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Primeiros Socorros livro uniasselvi

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2016
Primeiros socorros
Prof.ª Eliza Damiane Woloszyn Batista
Prof.ª Julia Mara dos Santos
Prof.ª Tathyane Lucas Simão
Copyright © UNIASSELVI 2016
Elaboração:
Prof.ª Eliza Damiane Woloszyn Batista
Prof.ª Julia Mara dos Santos
Prof.ª Tathyane Lucas Simão
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
341.617
B333p 
Batista; Eliza Damiane Woloszyn
 Primeiros socorros / Eliza Damiane Woloszyn Batista; 
Tathyane Lucas Simão; Júlia Mara dos Santos: UNIASSELVI, 2016.
 
 208 p. : il.
 
 ISBN 978-85-515-0044-6
 
 1.Segurança do Trabalho. 
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
Impresso por:
III
APresentAção
Daremos início aos estudos da disciplina de Primeiros Socorros. Com 
este estudo, você, acadêmico, entenderá melhor os conceitos e os princípios 
voltados ao atendimento de vítimas de acidentes ou qualquer outro mal 
súbito.
Os acidentes são acontecimentos que ocorrem inesperadamente e que 
devemos estar preparados para realizar os primeiros atendimentos à vítima. 
Realizar esse atendimento de forma adequada implica, em muitos casos, 
salvar vidas.
É nítida a importância do primeiro atendimento e aplicação dos 
primeiros socorros. Em países desenvolvidos, a população participa e se 
preocupa em aprender e difundir esses conceitos.
Com o objetivo de difundir e melhorar a compreensão sobre os 
primeiros socorros, você estudará, nesta disciplina, os conceitos básicos dos 
primeiros socorros e suas aplicações.
Na primeira unidade, você estudará sobre os socorros de urgência 
e suporte da vida, transporte de acidentados, aspectos legais de primeiros 
socorros, funções e sinais vitais do corpo humano e atendimentos de 
emergência.
Na segunda unidade, você encontrará informações sobre emergências 
clínicas respiratórias e circulatórias, emergências clínicas gerais, alterações 
mentais e primeiros socorros em emergências traumáticas.
Na terceira unidade, você terá conhecimentos sobre os primeiros 
socorros em casos de choque elétrico, queimaduras, envenenamento e 
intoxicações.
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades 
em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o 
material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato 
mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação 
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir 
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
UNI
V
VI
VII
sumário
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO .................................................1
TÓPICO 1 – SOCORROS DE URGÊNCIA E SUPORTE DA VIDA ..............................................3
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................3
2 PRIMEIROS SOCORROS ....................................................................................................................3
3 REGRAS BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS ........................................................................5
4 ATENDIMENTO INICIAL: EQUIPE ESPECIALIZADA ...............................................................6
4.1 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ................................................................................................................6
4.2 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA .........................................................................................................8
4.3 REGRAS GERAIS PARA ATENDIMENTO INICIAL .................................................................10
4.4 USO DE EPIs ......................................................................................................................................11
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................................12
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................................13
TÓPICO 2 – TRANSPORTE DE ACIDENTADOS ............................................................................15
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................15
2 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM PRIMEIROS SOCORROS .................................................15
2.1 CORPO DE BOMBEIROS ................................................................................................................16
2.2 POLÍCIA MILITAR ...........................................................................................................................16
2.3 SAMU - SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA ..........................................17
2.4 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL ..............................................................................................18
2.5 DEFESA CIVIL ..................................................................................................................................18
2.6 ATENDIMENTO DE PRIMEIROS SOCORROS POR INTOXICAÇÃO ...................................19
3 ETAPAS BÁSICAS DE SERVIÇO ESPECILIAZADO ....................................................................19
3.1 ORIENTAÇÕES PARA CONTROLE DA SITUAÇÃO ................................................................20
3.2 PROTEÇÃO À VÍTIMA ...................................................................................................................20
3.3 AVALIAÇÃO DE CABEÇA .............................................................................................................21
3.4 FRATURAS DE PESCOÇO E COLUNA VERTEBRAL ...............................................................22
4 ORIENTAÇÕES PARA TRANSPORTE ............................................................................................23
5 FUNDAMENTOS DO SOCORRO: FRATURAS E TRAUMAS ...................................................24
5.1 LESÃO DE TÓRAX E MEMBROS ..................................................................................................24
5.2 FRATURA NAS COSTELAS ...........................................................................................................25
5.3 TÓRAX INSTÁVEL ..........................................................................................................................25
5.3.1 Contusão pulmonar .................................................................................................................265.3.2 Pneumotórax hipertensivo .....................................................................................................26
5.3.3 Pneumotórax aberto.................................................................................................................26
5.3.4 Contusão cardíaca ....................................................................................................................26
5.4 EXAME DA VÍTIMA INCONSCIENTE ........................................................................................27
5.4.1 Respiração artificial ..................................................................................................................27
6 O CORPO HUMANO EM EMERGÊNCIAS BÁSICAS .................................................................29
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................................................30
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................................31
VIII
TÓPICO 3 – ASPECTOS LEGAIS DE PRIMEIROS SOCORROS ..................................................33
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................33
2 LEIS DA CONSTITUIÇÃO EM PRIMEIROS SOCORROS .........................................................33
2.1 OMISSÃO DE SOCORRO ...............................................................................................................33
2.2 DIREITOS DA VÍTIMA ....................................................................................................................34
2.3 CASOS DE NEGLIGÊNCIA ............................................................................................................35
2.4 DIREITO DE SIGILO ........................................................................................................................35
3 SEGURO DE ACIDENTES DE TRABALHO ...................................................................................36
3.1 LEGISLAÇÃO VIGENTE ................................................................................................................36
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................................37
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................................38
TÓPICO 4 – FUNÇÕES E SINAIS VITAIS DO CORPO HUMANO .............................................39
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................39
2 FUNÇÕES VITAIS DO CORPO HUMANO ....................................................................................40
2.1 RINS ....................................................................................................................................................40
2.2 APARELHO DIGESTIVO ................................................................................................................40
2.3 FÍGADO .............................................................................................................................................40
2.4 PULMÃO ...........................................................................................................................................41
2.5 CORAÇÃO .........................................................................................................................................41
2.6 SISTEMA NERVOSO CENTRAL ...................................................................................................41
3 SINAIS VITAIS ......................................................................................................................................41
3.1 TEMPERATURA CORPORAL ........................................................................................................41
3.2 PULSO ................................................................................................................................................42
3.3 RESPIRAÇÃO ....................................................................................................................................43
3.4 PRESSÃO ARTERIAL ......................................................................................................................43
3.5 PUPILAS ............................................................................................................................................44
3.6 COLORAÇÃO DA PELE .................................................................................................................44
3.7 ESTADO DE CONSCIÊNCIA .........................................................................................................44
3.8 CAPACIDADE DE MOVIMENTAÇÃO ........................................................................................45
4 PRINCÍPIOS DE REANIMAÇÃO ......................................................................................................45
RESUMO DO TÓPICO 4.........................................................................................................................46
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................................47
TÓPICO 5 – ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA .........................................................................49
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................49
2 PARADA RESPIRATÓRIA ..................................................................................................................49
2.1 DEFINIR O ESTADO DE CONSCIÊNCIA DA VÍTIMA ............................................................50
2.2 POSICIONAR A VÍTIMA ................................................................................................................50
2.3 VERIFICAR SE A VÍTIMA ESTÁ RESPIRANDO ........................................................................50
2.4 REALIZAR A RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL ..................................................................................51
3 PARADA CARDÍACA ..........................................................................................................................51
3.1 INSTRUÇÕES PARA O SOCORRISTA .........................................................................................52
3.2 TÉCNICA DE COMPRESSÃO TORÁCICA .................................................................................52
3.3 COMPRESSÃO TORÁXICA EXTERNA .......................................................................................54
3.4 POSIÇÃO DE RECUPERAÇÃO .....................................................................................................54
3.5 COMPLICAÇÕES POR REALIZAÇÃO DE MANOBRAS INADEQUADAS .........................55
4 HEMORRAGIAS ...................................................................................................................................57
4.1 TIPOS DE HEMORRAGIAS ............................................................................................................57
4.1.1 Anatomia das hemorragias .....................................................................................................57
4.1.2 Hemorragia nasal (epistaxe) ...................................................................................................58
4.1.3 Hemorragia do conduto auditivo externo (otorragia) ........................................................58
4.1.4 Hemorragia dos pulmões (hemoptise) .................................................................................59
IX
4.1.5 Hemorragiado sistema digestivo (hematêmese) ................................................................59
4.1.6 Hemorragia intracraniana .......................................................................................................60
