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DH Aula 1- A dignidade da pessoa humana e a ordem jurídica

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05/06/2020 Disciplina Portal
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Direitos Humanos
Aula 1 - A dignidade da pessoa humana e a ordem jurídica
INTRODUÇÃO
05/06/2020 Disciplina Portal
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Nesta aula, examinaremos a dignidade da pessoa humana compreendida como o eixo valorativo que justi�ca a existência do próprio Estado e da ordem jurídica. Em
seguida, discutiremos sua problemática conceitual, destacando a dimensão principiológica que serve de suporte para os direitos humanos. Analisaremos os aspectos
jurídico e constitucional deste princípio, chamando atenção para as consequências hermenêuticas resultantes da adoção da proteção da dignidade do ser humano
como vetor de compreensão adequada da norma jurídica. Por �m, apontaremos as di�culdades a serem enfrentadas nas situações de limites da dignidade humana.
OBJETIVOS
05/06/2020 Disciplina Portal
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Explicar que a dignidade humana é o eixo valorativo que justi�ca o Estado Democrático de Direito e seu compromisso com a cidadania;
Identi�car a dimensão da normativa da dignidade humana como um princípio constitucional;
Examinar as implicações hermenêuticas do princípio da dignidade humana na proteção de DH.
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A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: CONSIDERAÇÕES GERAIS
Vejamos, a seguir, um trecho do famoso poema “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Mello Neto:
Fonte da Imagem: Radu Bercan / Shutterstock
No famoso poema, João Cabral de Mello Neto conta a história de Severino, um retirante do interior da Paraíba que foge da seca, em direção a Recife, no litoral de
Pernambuco. Lá, Severino acredita que terá uma vida melhor, com melhores condições.
Esse trecho reproduzido se refere ao �nal da viagem de Severino, já chegando em Recife. Mas, ainda assim, mesmo estando na capital pernambucana, Severino
encontra morte e pobreza, da mesma maneira que via no interior do sertão. Decepcionado e desiludido, o trecho reproduzido sugere ao leitor que Severino irá se suicidar
para dar �m a sua sina.
Esse sonho desfeito de Severino, escrito pelos idos dos anos 50 do século passado, ainda se mostra atual. Traduzido para o mundo do Direito, traz os desa�os que a
dignidade humana (ou sua falta ou desrespeito) coloca para as sociedades contemporâneas, e em especial a brasileira.
05/06/2020 Disciplina Portal
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Fonte da Imagem:
A dignidade da pessoa humana tem sido considerada por muitas áreas do saber humano, tais como a Filoso�a, a Ética, a Política e o Direito, como o ponto central de
construção de todo o ordenamento jurídico e do próprio Estado.
Ela é vista até mesmo com um valor suprajurídico, isto é, para além do Direito e da Constituição, já que seria a dignidade um valor ínsito do ser humano. E, desta
maneira, a dignidade trata diretamente da essência do ser humano. É, portanto, esse seu caráter supraconstitucional que permite, inclusive, que possamos sustentar
sua efetividade independentemente da sua positivação (isto é, seu reconhecimento pelo direito, através de uma norma jurídica, quer seja ela lei ou mesmo uma norma
constitucional).
Se pensarmos, por exemplo, nos dramas humanos da atualidade, como entre tantos outros, a questão dos refugiados de guerra ou a fome nos países africanos, salta
aos olhos a crise humanitária (glossário) que vivenciamos e destacamos a importância da valorização e proteção da dignidade humana como bússola para
enfrentarmos essas calamidades que assolam o mundo.
Assim, falar de dignidade humana é falar do outro, é falar de direitos, é falar de democracia, é falar de cidadania.
Para as sociedades atuais, a dignidade da pessoa humana coloca uma série de desa�os a serem enfrentados, assegurando a todas as pessoas uma vida decente: com
respeito, igualdade e liberdade, com acesso aos bens necessários para a realização do projeto de vida de cada um e que leve, en�m, à felicidade. Assim, a dignidade se
articula com a própria possibilidade de existir com decência no mundo para nele viver em plenitude.
