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UNIVERSIDADE PAULISTA DANIELA SANTOS DA SILVA AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E ANÁLISE DE CARDÁPIO OFERTADO A IDOSOS RESIDENTES DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANENCIA NA CIDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SÃO PAULO 2017 2 DANIELA SANTOS DA SILVA AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E ANÁLISE DE CARDÁPIO OFERTADO A IDOSOS RESIDENTES DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANENCIA NA CIDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Nutrição apresentado a Universidade Paulista (UNIP) Orientador: Prof. Ma. Kátia Braz SÃO PAULO 2017 3 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E ANÁLISE DE CARDÁPIO OFERTADO A IDOSOS RESIDENTES DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANENCIA NA CIDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Nutrição apresentado a Universidade Paulista (UNIP) Orientador: Prof. Ma. Kátia Braz Aprovado em: BANCA EXAMINADORA _______________________________/___/___ Professor (a) Universidade Paulista – UNIP _______________________________/___/___ Professor (a) Universidade Paulista – UNIP _______________________________/___/___ Professor (a) Universidade Paulista – UNIP ______________________________/___/___ Professor (a) Universidade Paulista – UNIP 4 EPÍGRAFE “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” Carl Jung 5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida e por ter me proporcionado força e coragem para chegar até aqui. A minha família que sempre me ensinou a buscar meus objetivos e, principalmente ao meu pai Geovane, minha mãe de coração Karina e meus avós Maria e José, sem vocês nada disso seria possível. Agradecimentos eternos aos meus professores, cada qual com sua contribuição essencial em minha formação, especialmente a professora Luciane Alencar e minha orientadora Kátia Braz, que prestou todo seu apoio, incentivo e paciência, A todos os meus amigos, que são poucos, porém são os melhores que eu poderia ter. Aos meus colegas de sala e de estágio, e futuros colegas de profissão, aos quais dividimos risadas, lagrimas, e principalmente a vontade comum em nos tornarmos pessoas e profissionais melhores a cada dia. Agradecimentos a instituição de longa permanência que me autorizou na realização deste estudo e, a cada idoso que participou da pesquisa. Vocês são anjos na terra, e merecem todo o amor do mundo. Por fim, a todos que fazem ou já fizeram parte da minha vida, saibam que vocês também têm parte nesta conquista, meu muito obrigada! 6 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E ANÁLISE DE CARDÁPIO OFERTADO A IDOSOS RESIDENTES DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANENCIA NA CIDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO ANTHROPOMETRIC EVALUATION AND CARDACEP ANALYSIS OFFERED TO OLD RESIDENTS OF A LONG PERMANENCE INSTITUTION IN THE CITY OF SÃO BERNARDO DO CAMPO Daniela Santos da Silva¹, Katia C. Comondá Braz² Daniela Santos da Silva, R.: Sergio Milliet, 777; Ap. 91; São Bernardo, São Paulo, Telefone: (11) 9 95333-3816, email: dany.sp2010@hotmail.com. ¹ Graduanda do curso de Nutrição- Universidade Paulista (UNIP), ² Docente do curso de nutrição – Universidade Paulista (UNIP). AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E ANÁLISE DE CARDÁPIO OFERTADO A IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NA CIDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO RESUMO Diversas alterações inerentes ao envelhecimento podem afetar o consumo alimentar dos idosos principalmente de institucionalizados. Com isso a presente pesquisa objetivou avaliar o estado nutricional de moradores de uma ILPI, e analisar o cardápio oferecido de forma quali e quantitativa, com o intuito de comparar a relação entre eles. Para a avaliação antropométrica utilizou-se a classificação de Índice de massa muscular e circunferência de panturrilha. O cardápio foi comparado com as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira e as DRIS. Identificaram-se idosos com idade média de 78 anos, sendo a maioria mulheres (63,3%). A minoria apresentou baixo peso (26,68%) e o número de idosos eutróficos e acima do peso foram iguais (36,66%) A utilização de carne processada em três dias da semana representa um fator de risco aumentado para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Frutas e legumes são consumidos diariamente, em porções adequadas, favorecendo a qualidade nutricional da alimentação. Foi identificado baixo valor energético total, o que não reflete no estado nutricional da maioria, além da inadequada oferta de micronutrientes essenciais ao envelhecimento saudável. Palavras-chave: Avaliação nutricional; Geriatria; Guias alimentares. 