto do triângulo anal é o diafragma pélvico. formado 
pelos músculos levantadores do ânus. A abertura anal ocorre 
centralmente no triângulo anal e está relacionada, a cada lado, 
com uma fossa isquioanal. O principal músculo no triângulo 
anal é o esfíncter externo do ânus. 
0 esf íncter ex te rno do ânus, que cerca o canal anal, é 
formado por músculo esquelético e consiste em três partes — 
profunda, superficial e subcutânea — dispostas seqüencial-
mente ao longo do canal, de superior a inferior (Tabela 5.5). A 
parte profunda é u m músculo espesso em forma de anel que 
circunda a parte superior do canal anal e mistura-se com asa 
bras do músculo levantador do ânus. A parte subcutânea tam-
bém circunda o canal anal, mas é ancorada anteriormente ao 
corpo do períneo e posteriormente ao cóccix e ao ligamentcJ 
anococcígeo. A parte subcutânea é u m disco horizontalmente 
achatado de músculo que circunda a abertura anal imediata-
mente abaixo da pele. O esfíncter externo do ânus é inervado 
por ramos retais inferiores do nervo pudendo e por ramos direi 
tamente do ramo anterior de S4. 
438 
Uninorte - PY
PJC
Anatomia regional • Períneo 
• anteriormente pela margem inferior da sínfise púbica. 
Como com o triângulo anal, o teto do triângulo urogenital 
é o músculo levantador do ânus. 
Diferentemente do triângulo anal, o triângulo urogenital 
contém uma plataforma forte de sustentação fibromuscular, a 
membrana perineal e a região profunda do períneo (ver pág. 
394), que se fixam ao arco púbico. 
Corpo do clitóris 
(corte transversal) 
Glande do clitóris 
Corpo cavernoso 
Bulbo do vestíbulo 
Glândula vestibular maior na C o r P o s cavernosos 
região superficial do períneo 
Corpo esponjoso 
contendo a uretra 
aiz do clitóris (parte 
fixada do corpo 
cavernoso) 
Corpo do pênis 
(corte transversal) 
Uninorte - PY
PJC
Pelve e períneo 
Ocorrem extensões anteriores das fossas isquioanais entre 
a região profunda do períneo e o músculo levantador do ânus 
a cada lado. 
Entre a membrana perineal e a camada membranosa da 
fáscia superficial, há a região superficial do períneo, e as 
estruturas principais desta região são tecidos eréteis do pênis 
e clitóris e músculos esqueléticos associados. 
Estruturas na região superficial 
do períneo 
A região superficial do períneo contém: 
• estruturas eréteis que se unem para formar o pênis, nos 
homens, e o clitóris nas mulheres; e 
» músculos esqueléticos que se associam principalmente a 
partes das estruturas eréteis fixadas à membrana perineal 
e osso adjacente. 
Cada estrutura erétil consiste em u m centro de tecido vas-
cular expansível e sua cápsula de tecido conjuntivo à volta. 
Tecidos eréteis 
Dois conjuntos de estruturas eréteis unem-se para formar o 
pênis e o clitóris. 
Dois corpos cavernosos de forma cilíndrica, u m a cada 
lado do triângulo urogenital, são ancorados por suas extre-
midades proximais ao arco púbico. Estas partes fixadas costu-
m a m ser denominadas pilares (do latim, "crura") do clitóris 
ou do pênis. As extremidades distais dos corpos, que não se 
fixam ao osso, formam o corpo do clitóris, nas mulheres, e as 
partes dorsais do corpo do pênis, nos homens. 
O segundo conjunto de tecidos eréteis cerca as aberturas 
do sistema urogenital: 
• Nas mulheres, duas estruturas eréteis, denominadas bul-
bos do vestíbulo, estão situadas, uma a cada lado, na 
abertura vaginal e são firmemente ancoradas à membrana 
perineal (Fig. 5.71A). Pequenas bandas de tecidos eréteis 
conectam as extremidades anterioresdestes bulbos a uma 
pequena massa erétil em forma de ervilha, a glande do cli-
tóris, que está posicionada na linha média na extremidade 
do corpo do clitóris e anteriormente à abertura da uretra. 