4.1.7 Hemorragia interna..................................................................................................................61
4.1.8 Melena ........................................................................................................................................61
4.2 MEDIDAS DE SOCORRO ...............................................................................................................62
4.3 TÉCNICAS PARA CONTROLES DA HEMORRAGIA...............................................................62
4.3.1 Técnica de compressão direta sobre o ferimento ................................................................62
4.3.2 Técnica da elevação do ponto de sangramento ...................................................................63
4.3.2 Técnica da compressão sobre os pontos arteriais ................................................................63
4.3.4 Técnica de torniquete...............................................................................................................64
5 ESTADO DE CHOQUE .......................................................................................................................65
5.1 CAUSAS DO ESTADO DE CHOQUE ...........................................................................................66
5.2 TRATAMENTO PARA O ESTADO DE CHOQUE ......................................................................67
6 CHOQUE ANAFILÁTICO ...................................................................................................................68
RESUMO DO TÓPICO 5.........................................................................................................................69
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................................70
UNIDADE 2 – EMERGÊNCIAS CLÍNICAS .......................................................................................71
TÓPICO 1 – EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS ..................73
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................73
2 EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS ..................................................................................................73
2.1 HIPERVENTILAÇÃO ......................................................................................................................74
2.2 ASMA .................................................................................................................................................75
2.3 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA.................................................................................................77
2.4 EDEMA AGUDO DE PULMÃO .....................................................................................................79
3 EMERGÊNCIAS CIRCULATÓRIAS .................................................................................................80
3.1 ANGINA DE PEITO .........................................................................................................................81
3.2 ARRITMIAS CARDÍACAS ..............................................................................................................82
3.3 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO ..........................................................................................83
3.4 CRISE HIPERTENSIVA....................................................................................................................85
3.5 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) ...............................................................................87
RESUMO DO TÓPICO 1.........................................................................................................................90
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................................91
TÓPICO 2 – EMERGÊNCIAS CLÍNICAS GERAIS ...........................................................................93
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................93
2 CÓLICA RENAL ....................................................................................................................................93
3 DIABETES: COMA DIABÉTICO E HIPOGLICEMIA ...................................................................95
4 INSOLAÇÃO ..........................................................................................................................................97
5 EXAUSTÃO PELO CALOR .................................................................................................................98
6 CÃIBRAS DE CALOR ...........................................................................................................................98
7 DIARREIA ...............................................................................................................................................99
8 DESMAIO ...............................................................................................................................................100
RESUMO DO TÓPICO 2.........................................................................................................................103
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................................104
TÓPICO 3 – ALTERAÇÕES MENTAIS ................................................................................................105
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................105
2 CONVULSÃO ........................................................................................................................................105
3 NEUROSE HISTÉRICA ........................................................................................................................107
4 ALCOOLISMO AGUDO ......................................................................................................................108
RESUMO DO TÓPICO 3.........................................................................................................................110
X
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................................111
TÓPICO 4 – PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS ........................113
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................113
2 LESÕES TRAUMÁTICAS NOS OSSOS ..........................................................................................113
2.1 AMPUTAÇÕES .................................................................................................................................121
3 LESÕES TRAUMÁTICAS NOS MÚSCULOS .................................................................................122
4 LESÕES TRAUMÁTICAS NAS ARTICULAÇÕES ........................................................................122
4.1 AS ENTORSES ...................................................................................................................................123
4.2 AS LUXAÇÕES..................................................................................................................................124
5 LESÕES TRAUMÁTICAS NOS OLHOS ..........................................................................................1256 LESÕES TRAUMÁTICAS NA CABEÇA E NA COLUNA VERTEBRAL ..................................129
6.1 LESÕES NA CABEÇA......................................................................................................................129
6.2 LESÕES NA COLUNA VERTEBRAL ............................................................................................132
7 LESÃO TRAUMÁTICA NO TÓRAX ................................................................................................135
8 LESÃO TRAUMÁTICA DE ABDÔMEN ..........................................................................................136
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................................137
RESUMO DO TÓPICO 4.........................................................................................................................142
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................................144
UNIDADE 3 – PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS NA INDÚSTRIA ....................145
TÓPICO 1 – CHOQUE ELÉTRICO .......................................................................................................147
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................147
2 CHOQUE ELÉTRICO ............................................................................................................................147
RESUMO DO TÓPICO 1.........................................................................................................................152
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................................153
TÓPICO 2 – PRIMEIROS SOCORROS PARA QUEIMADURAS ..................................................155
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................155
2 QUEIMADURAS ...................................................................................................................................155
3 FATORES DE RISCO ............................................................................................................................159
3.1 QUEIMADURAS TÉRMICAS .........................................................................................................160
3.2 QUEIMADURAS QUÍMICAS .........................................................................................................164
3.3 QUEIMADURAS POR ELETRICIDADE ......................................................................................167
3.4 QUEIMADURAS POR FRIO ...........................................................................................................171
3.5 QUEIMADURAS POR INALAÇÃO ..............................................................................................172
RESUMO DO TÓPICO 2.........................................................................................................................175
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................................178
TÓPICO 3 – ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÃO .....................................................................179
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................179
2 INTOXICAÇÃO POR AGENTES NOCIVOS ..................................................................................179
2.1 INTOXICAÇÕES POR INGESTÃO ...............................................................................................180
2.2 INTOXICAÇÕES POR INALAÇÃO ..............................................................................................182
2.3 INTOXICAÇÕES POR CONTATO.................................................................................................183
2.4 INTOXICAÇÕES POR INJEÇÃO ...................................................................................................184
3 ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS E VENENOSOS .............................................184
3.1 OFIDISMO – ACIDENTE COM SERPENTES ..............................................................................185
3.2 ACIDENTES COM ESCORPIÕES ..................................................................................................191
3.3 ACIDENTES COM ARANHAS ......................................................................................................191
3.3.1 Phoneutria – Aranha-armadeira ..............................................................................................192
XI
3.3.2 Loxosceles – Aranha marrom ...................................................................................................192
3.3.3 Latrodectus - Viúva-negra ........................................................................................................193
3.4 ACIDENTE COM HIMENÓPTEROS ............................................................................................193
3.4.1 Apidae – Abelhas .......................................................................................................................193
3.4.2 Vespidae – Vespas ......................................................................................................................195
3.4.3 Formicidae – Formigas ..............................................................................................................196
3.5 ACIDENTES POR LEPIDÓPTEROS ..............................................................................................196
3.6 EMERGÊNCIA ESPECIAL: O CHOQUE ANAFILÁTICO ........................................................199
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................................201
RESUMO DO TÓPICO 3.........................................................................................................................203
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................................204
REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................................205
XII
1
UNIDADE 1
ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO 
SOCORRO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, o acadêmico estará apto a:
• conhecer as regras básicas para atendimento inicial de avaliação primária 
e secundária, assim como o uso de EPIs para o socorrista;
• compreender qual a responsabilidade dos serviços especializados, confor-
me a necessidade da vítima e orientações de transporte;
• obter conhecimento básico sobre os tipos de fraturas e traumas, ações para 
prevenção de lesões e procedimentos básicos para realização de respira-
ção artificial;
• conhecer os aspectos legais, as Leis segundo a Constituição Brasileira em 
primeiros socorros e os seguros em casos de acidente de trabalho;
• obter conhecimento básico sobre as funções vitais do corpo humano.
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. Em cada um deles você 
encontrará atividades que o auxiliarão a fixar os conhecimentos abordados.