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Fonte da Imagem: Anton_Ivanov / Shutterstock
No entanto, a vida em sociedade é marcada por desigualdades materiais e carências sociais, pois, ainda que expresso de forma simplista, há mais pessoas do que bens
disponíveis, isto é, não é possível o acesso igual de todos a todos os recursos disponíveis: aí se coloca o dilema da dignidade humana.
Fonte: popular business / Shutterstock
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O que temos de fazer para assegurar cada vez mais proteção à dignidade humana, para um número maior de pessoas, sempre em um movimento crescente?
A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA DIGNIDADE HUMANA
A ideia de dignidade humana não é uma invenção do século XX. Os estudiosos do tema apontam que, já na Antiguidade Grega, havia um movimento de valorização da
pessoa humana. Também entre os orientais a pessoa humana tinha seu destaque. Confúcio (glossário), partidário de uma ideia de aperfeiçoamento do ser, em
detrimento da caridade pura, já pregava “ame a todos sem distinção”. Posteriormente, com o advento do Cristianismo, a �gura do ser humano, à imagem e semelhança
de Deus, inspirava uma relação de reconhecimento de si no outro. O fundamento da dignidade morava no divino.
Saltando no tempo, é com o Iluminismo (glossário) que, no Ocidente, a dignidade da pessoa humana passa a derivar da razão, daí decorrendo a criação de vários
documentos emblemáticos para o marco do respeito à dignidade humana, como por exemplo, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (glossário), de 1789,
resultado da Revolução Francesa.
Kant (glossário), na famosa obra "Fundamentação da Metafísica dos Costumes" sustentava que as pessoas deveriam ser tratadas como um �m em si mesmas, e não
como um meio (objetos). O �lósofo assim dizia:
Fonte: Le Salon de Mme Geoffrin - Anicet-Gabriel Lemonnier. https://www.histoire-image.org/sites/default/salon-geoffrinf.jpg
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Fonte: sumkinn / Shutterstock
São as noções de Kant que �xaram as bases da compreensão moderna da dignidade humana �xando sua relação com os direitos humanos e que até hoje se colocam
como, de certa forma, pertinentes.
Há duas dimensões do pensamento kantiano que merecem destaque:
A ideia de �nalidade (glossário), isto é, o homem, por ser dotado de razão, é um �m em si mesmo.
A ideia de autonomia (glossário), isto é, a vontade humana deve estar direcionada para o dever de estabelecer parâmetros de moralidade que sirvam para todos,
inclusive para ela mesma, não porque se busca uma vantagem futura, mas sim porque esta é a dignidade do ser dotado de razão.
Atenção!
, Devemos ter em mente que a compreensão da dignidade que hoje temos não equivale ao que se pensavaem épocas passadas, já que os contextos históricos e culturais são
distintos. Assim, embora a dignidade decorra da existência da própria pessoa, ela hoje está associada à ideia de condição humana que se desenha pela e na História, afastando de
certa forma sua derivação do Direito Natural., , Entretanto, de toda forma, a dignidade humana é saudada como o motor do progresso civilizatório, que uniria a humanidade em torno de
uma grande causa comum, como veremos ao avançar em nossos estudos e pensarmos, especialmente, no Direito Internacional dos Direitos Humanos.
A PROBLEMÁTICA CONCEITUAL E SUA RELAÇÃO COM OS DIREITOS HUMANOS
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Em uma postagem, de março de 2015, no Blog JOTA, Daniel Sarmento, diz que:
“uma rápida pesquisa no site do STF mostra que, sob a égide da Constituição de 1988, o princípio da dignidade da pessoa humana foi explicitamente invocado em nada
menos que 260 acórdãos, 2.298 decisões monocráticas, 79 decisões da Presidência, 9 questões de ordem e 3 repercussões gerais. Os temas abordados pelas decisões
são os mais variados, indo da vedação de denúncias criminais genéricas à união homoafetiva; da impossibilidade de realização compulsória do exame de DNA ao
aborto de fetos anencéfalos; das políticas de ação a�rmativa à criminalização da violência doméstica”.