7 ABSTRACT Several changes inherent to aging can affect the food consumption of the elderly, mainly of the institutionalized. The objective of the study is to evaluate and evaluate the price of a LPLI, and to analyze the menu in a qualitative and quantitative way, with the purpose of comparison. For an anthropometric evaluation, a classification of muscle mass and calf circumference is used. The menu was compared with the Food Guide for the Brazilian Population and DRIS. The elderly were identified with a mean of 78 years, most of them women (63.3%). The minority had low weight (26.68%) the number of elderly eutrophic and overweight were the same (36.66%) The use of processed meat on three days of the week representing an increased risk factor for the development of chronic diseases not transmissible diseases. Fruits and vegetables are consumed daily, in adequate portions, favoring the nutritional quality of the food. It was identified as low total energy value, which does not reflect the nutritional status of the majority, besides the insufficient supply of micronutrients essential to healthy aging. . Keywords: Nutritional assessment; Geriatrics; Food guides. 1. INTRODUÇÂO O envelhecimento é um processo natural do ser humano, e trás consigo diversas mudanças fisiológicas e psicossociais, sendo a perda da saúde a mais notável delas.¹ Com o aumento da população idosa nas ultimas décadas, os serviços de instituições de longa permanência estão sendo cada vez mais requisitados,² e por isso, inúmeros estudos vem sendo realizados para identificar as condições a qual estão sendo submetidos estes indivíduos, visando corrigir possíveis fatores que afetem negativamente a saúde e qualidade de vida dos mesmos³ A ingestão de nutrientes propiciada pela alimentação é um dos fatores essenciais a saúde e bem-estar, 4 por isso é indispensável a utilização de medidas que avaliem e promovam hábitos de alimentação saudável.5 Para se realizar esta análise, os profissionais contam com o método de avaliação nutricional, que segundo o conselho nacional de nutricionistas tem como objetivo identificar o diagnóstico nutricional do indivíduo ou de uma população, para intervir quando necessário, visando a melhoria da saúde e a prevenção de doenças. 6 As necessidades nutricionais nesta fase são específicas, porém as indicações para uma alimentação balanceada continuam as mesmas. As recomendações de 8 energia podem ser determinadas por formulas que levam em conta as variáveis, peso, estatura e idade, com isso a estimativa será mais apropriada.7 A partir do cálculo de necessidade energética é possível realizar a distribuição de macronutrientes descritas nas DRIS.8 Os micronutrientes são essenciais para a saúde e sua adequação para a população idosa podem requerer mudanças na dieta. 9 Alguns deles tem relevância aumentada nesta fase, possuindo entre outras funções a prevenção e melhoraria de doenças. O cálcio, por exemplo, tem a função de prevenir a osteoporose, porém a baixa ingestão deste nutriente associado à falta de exposição ao sol pode gerar a carência do mesmo. Outros que podem ser citados são: vitamina D, o ferro a vitamina A, vitamina C, vitamina B12 e zinco.10 As recomendações destes nutrientes devem ser atingidas através da alimentação, porém em casos que isso não seja possível a suplementação é indicada. 