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Transformadores de Instrumentos - Material Didático

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 
ESCOLA POLITÉCNICA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSOLIDAÇÃO DO MATERIAL 
DIDÁTICO DA DISCIPLINA DE EQUIPAMENTOS 
ELÉTRICOS – TRANSFORMADORES DE INSTRUMENTO. 
 
 
 
 
 
 
 
THAIS DE SOUZA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: 
Prof. Jorge Nemésio Sousa, M. Sc 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro, RJ - Brasil 
Junho de 2014 
ii 
 
CONSOLIDAÇÃO DO 
MATERIAL DIDÁTICO DA DISCIPLINA DE 
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS – TRANSFORMADORES DE INSTRUMENTOS 
 
 
 
 
 
 
Thais de Souza da Silva 
 
 
 
 
 
PROJETO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE 
ENGENHARIA ELÉTRICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE 
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS 
PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO ELETRICISTA. 
 
 
 
 
Aprovado por: 
 
 
 
 
 ________________________________________ 
 Prof. Jorge Nemésio Sousa, M. Sc. 
 (Orientador) 
 
_________________________________________ 
Prof. Antonio Carlos Siqueira de Lima, D.Sc 
 
 
_________________________________________ 
 Prof. Sergio Sami Hazan, Ph.D 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL 
JUNHO, 2014 
 
 
iii 
 
RESUMO 
 
A elaboração deste trabalho visou reunir em um só documento todas as informações 
necessárias para a especificação de transformadores de instrumento, isto é, transformadores de 
potencial e de corrente. Seu objetivo principal é fornecer aos estudantes da disciplina de 
equipamentos elétricos meios suficientes para compreender o funcionamento dos diferentes 
tipos desses equipamentos e determinar o mais adequado em cada função para cada tipo de 
instalação. 
Dentre os tópicos abordados nesse material, podem-se destacar as diferenças entre os 
tipos de transformadores de potencial e de corrente, suas principais características, suas 
funções, modos de operação, modelos, acessórios, principais fabricantes, suas vantagens e 
desvantagens, o fornecimento de valores normatizados e os meios de dimensioná-lo e selecioná-
lo para determinada aplicação. 
As informações aqui coletadas foram obtidas da literatura vigente sobre o assunto, 
publicações de fabricantes, notas de aula e da experiência obtida ao longo de um ano de trabalho 
no setor de pesquisa de TP e TC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
iv 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 4.1: TC tipo primário enrolado......................................................................................19 
Figura 4.2: TC tipo barra...........................................................................................................19 
Figura 4.3: TC tipo janela.........................................................................................................19 
Figura 4.4: TC tipo bucha.........................................................................................................20 
Figura 4.5: TC tipo núcleo dividido..........................................................................................21 
Figura 4.6: TC tipo vários núcleos............................................................................................22 
Figura 4.7: TC posição livre.....................................................................................................22 
Figura 4.8 TC tipo pedestal......................................................................................................23 
Figura 4.9: TC tipo invertido....................................................................................................23 
Figura 5.1: Nomenclatura de transformador de corrente..........................................................25 
Figura 5.2: Indicação de polaridade de um transformador de corrente....................................26 
Figura 5.3: marcação de terminais de relação única................................................................27 
Figura 5.4: marcação de transformador de corrente religável..................................................27 
Figura 5.5: marcação de terminais de relações múltiplas.........................................................27 
Figura 5.6: marcação de terminais com duas relações com derivação no primário.................28 
Figura 5.7: marcação de terminais com duas relações com derivações no secundário.............28 
Figura 5.8: marcação de terminais com dois enrolamentos primários......................................28 
Figura 5.9: marcação de terminais com dois enrolamentos secundários..................................28 
Figura 6.1: Gráfico Is x Vs........................................................................................................36 
Figura 6.2: Circuito equivalente de um Transformador de Corrente.......................................45 
Figura 6.3: Curva de exatidão de um transformador de corrente – tensão secundária x corrente 
de exatidão................................................................................................................................45 
Figura 8.1: Exemplificação de um TPC - capacitor de acoplamento + TPI...............................53 
Figura 8.2: Circuito com os componentes de um TPC...............................................................54 
Figura 8.3: Componentes do TPC...............................................................................................54 
Figura 8.4: Esquema elétrico do TPC.........................................................................................55 
Figura 8.5: Circuito equivalente de um TPC..............................................................................56 
Figura 9.1: Circuito equivalente de um TPI a frequência industrial.........................................58 
Figura 9.2: Exemplo de um Sistema.........................................................................................59 
Figura 9.3: Característica típica B x H de um material ferromagnético..................................60 
Figura 9.4: Exemplificação dos três grupos de TPI pela ABNT..............................................61 
Figura 9.5: Sistema a 2,4 kV neutro aterrado ou não aterrado................................................64 
v 
 
Figura 9.6: Sistema a 4,16 kV neutro aterrado ou a 4 fios.......................................................65 
Figura 9.7: Sistema a 2,4 kV neutro aterrado ou não aterrado................................................66 
Figura 9.8: Sistema a 2,4 kV neutro aterrado ou não aterra....................................................66 
Figura 9.9: Ligação do transformador de potencial entre fase-terra.......................................67 
Figura 9.10: Sistema fase-neutro 4,16 kV, aterrado ou a 4 fios..............................................69 
Figura 9.11: Sistema neutro aterrado ou isolado. Fase e neutro conectados na mesma tensão 
(2,4 kV) ................................................................................................................................... 69 
Figura 9.12: Sistema de 69 kV com neutro aterrado ou isolado, onde o terminal primário de 
cada transformador não é totalmente isolado e conectado a terra.............................................70 
Figura 10.1: Marcação de terminais de conjunto de medições com três transformadores de 
potencial e três de corrente ......................................................................................................83 
Figura 10.2: Marcação de terminais de conjunto de medições com dois transformadores de 
potencial e dois de corrente.....................................................................................................83vi 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 2.1: Tabela de classe térmica.......................................................................................19 
Tabela 6.1: Relações nominais simples...................................................................................30 
Tabela 6.2: Relações nominais duplas para ligação série/paralelo no enrolamento primário.30 
Tabela 6.3: Relações nominais múltiplas obtidas por combinações e derivações no 
enrolamento secundário............................................................................................................31 
Tabela 6.4: Nível Básico de Isolamento para transformadores de corrente............................33 
Tabela 6.5: Níveis de isolamento para equipamento de tensão máxima não inferior a 92 kV e 
não superior a 242 kV...............................................................................................................33 
Tabela 6.6: Níveis de isolamento para equipamento de tensão máxima não inferior a 362 kV e 
não superior a 765 kV...............................................................................................................34 
Tabela 6.7: Tensão suportável nominal à frequência industrial para transformador de corrente 
de tensão máxima não inferior a 362 kV e não inferior a 765 kV............................................34 
Tabela 6.8: Cargas nominais para TC com 5A de corrente secundária e fp 0,9 pela ABNT...37 
Tabela 6.9: Cargas nominais para TC com 5A de corrente secundária e fp 0,5 ......................37 
Tabela 6.10: Cargas nominais para TC de 5A de corrente secundária pela ANSI..................38 
Tabela 6.11: Quadro Comparativo das Cargas Nominais e Normas ......................................39 
Tabela 6.12: FCT - Fatores de correção de relação padronizados pelas normas.....................41 
Tabela 6.13: Tabela de classe de precisão................................................................................43 
Tabela 6.14 - Tensão secundária normalizada..........................................................................46 
Tabela 6.15: Fatores térmicos nominais...................................................................................48 
Tabela 7.1: Tipo de transformador de potencial.........................................................................52 
Tabela 9.1: Tensões primárias nominais e relações nominais..................................................63 
Tabela 9.2: Tabela de tensões nominais do grupo 1.................................................................65 
Tabela 9.3: Tabela de tensões nominais do grupo 2.................................................................66 
Tabela 9.4: Tensões nominais do grupo 3................................................................................68 
Tabela 9.5: Tensões nominais do grupo 4.................................................................................70 
Tabela 9.6: Tensões nominais do grupo 5.................................................................................71 
Tabela 9.7: Níveis de isolamento para Vmáx ≤ 242 kV..........................................................71 
Tabela 9.8: Níveis de Isolamento para Vmáx ≤ 362 kV...........................................................72 
Tabela 9.9: Carga nominal ANSI..............................................................................................73 
Tabela 9.10: Cargas nominais ABNT............................................................... .........................74 
Tabela 9.11: Classes de exatidão..............................................................................................75 
vii 
 