Desses dados apresentados, logo pensamos:
Fonte: popular business / Shutterstock
Como propor que um conceito de dignidade dê conta de temas e questões tão diferentes?
Que seja capaz de comunicar um sentido mais objetivo à dignidade humana, que todos sabem o que é, mas têm muitas di�culdades de explicar e acordar um sentido
para ser compartilhado?
Veremos que há um esforço doutrinário no sentido de responder nossos questionamentos, embora sem que possamos ter uma de�nição fechada, com todos os seus
elementos determinados.
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UM CONCEITO DE DIGNIDADE HUMANA: DESAFIOS
A dignidade humana é uma daquelas expressões chamadas de polissêmicas. Isto quer dizer que ela é portadora de muitos sentidos diferentes, sendo um desa�o
estabelecer um sentido único para a mesma.
Assim, dignidade humana quer (e pode) dizer respeito a muitas coisas diversas, em razão do sentido que lhe é atribuído e dos interesses que se busca preservar ou
defender quando a ela recorremos.
Atenção!
, Essa ausência de sentido único faz com que a dignidade da pessoa humana seja marcada por ambiguidades de sentidos, precisando de um esforço de interpretação maior para
de�nir seu alcance e conteúdo. É nessa ambiguidade que entendemos a perplexidade dos dados levantados por Daniel Sarmento e anteriormente mencionados.
Entretanto, ainda que a dignidade humana possa ser etiquetada como uma cláusula aberta (glossário), podemos fazer aqui alguns acordos quanto ao seu sentido.
Para nossa disciplina, adotaremos o conceito dado por Ingo Wolfgang Sarlet que articula a ideia de respeito a todos os seres humanos, independentemente de suas
qualidades. Esse respeito é exigido do Estado e da sociedade como um todo, materializando-se em um feixe de direitos e deveres fundamentais que asseguram uma
existência minimamente decente, (como, por exemplo, acesso ao saneamento básico, à água potável, dispor de alimentação adequada, etc.) que permita ao ser humano
decidir os rumos de sua vida, assegurando sua felicidade e participação na sociedade.
Leia a conceituação de Ingo Wolfgang Sarlet:
Fonte: sumkinn / Shutterstock
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A RELAÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA COM OS DIREITOS HUMANOS
A despeito da di�culdade semântica já registrada, podemos adotar também uma fórmula para conceituar a dignidade:
ATRIBUTO INERENTE DA PESSOA HUMANA, PELO SIMPLES FATO DE ALGUÉM “SER HUMANO”.
Desse modo, por existir enquanto ser humano, em uma sociedade plural, automaticamente, esta pessoa se torna merecedora de respeito e proteção,
independentemente, de sua origem, etnia, sexo, idade, estado civil, religião, �liação partidária, condição sócio econômica, cultura partilhada, ou de qualquer outro fator
de identi�cação ou diferenciação.
Reconhece-se que a dignidade é um princípio fundamental (glossário) que emana de todos os humanos, desde a concepção no útero materno, não se vinculando e não
dependendo de atribuição de personalidade jurídica (glossário) ao seu titular para seu reconhecimento.
Aqui, neste ponto de nossa disciplina, não aprofundaremos a distinção entre direitos humanos e direitos fundamentais.
Assim nesta aula, consideraremos os dois como sinônimos, apesar de haver uma distinção entre eles, especialmente, no que tange a sua esfera de incidência:
Desse modo, quer sejam direitos humanos ou direitos fundamentais, ambos emanam, decorrem da dignidade humana. Podemos, então, dizer que dignidade é um
critério uni�cador, ao qual todos os direitos humanos/fundamentais se reportam, em maior ou menor grau de adesão ou concretização.