10 Alterações orgânicas próprias do envelhecimento podem modificar o padrão alimentar, gerando ou agravando distúrbios como carência de nutrientes, desnutrição e até mesmo obesidade, quadro gradativo observado nos últimos tempos.10, 11 Por estes motivos os cardápios de instituições de longa permanência devem conter todos os grupos de alimentos e as quantidades recomendados para a oferta de uma alimentação saudável. Para o planejamento devem ser utilizados parâmetros como o Guia Alimentar para a População Brasileira (GAPB), e as DRIS. A primeira possui informações sobre a alimentação saudável para pessoas acima de dois anos,4 e a segunda fornece as recomendações quantitativas para cada nutriente específico, dividindo a população por faixa etária e sexo. A utilização destes dois parâmetros promove uma adequada nutrição aos idosos, melhorando sua saúde e autonomia.7 Para se definir o estado nutricional o método mais utilizado é a avaliação antropométrica. É um teste que fornece informações das medidas e composição do corpo de uma forma não invasiva além de apresentar baixo custo de aplicação. No idoso essas medidas tendem a sofrer alterações e as variáveis: peso, estatura, IMC e circunferência de panturrilha foram necessários para averiguação destas variações. 10, 12 9 Nestes indivíduos a perda de peso não patológica se da pela diminuição progressiva de massa óssea e muscular, também ocorre uma redução do apetite, atrapalhando o consumo alimentar. Já a estatura tende a declinar ao passar das décadas devido ao achatamento plantar, à redução da altura das vértebras e dos discos intervertebrais, além de alterações posturais. 10 Desta forma o presente trabalho tem como objetivo avaliar o estado nutricional dos idosos relacionado ao cardápio oferecido em uma instituição de longa permanência na cidade de São Bernardo do Campo visando identificar desvios nutricionais decorrentes da oferta de nutrientes. 3 METODOLOGIA Trata-se de um estudo de caráter transversal, com coleta de dados primários de natureza analítica, observacional. Em indivíduos idosos de ambos os gêneros, localizada na cidade de São Bernardo do Campo, Brasil. Para a coleta de dados foi solicitado à autorização da instituição através de um termo de consentimento. Após a assinatura do mesmo, se iniciou a avaliação antropométrica. A amostra escolhida se refere a 30 indivíduos com idade entre 60 a 99 anos, ambulantes, e cadeirantes moradores de uma instituição de longa permanência na cidade de São Bernardo do Campo. O método usado para classificação do estado nutricional dos idosos consistiu na utilização dos dados de estatura, peso atual, índice de massa corporal (IMC) e circunferência de panturrilha (CP). Os valores de estatura foram aferidos com a pessoa em pé, descalço, com os calcanhares unidos, costas e cabeça ereta, com o ângulo de 90° à parede, e braços estendidos ao lado do corpo. Nos cadeirantes aferiu-se a altura do joelho, onde o indivíduo sentado flexionava a perna formando um ângulo de 90ºC. A fita foi posicionada no ponto distal da patela e acompanhada lateralmente até o calcanhar, após a aferição a medida foi utilizada na equação para a estimativa de estatura de Chumlea.13 O peso foi obtido com uma balança mecânica Filizola, com capacidade para 150 kg e sensibilidade de 100 g, calibrada para zero, os indivíduos utilizavam roupas leves, descalços e eretos e com os braços estendidos ao lado do corpo.13 Os 10 cadeirantes foram pesados em cima de uma cadeira comum, depois o peso da mesma foi subtraído ao valor total. A medida de circunferência foi aferida com a utilização de fita métrica inelástica. 13 Para o diagnóstico do estado nutricional dos idosos será utilizado a classificação de IMC específico para idosos de acordo com a OPAS.14 Valores de IMC menores ou iguais a 23,0 kg/m²: idoso com baixo peso Valores de IMC maiores que 23,0 kg/m² e menores que 27,9: idoso com peso adequado (estrófico). Valores de IMC maiores que 28,0 kg/m² e menores que 30,0 kg/m²: idoso com sobrepeso Valores de IMC maiores que 30,0 kg/m² Idoso com obesidade Para a identificação de massa muscular utilizou-se a classificação de circunferência de panturrilha (CP). Foi aferida na perna esquerda dos participantes da pesquisa com a fita métrica, na parte mais saliente do músculo. A coleta de todos os dados foi realizada pela pesquisadora, onde a mesma compareceu ao estabelecimento em um dia disponibilizado pela instituição. Os dados foram colhidos e houve o preenchimento de um formulário com as informações de cada idoso, sendo: Nome, idade e medidas antropométricas. Para a análise das refeições fornecidas pela instituição, foi solicitada a nutricionista do local, o cardápio semanal ofertado na semana anterior a pesquisa, e posteriormente foi realizado uma análise qualitativa e quantitativa, comparado com as porções indicadas no guia alimentar para a população brasileira e com as recomendações sugeridas pelas DRIS. Para o cálculo do cardápio foi utilizado o programa DietBox ® com a utilização das porções médias fornecidas pela instituição aos idosos. Após a coleta de todos os dados foi realizada a comparação da qualidade nutricional do cardápio oferecido com o estado nutricional dos idosos institucionalizados. O projeto em questão foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Paulista sob o número CAAE: 68766517.0.0000.5512. 