Tabela 9.12: Classes de exatidão TP de medição.....................................................................76 
Tabela 9.13: Classes de exatidão TP de proteção.....................................................................76 
Tabela 9.14: fator de sobretensão.............................................................................................76 
Tabela 9.15: Elevação de temperatura......................................................................................77 
Tabela 9.16: Limite de elevação de temperatura.......................................................................79 
Tabela 9.1: Sinais para separação de tensões nominais e relações nominais............................80 
Tabela 9.2: Exemplos de marcação de terminais TP.................................................................84 
Tabela 11.2: Exemplos de marcação de terminais.TC...............................................................85 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
viii 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
°C Grau Celsius - unidade de temperatura 
Ω Ohm - unidade de resistência elétrica 
A Ampère - unidade de corrente elétrica 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
AC ou CA Corrente elétrica alternada 
ANSI American National Standards Institute 
DC ou CC Corrente elétrica contínua 
FCR Fator de correção da relação 
FCT Fator de correção de transformação 
FS Fator de sobrecorrente 
FScont Fator de sobretensão continuo 
IEC International Electrotechnical Commission 
IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers 
m Metro - unidade de distância 
NBR Sigla de Norma Brasileira aprovada pela ABNT 
NBI Nível básico de isolamento 
PLC Power line carrier 
Pterm Potencia térmica nominal 
RM Relações múltiplas 
SF6 Hexafluoreto de enxofre 
TC Transformador de Corrente 
TP Transformador de Potencial 
TPC Transformador de Potencial Capacitivo 
TPI Transformador de Potencial Indutivo 
VA VoltAmpere - unidade de potência elétrica 
V Volt - unidade de tensão elétrica 
W Watt - unidade de potência elétrica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ix 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1 
1.1. PROPOSTA .................................................................................................................... 1 
1.2. MOTIVAÇÃO ................................................................................................................. 1 
1.3. OBJETIVO DO ESTUDO ................................................................................................. 1 
1.4. RELEVÂNCIA DO ESTUDO ............................................................................................ 2 
1.5. LIMITAÇÕES DO ESTUDO ............................................................................................. 2 
1.6. ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO ......................................................................................... 2 
1.7. METODOLOGIA DA PESQUISA ...................................................................................... 4 
1.7.1 Introdução .................................................................................................................. 4 
1.7.2. Etapas da Pesquisa ................................................................................................... 4 
1.7.3 Definição de Pesquisa ................................................................................................ 4 
1.7.4 Classificação e Tipos de Pesquisa ........................................................................... 5 
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 7 
2.1 NORMAS ........................................................................................................................... 8 
2.2 ISOLAÇÃO dE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ..................................................................... 8 
2.3 MATERIAL ISOLANTE ELÉTRICO .....................................................................................9 
2.3.1 Termos e definições ................................................................................................... 9 
2.3.2 Escolha do Material Isolante Elétrico ............................................................ 10 
2.3.3 Classificação das Substâncias Isolantes Segundo a Natureza .......................... 10 
2.3.4 Classificação das Substâncias Isolantes Segundo as Classes a Temperatura 11 
3 TRANSFORMADOR DE INSTRUMENTO ................................................................. 12 
3.1.TRANSFORMADOR DE CORRENTE ................................................................................. 13 
3.2 FINALIDADES DO TC ..................................................................................................... 13 
3.3 APLICAÇÃO DO TC ........................................................................................................ 13 
4 ESPECIFICAÇÃO DE TRANSFORMADOR DE CORRENTE ................................. 14 
x 
 
4.1 INSTALAÇÃO .................................................................................................................. 14 
4.1.1 Condições Especiais de Instalação ........................................................................ 14 
4.2 TIPO DE SERVIÇO ........................................................................................................... 15 
4.2.1 TC de Proteção ......................................................................................................... 15 
4.2.2 TC de Medição ......................................................................................................... 15 
4.2.3 Diferença entre TC de Proteção e Medição ........................................................ 16 
4.3 TIPO DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA ............................................................................... 16 
4.3.1 Primário Enrolado ................................................................................................... 16 
4.3.2 Tipo Barra ................................................................................................................. 17 
4.3.3 Tipo Janela ............................................................................................................... 17 
4.3.4 Tipo Bucha ................................................................................................................ 18 
4.3.5 Tipo Núcleo Dividido .............................................................................................. 18 
4.3.6 Tipo com Vários Enrolamentos Primários .......................................................... 19 
4.3.7 Vários Núcleos .......................................................................................................... 20 
4.3.8 Posição Livre ............................................................................................................ 20 
4.3.9 Tipo Pedestal ........................................................................................................... 21 
4.3.10 Tipo Invertido ........................................................................................................ 21 
5 REPRESENTAÇÃO DE UM TRANSFORMADOR DE CORRENTE ....................... 23 
5.1 MARCAÇÃO DOS TERMINAIS ......................................................................................... 24 
6 CARACTERÍSTICAS PARA ESPECIFICAÇÃO DE TRANSFORMADOR DE 
CORRENTE .......................................................................................................................... 27 
6.1 CORRENTE PRIMÁRIA NOMINAL E RELAÇÃO NOMINAL .............................................. 27 
6.2 TENSÃO MÁXIMA E NÍVEIS DE ISOLAMENTO ............................................................... 31 
6.3 FREQUÊNCIA NOMINAL ................................................................................................. 33 
6.4 CARGAS NOMINAIS PARA TRANSFORMADORES DE CORRENTE ................................... 33 
6.4.1 Tensão Secundária Nominal .................................................................................. 34 
6.4.2 Cargas Nominais para Transformadores de Corrente – Nomenclatura ........ 35 
xi 
 
6.5 CLASSE DE EXATIDÃO ................................................................................................... 37 
6.5.1 Transformadores de Corrente para Serviço de Medição ................................. 37 
6.5.2 Transformadores de Corrente para Serviço de Proteção ................................. 42 
6.5.3 Cálculo da Exatidão de um Transformador de Corrente ................................. 43 
6.5.4 Formas de Especificação da Classe de Exatidão ................................................ 44 
6.6 Tensão Secundária Normalizada ............................................................................. 44 
6.6.1 Classificação para Corrente Secundária Diferente de 5 A ............................... 45 
6.7 FATOR DE SOBRECORRENTE NOMINAL ......................................................................... 45 
6.8 FATOR TÉRMICO NOMINAL ........................................................................................... 45 
6.9. LIMITE DE CORRENTE DE CURTA DURAÇÃO NOMINAL PARA EFEITO TÉRMICO ....... 46 
6.10 LIMITE DE CORRENTE DE CURTA DURAÇÃO NOMINAL PARA EFEITO MECÂNICO ... 47 
6.11 TIPO DE INSTALAÇÃO .................................................................................................. 48 
7 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL ....................................................................... 49 
7.1 FINALIDADE ................................................................................................................... 49 
7.2 TIPO ................................................................................................................................ 49 
8 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL CAPACITIVO (TPC) .................................. 51 
8.1.VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DO TPC ........................................................ 51 
8.2 CIRCUITO EQUIVALENTE ............................................................................................... 53 
9 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL INDUTIVO .................................................. 55 
9.1 CIRCUITO EQUIVALENTE DE UM TPI ............................................................................ 55 
9.2.DESEMPENHO TRANSITÓRIO ......................................................................................... 57 
9.3 CONSTITUIÇÃO DOS TPI - ABNT NBR 6855 ............................................................... 58 
9.4 FERRO-RESSONÂNCIA ................................................................................................... 59 
9.5 CARACTERÍSTICAS PARA ESPECIFICAÇÃO DE UM TRANSFORMADOR DE POTENCIAL . 60 
9.6 CARACTERÍSTICAS NOMINAIS ....................................................................................... 61 
9.6.1 Tensão Primária Nominal e Relação Nominal – ABNT .................................... 61 
9.6.2 Tensão Primária Nominal e Relação Nominal – ANSI ..................................... 62 
xii 
 
9.6.3 Níveis de Isolamento ............................................................................................... 69 
9.6.4 Frequência Nominal ................................................................................................ 70 
9.6.5 Cargas Nominais ...................................................................................................... 70 
9.6.6 Classe de Exatidão Nominal .................................................................................. 72 
9.6.7 Fator de Sobretensão .............................................................................................. 74 
9.6.8 Potência Térmica Nominal – Pterm ..................................................................... 75 
9.7 CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO ................................................................................. 76 
9.7.1 Quanto à Exatidão................................................................................................... 76 
9.7.2. Quanto a Elevação de Temperatura .................................................................... 76 
10 REPRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 78 
10.1 TENSÃO NOMINAL E RELAÇÕES NOMINAIS ................................................................ 78 
10.2 IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS ................................................................................. 80 
11 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 84 
11.1 SUGESTÃO DE TRABALHOS FUTUROS ......................................................................... 84 
 
 
 
1 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
1.1. PROPOSTA 
 
Este trabalho visa atender à necessidade da consolidação do material didático para a 
disciplina de Equipamentos Elétricos, no tópico dos transformadores de potencial e de corrente. 
O trabalho busca apresentar ao aluno de engenharia elétrica um material prático com 
apresentação concisa e, também, facilitar a ação do professor, já que incorpora seus 
apontamentos de aula. 
 
1.2. MOTIVAÇÃO 
 
Este trabalho foi motivado pela falta de material específico sobre esse assunto no 
mercado, e pela necessidade de organizar o material didático vigente na disciplina de 
equipamentos elétricos e pelo interesse do professor Jorge Nemésio Sousa em transformar este 
assunto em um tema para o PG - Projeto de Graduação. 
 Foi motivado também pelo meu interesse sobre o assunto cursando a disciplina, e pela 
minha necessidade na pratica fazendo projetos onde necessito especificar esses equipamentos. 
 
1.3. OBJETIVO DO ESTUDO 
 
O objetivo do presente trabalho é a consolidação do material didático que contribua na 
formação de engenheiros eletricistas fornecendo aos estudantes meios suficientes para 
compreender o funcionamento desses equipamentos e para determinar o mais adequado para 
cada tipo de instalação. 
Para isso, são fornecidos todos os valores normatizados, inclusive meios para 
especificação desses equipamentos conforme sua instalação, incluindo também suas 
características e funções. 
Além disso, são disponibilizados os tipos com seus respectivos componentes, o 
princípio de funcionamento e suas características. 
2 
 
 
1.4. RELEVÂNCIA DO ESTUDO 
 
A ideia básica por trás da disciplina de Equipamentos Elétricos é que os alunos tenham 
meios para conhecer e compreender bem os diferentes equipamentos elétricos ministrados ao 
longo de toda a sua formação. Os futuros engenheiros devem estar preparados para o dinamismo 
do mercado de trabalho e ter ciência de que não devem somente conhecer o funcionamento dos 
equipamentos, máquinas e circuitos, mas também entender sua complexidade de concepção e 
suas respectivas áreas de atuação. 
 
