Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Amanda Vieira Silva Eduarda Martins da Silva Jordana Cristina Campos Oliveira Rafael Caixeta Rodrigues Sávio Luiz dos Santos Praxedes PROJETO DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO E ÁGUAS PLUVIAIS: Residência Baixa Renda Palmas – TO 2017 Amanda Vieira Silva Eduarda Martins da Silva Jordana Cristina Campos Oliveira Rafael Caixeta Rodrigues Sávio Luiz dos Santos Praxedes PROJETO DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO E ÁGUAS PLUVIAIS: Residência Baixa Renda Trabalho elaborado e apresentado como requisito parcial para obtenção da nota de G2 da disciplina de Projeto de Sistemas Hidráulicos do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA). Orientador: Prof. Dalton Cardoso Bracarence Palmas – TO 2017 RESUMO O trabalho em questão realizou o dimensionamento do sistema de esgoto sanitário e águas pluviais de uma residência-unifamiliar. Sendo o memorial descritivo parte integrante do projeto, apresentando os cálculos e os detalhamentos das definições dos materiais a serem utilizados, visando assim o perfeito entendimento das tubulações utilizadas em cada trecho. Palavras chave: Instalações de esgoto e águas pluviais, Dimensionamento, Tubulações. LISTA DE TABELA Tabela 1 – Unidades Hunter de Contribuição (UHC) dos Aparelhos Sanitários e Diâmetro Nominal do Ramal de Descarga. Tabela 2 – Coeficientes de Rugosidade. Tabela 3 – Capacidade de Calhas semicirculares com coeficientes de rugosidade n=0,011 (vazão em L/min). Tabela 4 – Dimensionamento de condutores de água horizontal. Tabela 5 – Dimensionamento de ramais de ventilação. Tabela 6 – Distância máxima de um desconecto ao tubo ventilador Tabela 7 – Dimensionamento de colunas e barriletes de ventilação Sumário 1.INTRODUÇÃO 6 2 PROJETO 7 2.1 Sistema de esgoto e águas pluviais 7 2.1.1 Projeto de esgoto sanitário 7 2.1.1.1 Dimensionamento 7 2.1.2 Projeto de águas pluviais 10 2.1.2.1 Precipitação e Vazão 10 2.1.2.2 Área de Contribuição 10 2.1.2.3 Calculo de áreas e vazão 11 2.1.2.4 Dimensionamento de Calhas 12 2.1.2.5 Dimensionamento de Condutor Vertical 13 2.1.2.6 Dimensionamento de Condutor horizontal 14 3. MATERIAL 16 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17 ANEXOS 18 1.INTRODUÇÃO O fornecimento de água em uma residência tanto por meio de um sistema público, como através da chuva, leva a necessidade de empregar a coleta e despejo desses resíduos aos seus devidos locais, sendo a instalação do sistema de esgoto e de águas pluviais são indispensáveis a toda comunidade. O sistema de esgoto sanitário deve ser projetado de maneira a garantir a qualidade da água, evitando a contaminação da mesma, permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos, impedir que os gases provenientes do sistema atinjam áreas de utilização, permitir que seus componentes sejam facilmente inspecionáveis e impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação. Já instalações prediais de águas pluviais devem ser projetadas assegurando o recolhimento e o trajeto da vazão de projeto até locais permitidos pelos dispositivos legais, a estanqueidade, permitindo a limpeza e desobstrução de qualquer ponto no interior da instalação, absorção dos esforços provocados pelas variações térmicas a que estão submetidas, não provocar ruídos excessivos, resistência às pressões a que podem estar sujeitas, ser projetadas e fixadas de maneira a assegurar resistência e durabilidade. Este trabalho apresenta um memorial descritivo e memorial de cálculo, em conjunto com as especificações dos materiais a serem utilizados, conforme as normas de projeto para instalações prediais de esgoto sanitário, NBR 8160/1999, e de águas pluviais NBR 10844/89. 2 PROJETO O projeto consiste em uma residência uni - familiar com área bruta 83,32 m² mais 23,04 m² de garagem, de apenas um pavimento. 2.1 Sistema de esgoto e águas pluviais Será dimensionado conforme projeto elaborado, seguindo as normas técnicas brasileiras. O sistema de esgoto a ser adotado, foi o separador absoluto, destinado a coletar e transportar as águas pluviais e águas residuais em redes independentes, ou seja, sistema é composto de duas redes públicas independentes. 