11 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A amostra foi composta por 30 idosos sendo 19 mulheres (63,3%), e 11 homens (36,7%), o que corresponde a um valor próximo a média brasileira, pois as mulheres representam 57% dos residentes de Instituições de longa permanência (ILPIS) em território nacional.16 A prevalência de idosos do sexo feminino nestas instituições é justificável devido a expectativa de vida de mulheres ser maior que a dos homens, consistindo então o público que mais utiliza estes serviços. 17 A proporção da faixa etária dos idosos foi de 78,46 anos, e variou de 60 a 99. Quando subdividida por gênero, os homens apresentaram idade média de 72,36 e as mulheres 82 anos. Os resultados obtidos se aproximaram de estudos realizados em Porto Alegre e Belo Horizonte tendo como idade média 74,03 e 73 anos respectivamente. 18,19 Em um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) no período de 2000 e 2010 é possível notar que a grande maioria da população idosa brasileira, residentes em ILPIS se concentra principalmente entre as faixas etárias acima de 70 anos, reforçando ainda mais os achados da literatura20 O índice de massa muscular (IMC) é um método simples e de fácil aplicação para se classificar o estado nutricional. Para sua aplicação é necessário a utilização das medidas de peso e altura dos indivíduos. 9 Na analise do índice de massa corporal observou-se que a maioria dos idosos não estava abaixo do peso mínimo recomendado (Tabela 1). Situação diferente a encontrada na maioria dos estudos com idosos tanto institucionalizados como hospitalizados. 11,21.Tabela 1- Classificação do estado nutricional dos idosos segundo índice de massa corporal (IMC), n= 30 Classificação do estado nutricional Frequência (n) Frequência Percentual (%) Baixo peso 8 26,68 Eutrofia 11 36,66 Sobrepeso/ Obesidade 11 36,66 Fonte: Dados da pesquisa 12 Os valores encontrados demonstram uma realidade mais recente neste público, porém preocupante: a ascendência da obesidade, que é observada desde o inicio do século XXI. Uma pesquisa realizada em 2004 mostrou a predominância de obesidade em quase 30% dos indivíduos estudados.22 Resultados maiores foram observados no trabalho realizado em Curitiba em 2008, onde o percentual de pacientes geriátricos acima do peso alcançou 57%.23 Nota-se que dentre as mulheres a minoria apresentou baixo pese e a maioria sobrepeso e obesidade. Entre os homens, há uma inversão, onde a minoria de encontra acima do peso e a maioria é estrófica, como demonstrado no gráfico 1 e 2. Fonte: Dados da Pesquisa Fonte: Dados da Pesquisa Gráfico 1 – Classificação do estado Gráfico 2 – Classificação do estado Nutricional das mulheres segundo IMC Nutricional dos homens segundo IMC A ocorrência de peso acima do recomendado é mais notória no grupo feminino, bem como encontrado em um levantamento científicos feito por Silveira,24 onde foram avaliados cerca de 600 idosos. Outros estudos com grandes amostras populacionais, como a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição e a POF de 2002- 2003 apontam para esta mesma tendência, comprovando níveis elevados de excesso de peso entre mulheres idosas, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.25,26. O outro parâmetro para avaliação antropométrica adotado foi a circunferência de panturrilha (CP). A CP é a método mais fidedigno para a avaliação da perda da massa muscular nos idosos. Ela indica alterações na massa magra que ocorrem com a idade e com o decréscimo na atividade física.13 É considerada adequada a circunferência igual ou superior a 31 cm para homens e para mulheres. 