1.5. LIMITAÇÕES DO ESTUDO 
 
O tema abordado neste trabalho é complexo, até mesmo para os profissionais mais 
experientes da área. A quantidade de material disponível é grande e está em constante 
atualização, para incorporar as novas tecnologias aplicáveis e incluir novas abordagens sobre o 
assunto. A vasta documentação existente permitiria que cada um dos capítulos apresentados 
neste trabalho pudesse ser estendido para a elaboração de um PG específico sobre o tema em 
questão. Boa parte do material é baseada nas informações contidas em norma, salvo algumas 
publicações, catálogos e estudos específicos sobre determinado assunto, conforme a 
bibliografia. 
 
1.6. ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO 
 
O trabalho está organizado em 11 capítulos, compostos da seguinte maneira: 
Capítulo 1 – Introdução: apresenta os aspectos gerais dos assuntos contemplados no 
estudo, introduzindo a proposta, a motivação, as considerações iniciais, o objetivo, a relevância 
e as limitações do estudo. 
 
Capítulo 2 – Referencial Teórico: aponta as principais fontes consulta das para a revisão 
bibliográfica da literatura disponível, que serviu como embasamento do estudo. 
 
3 
 
 
Capítulo3 – Conceitos básicos dos transformadores de corrente: introduz o estudante 
nos primeiros conceitos sobre o TC. Neste capítulo são apresentados o tema, as finalidades e as 
aplicações desse equipamento. 
 
Capítulo 4 – Especificação dos transformadores de corrente: apresenta as características 
de instalação desse equipamento, o serviço desempenhado pelo TC e os tipos existentes devido 
às diferentes construções mecânicas. 
 
Capítulo 5 – Representação de um transformador de corrente: são apresentadas, de 
maneira didática, as formas de representar o TC e de fazer a marcação dos terminais. 
 
Capítulo 6 – Nesse capítulo são apresentadas as características necessárias para a 
especificação do transformador de corrente. 
 
Capítulo 7 – Conceitos básicos dos transformadores de potencial: introduz o estudante 
nos primeiros conceitos sobre o TP. São apresentadas as finalidades e as aplicações desse 
equipamento. 
 
Capítulo 8 – Transformador de potencial capacitivo: são abordados os conceitos do 
TPC, apresentadas as vantagens e desvantagens de seu uso, os seus componentes e o circuito 
equivalente. 
 
Capítulo 9 – Transformador de potencial indutivo: são abordados os principais 
conceitos e suas respectivas características. 
 
Capítulo 10 – Representação de um transformador de potencial: são apresentadas de 
maneira didática as formas de representar o TP e identificação dos terminais 
 
Capítulo 11 – Conclusão: apresenta uma análise conclusiva a respeito do trabalho 
desenvolvido e comentários a ele relacionados. 
 
4 
 
1.7. METODOLOGIA DA PESQUISA 
1.7.1 Introdução 
 
A metodologia de pesquisa implementada para a elaboração desse projeto é mostrada 
nesse capítulo, com detalhamento das etapas desta pesquisa. 
A divisão se deu da seguinte forma: 
1 – Escolha do tema. 
2 - Definição do objetivo do estudo. 
3 - Revisão bibliográfica. 
4 - Metodologia. 
5 - Redação e elaboração do trabalho. 
6 - Conclusão. 
 
1.7.2. Etapas da Pesquisa 
 
A primeira etapa do estudo foi a escolha do tema a ser explorado. 
Na segunda, definiu-se o objetivo do estudo. 
A terceira fase deste processo foi a revisão bibliográfica, em que foram reunidos os 
materiais utilizados como fonte para sua realização. Cada uma dessas fontes é citada ao final 
do presente trabalho, na seção Referências Bibliográficas. 
A quarta etapa se constitui no desenvolvimento da metodologia implementada, que é o 
assunto tratado neste capítulo. 
O trabalho que se estende do capítulo 1 ao 10, consiste na quinta fase do projeto, a 
redação e elaboração. 
Finalmente, no capítulo 11 é apresentada a última etapa, a análise conclusiva do 
trabalho. 
 
1.7.3 Definição de Pesquisa 
 
Antes de darmos continuidade à metodologia de pesquisa adotada, é importante 
esclarecer o que se entende por pesquisa, pois existem várias formas de definição. 
5 
 
Segundo SANTOS (apud SOARES, 2008), o ato de pesquisar é “o exercício intencional 
da pura atividade intelectual, visando melhorar as condições práticas da existência”. 
A pesquisa constitui-se em um conjunto de procedimentos que visam produzir um novo 
conhecimento e não reproduzir, simplesmente, o que já se sabe sobre um dado objeto em um 
determinado campo científico. 
Portanto, o ato da pesquisa engrandece não só o pesquisador, como também a 
humanidade, já que contribui para o avanço da ciência e para o desenvolvimento social. 
 
1.7.4 Classificação e Tipos de Pesquisa 
 
A classificação de uma pesquisa pode ser realizada de diversas formas, de acordo com 
os critérios. As formas mais clássicas são feitas segundo a natureza, os objetivos, a finalidade 
e os meios. 
Segundo SILVA E MENEZES (apud OLIVEIRA, 2008), quanto à natureza, uma 
pesquisa pode ser classificada como básica ou aplicada. 
 Pesquisa básica - tem porobjetivo gerar conhecimentos novos úteis para o 
avanço da ciência sem aplicação prática prevista. 
 Pesquisa aplicada - o conhecimento gerado possui aplicações práticas e são 
dirigidos à solução de um problema. 
Já em relação aos objetivos, GIL (apud OLIVEIRA, 2008) classifica a pesquisa como 
exploratória, descritiva ou explicativa. 
 Pesquisa Exploratória – tenciona uma maior familiaridade com o problema 
visando torna-lo explícito. Esse tipo de pesquisa utiliza levantamento 
bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o 
problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. 
Assume, em geral, as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso. 
 Pesquisa Descritiva – Visa descrever as características de determinada 
população ou fenômeno. Utiliza técnicas padronizadas de coleta de dados: 
questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de 
levantamento. 
 Pesquisa Explicativa – tem por objetivo identificar os fatores que determinam 
ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da 
6 
 
realidade porque explica a razão das coisas. Assume, em geral, as formas de 
pesquisa experimental e ex post facto. 
Já segundo GIL (apud OLIVEIRA, 2008), com relação aos procedimentos técnicos de 
coleta, a pesquisa pode ser do tipo bibliográfica, documental, experimental, levantamento, 
estudo de caso, ex-post facto, pesquisa ação e participante. 
 Pesquisa Bibliográfica – quando elaborada a partir de material já publicado e 
constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com 
material disponibilizado na Internet. 
 Pesquisa Documental – quando elaborada a partir de materiais que não 
receberam tratamento analítico. 
 Pesquisa Experimental – quando se determina um objeto de estudo e 
selecionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as 
formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. 
 Levantamento – quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas 
cujo comportamento se deseja conhecer. 
 Estudo de caso – quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou 
poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado 
conhecimento. 
 Pesquisa ex-post facto – quando o 'experimento' se realiza depois dos fatos. 
 Pesquisa Ação – quando concebida e realizada em estreita associação com uma 
ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e 
participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de 
modo cooperativo ou participativo. 
 Pesquisa Participante – quando se desenvolve a partir da interação entre 
pesquisadores e membros das situações investigadas. 
Portanto, podemos classificar o presente trabalho como uma pesquisa aplicada, quanto 
a natureza, pois se propõe a elaboração de material didático a partir do conhecimento gerado; 
descritiva, por proporcionar maior familiaridade com o tema, quanto ao objetivo; bibliográfica 
e documental, quanto aos procedimentos técnicos de coleta já que foi elaborada a partir de um 
material já publicado e não sofreu tratamento analítico. 
 
 
7 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
O trabalho foi iniciado tomando como base o material didático já existente da disciplina, 
em conjunto com literatura disponível outros documentos que tratam do tema, e as normas 
aplicáveis, tendo como objetivo unir todas essas informações sobre TC e TP em um único 
material para a disciplina Equipamentos Elétricos. O material utilizado na disciplina 
encontrava-se defasado, necessitando atualização. 
Com essas fontes, o material foi expandido, enriquecido e organizado até que tomasse 
a forma aqui apresentada. O texto segue as normas de elaboração de trabalhos acadêmicos da 
ABNT, e a sequência de capítulos foi reorganizada de forma a facilitar a didática, respeitando 
a lógica em que o professor apresenta o tema. Novas imagens foram adicionadas para facilitar 
a compreensão, uma vez que determinados assuntos tornavam-se difíceis de ser compreendidos 
devido à falta de ilustrações que pudessem reforçar o que era abordado. 
A quantidade de material disponível sobre o assunto é grande e constantemente 
atualizada. À medida que novas tecnologias passam a ser exploradas e novas técnicas de 
abordagem são incorporadas, faz-se necessário rever a documentação disponível no mercado. 
O objetivo deste trabalho também foi fornecer aos estudantes os meios necessários para a 
compreensão do assunto e capacitá-los no momento de analisar e especificar um desses 
equipamentos. 
A maior dificuldade para a elaboração deste trabalho foi na delimitação do estudo. Ao 
mesmo tempo em que a documentação sobre o assunto é ampla, não é muito fácil encontrar no 
mercado publicações técnicas voltadas especificamente para este fim. Em alguns pontos 
procurou-se fazer uma abordagem bastante didática, incluindo exemplos para facilitar a 
compreensão do estudante. Por vezes este tipo de abordagem pode parecer repetitivo, mas 
julgou-se preferível favorecer a didática, mesmo comprometendo a fluidez do estudo em alguns 
pontos. 
O trabalho, de uma maneira geral, é dividido em partes concomitantemente 
independentes e interdependentes, pois ao mesmo tempo em que cada uma contempla um 
assunto, umas servem de base para outras, e ainda, alguns tópicos se reafirmam em outras 
partes. 
8 
 