Por outro lado, também se discute se esses direitos poderão ser relativizados, ou não, na medida em que nenhum direito ou princípio se apresenta de forma absoluta,
especialmente quando estudamos o con�ito ou colisão entre direitos e suas formas de resolução.
Por exemplo, em nome do direito à intimidade e privacidade é possível que se proíba a circulação de uma reportagem jornalística? Esse é um tema de muita relevância e
também delicado.
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A relação da dignidade humana com os direitos humanos/fundamentais gera uma dupla obrigação para o Estado quanto ao que dele se pode exigir: uma de caráter
negativo e outra de aspecto positivo.
Caráter negativo
Inspirado nos ideais liberais, remete a uma noção de proteção, de defesa contra o Estado, determinando que o Estado deve se abster
de adotar qualquer medida que possa violar a dignidade humana.
Por exemplo, se não houver ordem judicial, o Estado só pode prender as pessoas em �agrante delito, isto é, se estiverem naquele
momento praticando um crime. É o que temos no art. 5º. inciso LXI, da Constituição de 1988, preservando-se, assim, o direito à
liberdade:
“LXI – ninguém será preso senão em �agrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo
nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, de�nidos em lei.”
Dimensão positiva
Impõe ao Estado um dever de agir jurídica ou faticamente. Em geral, a dimensão positiva irá se traduzir na prestação de um serviço
púbico, tal como a educação, a previdência social, a assistência social e a saúde, entre outros. Ela resulta do modelo de Estado social,
que tem por �nalidade proteger e promover, inclusive materialmente, a dignidade da pessoa humana.
No texto constitucional, temos como exemplo o direito à educação, previsto no Capítulo III da Constituição, regulamentado a partir do
art. 205.
“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua quali�cação para o trabalho".
Ou ainda, como outro exemplo concreto, podemos citar o dever do Estado de prestar assistência social a quem dela necessitar,
independentemente de contribuição à seguridade social, garantindo um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
de�ciência e ao idoso que comprovemnão possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família,
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conforme dispuser a lei (art. 203, inciso V da Constituição de 1988).
ASPECTOS JURÍDICO E CONSTITUCIONAL DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA
Fonte da Imagem: StudioSmart / Shutterstock
A dignidade da pessoa humana, ao ser incorporada à ordem normativa de um país, passa a ostentar um aspecto jurídico que lhe dá todos os atributos que a norma
jurídica (glossário) ostenta, deixando de ser apenas uma indicação ética ou moral cuja adesão do sujeito depende apenas de sua consciência.
A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA COMO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL E A CONSTITUIÇÃO DE
1988
No caso do Brasil, em especial, a dignidade da pessoa humana é uma norma jurídico-positiva de status constitucional e, como tal, dotada de e�cácia, sendo, então,
capaz de garantir os direitos fundamentais do cidadão.
Logo no art. 1º. Inciso III da Constituição, o princípio da dignidade humana é declarado como um fundamento da República (glossário) e do Estado Democrático de
Direito (glossário) do Brasil.
Para comentar este artigo trazemos novamente a contribuição de Ingo Wolfgang Sarlet:
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“Consagrando expressamente, no título dos princípios fundamentais, a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos do nosso
Estado democrático (e social) de Direito (art. 1º, inc. III, da CF), nosso Constituinte de 1988 [...] além de ter tomado uma decisão fundamental a respeito do sentido, da
�nalidade e justi�cação do exercício do poder estatal e do próprio Estado, reconheceu categoricamente que é o Estado que existe em função da pessoa humana, e não
o contrário, já que o ser humano constitui a �nalidade precípua, e não meio da atividade estatal”. (SARLET, 2010: 133)
Em outras palavras, é o Estado que passa a servir ao cidadão, como instrumento para a garantia e promoção da dignidade das
pessoas individual e coletivamente consideradas.