TÓPICO 1 – SOCORROS DE URGÊNCIA E SUPORTE DA VIDA
TÓPICO 2 – TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
TÓPICO 3 – ASPECTOS LEGAIS DE PRIMEIROS SOCORROS
TÓPICO 4 – FUNÇÕES E SINAIS VITAIS DO CORPO HUMANO
TÓPICO 5 – ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
SOCORROS DE URGÊNCIA E 
SUPORTE DA VIDA
1 INTRODUÇÃO
Esta unidade tem como objetivo apresentar um conhecimento geral de 
primeiros socorros, as técnicas e os procedimentosdescritos foram pesquisados 
em materiais atualizados e coerentes com a medicina brasileira.
O ensino de técnicas ao suporte básico da vida tem relevante importância 
para nosso país, pois os índices de mortalidade e as consequências dos acidentes 
são elevados, e a maioria da população não é preparada para ações de prevenção 
de acidentes ou para a prestação de socorro adequado ao nível pré-hospitalar.
Como podemos prestar os primeiros socorros? Seguindo as orientações 
contidas neste Caderno de Estudos, qualquer pessoa terá condições de ajudar em 
uma situação de emergência. No entanto, é importante lembrar que este básico 
conhecimento não o torna um socorrista profissional.
Muitas pessoas que se deparam com uma situação de emergência e prestam 
atendimento, têm medo de fazer alguma coisa errada e gerar consequências legais 
com base nessa atitude.
É importante ressaltar que é necessária a participação em um treinamento 
atualizado prático de primeiros socorros, com profissionais capacitados, pois 
somente a leitura de materiais sobre esse assunto não lhe dará condições 
fundamentais para um pronto atendimento a uma vítima. 
A definição de primeiros socorros é determinada por um conjunto de 
procedimentos de emergência, que são aplicados às vítimas no momento em que 
sofreram um acidente, mal-estar ou quando se encontram em perigo de vida. 
Estas ações têm a finalidade de preservar e manter os sinais vitais, dentro 
dos padrões da normalidade, evitando o agravamento da situação em que a pessoa 
se encontra. 
2 PRIMEIROS SOCORROS
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
4
A execução dos procedimentos pode ser de forma individual ou coletiva, 
conforme a análise das limitações encontradas para auxiliar o acidentado, até que 
o atendimento especializado esteja no local para prestar uma assistência mais 
detalhada e definitiva.
De acordo com Vendrame (2013), os procedimentos de primeiros socorros 
têm como principal objetivo afastar a vítima do perigo imediato, prevenindo 
consequências maiores e encaminhando para a assistência médica. 
As ações de primeiros socorros deverão ser executadas. No caso em que a 
vítima não tiver condições físicas e psicológicas de cuidar de si própria, o socorrista 
deverá prestar um primeiro atendimento e, em seguida, acionar o atendimento 
especializado.
A correta aplicação das etapas de ressuscitação cardiopulmonar (vias aéreas, 
respiração artificial e compressão torácica externa) e o controle das hemorragias de 
uma vítima podem sustentar a vida da pessoa até a sua recuperação básica, para 
ser transportada para uma unidade hospitalar. 
O profissional qualificado para realizar um atendimento de emergência é 
denominado de socorrista, deve possuir uma formação técnica e equipamentos 
especiais. Alguns conhecimentos simples, muitas vezes, amenizam as dores, 
evitam problemas sérios futuros e podem salvar vidas.
FIGURA 1 - PRIMEIROS SOCORROS
FONTE: Disponível em: <http://www.prevencaonline.net/2011/06/primeiros-
socorros-o-que-e-importancia.html>. Acesso em: 12 jan. 2016.
TÓPICO 1 | SOCORROS DE URGÊNCIA E SUPORTE DA VIDA
5
As ações de primeiros socorros são muito importantes, seja nos setores 
industriais, acidentes de trânsitos ou domésticos, a pessoa responsável pelo 
atendimento deve ter um conhecimento básico sobre os procedimentos a serem 
realizados para prestar os primeiros socorros.
É importante sempre conhecer o histórico do acidente, solicitar um resgate 
especializado enquanto os procedimentos básicos são executados, sinalizar e isolar 
o local do acidente. Em casos de emergência, é necessário manter-se paciente e estar 
consciente que a prestação de primeiros socorros não dispensa o acompanhamento 
especializado.
Também deve-se avaliar se há condições seguras o suficiente para 
a prestação do socorro sem riscos, tanto para a vítima quanto para o socorrista e 
demais pessoas que estiverem em volta do acidente. 
3 REGRAS BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS
Para realizar as práticas de primeiros socorros, de forma adequada, é 
necessário ter calma e conquistar a confiança da vítima que está sendo atendida.
É indicado: evitar perguntas desnecessárias, que possam causar sentimentos 
fortes na vítima; ter criatividade para aproveitar os utensílios que estejam à 
disposição.
Segundo Vendrame (2013), todo estabelecimento deve ter uma caixa 
equipada com materiais necessários para a prestação dos primeiros socorros, 
e esse material deverá ser guardado em local adequado e conter alguns itens 
básicos, como:
• Material para curativos e imobilizações: água oxigenada, mercúrio cromo, 
merthiolate, éter, gaze estéril (compressas e assaduras), algodão, atadura de 
crepe, esparadrapo.
• Instrumental: tesoura, pinça anatômica, pinça dente de alho, bisturi ou lâmina 
de barbear, caixa pequena de sutura.
• Medicamentos básicos.
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
6
FIGURA 2 - EXEMPLO DE CAIXAS DE PRIMEIROS SOCORROS
FONTE: Disponível em: <http://www.casaemcaixa.com.br/maleta-primeiros-
socorros>. Acesso em: 30 jun. 2016.
4 ATENDIMENTO INICIAL: EQUIPE ESPECIALIZADA
4.1 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
Avaliação primária é sempre o primeiro passo do socorrista, após a 
verificação das condições de segurança do local do acidente, o socorrista deve 
proceder a análise das condições clínicas que possam resultar no risco eminente 
da vida, como:
• Permeabilidade das vias respiratórias.
• Estabilização cervical.
• Respiração eficiente.
Durante o procedimento de socorrer um acidentado é importante 
cumprir uma sequência padronizada e corrigir, no mesmo instante, os problemas 
encontrados que possam vir a comprometer a vida da vítima.
 
O atendimento especializado inicial da vítima segue uma ordem cronológica, 
como avaliação da permeabilidade das vias aéreas, avaliação ventilatória, avaliação 
circulatória, avaliação neurológica e exame clínico.
A avaliação da vítima é dividida em dois momentos principais: avaliação 
primária e avaliação secundária.
TÓPICO 1 | SOCORROS DE URGÊNCIA E SUPORTE DA VIDA
7
• Constância da circulação.
• Controle de sangramentos externos. 
Esta fase de avaliação deverá ser completada em, no máximo 45 segundos, 
sendo que as ações de suporte básico à vida são iniciadas nesta etapa. 
Deverá ser realizado um exame, que consiste no tratamento das lesões que 
não comprometem a vida da pessoa. Na Figura 3 são apresentadas as etapas para 
a realização da avaliação primária.
FIGURA 3 - FLUXOGRAMA DA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
FONTE: Fernandes e Silva (2007)
Os principais problemas que podem ameaçar a vida da vítima, por ordem 
de importância, são:
• Vias aéreas: estão obstruídas? (Avaliar pela língua ou corpo estranho).
• Respiração: existe respiração adequada?
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
8
4.2 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Na avaliação secundária, o socorrista deve procurar identificar os 
ferimentos e a deficiência, além de checar os sinais vitais, conhecer o histórico da 
vítima através de uma breve entrevista. 
Esta avaliação objetiva os recursos necessários para que o socorrista possa 
tomar a decisão correta dos cuidados à vítima. Pode ser definida como um processo 
ordenado, para constatar lesões ou problemas médicos. 
FIGURA 4 - SOCORRISTA REALIZANDO AVALIAÇÃO NA VÍTIMA
FONTE: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=k_VffoxPTEE>. 