2.1 NORMAS 
 
Para elaboração desse trabalho levamos como base algumas normas técnicas referentes 
ao TC e ao TP. 
Transformadores para instrumentação (Terminologia): ABNT NBR – 6546 
Transformadores de corrente - método de ensaio: ABNT NBR – 6821 
Transformadores de corrente - especificação: ABNT NBR - 6856 
Transformadores de potencial - método de ensaio: ABNT NBR – 6820 
Transformadores de potencial: ABNT NBR - 6855 
IEC C57.13 - Standards Requirements for Instruments Transformers 
IEC C93.2 - Standards Requirements for Power-line Coupling Capacitor Voltage 
Transformers 
 
2.2 ISOLAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS 
 
A circulação de corrente elétrica entre corpos metálicos ocorre quando existe uma 
diferença de potencial elétrico entre os dois corpos metálicos separados e entre eles existe um 
terceiro corpo de material condutor. 
Já se a comunicação entre os dois primeiros corpos metálicos for estabelecida por um 
corpo isolante, não haverá circulação de corrente elétrica. 
Temos assim duas classes bem distintas de materiais: os condutores e os isolantes. 
Existem materiais que não podem ser incluídos em nenhuma destas duas classes: são os 
maus condutores e maus isolantes. Entre estes, existem alguns que adquiriram enorme 
importância: são os semicondutores, nos quais a condutibilidade elétrica varia 
extraordinariamente sob a influência de causas diversas. 
 
9 
 
2.3 MATERIAL ISOLANTE ELÉTRICO 
2.3.1 Termos e definições 
 
 MIE - Material Isolante Elétrico: segundo a NBR 7034, é um sólido com baixa 
condutividade elétrica, ou uma simples combinação desses materiais, usado para separar 
partes condutoras de diferentes potenciais elétricos em equipamentos elétricos. O termo 
‘material isolante’ pode ser usado, de forma mais ampla, para também designar líquidos 
e gases isolantes. 
 Combinação simples de materiais isolantes elétricos: estrutura de dois ou mais 
Materiais Isolantes Elétricos (MIE) fisicamente unidos, utilizados em Sistemas Isolantes 
Elétricos (SIE). Os MIE combinados durante o processo de fabricação de um 
equipamento não constituem uma ‘combinação simples’. Por exemplo, um material 
flexível consistindo em papel laminado sobre filme de tereftalato de polietileno (IEC 
60626) constitui uma ‘combinação simples’. Materiais isolantes podem ser impregnados 
ou revestidos, recebendo tratamento com substâncias apropriadas, tais como vernizes, 
resinas, massas ou outros, em grau suficiente para melhorar suas características 
dielétricas, mecânicas eoutras. além de formar uma película superficial adequada que 
impeça a penetração de ar, umidade, poeira ou outros contaminantes num grau tal que 
assegure um perfeito comportamento para a classe térmica designada. 
 SIE - Sistema Isolante Elétrico: sistema isolante contendo um ou mais MIE e/ou 
combinações simples destes associados com partes condutoras, utilizado em 
equipamentos elétricos. 
 Classe Térmica: designação de um Material Isolante Elétrico (MIE/SIE) igual ao valor 
numérico da temperatura máxima utilizada, em graus Celsius, para o qual o MIE/SIE é 
apropriado. A descrição de um equipamento elétrico como sendo de uma classe térmica 
particular não significa que cada material isolante utilizado em sua construção tenha a 
mesma capacidade térmica. Pode então ser necessário atribuir classes térmicas 
diferentes para o mesmo MIE/SIE para condições de serviço diferentes. 
 DTE - Durabilidade Térmica Estimada: valor numérico de temperatura, em graus 
Celsius, para o qual o material de referência possui desempenho satisfatório conhecido 
em serviço para a aplicação especificada. O valor da DTE para um mesmo material pode 
10 
 
variar conforme a aplicação. Algumas vezes refere-se como índice de durabilidade 
térmica ‘absoluta’. 
 DTR - Durabilidade Térmica Relativa: valor numérico da temperatura em graus 
Celsius no qual o tempo estimado para o ponto final do material candidato é o mesmo 
tempo estimado para o ponto final do material de referência (DTE) 
 Material Candidato: material para o qual é necessário estimar a durabilidade térmica 
relativa (DTR). A determinação é realizada por envelhecimento térmico simultâneo do 
material candidato e um material de referência. 
 Material de Referência: material com DTE conhecido, de preferência por experiências 
do equipamento em serviço, usado para ensaios comparativos com material candidato. 
2.3.2 Escolha do Material Isolante Elétrico 
 
Devem ser considerados, na escolha dos materiais isolantes, em face das propriedades 
e custos, os seguintes fatores: 
 Propriedades Mecânicas - resistência à tração, compressão, cisalhamento, impacto, 
porosidade, absorção, absorção de umidade. 
 Propriedades Elétricas - resistência elétrica, resistência de isolamento, resistência 
dielétrica. 
 Propriedades Químicas - resistência aos ácidos, óleos, calor, ozônio, corrosão e 
umidade, combustabilidade. 
 Propriedades Térmicas - resistência térmica, calor específico, coeficiente de dilatação, 
ponto de fusão. 
2.3.3 Classificação das Substâncias Isolantes Segundo sua Natureza 
 
 
Gases 
 
Substâncias Isolantes Líquidos 
 Aplicados em estado líquido 
 Sólidos Aplicados em estado pastoso 
 Aplicados em estado sólido 
Subdivisões e exemplos: 
 Gases - ar, azoto, hexafluoreto de enxofre (SF6) 
11 
 
 Líquidos - óleo mineral, dielétricos sintéticos (líquidos com alto ponto de combustão 
tais como, ascarel, óleo de silicone etc.), óleos vegetais, solventes empregados nos 
vernizes e compostos isolantes (álcool, benzeno, nafta, benzinas etc.). 
 Sólidos Aplicados em Estado Líquido ou Pastoso - resinas e plásticos naturais, 
materiais asfálticos, goma laca, ceras (animal, vegetal, parafina), vernizes e lacas, 
resinas sintéticas, borracha sintética, silicone, compostos de celulose (termoplástico), 
acetato de celulose, plásticos moldados a frio. 
 Sólidos - minerais (quartzo, mica, mármore), cerâmicas, porcelana, vidro, micalex, 
materiais da classe da borracha (borracha natural, neoprene etc.), materiais fibrosos, 
algodão, seda, papel, vidro, madeira, celofane. 
 
2.3.4 Classificação das Substâncias Isolantes Segundo as Classes de Temperatura 
 
A NBR 7034 designa as classes de temperatura dos materiais isolantes elétricos 
(classificação térmica) ou da combinação destes materiais utilizados em máquinas, aparelhos e 
equipamentos elétricos com base na temperatura máxima que podem suportar em condições 
normais de operação durante a sua vida útil. 
 
 Avaliação de Durabilidade Térmica e Classificação 
A classificação térmica para materiais isolantes não pode ser aplicada para um sistema de 
isolação do qual eles são componentes, a não ser que isso seja provado. Da mesma forma, a 
classificação térmica de um material não pode ser deduzida a partir da classe térmica de um 
sistema de isolação no qual ele é um componente. 
 
 MIE - Material Isolante Elétrico 
Os materiais isolantes elétricos e as combinações simples de materiais isolantes elétricos 
devem ser avaliados de acordo com a IEC 60216-5 e IEC 60216-6, e referem-se às condições 
de serviço esperadas. 
 
 SIE - Sistema Isolante Elétrico 
Os sistemas de isolação elétrica devem ser avaliados de acordo com a IEC 61857-1 e 
classificados de acordo com a IEC 62114. 
12 
 
 Classe Térmica 
Considerando-se que a temperatura em equipamentos elétricos é um dos principais fatores 
que aceleram o envelhecimento dos materiais isolantes elétricos, são definidas classes térmicas 
reconhecidas internacionalmente, sendo que a classe térmica especificada para um material 
isolante elétrico representa a temperatura em graus Celsius para o qual o MIE é apropriado. 
A classe térmica atribuída ao material utilizado num sistema de isolação não implica 
automaticamente que a classe térmica do sistema é a mesma do material, ou para o material 
com a classe térmica mais baixa, no caso de mais de um material, com classes diferentes, estar 
sendo utilizado no sistema. 
 
 
DTR (ºC) Classe Térmica 
Designação Anterior 
(IEC 60085:2004) 
DTR < 90 70 
90 ≤ DTR < 105 90 Y 
105 ≤ DTR < 120 105 A 
120 ≤ DTR < 130 120 E 
130 ≤ DTR < 155 130 B 
155 ≤ DTR < 180 155 F 
180 ≤ DTR < 200 180 H 
200 ≤ DTR < 220 200 N 
220 ≤ DTR < 250 220 R 
DTR ≥ 250 250 C 
Tabela 2.1: Tabela de classe térmica [15] 
 
 
3 TRANSFORMADOR DE INSTRUMENTO 
 
A grande expansão dos sistemas elétricos exige o uso de correntes e tensões cada vez 
mais elevadas. Para controlar e proteger esses sistemas é necessário que as informações sobre 
os valores de corrente e tensão sejam conhecidas. Com a impossibilidade de instrumentos que 
meçam diretamente essas grandezas, utilizamos transformadores de instrumento para obtermos 
valores de tensão e corrente que se adaptem aos instrumentos disponíveis. No caso da medida 
de tensão utilizamos os transformadores de potencial (TP) e para corrente, temos os 
transformadores de corrente (TC). 
13 
 
Os transformadores de instrumento têm a função de suprir de corrente e tensão os relés 
e medidores com grandeza proporcional aos circuitos de potência, contudo, suficientemente 
reduzidas de maneira que esses equipamentos possam ser fabricados de forma reduzida, do 
ponto de vista de seu isolamento. 
 