2.1.1 Projeto de esgoto sanitário Os tubos de queda primários, secundário, gordura e colunas de ventilação foram dimensionados com base no número de unidades Hunter de contribuição relativas a cada um. Nas colunas de ventilação também foram observados os comprimentos máximos permitidos estabelecidos em norma. O dimensionamento foi direcionado a partir do somatório das contribuições de todos os aparelhos ligados aos tubos de queda, obedecendo sempre os diâmetros mínimos exigidos. 2.1.1.1 Dimensionamento O dimensionamento do ramal de esgoto é feito com os dados da tabela 1, em anexo, por meio do somatório da Unidade de Hunter de Contribuição (UHC) e os diâmetros de cada tubulação, de acordo com cada aparelho sanitário do ramal do ambiente. Banheiro Social No banheiro social temos uma pia de lavatório, um chuveiro e um vaso sanitário, tendo cada um às unidades de Hunter de contribuições conforme o quadro abaixo e seus devidos diâmetros. Aparelho UHC DN (mm) Pia de lavatório 2 40 Chuveiro 2 40 Vaso sanitário 6 100 A soma dos UHC e o diâmetro será de: Total de UHC 10 DN (mm) 100 Banheiro Suíte No banheiro suíte temos uma pia de lavatório, um chuveiro e um vaso sanitário, tendo cada um as unidades de Hunter de contribuições segundo o quadro abaixo e seus devidos diâmetros . Aparelho UHC DN (mm) Pia de lavatório 2 40 Chuveiro 2 40 Vaso sanitário 6 100 A soma dos UHC e o diâmetro será de: Total de UHC 10 DN (mm) 100 Cozinha Na cozinha temos uma pia de residência, sendo a unidade de Hunter de contribuição, mostrada no quadro abaixo e seu devido diâmetro. Aparelho UHC DN (mm) Pia de residência 3 40 O UHC e o diâmetro final da cozinha será de: Total de UHC 3 DN (mm) 40 Os residuos coletados da pia da cozinha antes de ir para caixa de inspeção passam por uma caixa de gordura, onde tem a função de coletar, armazenar os resíduos gordurosos e tratar para não acumular nas parades da tubalação, evitando que ocorra o entupimento. A caixa de gordura será realizada em loco de 60 x 40 cm, conforme a figura abaixo. Área de Serviço A área de serviço apresenta um tanque de lavar roupa e uma maquina de lavar roupas até 30Kg, sendo suas unidades de Hunter de contribuições mostradas no quadro abaixo e seus devidos diâmetros . Aparelho UHC DN (mm) Tanque 3 40 Máquina 10 75 A soma dos UHC e o diâmetro será de: Total de UHC 10 DN (mm) 100 Caixa de inspeção A caixa de inspeção devem ter profundidade máxima de 1(um) metro, forma prismática de base quadrada e lado interno mínimo de 0,60m, tampa facilmente removível com anel de vedação e fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar a formação de depósitos. O calculo para dimensionamento da tubulação é feito com a soma das unidades de Hunter de contribuições acumuladas de toda a edificação e o diâmetro é analisado o que atende a todos os aparelhos. Total de UHC Banh. Social 10 Total de UHC Banh. Suite 10 Total de UHC Cozinha 3 Total de UHC Area de Serv. 13 Total de UHC 36 O total de UHC dessa residência é de 36 e o diâmetro que atende a todas as tubulações é o de 100 mm. · Tubo de ventilação O tubo de ventilação garante o bom funcionamento dos sifões, levando, os gases para atmosfera sem fazer pressão nos sifões e na bacia sanitária. O dimensionamento é feito somatória das unidades de Hunter de contribuições de todas as tubulações e após o cálculo das UHC, a tabela 5 em anexo deverá ser consultada. Total UHC= 36 Conforme a tabela 5, todos os ramais de ventilação terão diâmetro nominal de 75 mm. Logo após a determinação do diâmetro do tubo de ventilação consulta a tabela 6, em anexo, para definir a distância máxima de um desconecto ao tubo ventilador, sendo igual a 1,8 m. Depois determina a coluna de ventilação, também sendo calculada através da somatória deunidades de Hunter de contribuição e posteriormente consulta à tabela 7, em anexo, tendo diâmetro igual á 75 mm. 2.1.2 Projeto de águas pluviais 2.1.2.1 Precipitação e Vazão A intensidade da chuva foi encontrada para o município de Palmas, com o tempo de retorno de 5 anos e duração de 5 minutos, utilizando o softrware Plúvio 2.1, foi de 147,49 mm/h. Sendo a vazão calculada pela formula abaixo. Q = (i * A)/60 Sendo: i = intensidade da chuva (mm/h) A = Área de contribuição. 