• Nos homens, uma grande massa erétil, o corpo espon-
joso, é o equivalente estrutural aos bulbos do vestíbulo, à 
glande do clitóris e às bandas de interconexão dos tecidos 
eréteis nas mulheres (Fig. 5.71B). 0 corpo esponjoso é an-
corado, em sua base, à membrana perineal. Sua extremi-
dade proximal, que não fica fixa, forma a parte ventral do 
corpo do pênis e expande-se sobre a extremidade do corpo 
do pênis para formar a glande. Este padrão, nos homeni 
decorre da ausência de uma abertura vaginal e da fusão da 
estrutura através da l inha média durante o desenvolvi 
mento embriológico. A medida que as estruturas original] 
mente pares se fundem, encerram a abertura uretral e 
formam u m canal adicional que finalmente se torna a 
maior parte da uretra peniana. E m conseqüência desta 
fusão e do crescimento nos homens, a uretra fica encer-
rada pelo corpo esponjoso e abre-se na extremidade do pê-
nis. (Nas mulheres, a uretra não fica encerrada por tecido 
erétil do clitóris e abre-se diretamente no vestíbulo.) 
Pênis 
O pênis é composto principalmente por dois corpos cavernosos 
e u m único corpo esponjoso, que contém a uretra (Fig. 5.71B). 
Ele tem uma porção fixada (raiz) e uma porção livre (corpo): I 
• a raiz do pênis consiste de dois pilares, que são as partes 
proximais dos corpos cavernosos fixados ao arco do pube.e 
o bulbo do pênis, que é a parte proximal do corpo esponj 
joso fixada na membrana perineal; 
• o corpo do pênis, que é completamente revestido por pele, 
é formado pelas partes proximais livres dos corpos caver-
nosos unidos e a respectiva parte livre do corpo esponjoso. 
A base do corpo do pênis é sustentada por dois ligamentos: o li-
gamento suspensor do pênis (fixado superiormente à sínfise 
púbica) e posicionado mais superficialmente, e o ligamento 
fundiforme do pênis (fixado, acima, à l inha alba da parede 
anterior do abdome, e que se separa, abaixo, em duas bandas 
que passam a cada lado do pênis e unem-se inferiormente). '' 
Como a posição anatômica do pênis é ereta, o par de cor-
pos é definido como dorsal no corpo do pênis e o corpo espon-
joso único é ventral, embora as posições se invertam no pênis 
sem ereção (flácido). 
O corpo esponjoso expande-se para formar a cabeça do pê-
nis (glande do pênis) sobre as extremidades distais dos corí 
pos cavernosos (Fig. 5.71B). 
Clitóris 
0 clitóris é composto por dois corpos cavernosos e a glande 
do clitóris (Fig. 5.71A). Como no pênis, tem uma parte fi-
xada (raiz) e uma parte livre (corpo): 
• Diferentemente da raiz do pênis, a raiz do clitóris consiste 
tecnicamente apenas em duas raízes. (Embora os bufbosdo 
vestíbulo fiquem fixados à glande do clitóris por finas fai-
xas de tecido erétil, não são incluídos na parte fixada do 
clitóris.) 
Uninorte - PY
PJC
Anatomia regional • Períneo 
tão localizadas na região profunda do períneo, mas as glân-
dulas vestibulares maiores estão na região superficial do 
períneo. 
0 dueto da glândula vestibular maior abre-se no vestíbulo 
do períneo ao longo da margem póstero-lateral da abertura 
vaginal. 
Como as glândulas bulbouretrais nos homens, as glându-
las vestibulares maiores produzem secreção durante a excita-
ção sexual. 