 
3.1.TRANSFORMADOR DE CORRENTE 
 
A impedância do enrolamento primário dos transformadores de corrente é desprezível 
quando comparada com a do sistema ao qual está instalado. Assim o circuito de potência define 
a corrente que circula no primário dos TC. 
Os transformadores de corrente consistem em poucas espiras no primário com uma 
bitola apropriada para a corrente do circuito de força, conectado em série com este enrolamento, 
fazendo com que a corrente que flui para a carga circule pelo enrolamento primário. 
Já o secundário contém várias espiras de fio relativamente fino, adequado ao 
equipamento de medição a ele conectado. A impedância interna do equipamento conectado ao 
secundário do TC é pequena, fazendo com que o secundário esteja praticamente em curto-
circuito. Logo, o TC opera como se fosse um transformador com o secundário em curto-
circuito. 
 
3.2 FINALIDADES DO TC 
 
Os transformadores de corrente são equipamentos elétricos projetados especialmente 
para alimentar instrumentos elétricos de medição, controle ou proteção. Esses equipamentos 
transformam correntes de um alto valor para um valor fácil de sermedido por relés e outros 
instrumentos. 
Eles proporcionam o isolamento do circuito de medição de primário na alta tensão do 
sistema. E também promovem possibilidade de padronização dos instrumentos e relés para 
alguns valores de correntes. 
 
3.3 APLICAÇÃO DO TC 
 
Os transformadores de corrente são aplicados para que possamos ter corrente 
normalizada e fácil de manusear com precisão e segurança. São utilizados na medição do 
consumo de energia e potência (Wattímetros e medidores de energia) e na proteção dos sistemas 
elétricos (relés). 
14 
 
4 ESPECIFICAÇÃO DE TRANSFORMADOR DE CORRENTE 
 
4.1 INSTALAÇÃO 
 
De acordo com a NBR 6856, em condições normais os TC são projetados para operar 
em local com altitude não superior a 1.000 m, com temperatura máxima ambiente não superior 
a 40 ºC, média não superior a 30 ºC e mínima de -10 ºC, em qualquer período de 24 horas. 
Podem ser instalados em locais com condições diferentes, desde que os valores nominais sejam 
corrigidos. 
Quando o transformador de corrente solicitar valores permissíveis de fator térmico (item 
6.8) para temperaturas fora das condições normais, deve ser fornecido pelo fabricante o valor 
máximo do fator térmico que o TC é capaz de suportar sem exceder os limites de elevação de 
temperatura. 
Podem ser construídos para uso externo ou interno. Por motivo de economia, de modo 
geral nas instalações de até 15 kV, são do tipo interno e para as demais tensões, são de uso 
externo. 
 
4.1.1 Condições especiais de instalação 
 
Devem ser consideradas condições especiais as que podem exigir construção, revisão 
de algum valor nominal, cuidados especiais no transporte, instalação ou funcionamento do TC, 
e que devem ser levadas ao conhecimento do fabricante. 
Exemplos de condições especiais segundo ABNT NBR 6856. 
 Instalação a alturas superiores 1.000 m. 
 Temperatura do ar ambiente fora dos limites normalizados. 
 Exposição a ambientes salinos, vapores, gases ou fumaça. 
 Exposição a poeira excessiva 
 Exposição a ambientes corrosivos 
 Vibrações anormais - sísmicos 
 Exposição a gases e vapores explosivos 
 Transporte em condições precárias 
 Instalação em locais úmidos, com possibilidade de formação de fungos 
15 
 
4.2 TIPO DE SERVIÇO 
 
Os transformadores de corrente são classificados de acordo com o tipo de serviço a ser 
executado. 
 
4.2.1 TC de Proteção 
 
Esses equipamentos são utilizados para proteção de circuitos de alta tensão, são 
caracterizados pela baixa precisão (ex.: 10 % - 20 % de erro de medição) e elevada corrente de 
saturação (da ordem de 20 vezes a corrente nominal). 
Para um TC de proteção é importante que sua corrente secundária que alimenta os 
sistemas de proteção seja a mais fiel possível, principalmente durante os curtos-circuitos. As 
correntes de curto normalmente são bastante elevadas, o que pode levar o núcleo magnético do 
TC à saturação. 
Na operação normal do sistema, o TC trabalha dentro da região linear, portanto o erro 
do TC é pequeno. 
Durante uma falta, onde a corrente de curto é elevada, é preciso fazer a proteção atuar o 
mais rápido possível, dentro das limitações de operação e de coordenação, onde proteger o 
sistema elétrico passa a ser mais importante do que fazer sua medição. Admite-se então para a 
proteção, durante o curto, erros de até 10 % na corrente secundária do TC. 
 
4.2.2 TC de Medição 
 
Esse tipo de TC é utilizado para medição de correntes em alta tensão, possui 
característica de boa precisão (ex.: 0,3 % - 0,6 % de erro de medição) e baixa corrente de 
saturação (4 vezes a corrente nominal). Esses devem retratar fielmente a corrente a ser medida, 
apresentar erros de fase e de relação mínimos dentro de suas respectivas classes de exatidão. 
Em caso de curto-circuito não há necessidade que a corrente seja transformada com 
exatidão. É melhor que em condições de curto-circuito o TC sature, proporcionando assim, uma 
autoproteção aos equipamentos de medição conectados no seu secundário. 
16 
 
4.2.3 Diferença entre TC de Proteção e Medição 
 
O transformador de corrente de medição deve manter sua precisão para correntes 
nominais, enquanto o TC de proteção deve ser preciso até o valor de Fator de Sobrecorrente 
(FS - Item 6.7) especificado pelo cliente. 
Outra diferença observada nesses dois tipos de TC são os núcleos magnéticos. O núcleo 
do TC de medição é de seção menor do que os de proteção para que saturem durante o curto-
circuito quando a corrente primária atinge valores altos. 
 
 
4.3 TIPO DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA 
4.3.1 Primário Enrolado 
 
Este tipo é usado quando são requeridas relações de transformações inferiores a 200/5. 
Possui isolação limitada e, portanto, se aplica em circuitos até 15 kV. Possui os enrolamentos 
primários e secundários completamente isolados e permanentemente montados no núcleo. É 
fabricado de tal modo que o enrolamento primário, constituído de uma ou mais espiras, envolve 
mecanicamente o núcleo do transformador. 
Características - NBR 6856 – 
Nível de isolamento: 600 V; 
Corrente primária: 5 A até 400 A 
 
Figura 4.1: TC Tipo Primário Enrolado [4]. 
17 
 
4.3.2 Tipo Barra 
 
Possui os enrolamentos primário e secundário completamente isolados e 
permanentemente montados no núcleo. O primário consiste em uma barra condutora no interior 
da janela do núcleo, e o transformador de corrente é fixado pelo primário. 
 
Figura 4.2: TC Tipo Barra [4]. 
 
4.3.3 Tipo Janela 
 
Este transformador de corrente possui o secundário completamente isolado e 
permanentemente montado no núcleo, mas não possui enrolamento primário. É construído de 
maneira análoga ao tipo bucha, descrito a seguir, exceto, que o ar é usado para separar os 
enrolamentos primários e secundários. O enrolamento primário pode ser um barramento ou um 
condutor que passa por dentro da janela. 
 
Figura 4.3: TC Tipo Janela [4]. 
 
18 
 
4.3.4 Tipo Bucha 
 
Tipo especial de TC janela, é construído e projetado para ser instalado no interior das 
buchas de um equipamento elétrico (transformador, disjuntor, reator etc.), fazendo parte 
integrante do seu fornecimento. 
Consiste de um núcleo toroidal (em forma de anel), com os enrolamentos secundários. 
O núcleo fica situado ao redor de uma bucha de isolamento, através da qual passa um condutor, 
que substituirá o enrolamento primário. 
Pelo seu tipo de construção e instalação, o circuito magnético deste modelo de TC é 
maior do que o dos outros, sendo mais preciso para correntes altas, pois possui menor saturação. 
Em baixas correntes, tem menor precisão em virtude da maior corrente de excitação, razão pela 
qual não é usado para medições com baixas correntes. 
 
 
 
 
Figura 4.4: TC Tipo Bucha [4]. 
 
4.3.5 Tipo Núcleo Dividido 
 
Possui o enrolamento secundário completamente isolado e permanentemente montado 
no núcleo, mas, não possui enrolamento primário. Podendo ou não ter isolação para 
enrolamento primário. Parte do núcleo é separável ou articulada para permitir o abraçamento 
do condutor primário. Destina-se ao uso com enrolamento primário constituído de um condutor 
completamente isolado ou um condutor nu operando com tensão dentro da relação do 
transformador. Um tipo muito difundido de instrumento com núcleo dividido é o amperímetro 
alicate. 
19 
 
O amperímetro alicate representa uma variedade do transformador de corrente do tipo 
núcleo dividido que é utilizada para medidas sem interrupção do circuito elétrico. A peça 
principal destes transformadores é o núcleo secionado, composto de chapas finas, a fim de 
reduzir as perdas por histerese, sobre a qual se enrola o circuito secundário. As duas partes do 
núcleo são movimentadas mediante um mecanismo articulado, sendo que elas se apertam uma 
contra a outra através de um mecanismo acionado por mola. Neste caso o primário é constituído 
pelo condutor ‘abraçado’ pelo alicate. 
No caso da correntemedida não ser suficiente para causar a deflexão do ponteiro de 
modo a se obter uma boa leitura, o procedimento recomendado é enrolar o circuito primário, 
dando tantas voltas quantas forem necessárias, fazendo com que a grandeza da corrente primária 
seja multiplicada pelo número de voltas dadas no enrolamento primário. Não se deve esquecer 
que a leitura oferecida no instrumento deve ser dividida pelo número de voltas dadas no 
enrolamento primário do TC. 
 