Acesso em: 14 mar. 2016.
A experiência universal indica que um grande número de pessoas que 
falecem em decorrência de traumatismo ou mal súbito poderiam ser salvas. As 
ações para recuperação desses acidentados crescem em relação à rapidez com que 
estas emergências e urgências são reconhecidas e adequadamente tratadas.
A avaliação secundária é classificada em três características diferentes, 
sendo elas:
• Circulação: existe pulso para indicarque está circulando sangue? Existe algum 
sangramento grave?
O objetivo da avaliação primária compreende a análise e a correção 
imediata das falhas no sistema respiratório e/ou cardiovascular, que representem 
o risco imediato de vida ao vitimado. 
TÓPICO 1 | SOCORROS DE URGÊNCIA E SUPORTE DA VIDA
9
• Entrevista com a vítima ou testemunhas: o socorrista se comunica com a vítima 
ou testemunhas, buscando obter informações sobre o tipo de lesão, enfermidades 
ou dores existentes, assim como demais fatos relevantes.
• Conferência dos sinais vitais: avaliar a respiração, o pulso, a pressão arterial e se 
a temperatura está compatível com a pele.
• Exame padronizado da cabeça aos pés: exame e inspeção visual realizada pelo 
socorrista, de forma ordenada e sistemática, tentando identificar na vítima sinais 
de lesões ou problemas físicos. 
Os socorros de urgência, ou primeiros socorros, podem ser também 
conceituados como atendimento prestado às vítimas de qualquer acidente ou mal 
súbito antes da chegada dos profissionais especializados.
O socorrista deverá determinar um contato com a vítima consciente, avaliar 
e, posteriormente, explicar os movimentos pretendidos, de forma a transmitir 
segurança e tranquilidade à vítima.
No caso em que a vítima estiver inconsciente, deve questionar as 
testemunhas e/ou familiares, procurando identificar informações relevantes sobre 
o acidente que aconteceu no local.
Após a avaliação do local e certificar-se das condições de segurança, o 
socorrista deverá verificar as lesões mais visíveis e buscar na vítima alguma 
identificação médica de alerta.
É orientado que o socorrista entreviste a vítima, utilizando algumas 
perguntas-chave:
• Nome e idade (se é menor de idade, entrar em contato com os pais ou um adulto 
conhecido).
• Descrição do fato sobre o que aconteceu (identificar a natureza da lesão ou doença).
• Se a ocorrência já aconteceu em outros momentos.
• Há algum outro problema ou enfermidade atual.
• A vítima está em tratamento médico.
• É alérgico a algum medicamento ou alimento.
• Ingeriu algum tipo de droga ou alimento.
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
10
4.3 REGRAS GERAIS PARA ATENDIMENTO INICIAL
Existem normas gerais de atendimento que são úteis, pois fornecem uma 
orientação com relação às condições que precisam ser identificadas e tratadas, 
conforme a prioridade.
A preferência no atendimento é determinada pela gravidade, se há risco 
de vida imediato e o que acompanha tais condições, pois o objetivo inicial do 
atendimento é o de preservação da vida.
Na atuação correta do socorrista, é importante manter a calma, sendo 
recomendada para o socorrista uma sequência de ações:
• Manter a calma: pare e pense, não faça nada por instinto ou por impulso.
• Garantir a segurança.
• Pedir socorro, conforme necessidade de atendimento especializado.
• Controlar a situação e isolar a área.
• Fazer uma análise da situação das vítimas, avaliando a gravidade geral do acidente.
• Realizar algumas intervenções de apoio às vítimas.
Para se obter sucesso nos atendimentos é necessário que os conhecimentos 
de suporte básico da vida e as técnicas, atualmente disponíveis para o atendimento 
destas condições, sejam corretamente aplicados em seus portadores, desde o local 
onde ocorreu o acidente, durante o transporte, e até a chegada da vítima nas 
unidades hospitalares.
Segundo os autores Fernandes e Silva (2007), destacam algumas regras 
básicas de primeiros socorros, como:
• Realizar uma rápida avaliação da vítima.
• Não movimentar a vítima desnecessariamente, nem permitir que ela se 
movimente bruscamente.
• Impedir aglomerações em torno do local de atendimento.
• Não oferecer líquidos, alimentos ou medicamentos sem indicação médica.
• Aliviar as condições que ameaçam a vida ou que possam agravar o quadro da 
vítima com a utilização de técnicas simples.
TÓPICO 1 | SOCORROS DE URGÊNCIA E SUPORTE DA VIDA
11
No atendimento aos primeiros socorros, são destinados alguns 
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) como um recurso, que tem por objetivo 
a proteção da integridade física do socorrista durante a realização das atividades 
que apresentam riscos potenciais.
Os principais EPIs são as luvas de látex descartáveis, óculos e máscaras 
faciais de proteção e as próprias roupas dos socorristas. Recomenda-se, no 
atendimento inicial à vítima, que o socorrista execute rotinas de segurança, dentre 
as quais destacamos:
1. Use sempre EPIs.
2. Avalie constantemente as condições de funcionamento dos seus materiais.
3. Higienize constantemente todos os EPIs e materiais básicos após o uso, para 
evitar contaminação.
4. Antes e após cada atendimento, lave bem as mãos com água abundante e sabão.
4.4 USO DE EPIs
• Acionar corretamente um serviço de emergência local.
• Afrouxar as roupas e os sapatos da vítima.
• Oferecer apoio emocional.
12
Neste tópico, vimos que:
• É necessária a atualização de treinamentos teóricos e práticos de primeiros 
socorros, com profissionais capacitados.
• O conceito de primeiros socorros é definido como um conjunto de procedimentos 
de emergência que são utilizados em vítimas de acidentes.
• A utilização correta dos procedimentos de primeiros socorros tem a finalidade 
de proteger a vítima do risco imediato e de maiores consequências.
• É importante conhecer o histórico dos fatos do acidente e solicitar um resgate 
especializado, ao mesmo tempo em que os procedimentos básicos são realizados.
• A avaliação da vítima é dividida em dois estados principais: avaliação primária 
e avaliação secundária.
• A avaliação da prioridade de atendimento é definida pela gravidade de risco de 
vida do acidentado.
• Durante o atendimento de primeiros socorros são necessários Equipamentos de 
Proteção Individual (EPI), como uma proteção da integridade física do socorrista, 
durante a realização das atividades.
RESUMO DO TÓPICO 1
13
1 Qual a definição de primeiros socorros? Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) São medidas aplicadas somente às vítimas de acidente de trânsito.
b) ( ) É um conjunto de procedimentos de emergência, que são aplicados 
às vítimas no momento em que sofreram um acidente, mal-estar ou 
quando se encontram em perigo de vida.
c) ( ) São todas as iniciativas tomadas em caso de acidente que ocorrem dentro 
de uma empresa. 
2 Quais recursos básicos são necessários para a prestação dos procedimentos 
de primeiros socorros em um estabelecimento?
3 A avaliação da vítima é dividida em dois momentos principais. Assinale a 
alternativa que apresenta estes dois momentos:
a) ( ) Avaliação primária e avaliação secundária.
b) ( ) Avaliação inicial e final.
c) ( ) Urgência e Emergência. 
4 Por ordem de importância, quais os principais procedimentos quando a vida 
da vítima está ameaçada?
AUTOATIVIDADE
14
15
TÓPICO 2
TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
2 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM PRIMEIROS 
SOCORROS
Para prestar atendimento e serviço especializado em primeiros socorros, 
existem instituições e setores governamentais especializados em cuidar das 
vítimas em situações de emergência. Em caso de acidentes, esses setores devem 
ser acionados, mesmo que os primeiros socorros estejam sendo realizados. 
Deixar de oferecer socorro indica não conceder assistência primária à vítima. 
O momento em que o indivíduo solicita a equipe especializada para socorrer conta 
como o início aos primeiros socorros. 