15 26,31% 26,31% 47,38% 27,27% 54,54% 18,19% Baixo peso Eutrofia Obesidade 13 Na análise 8 (26,66%) idosos apresentaram valor inadequado, os outros 22 (73,34%), possuíam valores > ou igual a que 31 cm de circunferência. Entre os homens 3 (2,72%) estavam com esta medida inadequada e entre as mulheres 5 (26,31%). Tabela 2- Comparação entre o estado nutricional segundo IMC e circunferência de panturrilha dos idosos institucionalizados Gênero Classificação do IMC CP Adeq. (> 31cm) CP Inadeq. (<31 cm) Homens (n11) Baixo peso 0 3 Eutrofia 5 1 Sobrepeso/ Obesidade 2 0 Mulheres (n19) Baixo peso 5 0 Eutrofia 5 0 Sobrepeso/Obesidade 9 0 Fonte: Dados da Pesquisa Por ser um indicador importante na avaliação nutricional de idosos a circunferência de panturrilha é verificada em vários estudos que contem este tema. Os valores aqui encontrados, 13% diferem do levantamento realizado por Spinelli, pois dentre 20 idosos institucionalizados que foram avaliados 50% apresentava valores inadequados de CP.27 Porém como observado na tabela acima, destaca-se uma maior prevalência de idosos acima do peso recomendado, o que pode ser um fator que justifica este resultado. O mesmo autor, em um estudo comparativo, objetivou avaliar o estado nutricional de idosos moradores e não moradores de ILPIS, quando comparadas as circunferências de panturrilha, foi percebido que idosos institucionalizados apresentam menores valores, indicando um maior risco para a desnutrição. 28 Para a análise do consumo alimentar de idosos institucionalizados deve-se levar em consideração que a alimentação desses indivíduos dependerá do que lhes é ofertado no cardápio diário. A portaria nº 810 do Ministério da Saúde de 1989,29 estabelece as normas para o funcionamento das ILPIS, e dentre elas, está inclusa a responsabilidade pelos alimentos ofertados a internos. Logo o cardápio oferecido 14 deve considerar as necessidades nutricionais e os aspectos higiênicos-sanitários para a oferta de uma alimentação saudável, que garanta o adequado estado nutricional desses indivíduos, fator facilmente afetado pela presença de doenças crônicas, uso de medicamentos, distúrbios gastrointestinais inerentes à idade, entre outros. 30 O presente estudo verificou as refeições fornecidas durante uma semana do mês de junho de 2017. Para a avaliação qualiquantitativa, utilizou-se as recomendações de porções fornecidas pelo guia alimentar para a população brasileira (GAPB) em comparação ao cardápio oferecido. Abaixo os resultados encontrados. Tabela 3- Média das porções de grupos alimentares ofertados no cardápio da ILPI em uma semana do mês de junho, 2017 Grupos Média de oferta Desvio padão Cereais 5,7 0,48 Legumes e verduras 2,71 0,75 Frutas 2,57 0,53 Feijões 1,14 0,37 Carnes, peixes e ovos 1,14 0,37 Leites e derivados 2 0,57 Óleo e gordura 1 0 Açúcar 1 0,57 Fonte: Dados da pesquisa Os alimentos encontrados no cardápio que foram classificados dentre o grupo dos cereais foram: arroz, bolo simples, pão francês/ forma/ queijo, panetone salgado, bolacha doce/salgada, macarrão instantâneo e macarrão. De acordo com as recomendações do GAPB, deve-se consumir 6 porções deste grupo ao dia,31 porém apenas 5 dias ofereceram essa quantidade aos idosos, nos outros 2 dias foram observadas a oferta de 5 porções. O grupo dos cereais fornece principalmente carboidratos na alimentação, este macronutriente possui como principal função fornecer energia para as células do organismo, principalmente o cérebro que pode ser considerado um órgão glicose-dependente. 9,32 O guia preconiza a utilização de alimentos integrais, por serem minimamente processado, mantém em ótimos níveis seu conteúdo de fibras e micronutrientes,9 importantes para a saúde não só dos idosos, mas das pessoas em geral. Observou-se a oferta de apenas um alimento 15 integral no cardápio analisado (pão de forma), e o mesmo esteve presente apenas em um dia da semana. Fonte: Dados da pesquisa Gráfico 3- Comparação das porções alimentares recomendadas pelo GAPB e a servida pela ILPI No grupo das frutas, foram contabilizados tanto o seu consumo in natura, como na forma de sucos. Os sucos perdem alguns nutrientes na preparação, principalmente as fibras, e seu consumo oferece saciedade reduzida quando comparada ao consumo da fruta inteira, 4 porém como esta presente em todos os dias do cardápio, a preparação foi inclusa neste grupo alimentar. Os alimentos encontrados foram: banana, mamão, maçã, laranja, uva, manga, melão e limão. Os sucos são servidos sem açúcar ou com adoçante devido aos idosos diabéticos que residem no local. A oferta média de frutas na instituição atingiu 2,57 comparado com o guia alimentar que preconiza 3 porções diárias. 