 
Figura 4.5: TC Tipo Núcleo Dividido [4]. 
 
4.3.6 Tipo com Vários Enrolamentos Primários 
 
Transformador de corrente com vários enrolamentos primários distintos e isolados 
separadamente. 
20 
 
4.3.7 Vários Núcleos 
 
Possuí vários enrolamentos secundários isolados separadamente e montados cada um 
em seu próprio núcleo, formando um conjunto com um único enrolamento primário cujas 
espiras enlaçam todos os secundários. 
 
Figura 4.6: TC Tipo Vários Núcleos [4]. 
 
Os transformadores a seguir não são contemplados pela ABNT, porem são muito 
utilizados em subestações. 
 
4.3.8 Posição Livre 
 
 Os transformadores de corrente desse tipo são indicados para tensões de 765 kV e 
corrente acima de 3.000 A. Seu uso é justificado em todos os casos em que há necessidade de 
recombinação par obtenção de outras relações de transformação. 
 
Figura 4.7: TC Posição Livre [4]. 
21 
 
4.3.9 Tipo Pedestal 
 
 Os transformadores de corrente desse tipo têm sua massa concentrada na base do 
equipamento, proporcionando maior estabilidade mecânica e buscando compensar a altura 
elevada da bucha. O enrolamento primário é reforçado de forma a suportar os esforços 
mecânicos oriundos de corrente de curto circuito. 
 
Figura 4.8: TC Tipo Pedestal [4]. 
4.3.10 Tipo Invertido 
 
Nesse tipo de transformados de corrente o enrolamento primário consiste em uma barra 
estacionária que é envolvido pelo enrolamento secundário em forma de toróide. 
O isolamento principal é colocado nos espaços deste toróide, que envolve as partes 
secundarias e a expansão tubular. Os terminais do secundário estão disponíveis em uma caixa 
de terminais. 
O transformador de corrente do tipo invertido é utilizado em altas correntes e tensões. 
22 
 
 
Figura 4.9: TC Tipo Invertido [4]. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
5 REPRESENTAÇÃO DE UM TRANSFORMADOR DE CORRENTE 
 
Existem várias formas de representar os transformadores de corrente. Nesse item vamos 
descrever o método adotado pela ABNT. 
 As correntes nominais primárias e secundárias devem ser expressas em amperes ou 
correntes primárias e secundárias na forma de relações nominal de correntes. 
 As correntes primárias nominais e as relações nominais devem ser escritas em ordem 
crescente. 
 Dois pontos (:) é usado para exprimir relações nominais. Ex.: 300:1. 
 Hífen (–) é usado para separar correntes nominais de enrolamentos diferentes. 
Ex.: 300 – 5A 
300 – 300 – 5A (dois enrolamentos primários) 
300 – 5 – 5 A (dois enrolamentos secundários) 
 Xis (x) é usado para separar correntes primárias nominais, ou relações nominais 
duplas, como 300 x 600 – 5 A, correntes primárias nominais, cujos enrolamentos 
podem ser ligados em série ou paralelo. 
 Barra (/) é usada para separar correntes primárias nominais ou relações nominais 
obtidas por meio de derivações, efetuadas tanto nos enrolamentos primários como 
nos secundários. Ex.: 300/400 – 5 A. 
 
Exemplo: 
 
 100 – 5 A 
Figura 5.1: Representação no Unifilar do Transformador de Corrente [4]. 
 
24 
 
5.1 MARCAÇÃO DOS TERMINAIS 
 
Os terminais dos transformadores de corrente devem ser adequadamente identificados 
para facilitar a ligação correta, quer quando apenas as marcas de polaridade nos transformadores 
de dois enrolamentos sem derivações, quer usando além destas uma letra e algarismos em cada 
um dos terminais dos transformadores, de mais de dois enrolamentos, derivações ou relações 
múltiplas. Quando for usada marcação individual nos terminais, a letra distinguirá o 
enrolamento a que pertence o terminal. 
P (ABNT) – Terminal do enrolamento primário. H segundo ANSI. 
S (ABNT) – Terminal do enrolamento secundário. X segundo ANSI. 
 
Os algarismos, dispostos segundo a série natural dos números inteiros, serão usados 
como especificado na figura 5.2. 
Exemplo: 
 
Figura 5.2: Indicação de Polaridade de um Transformador de Corrente [4]. 
 
Quando antes da letra, o algarismo indicará a quantidade de enrolamentos, no caso de 
haver mais de um enrolamento primário ou secundário, ou as diferentes fases do conjunto de 
medição. Quando depois da letra, o mais baixo e o mais alto algarismo da série indicarão as 
derivações em sua ordem relativa. Os terminais de enrolamentos diferentes, marcados com o 
algarismo 1 (um), serão da mesma polaridade. Os terminais externos primários do conjunto de 
medição serão numerados com segue: 
 0 (zero) para terminal neutro de entrada. 
 1 (um), 2 (dois) e 3 (três) para os demais terminais de entrada. 
 4 (quatro), 5 (cinco) e 6 (seis) para os demais terminais de saída. 
 
25 
 
Quando o transformador de corrente for do tipo primário religável, deverão constar do 
próprio TC as ligações necessárias para sua correta execução. 
 
Exemplos típicos de marcação de terminais: 
 Relação única 
 
Figura 5.3: marcação de terminais de relação única [4]. 
 
 Transformador de corrente religável 
Dupla relação com primário em duas seções destinadas à ligação série paralelo. 
 
Figura 5.4: marcação de transformador de corrente religável [4]. 
 
 Transformador de corrente com relações múltiplas 
Relação múltipla com primário em várias seções destinadas a ligação série-paralelo. 
 
Figura 5.5: marcação de terminais de relações múltiplas [4]. 
 
 
 
 
 
26 
 
 Duas relações com derivação no primário 
 
Figura 5.6: marcação de terminais com duas relações com derivação no primário [4]. 
 
 Dois enrolamentos com múltiplas relações. 
 
Figura 5.7: marcação de terminais com dois enrolamentos e múltiplas relações [4]. 
 
 Dois enrolamentos primários 
 
Figura 5.8: marcação de terminais com dois enrolamentos primários [4]. 
 
 Dois enrolamentos secundários 
 
 
Figura 5.9: marcação de terminais com dois enrolamentos secundários [4]. 
 
 
27 
 
6 CARACTERÍSTICAS PARA ESPECIFICAÇÃO DE TRANSFORMADOR DE 
CORRENTE 
 
Na especificação do TC, para consulta aos fabricantes, devem ser no mínimo indicados: 
 Corrente(s) primárias nominal(is) e relação(ões) nominal(ais); 
 Tensão máxima do equipamento e níveis de isolamento; 
 Frequência nominal; 
 Cargas nominais; 
 Exatidão; 
 Número de núcleos para medição e proteção; 
 Fator térmico nominal; 
 Corrente suportável nominal de curta duração; 
 Valor de crista nominal da corrente suportável; 
 Tipo de aterramento do sistema; 
 Uso para interior ou exterior. 
 
6.1 CORRENTE PRIMÁRIA NOMINAL E RELAÇÃO NOMINAL 
 
As correntes e relações nominais podem ser vistas nas próximas tabelas, que são 
padronizadas por norma (ABNT), sendo comuns as correntes secundárias normalizadas em 5 
A ou 1 A. A seleção dos TC para serviço de medição deve ser de tal modo que a corrente de 
carga esteja entre 10% e 100% da corrente primária nominal, pois os paralelogramos de 
precisão são definidos para esta faixa. As tabelas de 6.1 a 6.3 mostram as relações nominais 
padronizadas para os transformadores de corrente. 
 
 
 
 
28 
 
 
Relação Nominal Simples 
Corrente 
primária 
nominal 
Relação 
nominal 
Corrente 
primária 
nominal 
Relação 
nominal 
Corrente 
primária 
nominal 
Relação 
nominal 
5 1 : 1 100 20 : 1 1000 200: 1 
10 2 : 1 150 30 : 1 1200 240 : 1 
15 3 : 1 200 40 : 1 1500 300 : 1 
20 4 : 1 250 50 : 1 2000 400 : 1 
25 5 : 1 300 60 : 1 2500 500 : 1 
30 6 : 1 400 80 : 1 3000 600 : 1 
40 8 : 1 500 100 : 1 4000 800 : 1 
50 10 : 1600 120 : 1 5000 1000 : 1 
60 12 : 1 800 160 : 1 6000 1200 : 1 
75 15 : 1 8000 1600 : 1 
 Tabela 6.1: Relações nominais simples (ABNT) [12]. 
 