Quando acontecer algum acidente e o envolvido não solicitar ou promover 
socorro à vítima, mesmo tendo condições de fazer, está praticando um crime 
de omissão de socorro, previsto em lei penal, ainda que o indivíduo não seja o 
causador do acidente.
Segundo orientações de Fernandes e Silva (2007), o socorrosolicitado pelo 
telefone necessita de informações importantes que possam agilizar o atendimento 
com a chegada da equipe de paramédicos.
Algumas informações devem ser fornecidas pelo socorrista, que deve estar 
atento e fazer a seguinte análise:
• O tipo de acidente (carro, motocicleta, colisão ou atropelamento).
• Gravidade aparente do acidente.
• Nome da rua, número e ponto de referência próximo.
• Número próximo de pessoas envolvidas.
• Se existem pessoas presas nas ferragens.
• Vazamento de combustível ou produtos químicos.
• Ônibus ou caminhões envolvidos.
Após o socorrista realizar procedimento e ações de primeiros socorros, as 
vítimas devem passar por uma avaliação médica e realizar exames, para descartar 
possíveis sequelas e também para facilitar a recuperação plena da vítima. 
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
16
A seguir, serão apresentados alguns serviços especializados e a 
responsabilidade específica para cada atendimento.
2.1 CORPO DE BOMBEIROS
2.2 POLÍCIA MILITAR
Este serviço deverá ser solicitado em situações de emergência, incêndios 
em residências, indústrias e no trânsito, no resgate de vítimas, quando não é 
permissível proceder com os primeiros socorros.
Estes profissionais são responsáveis por efetuar o transporte da(s) vítima(s) 
até uma unidade de saúde especializada, conforme o caso específico de cada acidente.
Os profissionais da Polícia Militar são responsáveis por realizar 
atendimento inicial, caso seja o primeiro serviço especializado a chegar no local 
em que aconteceu o acidente. 
Uma das ações a ser realizada para manter a ordem do fluxo do trânsito 
e dos indivíduos que estão analisando o acidente, é o de investigar o cenário do 
acidente e, conforme as circunstâncias, realizar o transporte das vítimas.
FIGURA 5 - VIATURA CORPO DE BOMBEIROS
FONTE: Disponível em: <http://www.portaldafeira.com.br/corpo-de-bombeiros-
militar-da-bahia-tem-primeiro-comandante-depois-da-emancipacao/>. Acesso em: 18 
jan. 2016.
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
17
2.3 SAMU - SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA
É um serviço específico de atendimentos de urgência, fundado por uma 
portaria do Ministério da Saúde, e administrado pela Secretaria de Saúde de 
cada estado ou município. 
Desempenha uma atividade de atendimento às vítimas de acidentes e 
situação-clínica, que precisam de acompanhamento, prestando atendimento 
precedente no próprio local ou dentro de ambulâncias.
Posteriormente, a vítima deverá ser transportada, no veículo apropriado, 
até um hospital de pronto atendimento ou uma unidade de saúde mais próxima 
do local do acidente.
FIGURA 6 - VIATURA POLÍCIA MILITAR
FONTE: Disponível em: <http://www.crismenegon.com.br/portal/politica.html>. 
Acesso em: 18 jan. 2016.
FIGURA 7 - VIATURA SAMU
FONTE: Disponível em: <http://www.patos.pb.gov.br/noticias/saude-a262.html>. 
Acesso em: 18 jan. 2016.
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
18
2.4 POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
2.5 DEFESA CIVIL
Nos casos em que acontecerem acidentes de trânsito em rodovias mais 
isoladas de grandes centros urbanos, é aconselhável solicitar o serviço da Polícia 
Rodoviária Federal.
Quando se tratar de um acidente de trânsito, a PRF será o serviço de 
socorro especializado que, provavelmente estará mais próxima da ocorrência, 
pois é responsável por administrar o bom andamento do fluxo em rodovias 
nacionais.
É uma instituição que atende em todo o território nacional, sendo 
responsável por planejar, executar e acompanhar ações de prevenções de 
acidentes e acidentes naturais ou de grandes dimensões e serviços de resposta a 
essas situações.
Ações de contenção de desastres naturais, como providências de 
transferência das pessoas envolvidas, em áreas de situações de risco, como 
desmoronamentos, deslizamentos e alagamentos.
FIGURA 8 - VIATURA DA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
FONTE: Disponível em: <http://silvanalves.com.br/site>. Acesso em: 18 jun. 2016.
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
19
3 ETAPAS BÁSICAS DE SERVIÇO ESPECILIAZADO
2.6 ATENDIMENTO DE PRIMEIROS SOCORROS POR 
INTOXICAÇÃO
O atendimento aos casos de intoxicação é um serviço prestado pela Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é uma agência associada ao Ministério 
da Saúde, e tem a finalidade de controlar e sistematizar a área sanitária de serviços 
e produtos.
A prioridade será nos casos de atendimento às ocorrências, compreendendo 
os casos de intoxicações dos mais diversos tipos, sendo os casos mais comuns: 
• Intoxicação, por uso de produtos químicos utilizados em limpeza doméstica e 
de laboratório. 
• Por venenos utilizados, entorpecentes e medicamentos em geral, alimentos e 
gases tóxicos.
FIGURA 9 - VIATURA DA DEFESA CIVIL
FONTE: Disponível em: <http://www.botucatu.sp.gov.br/home>. Acesso em: 18 
jan. 2016.
Quando o socorrista se depara com um caso de acidente, as primeiras 
atitudes a serem realizadas no local é analisar possíveis riscos à pessoa que prestará 
os procedimentos de primeiros socorros. 
Caso o socorrista detectar perigo em potencial, analisando a possível 
causa do acidente, o número total de vítimas e a sua gravidade e todas as 
outras informações que possam ser úteis para a notificação do acidente, 
sendo assim, aconselha-se aguardar a chegada do atendimento e socorro 
especializado (VENDRAME, 2013, p. 308).
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
20
3.1 ORIENTAÇÕES PARA CONTROLE DA SITUAÇÃO
3.2 PROTEÇÃO À VÍTIMA
O socorrista deve seguir algumas orientações para manter o controle da 
situação, quando se deparar com um caso de acidente, entre elas:
• Caso a vítima já estiver deitada, mantenha-a nesta posição, pois é confortável 
para repouso, até que o socorrista possa constatar que o ferimento não tem 
gravidade.
• Apurar detalhadamente a existência de hemorragia, se o caso é de envenenamento, 
se houve parada respiratória, ferimentos, queimaduras ou fraturas.
• Procure dar prioridade para os casos em que há hemorragia excessiva; quando a 
vítima estiver inconsciente; com parada cardiorrespiratória; se estiver em estado 
de choque, pois, nestes casos, é necessário socorro imediato.
• Examinar e analisar se há lesão na cabeça, principalmente se a vítima estiver 
inconsciente ou semiconsciente, caso houver hemorragia por um ou ambos os 
ouvidos, nariz e olhos, há possibilidade de ter sofrido fratura no crânio.
• Não deve dar líquidos ao acidentado que tiver inconsciente.
• Nos casos em que tiver amputação de algum membro da pessoa, o socorrista 
deve recolher a parte que foi decapitada, deve ser envolvida em um pano limpo, 
para posteriormente ser entregue ao médico.
• Assegure-se que todos os procedimentos a serem tomados não tenham 
consequências que possam agravar o estado da vítima.
• Quando o atendimento especializado chegar, forneça as seguintes informações: 
local do acidente, horário e estado em que a vítima foi encontrada e quais 
procedimentos de primeiros socorros foram prestados até o momento.
A proteção à pessoa acidentada precisa ser realizada com muito cuidado, 
avaliar a circunstância e afastar pessoas curiosas que claramente estejam sem 
controle e possam atrapalhar o atendimento aos primeiros socorros.
Para Fernandes e Silva (2007, p. 113), “outra regra básica para garantir a 
qualidade no atendimento, o socorrista deve iniciar o socorro à vítima, através do seu 
contato com ela, com base em quatro fases: informar, ouvir, aceitar e ser solidário”.