Músculos 
A região superficial do períneo contém três pares de múscu-
los: o isquiocavernoso, o bulboesponjoso e o transverso super-
ficial do períneo (Fig. 5.72 e Tabela 5.6). Dois destes pares de 
músculos associam-se às raízes do pênis e do clitóris; o outro 
par associa-se ao corpo do períneo. 
Isquiocavernoso 
Os dois músculos isquiocavernosos cobrem os pilares do 
pênis e do clitóris (Fig. 5.72). Cada músculo é ancorado à 
margem mediai da tuberosidade isquiática e ramo isquiático 
relacionado e passa à frente para se fixar aos lados e à super-
fície inferior da raiz relacionada, forçando o sangue da raiz 
para o corpo do pênis e do clitóris eretos. 
Bulboesponjoso 
Os dois músculos bulboesponjosos associam-se principal-
mente aos bulbos do vestíbulo nas mulheres e à parte fixada 
do corpo esponjoso nos homens (Fig. 5.72). 
441 
Uninorte - PY
PJC
Keive e períneo 
Ligamento suspensor 
Músculo isquiocavernoso 
Músculo 
bulboesponjoso 
Corpo do períneo Músculo transverso superficial do períneo 
Ligamento fundiforme do pênis 
Ligamento suspensor do pênis 
Músculo 
isquiocavern 
Músculo bulboesponjoso 
Rafe da linha 
média 
Corpo do períneo 
ãl 
Músculo transverso superficial do períneo 
Fig. 5.72 Músculos na região superficial do períneo. A. Nas mulheres. B. Nos homens. 
Nas mulheres, cada músculo bulboesponjoso é ancorado 
posteriormente ao corpo do períneo e tem u m trajeto ântero-
lateral sobre a superfície inferior da glândula vestibular maior 
relacionada, fixando-se à superfície do bulbo e à membrana 
perineal (Fig. 5.72A). Outras fibras têm u m trajeto ântero-Ia-
teral, misturando-se com as fibras do músculo isquiocaver-
noso, e ainda outras têm um trajeto anterior e fazem u m arco 
sobre o corpo do clitóris. 
Nos homens, os músculos bulboesponjosos unem-se na 
l inha média a uma rafe na superfície inferior do bulbo do pê-
nis. A rafe é ancorada posteriormente ao corpo do períneo. 
Fibras musculares têm u m trajeto ântero-lateral, a cada lado, 
provenientes da rafe e do corpo do períneo, para cobrir cada 
Uninorte - PY
PJC
Anatomia regional • Períneo 
se abrem a uretra e a vagina, é o vestíbulo. Anteriormente, os 
pequenos lábios bifurcam-se, formando uma prega mediai e 
uma lateral. As pregas mediais unem-se para formar o frênulo 
do clitóris, que se une à glande do clitóris. As pregas laterais 
unem-se ventralmente sobre a glande do clitóris e o corpo do cli-
tóris para formar o prepúcio do clitóris (capuz). 0 corpo do cli-
tóris estende-se anteriormente a partir da glande do clitóris e épalpável 
profundamente ao prepúcio e à pele relacionada. Posteriormente ao 
vestíbulo, os pequenos lábios se unem, formando uma pequena 
prega transversa, o frênulo dos pequenos lábios (a comis-
sura posterior da vulva). 
Dentro do vestíbulo, o orifício vaginal é cercado, em graus 
variáveis, por uma prega de membrana em forma de anel, o 
hímen, que pode ter uma pequena perfuração central ou 
pode fechar completamente a abertura vaginal. Após a rup-
tura do hímen (decorrente do primeiro intercurso sexual ou 
de lesão), os remanescentes irregulares do hímen franjam a 
abertura vaginal. 
issura posterior 
Frênulo 
Abertura uretral 
Vestíbulo (entre 
os pequenos lábios) 
Hímen 
Abertura vaginal 
Comissura 
posterior da vulva 
Cóccix 
(palpável) 
Prepúcio do clitóris 
Glande do clitóris 
Prega lateral 
Prega mediai 
Abertura do dueto da glândula parauretral 
Lábio menor 
Abertura do dueto da glândula 
vestibular maior 
Fig. 5.73 Características superficiais do períneo em mulheres. A Panorama. B. Detalhe da genitália externa. 