Relações Nominais Duplas - Ligação Série / Paralelo 
Corrente primária 
nominal (A) 
Relação nominal 
Corrente primária 
nominal (A) 
Relação nominal 
5 x 10 1 x 2 : 1 800 x 1600 160 x 320 : 1 
10 x 20 2 x 4 : 1 1000 x 2000 200 x 400 : 1 
15 x 30 3 x 6 : 1 1200 x 2400 240 x 480 : 1 
20 x 40 4 x 8 : 1 1500 x 3000 300 x 600 : 1 
25 x 50 5 x 10 : 1 2000 x 4000 400 x 800 : 1 
30 x 60 6 x 12 : 1 2500 x 5000 500 x 1000 : 1 
40 x 80 8 x 16 : 1 3000 x 6000 600 x 1200 : 1 
50 x 100 10 x 20 : 1 4000 x 8000 800 x 1600 : 1 
60 x 120 12 x 24 : 1 5000 x 10000 1000 x 2000 : 1 
75 x 150 15 x 30 : 1 6000 x 12000 1200 x 2400 ; 1 
100 x 200 20 x 40 : 1 7000 x 14000 1400 x 2800 : 1 
150 x 300 30 x 60 : 1 8000 x 16000 1600 x 3200 : 1 
200 x 400 40 x 80 : 1 9000 x 18000 1800 x 3600 : 1 
300 x 600 60 x 120 : 1 10000 x 20000 2000 x 4000 : 1 
400 x 800 80 x 160 : 1 
Tabela 6.2: Relações nominais duplas para ligação série/paralelo no enrolamento primário 
(ABNT) [12]. 
29 
 
Relações Nominais Múltiplas - RM 
Designação 
genérica 
Derivações 
Principais 
Esquema 
Corrente 
Primária 
Nominal 
Relação 
Nominal 
Derivações 
Secundárias 
 
 
 
 
RM600 – 5A 
 
 
 
 
100/150/400/600
-5A 
 
 
 
 
50 
100 
150 
200 
250 
300 
400 
450 
500 
600 
10:1 
20:1 
30:1 
40:1 
50:1 
60:1 
80:1 
90:1 
100:1 
120:1 
S2 – S3 
S1 – S2 
S1 – S3 
S4 – S5 
S3 – S4 
S2 – S4 
S1 – S4 
S3 – S5 
S2 – S5 
S1 – S5 
 
 
 
 
RM1200–5A 
 
 
 
 
200/300/800/ 
1200-5A 
 
 
 
 
100 
200 
300 
400 
500 
600 
800 
900 
1000 
1200 
20:1 
40:1 
60:1 
80:1 
100:1 
120:1 
160:1 
180:1 
200:1 
240:1 
S2 – S3 
S1 – S2 
S1 – S3 
S4 – S5 
S3 – S4 
S2 – S4 
S1 – S4 
S3 – S5 
S2 – S5 
S1 – S5 
 
 
 
RM2000–5A 
 
 
 
 
400/1200/1500/ 
2000-5A 
 
 
 
 
300 
400 
500 
800 
1100 
1200 
1500 
1600 
2000 
60:1 
80:1 
100:1 
160:1 
220:1 
240:1 
300:1 
320:1 
400:1 
S3 – S4 
S1 – S2 
S4 – S5 
S2 – S3 
S2 – S4 
S1 – S3 
S1 – S4 
S2 – S5 
S1 - S5 
30 
 
Designação 
genérica 
Derivações 
Principais 
Esquema 
Corrente 
Primária 
Nominal 
Relação 
Nominal 
Derivações 
Secundárias 
 
 
 
RM4000-5A 
 
 
 
500/200/3000/
400-5A 
 
 
 
500 
1000 
1500 
2000 
2500 
3000 
3500 
4000 
100:1 
200:1 
300:1 
400:1 
500:1 
600:1 
700:1 
800:1 
S1 – S2 
S3 – S4 
S2 –S3 
S1 –S3 
S2 – S4 
S1 –S4 
S2 –S5 
S1 – S5 
 
 
 
RM5000-5A 
 
 
 
300/100/400/200
/1500/2000/ 
4000–5A 
 
 
 
500 
1000 
1500 
2000 
2500 
3000 
3500 
4000 
5000 
100:1 
200:1 
300:1 
400:1 
500:1 
600:1 
700:1 
800:1 
1000:1 
S2 – S3 
S4 – S5 
S1 – S2 
S1 – S3 
S2 –S4 
S3 –S5 
S2 – S5 
S1 – S4 
S1 – S5 
 
 
 
RM6000-5A 
 
 
 
 
 
 
 
 
1000/1500/4000/
6000 – 5A 
 
 
 
500 
1000 
1500 
2000 
2500 
3000 
4000 
4500 
5000 
6000 
100:1 
200:1 
300:1 
400:1 
500:1 
600:1 
800:1 
900:1 
1000:1 
1200:1 
S2 – S3 
S1 – S2 
S1 – S3 
S4 – S5 
S3 –S4 
S2 –S4 
S1 – S4 
S3 – S5 
S2 – S5 
S1 – S5 
Tabela 6.3: Relações nominais múltiplas obtidas por combinações e derivações no 
enrolamento secundário (ABNT) [12]. 
 
31 
 
6.2 TENSÃO MÁXIMA E NÍVEIS DE ISOLAMENTO 
 
O nível de isolamento nominal é definido pela máxima tensão do circuito, que deve ser, 
no mínimo, a tensão mais elevada do sistema ao qual o transformador de corrente vai ser 
conectado e é padronizado pela NBR 6856. Os níveis de isolamento são mostrados nas tabelas 
de 6.4 a 6.7. 
NBI - Nível Básico de Isolamento 
Tensão Nominal do Sistema kV Tensão Máxima (fase terra) kV NBI e Tensão de Crista kV 
0.6 0.38 10 
2.4 1.53 45 
4.8 3.06 60 
8.32 5.29 75 
13.8 8.9 110 ou 95 
25.0 16.0 150 ou 125 
34.5 22.0 200 ou 150 
46.0 29.0 250 
69.0 44.0 350 
115.0 73.0 550 ou 450 
138.0 88.0 650 ou 550 
161.0 102.0 750 ou 650 
230.0 146.0 1050 ou 900 
Tabela 6.4: Nível Básico de Isolamento para transformadores de corrente (ABNT) [12]. 
 
Tensão máxima do 
equipamento 
kV (eficaz) 
Tensão suportável 
nominal de impulso 
atmosférico 
kV (crista) 
Tensão suportável 
nominal de impulso 
de manobra a 
frequência industrial 
kV (eficaz) 
Tensão suportável 
nominal de impulso 
atmosférico com 
impulso cortado 
kV (crista) 
1.5 2 3 4 
92.4 380 
450 
150 
185 
418 
495 
145 550 
650 
230 
275 
605 
715 
169 650 
750 
275 
325 
715 
825 
242 850 
950 
1050 
360 
395 
460 
935 
1045 
1155 
Tabela 6.5: Níveis de isolamento para equipamento de tensão máxima não inferior a 92 kV e 
não superior a 242 kV (ABNT) [12]. 
 
32 
 
Tensão máxima 
do equipamento 
kV (crista) 
Tensão suportável 
nominal de impulso 
atmosférico 
kV (crista) 
Tensão suportável 
nominal de impulso 
de manobra a 
frequência industrial 
kV (crista) 
Tensão suportável 
nominal de impulso 
atmosférico com 
impulso cortado 
kV (crista) 
362 
1050 
850 
950 
1155 
1175 
950 
1050 
1292 
1300 
1050 
1175 
1430 
460 
1425 
1050 
1175 
1567 
1550 1175 1705 
1675 1175 1705 
550 
1425 
1050 
1175 
1567 
1550 
1175 
1300 
1705 
1800 
1300 
1425 
1980 
765 
1800 
1300 
1425 
1980 
1950 2145 
2100 2310 
Tabela 6.6: Níveis de isolamento para equipamento de tensão máxima não inferior a 362 kV 
e não superior a 765 kV (ABNT) [12]. 
 
Tensão máxima do 
equipamento 
kV (eficaz) 
Tensão suportável nominal a 
frequência industrial 
kV (eficaz) 
362 450 
460 565 
550 650 
765 830 
Tabela 6.7: Tensão suportável nominal à frequência industrial para transformador de corrente 
de tensão máxima não inferior a 362 kV e não inferior a 765 kV (ABNT) [12]. 
 
 
33 
 
6.3 FREQUÊNCIA NOMINAL 
 
A frequência nominal é mais conhecida como frequência industrial. No Brasil o valor 
estabelecido pela NBR é de 60 Hz, podendo variar de 58 a 62 Hz. 
É um fator importante para o transformador de corrente, pois para a sua especificação, 
o critério adotado é sua carga, que terá valores diferentes para diferentes frequências. 
Os transformadores devem ser usados na frequência especificada em sua placa de 
característica, para não ocasionar problemas de exatidão, perdas internas etc. 
 
6.4 CARGAS NOMINAIS PARA TRANSFORMADORES DE CORRENTE 
 
Todas as considerações sobre precisão dos transformadores de corrente requerem 
conhecimento das cargas que os mesmos alimentam. A carga externa, também chamada de 
‘burden’ (soma das impedâncias), pode ser expressa em termos de impedância com os 
componentes de resistência e reatância ou em termos de potência e fator de potência, ou seja, 
em Volt-Ampère (VA), que representam o que é consumido na impedância da carga com 
corrente secundária nominal. 
Assim, uma carga de 0,5 Ω, pode ser expressa, também, como 12,5 VA, assumindo uma 
corrente secundária nominal de 5 A. 
Os catálogos e publicações dos diversos fabricantes mostram as cargas dos relés, 
medidores, etc. que, junto com as impedâncias dos condutores, permitem o cálculo da carga 
total imposta ao TC. Para uma melhor compreensão das cargas nominais a serem impostas aos 
transformadores de corrente de medição e proteção vamos observar as curvas típicas de 
magnetização dos dois tipos. 
Para os transformadores de corrente de instrumentação e medição é necessária uma 
precisão elevada na faixa de 10 % a 120 % da corrente nominal, quando conectados a carga 
nominal. 
Já os TC para serviço de proteção, possuem uma característica linear até a tensão 
secundária que corresponde à máxima corrente de defeito que circula na carga conectada. 
 