Ao iniciar o atendimento à vítima, é importante realizar os procedimentos 
e as técnicas com atenção, e executar as orientações:
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
21
3.3 AVALIAÇÃO DE CABEÇA
• INFORMAR à vítima o que está fazendo, para ajudá-la. Desta forma, o acidentado 
será mais receptivo aos seus cuidados.
• OUVIRe ACEITAR as queixas e a expressão de ansiedade da vítima, respondendo 
as suas perguntas com calma e de forma simples.
• Não mentir e não repassar informações que possam causar impacto, ou 
estimulem a discussão sobre a causa do acidente.
• Em solidariedade à vítima, o socorrista deve permanecer com a ela, sem colocar 
em risco a sua própria segurança. 
No momento de socorro ao acidentado e vítima de acidente de trânsito, é 
imprescindível verificar se o cinto de segurança está dificultando a respiração da 
vítima, e em caso positivo, soltar o acessório, sem movimentar o corpo dela.
Conforme orientação de Fernandes e Silva (2007), é necessário impedir os 
movimentos da cabeça da vítima, segurando-a e pressionando a região das orelhas. 
Além disso, deve-se analisar a posição da vítima:
• No caso de o acidentado estar de bruços ou de lado, e o socorrista julgar 
necessário, deverá ser virada a vítima. Em geral, o acidentado deverá ser virado 
apenas se não estiver respirando.
• Na situação em que a vítima estiver de bruços e respirando, o socorrista deverá 
sustentar a cabeça nesta posição e aguardar o atendimento especializado chegar.
• Se a vítima estiver sentada no carro, mantenha a cabeça na posição em que estiver.
Considera-se que uma vítima está protegida, quando:
• Porventura, a retirada de emergência acontecer quando ela não estiver apta a se 
proteger.
• Quando estiver acolhida em um abrigo que proporcione a mesma proteção contra 
outras lesões, relacionadas à violência e à natureza (temperaturas extremas, sol, 
chuva, vento, entre outros).
• Quando o próprio socorrista estiver protegido, contra qualquer doença 
contagiosa, assim como de outros riscos.
Os tipos de lesões que causam danos ao couro cabeludo, no crânio ou no 
cérebro requerem cuidados especiais, pois o tipo de lesão pode ser apenas uma 
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
22
pequena batida no crânio, ou uma lesão cerebral grave, podendo ser do tipo de 
lesão fechada ou aberta (penetrante).
No traumatismo craniano fechado significa que a vítima recebeu uma 
pancada muito forte na cabeça, mas não quebrou o crânio. No caso de traumatismo 
craniano aberto ou penetrante significa que o ferimento na cabeça causou a quebra 
do crânio e pode ter afetado o cérebro.
O atendimento especializado, bombeiros, paramédicos e enfermeiros, 
conforme a necessidade, deverão examinar a vítima, iniciando pela cabeça e 
pescoço, conforme as etapas:
• Verificar a permeabilidade das vias aéreas e se há existência de corpos estranhos, 
fratura de face, traqueia, laringe ou maxilar que possam levar à obstrução ou 
dificultar a entrada de ar nas vias aéreas.
• Não podem ser hiperestendidos e hiperflertidos ou rodados para estabelecer 
a permeabilidade das vias aéreas. Neste caso, recomendam-se as manobras 
de elevação do queixo e tração da mandíbula, imobilizar a coluna com o colar 
cervical e a cabeça fixar com coxim.
3.4 FRATURAS DE PESCOÇO E COLUNA VERTEBRAL
Durante a avaliação das vítimas de um acidente, quando há suspeita de 
fraturas no pescoço e na coluna vertebral, que se caracterizam como as rupturas 
de ossos mais graves que existem em virtude do potencial que têm para causar a 
invalidez permanente da pessoa.
A coluna desempenha uma função muito importante no transporte das 
informações nervosas a todas as partes do corpo. Quando a coluna sofre uma 
compressão ou separação algumas partes do corpo, interligadas pelos nervos 
espinhais, desprendem-se da parte inferior da lesão e se desligam do cérebro. 
As incidências que têm como consequência fraturas no pescoço ou na 
coluna resultam em danos provocados por acidentes de carro, de moto, queda de 
escada, mergulho em piscina. Os sintomas de atenção de uma possível fratura de 
pescoço ou coluna incluem:
1. Quando há um posicionamento diferente da cabeça ou do pescoço. 
2. Imobilidade ou dormência dos braços, pernas ou outras partes do corpo.
3. A vítima apresenta dor no pescoço ou na coluna.
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
23
4 ORIENTAÇÕES PARA TRANSPORTE
Quando for realizado o transporte da vítima pela equipe especializada, 
todos os cuidados devem ser adotados, com o objetivo de evitar uma lesão maior, 
que coloque em risco a vida do acidentado. 
O crescente número de vítimas que apresentam infecção pelo vírus da 
imunodeficiência humana (HIV) aumenta o risco de contaminação ao entrar em 
contato com sangue e outras secreções orgânicas, em decorrência de acidentados 
infectados; nestes casos, é muito importante seguir as orientações para 
movimentação e transporte de acidentados. 
 
Para qualquer movimento realizado na vítima, certifique-se de que a 
cabeça, o pescoço e a coluna estão devidamente alinhados. 
FIGURA 10 - MOVIMENTAÇÃO DE VÍTIMA DE ACIDENTE
FONTE: Disponível em: <http://www.racconet.com.br/revistas/
Infoseg_Edicao28>. Acesso em:10 jun. 2016.
É importante que o socorrista tenha todo o cuidado. Para evitar que a 
vítima faça qualquer movimento com a cabeça, caso o atendimento especializado 
ainda não esteja no local, o socorro deverá proceder da seguinte maneira:
 
• Antes de iniciar a movimentação da vítima, firme o pescoço com o auxílio de 
um colar improvisado, poderá utilizar uma toalha, como apoio, sem possibilitar 
qualquer movimento da cabeça.
• Quando necessitar mover a vítima, é necessário garantir que a cabeça e o restante do 
corpo estejam retos, é recomendado que a vítima seja orientada a não dirigir o olhar 
para o que estiver a sua volta, para evitar o movimento da cabeça para os lados.
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
24
• Solicite auxílio para outras pessoas, a fim de deslizar com cuidado a vítima sobre 
uma superfície reta e lisa, produzida com material rígido estabilizador. 
• Tome cuidado ao iniciar o transporte do acidentado. Procure fixar a vítima à 
prancha através de tiras ou faixas, principalmente a parte superior do corpo. 
• Após o processo de imobilizar, cubra a vítima, para conservar o aquecimento do 
corpo.
5 FUNDAMENTOS DO SOCORRO: FRATURAS E TRAUMAS
5.1 LESÃO DE TÓRAX E MEMBROS
Para que seja possível prestar um atendimento correto e aplicar as técnicas 
de primeiros socorros, é importante que o socorrista tenha conhecimentos básicos 
de alguns tipos de fraturas e traumas que podem acontecer no corpo humano.
Os traumatismos de tórax são responsáveis por aproximadamente 25% das 
mortes nos pacientes politraumatizados, sendo que 60% dos politraumatizados se 
desenvolvem para o óbito. 
FIGURA 11 - TRAUMA TORÁCICO
FONTE: Disponível em: <http://clubemontanhismodebraga.blogspot.com.
br/2013/02/socorro-em-montanha-13-parte.html>. Acesso em: 10 jun. 2016.
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
25
5.2 FRATURA NAS COSTELAS
5.3 TÓRAX INSTÁVEL
São os tipos mais comuns de trauma torácico, ocorrendo em mais de 60% 
dos pacientes admitidos com lesão fechada de tórax. As mais frequentes são as 
secundárias, entre a terceira e oitava costela, são consideradas de complexidade 
simples isoladas e dificilmente representam risco de morte à vítima.
É originado por uma pancada no esterno ou na parede lateral, tem como 
consequências lesão de duas ou mais costelas, é considerada uma lesão de grau 
grave, se não tratada corretamente.
Como orientação de tratamento é indicado o apoio ventilatório, limpeza 
das secreções do pulmão, através da tosse, respiração profunda e aspiração suave, 
e aliviar a dor com fisioterapia respiratória.