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reive e períneo 
Os orifícios da uretra e da vagina associam-se às aberturas 
das glândulas. Os duetos das glândulas parauretrais (glându-
las de Skene) abrem-se no vestíbulo, u m a cada lado da mar-
gem lateral da uretra. Os duetos das glândulas vestibulares 
maiores (glândulas de Bartholin) abrem-se adjacentemente à 
margem póstero-lateral da abertura vaginal na prega entre o 
orifício vaginal e os remanescentes do hímen. 
Lateralmente aos pequenos lábios, há duas pregas largas, os 
grandes lábios, que se unem anteriormente para formar o 
monte púbico. O monte púbico fica sobre a parte inferior da sín-
fise púbica e é anterior ao vestíbulo e ao clitóris. Posteriormente, 
os grandes lábios não se unem e são separados por uma depres-
são denominada comissura posterior, que fica sobre a posição 
do corpo do períneo. 
Nos homens 
Os componentes superficiais dos órgãos genitais,nos homens, 
consistem no escroto e no pênis (Fig. 5.74). 0 escroto é o ho-
mólogo masculino dos grandes lábios nas mulheres. As tume-
fações labioescrotais fundem-se na l inha média, resultando 
Fig. 5.74 Características superficiais do períneo nos homens. A. Panorama. B. Detalhe da genitália externa. 
em u m único escroto, no qual os testículos e suas coberturas 
musculofasciais associadas, vasos, nervos, linfáticos e duetos 
de drenagem descem do abdome. O remanescente da linha de 
fusão entre as tumefações labioescrotais, no embrião, é visível 
na pele do escroto como rafe longitudinal da linha média, 
que se estende do ânus, em torno do saco escrotal, e chega à 
parte inferior do corpo do pênis. 
O pênis consiste em uma raiz e u m corpo. A raiz do pênis fi-
xada é palpável posteriormente ao escroto no triângulo urogenM 
do períneo. A parte pendulosa do pênis (corpo do pênis) é intei-
ramente coberta por pele; a extremidade do corpo é coberta 
pela glande do pênis. 
0 orifício externo da uretra é uma fenda sagital, normal-
mente posicionada na extremidade da glande. A margem in-
ferior do orifício uretral é contínua com a rafe do pênis na 
i i n h a _média -pxial j^rrcftienta jump Jinhp *ãt> Aisãp fernwái. 
na glande quando a uretra se desenvolve no feto. A base desta 
rafe é contínua com o frênulo da glande, que é uma prega 
mediana de pele que fixa a glande à pele mais frouxa proximal 
à glande. A base da glande expande-se para formar margem 
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Anatomia regional • Períneo 
Fáscia superficial do triângulo 
urogenital 
A fáscia superficial do triângulo urogenital é contínua com a 
fáscia semelhante na parede abdominal anterior. 
Como com a fáscia superficial da parede abdominal, a fás-
cia perineal tem uma camada membranácea em sua superfí-
cie profunda. Esta camada membranácea (fáscia de Col les) 
é fixada: 
posteriormente, à membrana perineal e, portanto, não se 
estende ao triângulo anal (Fig. 5.75): 
Camada membranácea 
da fáscia superficial 
Espinha ilíaca ântero-superior 
Fixação da camada membranácea 
da fáscia superficial à 
fáscia lata profunda da coxa 
Margem posterior-
da membrana perineal 
Fundida com a margem poste-
rior da membrana perineal 
Músculos da parede abdominal 
Ligamento inguinal 
Fáscia lata da coxa 
Tubérculo púbico 
Fig. 5.75 Fáscia superficial. A. Imagem lateral. B. Imagem anterior. 
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