 
34 
 
6.4.1 Tensão Secundária Nominal 
 
É a tensão que aparece nos terminais da carga nominal imposta ao transformador de 
corrente, quando circula uma corrente 20 vezes a corrente secundária nominal, sem que o erro 
da relaçãoexceda o valor especificado. Esses valores são baseados para a corrente secundária 
nominal de 5 A. 
A figura 6.1, mostra as características dos dois tipos de transformadores de corrente com 
a mesma carga nominal, porém um para instrumentação e outro para proteção. A figura mostra 
que cada um dos dois TC tem características distintas. Caso seja necessário um transformador 
de corrente para propósito de medição e proteção, ele terá que ter características duplas. Em 
geral aparecem dificuldades no projeto, principalmente no que se referem às suas dimensões. 
As diversas normas técnicas existentes indicam classes de precisão e cargas para 
transformadores de corrente destinados à medição e proteção e possibilitam uma escolha direta 
do tipo e característica dos transformados de corrente requerido para uma determinada 
finalidade. Cada uma das normas mais utilizadas (ABNT, ANSI e IEC) apresenta métodos 
ligeiramente diferentes, que, de modo geral, levam ao mesmo resultado aproximado. 
 
 
 
Figura 6.1: Gráfico Is x Vs [4]. 
 
35 
 
6.4.2 Cargas Nominais para Transformadores de Corrente – Nomenclatura 
 
 Nomenclatura segundo a ABNT 
A carga na qual se baseiam os requisitos de exatidão para a qual o TC foi fabricado são 
definidas de acordo com a tabela 6.8. É designada pela ABNT por caracteres formado pela letra 
C seguida do número que indica a carga em Volt-Ampére (VA) correspondente a corrente 
secundária nominal 5 A e frequência de 60 Hz. 
Designação 
Potência 
Aparente (VA) 
Resistência 
() 
Reatância 
Indutiva () 
Impedância 
() 
Tensão a 
20 x 5 A (V) 
Fator de potência fp = 0,90 
C 2,5 2,5 0.09 0,044 0,1 10 
C 5,0 5,0 0,18 0,087 0,2 20 
C 12,5 12,5 0,45 0,218 0,5 50 
C 22,5 22,5 0,81 0,392 0,9 90 
C 45 45 1,62 0,785 1,8 180 
C 90 90 3,24 1,569 3,6 360 
Tabela 6.8: Cargas nominais para TC com 5A de corrente secundária e fp 0,9 pela ABNT [12]. 
Designação 
Potência 
Aparente (VA) 
Resistência 
() 
Reatância 
Indutiva () 
Impedância 
() 
Tensão a 
20 x 5 A (V) 
Fator de potência fp = 0,50 
C 25 25 0,5 0,866 1,0 100 
C 50 50 1,0 1,732 2,0 200 
C 100 100 2,0 3,464 4,0 400 
C 200 200 4,0 6,928 8,0 800 
Tabela 6.9: Cargas nominais para TC com 5A de corrente secundária e fp 0,5 (ABNT) [12]. 
 
Para correntes secundárias diferentes de 5 A, os valores de resistência, reatância 
indutância e impedância das cargas nominais são obtidos multiplicando-se os valores desta 
tabela pelo quadrado da relação entre a corrente nominal secundária de 5 A e a nova corrente 
de secundário. Os valores do fator de potência e da potência permanecem inalterados 
 
 Nomenclatura segundo ANSI 
Na nomenclatura seguindo a norma ANSI, utiliza-se a letra 'B' (Burden - carga externa) 
seguida pelo número indicando a impedância em referente à carga, como mostra a tabela 6.10. 
36 
 
Designação 
da Carga 
Resistência
 
Indutância 
(mH) 
Impedância
 
Potência 
Aparente 
Fator de 
Potência 
Metering Burdens 
B-0.1 0,09 0,116 0,1 2,5 0,9 
B-0.2 0,18 0,232 0,2 5,0 0,9 
B-0.5 0,45 0,580 0,5 15,5 0,9 
B-0.9 0,81 1,04 0,9 22,5 0,9 
B-1.8 1,62 2,08 1,8 45,0 0,9 
Relaying Burdens 
B-1 0,5 2,3 1,0 25 0,5 
B-2 1,0 4,6 2,0 50 0,5 
B-4 2,0 9,2 4,0 100 0,5 
B-8 4,0 18,4 8,0 200 0,5 
Tabela 6.10: Cargas nominais para TC de 5A de corrente secundária pela ANSI [14]. 
 
Para correntes secundárias diferentes de 5 A, os valores de resistência, indutância e 
impedância das cargas nominais são obtidos multiplicando-se os valores desta tabela pelo 
quadrado da relação entre a corrente de 5 A e a nova corrente de secundário. Os valores do fator 
de potência e da potência permanecem inalterados. 
Estas padronizações são estabelecidas para facilitar a comparação de diferentes 
transformadores de corrente numa unidade básica. Note-se, por exemplo, que a designação, B-
2, corresponde a norma ANSI, a uma impedância de 2 Ω, a 60 Hz. Já na norma ABNT a 
impedância de 2 Ω a 60 Hz corresponde ao C 50. Na tabela 6.11 temos a comparação das 
designações pelas duas normas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
Designação Resistência 
Ω 
Indutância 
mH 
Potência 
Aparente 
VA 
Fator de 
Potência 
Impedância 
Ω ANSI ABNT 
B-0,1 C 2,5 0,09 0,116 2,5 0,90 0,1 
B-0,2 C 5,0 0,18 0,232 5,0 0,90 0,2 
B-0,5 C 12,5 0,45 0,580 12,5 0,90 0,5 
B-1 C 25 0,50 2,3 25 0,50 1,0 
B-2 C 50 1,0 4,6 50 0,50 2,0 
B-4 C 100 2,0 9,2 100 0,50 4,0 
B-8 C 200 4,0 18,4 200 0,50 8,0 
Tabela 6.11: Quadro Comparativo das Cargas Nominais e Normas (ANSI e ABNT) 
[12e14]. 
 
6.5 CLASSE DE EXATIDÃO 
 
A classe de exatidão do transformador de corrente está diretamente relacionada à função 
que o equipamento está submetido. 
Portanto, a determinação da classe de exatidão do transformador de corrente devido às 
características intrínsecas de cada tipo (serviços de medição e proteção) será enfocada em duas 
partes: 
 Classe de precisão para TC de serviço de medição. 
 Classe de precisão para TC de serviço de proteção. 
Porém, independentemente da função ao qual o transformador de corrente está 
submetido, ele e os equipamentos a ele ligados devem apresentar classe de exatidão semelhante. 
 
6.5.1 Transformadores de Corrente para Serviço de Medição 
 
Se fosse possível construir um transformador de corrente perfeito, ou seja, um 
equipamento sem perdas nos enrolamentos e no núcleo, sem queda de tensão nos enrolamentos 
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e sem corrente de excitação para magnetização do núcleo, a corrente no enrolamento secundário 
estaria defasada exatamente de 180º da corrente primária (supondo polaridade subtrativa) e a 
relação de transformação seria exatamente igual à relação das espiras secundária para primária, 
em todas as condições de corrente primária de carga. Em outras palavras, não haveria erro de 
ângulo de fase nem erro de relação de transformação. 
Os transformadores de corrente para serviço de medição, que alimentarão medidores 
inclusive para faturamento, logo sendo importante que estes retratem com exatidão a corrente 
de serviço normal do circuito devem apresentar erros de relação mínimos dentro de cada classe, 
para correntes nominais entre 10% e 120% da corrente nominal. 
Já em caso de curto circuito não é necessário que esta corrente seja transformada com 
precisão pelos transformadores de corrente para serviço de medição. Muito pelo contrário, a 
ação desta corrente provocará a saturação do núcleo do transformador o que proporcionará 
autoproteção dos instrumentos conectados ao seu secundário. 
Em outras palavras, considera-se que um transformador de corrente para serviço de 
medição está dentro de sua classe de exatidão nominal, quando os pontos determinados pelos 
Fatores de Correção da Relação (FCR) e pelos ângulos de fase (ß) estiverem dentro do 
paralelogramo de exatidão, onde FCR é o fator que multiplicado pela relação nominal de placa 
do TC fornece a relação real de transformação do equipamento. 
𝐹𝐶𝑅 =
𝐼1
𝐼2
 𝑥 
𝐼
𝑘
= (
𝐼2 + 𝐼𝑒
𝐼2
) 
Onde: 
I1 = Valor eficaz da corrente primária (A). 
I2 = Corrente secundaria fluindo pela carga (A). 
Ie = Corrente de excitação referida ao secundário. 
K = Relação de espiras secundária para a primária. 
 
Quando um transformador de corrente for usado somente na medição de corrente, seu 
erro de relação precisa ser considerado. Entretanto, quando são feitas medições em que a relação 
de fase entre a tensão e corrente estiver envolvida, o erro de fase (ß) da transformação da 
corrente deve ser levado em consideração. Isso se faz necessário, porque um erro no ângulo de 
fase da corrente constitui uma defasagem entre a corrente primária e a corrente secundária. Este 
erro acarreta uma mudança na relação de fase entre a corrente e a tensão do circuito secundário, 
quando comparada com a relação de fase entre a corrente e a tensão no circuito primário, o que 
induzirá a um erro de medição. 
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O outro fator de correção é o chamado Fator da Correção

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