31 As frutas devem fazer parte diariamente da alimentação, podendo ser inclusas tanto nas principais refeições como nos pequenos lanches, pois são alimentos ricos em micronutrientes, fibras e alguns componentes com propriedades funcionais. 4,33 Assim como as frutas os legumes e verduras são importantes provedores de nutrientes aos seres humanos, tornando seu consumo indispensável para a 0 1 2 3 4 5 6 7 Cereais Legumes e verduras Frutas Carnes peixes e ovo leite e derivados Oleos e gorduras Feijões Açúcar ILPI GAPB 16 manutenção da saúde. 4 A instituição pesquisada oferece semanalmente aos moradores a média de 2,71 destes alimentos, apresentando na maioria dos dias o fornecimento de 3 porções, o mesmo recomendado pelo GAPB.31 Os legumes e verduras que foram encontrados são: acelga, alface, catalonha, couve, tomate, mandioquinha, cenoura, milho, repolho e batata, são utilizados em preparações como saladas,refogados e sopas. Estudos internacionais realizados na Europa e Estados Unidos demonstram que o risco de morte por doenças crônicas não transmissíveis pode ser diminuído em até 11% quando se tem um alto consumo de frutas, verduras e legumes (FLV),34 e o consumo adequado destes alimentos diminui consideravelmente a incidência de doenças cardíacas em idosos, bem como diabetes melitus tipo 2 e câncer 35,36 O grupo das carnes e ovos fornece proteínas, vitaminas e minerais a alimentação. É preconizado que seu consumo não ultrapasse uma porção ao dia e que as variações com menos gordura e preparações menos calóricas sejam consumidas. 4 No cardápio analisado a média de consumo apresentou-se um pouco acima do recomendado 1,14, mas foi adequado em quase todos os dias no cardápio. Os alimentos que compuseram este grupo foram: ovo, linguiça bovina, carne desfiada (cochão mole), frango, peixe, hambúrguer e salsicha, o modo de preparo mais utilizado foi o assado, porém o cozido e frito também estavam presentes. Foi notória a utilização de três carnes processadas no cardápio, o consumo frequente deste tipo de alimento está associado ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), tais como diabetes, câncer colorretal e de esôfago, além de doenças cardiovasculares. 4,37 O leite e derivados obtiveram média semanal de consumo de 2 porções/dia, na versão integral, ficando abaixo das recomendações. 4 Este grupo representa um importante provedor de cálcio, proteínas de alto valor biológico além de outros nutrientes importantes para a manutenção de ossos e para a nutrição humana no geral. A recomendação é que estes produtos sejam consumidos em versões com teor reduzido de gordura, (desnatado e semidesnatado), pois o consumo excessivo deste nutriente e de calorias está associado a ocorrência de dislipidemias e doenças cardiovasculares.38 Um estudo realizado com 300 idosos de ambos os gêneros na Zona Oeste de São Paulo, constatou a partir de questionário que esta população não consumia a 17 quantidade recomendada pelo guia alimentar, e com isso há um risco aumentado para o desenvolvimento de carências nutricionais e doenças como a osteoporose. Além da análise qualitativa foram verificados os valores quantitativos dos nutrientes presentes no cardápio da instituição. Em relação a quantidade de energia foi identificada uma média de aproximadamente 1400 kcal/dia, com grande variabilidade entre os dias da semana, como demonstrado na tabela. Tabela 4 – Energia e percentual distribuição percentual de macronutrientes ofertados no cardápio da ILPI Data Energia Proteína (%) Carboidrato (%) Lipídeo (%) 15.06. 2017 1691,12 9,85 63,89 26,25 16.06. 2017 1234,14 11,74 64,02 24,24 17 .06 2017 1111,34 13,89 53 33,12 18.06 2017 1641 10,81 68,36 20,83 19.06 2017 1159,27 18,02 56,37 25,61 20.06. 