FIGURA 12 - FRATURA NAS COSTELAS
FONTE: Disponível em: <http://www.vidalsaude.com.br/patologias/toracica/
fratura-das-costelas/>. Acesso em: 10 jun. 2016.
Segundo Oliveira (1998), os tipos de lesões características no trauma de 
tórax são: fratura de costelas, tórax instável, contusão pulmonar, pneumotórax 
hipertensivo, pneumotórax aberto e contusão cardíaca.Se o paciente estiver consciente, com este tipo de trauma apresentará dor 
intensa, sensibilidade e espasmo muscular sobre a área da fratura, que se agravam 
pela tosse, respiração profunda e movimentação. 
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
26
5.3.1 Contusão pulmonar
5.3.2 Pneumotórax hipertensivo
5.3.3 Pneumotórax aberto
5.3.4 Contusão cardíaca
A pressão do pulmão pode apresentar hemorragia, reduzindo a capacidade 
do pulmão de transferir oxigênio para o sangue. No caso de suspeita e sinais 
de trauma, o tratamento próprio para a lesão deve ser realizado em ambiente 
hospitalar ou por unidade de suporte especializado.
A lesão torácica pode interferir na função normal do pulmão, e a gravidade 
do problema depende da quantidade e da velocidade do sangramento torácico, 
conforme a evolução do quadro.
Ocorre quando há existência de ar no espaço existente entre as pleuras 
(membrana que envolve o pulmão), pode ser o resultado de uma lesão aberta no 
tórax ou lesão do próprio pulmão. 
Um dos sintomas é a grande dificuldade para respirar, taquicardia, 
hipotensão arterial e distensão, o pneumotórax hipertensivo pode até levar a 
vítima à morte, caso não for identificada a tempo.
Acontece quando uma abertura na parede do tórax é suficientemente 
grande para permitir que o ar se desloque livremente para dentro e para fora da 
cavidade torácica em cada movimento de respiração.
É causada quando um ferimento profundo liga a superfície pleural com a 
atmosfera. Nestes casos, o ar tem uma tendência a entrar pela ferida e não pelas 
vias aéreas. 
Exigem algumas intervenções de emergência, que podem ser realizadas 
ainda no local do acidente. Para facilitar o fluxo do ar nos pulmões, faz-se uma 
abertura na parede torácica.
Pode desenvolver lesão no miocárdio. O profissional pode detectar este 
diagnóstico quando a vítima tem fratura esternal, tem problemas como arritmias, 
hipotensão e rupturas de miocárdio ou válvulas. Neste caso, apresenta compressão 
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
27
5.4 EXAME DA VÍTIMA INCONSCIENTE
5.4.1 Respiração artificial
no coração em consequência do ferimento, causada por trauma no tórax, está 
associada a altos índices de mortalidade.
Dependendo da velocidade, o acúmulo de líquido pode aumentar a pressão 
intrapericárdia. Importantes sinais incluem: hipertensão arterial, pressão venosa 
aumentada, veias do pescoço distendidas e batimentos cardíacos fracos.
Como primeira ação que o socorrista deve realizar, na presença de uma 
vítima que não tem comunicação, é avaliar o grau de consciência. Para analisar a 
intensidade, é importante saber se ela:
• Fala e comunica-se.
• Responde ao estímulo de toque.
• Atende à dor.
Caso o acidentado estiver inconsciente, não atende ao toque ou dor, 
examinar se ele respira, se estiver respirando, a musculatura mantém-se relaxada 
e a língua pode deslizar para trás e impossibilitar a passagem do ar.
A causa mais frequente de obstrução das vias aéreas é a inconsciência, de 
qualquer origem, em que a língua da pessoa relaxa contra o fundo da garganta 
(palato) ocluindo a entrada de ar.
A orientação, segundo Oliveira (1998), para prevenir que isto aconteça, 
é deixar a vítima na posição deitada. Caso a vítima estiver inconsciente e sem 
respiração, é recomendável estender a cabeça da vítima para trás e se ainda não 
retornarem os movimentos respiratórios, deve-se iniciar a respiração artificial.
Caso a vítima não recuperar pronta e adequadamente a respiração 
espontânea, normal após a abertura das vias aéreas, inicia-se a respiração artificial, 
conforme algumas técnicas:
• Respiração boca a boca: coloca-se uma das mãos abaixo da mandíbula da pessoa 
e com a outra mão apertar as narinas com o polegar e o indicador, exercer uma 
pressão na região frontal, para obter a extensão da cabeça e a abertura da boca. 
Fazer a inspiração profunda e adaptar firmemente a sua boca a boca da vítima e 
soprar, injetando ar nas vias aéreas.
UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
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FIGURA 13 - RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA
FIGURA 14 - RESPIRAÇÃO BOCA A NARIZ
FONTE: Disponível em: <http://www.tuasaude.com/respiracao-boca-a-
boca/>. Acesso em: 10 jun. 2016.
FONTE: Disponível em: <http://geicpe.tripod.com/clin_emerg_parada.
htm>. Acesso em: 10 jun. 2016.
• Respiração boca a nariz: em alguns casos, a respiração boca a nariz é mais 
eficiente que a boca a boca, e é recomendada quando é impossível abrir ou 
ventilar através da boca, por estar seriamente lesada. Recomenda-se manter a 
cabeça da vítima estendida para trás com uma das mãos na região frontal e 
usar a outra mão para levantar a mandíbula, fechando-lhe os lábios, em seguida, 
respirar fundo, adaptar os seus lábios em torno do nariz da vítima e soprar duas 
vezes seguidas, até que os pulmões se expandam.
• Manobras para liberação das vias aéreas obstruídas: quatro manobras manuais 
são recomendadas para remover a obstrução das vias aéreas por corpos 
estranhos: palmadas nas costas, compressão manual do abdômen, compressão 
manual do tórax e remoção com os dedos.
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
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• Manobras para respiração boca a máscara: o socorrista deverá ficar ajoelhado 
atrás da cabeça da vítima, estendendo-a para abrir as vias aéreas, posicionar a 
máscara sobre a face da vítima, sobre a ponta do nariz e a base entre os lábios 
e o queixo. O socorrista inspira profundamente e expira através da abertura 
da máscara; em seguida, remove-se a sua boca e permite que a vítima expire 
passivamente. 
6 O CORPO HUMANO EM EMERGÊNCIAS BÁSICAS
Em uma situação de emergência, muitas vezes não só o corpo físico se 
encontra debilitado, deve-se também considerar o estado mental e espiritual da 
vítima. Em resumo, a emergência, ao se instalar, pode ser de ordem interna ou 
externa ao corpo, advinda de um ambiente real.
O profissional que atuará em emergência deve:
• Conhecer as diferentes transformações no corpo humano e suas consequências 
no organismo.
• Possuir competência, conhecimento técnico e habilidade com as tecnologias de 
apoio.
• Possuir habilidade e prática manual e corporal.
• Possuir disposição para trabalhar com situações extremas, de risco, não 
consideradas normais.
Uma emergência pode se instalar a partir de diversos tipos de 
traumatismos, como:
• Traumatismo cranioencefálico (da cabeça).
• Raquimedular (da coluna).
• Tórax, do abdome.
• Muscoesquelético.
• Hemorragias.
• Queimaduras.
• Choque elétrico.
• Afogamento.
• Ataque cardíaco.
• Convulsão.
• Dificuldades no parto.
• Mordidas por animais peçonhentos.
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, aprendemos que:
• Para que seja possível realizar um atendimento específico para cada tipo de 
atendimento, existem equipes de pronto atendimento e serviços especializados.
• A equipe de atendimento dos bombeiros deve ser solicitada em situações de 
emergência, em casos como incêndios e resgate de vítimas, quando não há 
possibilidade de proceder com os primeiros socorros.
• São apresentados alguns serviços especializados: Corpo de Bombeiros, Polícia 
Militar, SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Polícia Rodoviária 
Federal, Defesa Civil e Atendimento de Primeiros Socorros por Intoxicação.