Além desse artigo, o princípio da dignidade se encontra previsto de modo expresso ou implícito ao longo do texto constitucional, reforçando a ideia de fundamento,
sendo a dignidade humana o eixo valorativo de nosso Estado e direito.
, Em outras palavras, é o Estado que passa a servir ao cidadão, como instrumento para a garantia e promoção da dignidade das pessoas individual e coletivamente consideradas., ,
Além desse artigo, o princípio da dignidade se encontra previsto de modo expresso ou implícito ao longo do texto constitucional, reforçando a ideia de fundamento, sendo a dignidade
humana o eixo valorativo de nosso Estado e direito.
A PROTEÇÃO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA COMO VETOR PARA UMA HERMENÊUTICA
ADEQUADA
Ao estudarmos a dignidade humana, percebemos, também, que ela se encontra diretamente relacionada ao tema da hermenêutica (glossário). Nesse sentido, dois
aspectos merecem atenção: a dimensão principiológica e a questão de seus limites ou restrições.
 (glossário) (glossário)
Clique nos títulos acima.
http://estacio.webaula.com.br/cursos/dp0268/galeria/aula1/docs/dimensao_pricipiologica.pdf
http://estacio.webaula.com.br/cursos/dp0268/galeria/aula1/docs/limites_restricoes.pdf
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estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=4B4D2030204EBBF19EC1C93506335B6452F496885290AFEB2723EA668E1825C59FE795645A37BBF123FE72F791DCF9DAF878568A603CA630E… 15/22
Exemplo
, Clique aqui (galeria/aula1/docs/exemplo.pdf) e acesse um exemplo que nos ajudará a melhor visualizar esse dilema da proteção da dignidade humana.
, Agora que estamos chegando ao �nal de nossa aula, vamos assistir ao vídeo a seguir? Nele, o professor e juiz de direito Ingo Wolfgang Sarlet discorre sobre a construção histórica da
dignidade da pessoa humana e sua relação com os direitos fundamentais.
VÍDEO
ATIVIDADE PROPOSTA
Leia o artigo Crise humanitária: Direito, moralidade e solidariedade (glossário) publicado na Carta Capital e responda:
a) Para o autor, é verdade que a Europa é o continente que mais recebe refugiados? Aponte no texto a base de sua resposta.
b) De que forma o problema se relaciona com a dignidade humana?
Resposta Correta
http://estacio.webaula.com.br/cursos/dp0268/galeria/aula1/docs/exemplo.pdf
http://www.cartacapital.com.br/internacional/crise-humanitaria-direito-moralidade-e-solidariedade-139.html
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Glossário
CRISE HUMANITÁRIA
É uma situação de emergência, em que a vida de um grande número de pessoas se encontra ameaçada e na qual recursos extraordinários de ajuda humanitária são necessários para
evitar uma catástrofe ou pelo menos limitar as suas consequências.
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Fonte: Wikipedia
CONFÚCIO
Foi o mais famoso �lósofo e pensador político da China e viveu entre 552 e 479 a.C. Confúcio não deixou nenhuma obra escrita, mas seus discípulos coletaram pequenos provérbios
do mestre, além de diálogos com ele, e os reuniram em um texto intitulado Lun Yu ("Os Analectos"). A herança que o �lósofo deixou para o mundo oriental vai muito além disso. "O
confucionismo é a base da ética empresarial japonesa. Também em alguns dos chamados Tigres Asiáticos, como Coréia do Sul e Cingapura, ele é promovido como sistema �losó�co
a encorajar o desenvolvimento econômico", a�rma o historiador Ricardo Gonçalves, da USP. Isso porque os pensamentos de Confúcio pregavam, por exemplo, a importância da
educação para melhorar a sociedade, com destaque à construção do caráter e não apenas ao acúmulo de conhecimentos.