2017 1246,41 10 58,96 31,04 21.06 2017 1576,8 8,05 68,57 23,08 Média 13880 11,76 61,88 26,31 Desvio Padrão 246,19 3,29 5,51 4,03 Fonte: Dados da Pesquisa Atualmente as recomendações nutricionais para idosos, preconizam a presença de nutrientes de forma equilibrada, porém a inclusão ou restrição de nutrientes na dieta pode ser recomendada em casos específicos, 4 sendo necessário, portanto o acompanhamento constante de médicos e nutricionistas. Em relação a recomendação de energia o ideal seria a realização de cálculos individualizados, que levem em consideração os fatores individuais de cada idoso, diferenciando-se das antigas recomendações da que preconizavam um aporte energético de 2.300kcal/dia para homens e 1900 para mulheres. 39 Foram observadas diferenças significativas na oferta de energia e macronutrientes durante o período estudado, este fator pode ser explicado devido aos fatores econômicos da instituição, pois a mesma é filantrópica e depende muitas vezes das doações dos alimentos, não possibilitando um planejamento mais adequado da alimentação pela nutricionista do local. Em relação a distribuição de macronutrientes foi observado que o oferecido pela ILPI se adéqua dentro das recomendações da DRIS, que preconiza valores 18 percentuais de 45 a 65% de carboidratos, 20 a 35% de lipídios e 10 a 35% do total de calorias provenientes de proteínas.8 Os parâmetros para o consumo de macronutrientes foram estabelecidos de acordo com o conceito de acceptable macronutrients of distribution ranges (AMDR), ou faixa de distribuição aceitável de macronutrientes. AMDR, os valores por ele estipulados visam nortear ingestão alimentar, com o intuito de diminuir o risco de desenvolvimento de doenças crônicas. Como seu ponto de corte é variado, o profissional deve conhecer bem a população a qual pretende atuar, para intervir de forma correta e eficaz. 40 A DRI também estipula parâmetros específicos para os micronutrientes, os pontos de corte utilizados no presente estudo, foram para pessoas de 51 a 70 anos e para pessoas acima de 70 anos, e diferenciados por sexo. 41 Micronutrientes são extremamente necessários para saúde, são assim chamados por serem consumidos em pequenas quantidades, apresentando desde muito tempo, a conhecida função na prevenção de doenças deficitárias como anemia, por exmplo. 9 Para a análise foram considerados os valores dos nutrientes que merecem atenção especial em fases avançadas da vida. Tabela 5 - Micronutrientes do cardápio da ILPI e valores de referencia de acordo com faixa etária e sexo. Fonte: Dados da pesquisa /* DRI1999, 2000, 2001, 2002 De acordo com os dados apresentados nota-se que os valores de cálcio, zinco, folato e vitamina D estão abaixo do recomendado para todos os grupos de acordo com as DRI.41 Nutriente Média Desvio Padrão EAR/AI* 51 a 70 anos EAR/AI* >70 anos Homens Mulheres Homens Mulheres Cálcio 580,36 225,55 800 1000 1000 1000 Zinco 5,26 0,968 9,4 6,8 9,4 6,8 Ferro 6,95 3,63 6 6 5 5 Vitam b12 1,99 0,912 2 2 2 2 Acido fólico 141,98 46,70 320 320 320 320 Vitamina A 908,71 479,51 625 500 625 500 Vitamina C 93,93 33,96 75 60 75 60 Vitamina D 352 1,42 400 400 400 400 19 O cálcio é um dos micronutrientes mais presentes no corpo humano, está concentrado principalmente nos ossos e dentes, quando a ingestão é inadequada o organismo realiza a desmineralização óssea para regularizar seus níveis séricos, sua carência esta associada ao desenvolvimento de osteoporose.9 Um estudo realizado com 22 idosos participantes da Universidade Aberta para a Terceira Idade em 2014, identificou que os principais fatores de risco para o desenvolvimento de osteoporose está associado ao baixo consumo de cálcio e vitamina D, bem como a alta ingestão de cafeína. 42 Os resultados encontrados refletem o cenário nacional, que demonstra um consumo diário médio de 300 a 500mg de cálcio, sendo considerado muito baixo quando comparado com a recomendações atuais.43 O zinco é um componente essencial de diversas enzimas responsáveis entre outras funções pela expressão da informação genética e pela estruturação de proteínas.32 Um estudo de revisão bibliográfica analisou 45 publicações sobre este mineral, demonstrou que ele possui papel fundamental no sistema imune, auxiliando melhores condições de saúde na senescência.44 O zinco também influencia a percepção gustativa, inapetência e anorexia, fatores que podem intervir no consumo da alimentação, causando deficiência de outros nutrientes.45 Uma pesquisa realizada com idosos entre os anos de 1998 e 1999, que objetivou avaliar a correlação do estado nutricional associado aos níveis de zinco plasmático, identificou que mesmo com ingestão aparentemente adequada deste mineral, o mesmo estava insuficiente em níveis séricos, levando ao entendimento que a biodisponibilidade alimentar do mesmo estava sendo prejudicada, tanto pela baixa ingestão de energia total na dieta, como por fatores fisiológicospróprios do envelhecimento, com este resultados os pesquisadores reforçam a necessidade de adequação dietética e suplementação, com intuito de evitar os problemas advindos de sua deficiência. 