2.1.2.2 Área de Contribuição Para o calculo das áreas deste projeto, são consideradas 2 situações: a primeira, se refere ao calculo de área de superfície plana inclinada, utilizando a formula da figura 2, e a segunda é o calculo de área de contribuição de superfície plana vertical, utilizando a formula da imagem 1. Imagem 1 – Calculo de áreas de contribuição Para a efetuação deste dimensionamento, o telhado da residência foi dividido em 5 áreas, de acordo com a Imagem 2, abaixo: Imagem 2 - identificação de áreas de contribuição 2.1.2.3 Calculo de áreas e vazão Para o calculo de contribuição da A1, foi utilizada apenas área de superfície plana inclinada: A1 = (3,45+1,45/2)*2,70 = 11,27 m² Q1 = (147,49*11,27)/60 = 27,70 L/min Para o calculo de contribuição da A2, foi utilizada área de superfície plana inclinada e vertical: A2 = ((4,40+1,45/2)*9,80) + ((2,1*1,2)/2) = 51,49 m² Q2 = (147,49*51,49)/60 = 126,57 L/min Para o calculo de contribuição da A3, foi utilizada área de superfície plana inclinada e vertical: A3 = ((4,40+1,45/2)*8,15) + ((2,1*1,2)/2) = 43,03 m² Q3 = (147,49*43,03)/60 = 105,77 L/min Para o calculo de contribuição da A4, foi utilizada apenas área de superfície plana inclinada: A4 = ((4,40+1,45/2)*3,75) + (((4,40+1,45/2)*4,40)/2)= 30,50 m² Q4 = (147,49*30,84)/60 = 75,97 L/min Para o calculo de contribuição da A5, foi utilizada apenas área de superfície plana inclinada: A5 = ((4,40+1,45/2)*4,40)/2= 11,28 m² Q5 = (147,49*30,84)/60 = 27,73 L/min 2.1.2.4 Dimensionamento de Calhas Em posse destes valores é possível dimensionar as calhas. Para o projeto será utilizado material de PVC, sendo o Coeficiente de Rugosidade n=0,011, de acordo com a tabela 2 abaixo. Com a vazão e o auxilio da tabela 3, foram dimensionados os diâmetros, sendo que a inclinação das calhas é de 0,5%. Calha Vazão (L/min) Declividade Diâmetro (mm) C1 27,70 0,5% 100 C2 126,57 0,5% 100 C3 105,77 0,5% 100 C4 75,97 0,5% 100 C5 27,73 0,5% 100 2.1.2.5 Dimensionamento de Condutor Vertical Os condutores verticais foram dimensionados a partir do ábaco, para condutores verticais com saída em funil, conforme imagem 3, abaixo. Imagem 3 – Ábaco de dimensionamento de condutores verticais com funil de saída. Condutor Vertical Q (L/min) H (mm) L (m) Diâmetro (mm) CV1 27,70 33 2,80 100 CV2 126,57 33 2,80 100 CV3 105,77 33 2,80 100 CV4 75,97 33 2,80 100 CV5 27,73 33 2,80 100 2.1.2.6 Dimensionamento de Condutor horizontal Os condutores horizontais foram dimensionados com o auxilio da tabela 4 abaixo: Tabela 4 – Dimensionamento de condutores de água horizontal Condutor Horizontal Vazões Acumuladas Q (L/min) n i (%) D (mm) CH1 Q1 27,70 0,011 1,0 100 CH2 Q1+Q2 154,27 0,011 1,0 100 CH3 Q3 105,77 0,011 1,0 100 CH4 Q1+Q2+Q3 209,47 0,011 1,0 100 Toda água captada será direcionada para o sistema de drenagem público. 3. MATERIAL O material a ser utilizado para execução do sistema de esgoto sanitário e de águas pluviais está listado nos quadros a baixos : Esgoto Sanitário Material Quantidade Tubo de PVC de 40 mm 10 m Tubo de PVC de 50 mm 2 m Tubo de PVC de 75 mm 12 m Tubo de PVC de 100 mm 18 m Joelho 90° de PVC 40 mm 4 un. Joelho 90° de PVC 100 mm 2 un. TE 90° saída bilateral 100 mm 5 un. Joelho 45° de PVC 40 mm 3 un. Joelho 45° de PVC 50 mm 2 un. Joelho 45° de PVC 75 mm 1 un. Projeto de águas pluviais Material Quantidade Calha de PVC de 100 mm 34 m Tubo de PVC de 100 mm 54 m Suporte PVC para Calhas 100mm 20 un Curva 90° de PVC 100mm 5 un Joelho 45° de PVC 100mm 10 un Abraçadeira de fixação para 100mm 15 un Cabeceira Direita para calha de 100mm 5 un Cabeceira Esquerda para calha de 100mm 5 un Bocal de PCV 100mm 5 un Grelha Hemisférica para 100 mm 5 un 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8160: Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução. Rio de Janeiro: 1999. ______. NBR 10844: Instalações prediais de águas pluviais. Rio de Janeiro: 1989. PEIXOTO, Érico. DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA HIDRÁULICO PARA UMA MESA ELEVADORA. 2014. 41 f. TCC - Curso de Engenharia Mecânica, Faculdade Horizontina, Horizontina, 2014. ANEXOS
Compartilhar