• Durante a realização das técnicas de primeiros socorros, a segurança e a proteção 
da vítima e do socorrista devem ser uma preferência constante.
• A avaliação do estado da vítima deve ser realizada de forma imediata, com a 
vítima, tendo como objetivo detectar as ocorrências de perigo de vida. 
• Os tipos de lesões causadas no couro cabeludo, no crânio ou no cérebro 
demandam cuidados especiais.
• Quando há suspeita de fraturas no pescoço e na coluna vertebral da vítima, 
deve-se ter muitos cuidados, pois é uma das rupturas de ossos mais graves que 
existem, podendo causara invalidez permanente da pessoa.
• Durante o transporte, qualquer movimento realizado na vítima é necessário que 
seja avaliado se a cabeça, o pescoço e a coluna estão devidamente alinhados. 
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1 Quais são os tipos mais comuns de trauma torácico, que acontece em mais de 
60% dos pacientes com diagnóstico de lesão fechada de tórax? 
a) ( ) Fratura nas Costelas.
b) ( ) Lesão nos Pulmões.
c) ( ) Fratura na Coluna. 
2 Como o socorrista deve proceder para o transporte seguro da vítima para 
evitar que a vítima faça qualquer movimento com a cabeça?
3 Com relação às orientações sobre posição das vítimas, durante a movimentação 
da vítima, é correto afirmar:
a) ( ) São medidas aplicadas às vítimas somente dentro dos hospitais.
b) ( ) No caso do acidentado estiver de bruços ou de lado, deverá ser virada a 
vítima, em caso em que não estiver respirando.
c) ( ) Movimentar a vítima para um local seguro rapidamente. 
4 Para o socorrista iniciar o atendimento à vítima, é importante realizar os 
procedimentos e técnicas com atenção. Quais orientações devem ser seguidas?
AUTOATIVIDADE
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33
TÓPICO 3
ASPECTOS LEGAIS DE PRIMEIROS 
SOCORROS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
2 LEIS DA CONSTITUIÇÃO EM PRIMEIROS SOCORROS
2.1 OMISSÃO DE SOCORRO
As pessoas próximas ao local do acidente não são legalmente obrigadas a 
realizar os procedimentos de primeiros socorros, porém, quando o fizerem, devem 
ter conhecimento de como agir para que não aconteçam futuros processos judiciais.
Em casos de emergência e prestação de socorro, algumas pessoas procuram 
não se envolver nos procedimentos de prestação de socorro, com receio de se 
envolverem em processos judiciais.
No entanto, nem sempre este momento não está justificado em aspectos 
reais, na realidade, podem acontecer processos indenizatórios contra instituições, 
caso não tenham exercido as normas técnicas ou legislações referentes à segurança 
dos envolvidos no processo.
Nos termos da Constituição da República, é correto afirmar, nos termos do 
artigo 5º, que os Direitos e Deveres Individuais e Coletivos são:
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes 
no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
Da Saúde Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido, 
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de 
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e 
serviços para sua promoção, proteção e recuperação (BRASIL, 1988).
Segundo o artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro representa: 
"deixar de prestar assistência, mesmo quando for possível realizar, sem risco 
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em 
desamparo ou em momento grave e iminente perigo; não pedir, nesses casos, o 
socorro da autoridade pública”.
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UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
Esta orientação não consiste em parecer ser um herói e colocar a própria 
segurança em risco ou, até mesmo, de outra pessoa, para defender quem precisa 
de socorro, não seria prudente colocar a sua própria vida em perigo para proteger 
o outro. Portanto, nestes casos, não há característica de crime.
Entretanto, se há possibilidade de socorrer ou de solicitar um atendimento 
especializado, o socorro deve ser realizado, e caso a pessoa não o fizer, estará 
praticando omissão de socorro, que, neste caso, é considerado crime.
No caso de concreta omissão de socorro, a pessoa que o fizer, irá arcar com 
as consequências, com determinação de: 
• Pena com detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Parágrafo único: A pena 
é aumentada de metade, se da omissão tiver resultado uma lesão corporal de 
natureza grave, e triplicada, se tiver como consequência a morte da vítima.
2.2 DIREITOS DA VÍTIMA
Um dos conhecimentos dos procedimentos de primeiros socorros deve ser o 
direito legal da vítima, que deve possuir o direito de se recusar a ter o atendimento.
Quando for realizado atendimento em pessoas adultas, este direito é 
levado em consideração somente quando o acidentado estiver consciente, estiver 
em perfeito juízo e consciente. 
A definição do direito à prestação de socorro pode acontecer por diversos 
motivos, como crendices religiosas ou a falta de segurança na pessoa que prestará 
o socorro. 
Caso a vítima se recuse a aceitar o atendimento ela não pode ser pressionada 
a ir contra a sua vontade. O papel do socorrista nesse caso é garantir que o socorro 
especializado seja acionado, porém, o socorrista deve permanecer monitorando a 
vítima.
Porventura, a vítima estiver incapaz de falar, em consequência do acidente, 
como uma lesão na boca, mas está demonstrando através de sinais que não permite o 
atendimento do socorrista, nesta situação, recomenda-se agir da seguinte maneira:
• Não é indicado discutir com a vítima sobre qualquer que seja o motivo.
• Não faça interrogações, sobre os motivos pelo qual levam o acidentado a não 
querer que seja prestado os primeiros socorros.
• A orientação é que a vítima não seja tocada sem o seu consentimento, isto pode 
ser considerado como ofensa aos seus direitos.
TÓPICO 3 | ASPECTOS LEGAIS DE PRIMEIROS SOCORROS
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2.3 CASOS DE NEGLIGÊNCIA
2.4 DIREITO DE SIGILO
• Dialogar com a vítima, informar que está qualificado para os procedimentos 
em primeiros socorros, e que respeitará o seu direito se ainda assim continuar 
recusando o atendimento, mas que está a sua disposição para ajudá-lo no que 
for preciso.
• É importante informar às testemunhas que o atendimento foi disponibilizado, 
mas recusado por parte do acidentado.
• Quando o acidente envolver crianças e ela se recusar a receber o atendimento, 
esta decisão cabe aos pais ou ao responsável legal.
• A aprovação para proceder com o atendimento de ações de primeiros socorros 
pode ser informal, ou seja, o acidentado pode apenas falar ou sinalizar que 
admite o atendimento, mas o prestador de socorro deve ter se identificado como 
qualificado para realizar os procedimentos de primeiros socorros.
• A autorização pode ser implícita, quando for o caso de acidentes envolvendo 
menores de idade e que estejam desacompanhados dos pais ou responsáveis 
legais.
A negligência é uma atitude que está em evidência nos processos judiciais 
que compreendem o atendimento de emergência. Este termo significa prestar 
atendimento a uma vítima sem ter conhecimento das técnicas adequadas e 
os procedimentos estabelecidos, ocasionando, em muitos casos, o agravamento ou 
lesões adicionais.
As características de negligência compreendem: 
• Cometer ação de omissão de socorro, quando há necessidade implícita à 
realização dos procedimentos.
• Proporcionar socorro, com qualidade nas ações de atendimento, inferior à que 
seria possível realizar.
• Ocasionar lesões ou traumas adicionais ou intensificar ferimentos já existentes. 
O acidentado tem o direito de solicitar sigilo, nos acontecimentos realizados 
durante a prestação de assistência a uma vítima, e caso seja solicitado, o socorrista 
não deve relatar os detalhes deste fato com terceiros. 
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UNIDADE 1 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
O caso do acidentado não deverá ser exposto, a vítima não pode ser 
identificada, senão pelo atendimento especializado, caso assim for de sua vontade. 
O que for falado pela vítima deverá ficar em sigilo, assim como seu comportamento 
ou aparência pessoal.
A necessidade do sigilo não se aplica quando o socorrista é questionado 
pelos policiais, pessoal do resgate e atendimento especializado, ou ao testemunhar 
em cortes judiciais. Poderá ser solicitado ainda que se relatem as informações 
obtidas junto à vítima,

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