46 O ácido fólico é um micronutriente importante em todas as fases da vida, atua na biossitese dos ácidos nucleicos, manutenção de hemácias, e no sistema nervoso central, sendo importante para a preservação da memória conforme o avanço da idade, também é utilizado em conjunto com o ferro no tratamento de anemia ferropriva. Sua deficiência pode causar anemia megaloblástica, diminuição da divisão celular e depressão. 9, 47 Outro nutriente deficitário em muitos idosos é a Vitamina B12 a cobalamina, aproximadamente 10% desses indivíduos apresentam níveis baixos de 20 concentração deste micronutriente. Sua deficiência causa anemia megaloblástica que é morfologicamente igual à causada pela deficiência de foláto, além de aumentar as concentrações de homocisteína, substância considerada fator de risco para diversas doenças cardiovasculares e demência. 48 Pode ser considerada como um importante problema de saúde pública, devido a alguns estudos epidemiológicos que evidenciaram carência em 20% da população geral de países industrializados.49 Em relação a vitamina D, podemos citar como principal função a participação no metabolismo do cálcio, fósforo, e na mineralização óssea. É adquirida através da exposição a raios solares e dieta. 32 Os idosos são considerados grupo de risco para desenvolvimento da hipovitaminose D, por apresentar consumo inadequado e diminuição do seu precursor na pele. 50 O cardápio da instituição apresentou oferta inadequada do nutriente, identificado tanto na análise de porções de leite e derivados, como na verificação quantitativa através do software. Ao ser realizada comparação entre a alimentação ofertada aos residentes e seu estado nutricional, identificou-se resultados controversos, pois apesar do aporte calórico baixo a prevalência encontrada foi de idosos acima do nível de eutrofia. Com isso podemos levar em consideração alguns fatores: O cardápio analisado representou a oferta de uma semana da unidade, porém não representa fidedignamente o habitual, já que a instituições recebe doações e planeja seu cardápio de acordo com o que tem disponível, além disso, a quantidade per capta preparada não necessariamente representa a quantidade consumida pelos idosos, podendo ser um importante fator para variação dos resultados encontrados.A inatividade física também deve ser considerada, pois os idosos passam a maioria do tempo sentados, o que favorece o ganho de peso. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com os dados obtidos identificou-se que a maioria dos idosos residentes na ILPI encontra-se em inadequado estado nutricional de acordo com IMC, porém a maior parte destes não esta abaixo do peso e apresentavam valores acima de 31 cm na CP, diferenciando-se de diversos estudos com população idosa. A avaliação do cardápio, realizado a partir do GAPB identificou diferenças pequenas em quases todos os grupos alimentares, somente o grupo de leite e derivados que se encontra com média de 1 porção a menos do que o recomendado. A utilização de carne processada em três dias da semana representa um fator de 21 risco aumentado para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Frutas e legumes são consumidos diariamente, em porções adequadas, favorecendo a qualidade nutricional da alimentação. Em analise quantitativa foi identificado baixo valor energético total, o que não reflete no estado nutricional da maioria, além da inadequação na oferta de nutrientes essenciais ao envelhecimento saudável, sendo elas: vitamina D, ácido fólico, cálcio, zinco. Por fim é recomendado adequação da alimentação ofertada para atender as necessidades dos idosos e a realização de mais estudos que avaliem também outros fatores que interferem no estado nutricional. REFERÊNCIAS 1. 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