Fonte: Adaptação da Revista Mundo Estranho
ILUMINISMO
Também conhecido como Século das Luzes e como Ilustração, foi um movimento cultural da elite intelectual europeia do século XVIII, que procurou mobilizar o poder da razão, a �m de
reformar a sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval. Abarcou inúmeras tendências e, entre elas, buscava-se um conhecimento apurado da natureza, com o objetivo
de torná-la útil ao homem moderno e progressista. Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância da Igreja e do Estado. Seus ideais políticos in�uenciaram a Declaração
de Independência dos Estados Unidos, a Carta dos Direitos dos Estados Unidos, a Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão e a Constituição Polaco-Lituana de 3 de
maio de 1791.
Fonte: Wikipedia
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO
Inspirada nos pensamentos dos iluministas, bem como na Revolução Americana (1776), a Assembleia Nacional Constituinte da França revolucionária aprovou em 26 de agosto de
1789 e votou de�nitivamente a 2 de outubro a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, sintetizados em 17 artigos e um preâmbulo dos ideais libertários e liberais da primeira
fase da Revolução Francesa (1789-1799). Pela primeira vez, são proclamados as liberdades e os direitos fundamentais do homem de forma econômica, visando abarcar toda a
humanidade. Ela foi reformulada no contexto do processo revolucionário em uma segunda versão, de 1793. Serviu de inspiração para as constituições francesas de 1848 (Segunda
República Francesa) e para a atual, e também foi a base da Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pelas Nações Unidas de 1948.
Fonte: Wikipedia
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KANT
“Emmanuel Kant (1724-1804) foi um �lósofo alemão, considerado um dos maiores da história e dos mais in�uentes no Ocidente. Kant veio de família pobre e foi criado no seio da
religião protestante. Lecionou geogra�a e iniciou a carreira universitária ensinando Ciências Naturais. Em 1770, foi nomeado professor catedrático na Universidade de Königsberg. [...]
Sua obra, Crítica da Razão Pura, visava colocar todas as questões sob análise racional, sem a confusão que os sentidos poderiam causar para uma conclusão mais cuidadosa. Tentou,
então, resolver o problema do conhecimento racional e empírico, pois não concordava que a experiência sensível era limitada. Kant achava que as verdades universais poderiam ser
encontradas a priori, ou seja, antes de qualquer experiência. Assim, para Kant, o espírito ou a razão modelava e coordenava as sensações, sendo as impressões dos sentidos externos
apenas matéria-prima para o conhecimento. Kant negava que existia uma verdade última ou a natureza íntima das coisas. Por isso, propôs uma espécie de código de conduta humano,
surgindo daí, ideias para outra obra famosa, o seu livro A crítica da Razão Prática, que funcionaria como leis éticas que regeriam os seres humanos. A estas leis, deu o nome de
Imperativo Categórico”.
Fonte: E-biogra�as
“Kant manifestou grande simpatia pelos ideais da Independência Americana e depois da Revolução Francesa. Foi um paci�sta convicto. É lendária a forma extremamente regrada
como vivia. Conta-se que a população de Könisberg acertava os relógios por ele quando passava pelas suas janelas nos seus passeios diários, sempre às 16h30. Morreu aos 80 anos.”
Fonte: Pensador.uol
FINALIDADE [EM KANT]
Estabelece que o homem é um �m em si mesmo, e assim, não pode servir de meio para a consecução de algum outro objetivo, isto é, o ser humano não pode ser instrumentalizado.
Nas palavras de Kant “a vontade é concebida como a faculdade de se determinar a si mesmo a agir em conformidade com a representação de certas leis. Ora aquilo que serve à
vontade de princípio objetivo da sua autodeterminação é o �m (Zweck), e este, se é dado pela só razão, tem de ser válido igualmente para todos os seres racionais” (KANT, Emmanuel.
Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução de Paulo Quintela - Lisboa: Edições 70, 2007, p. 67).
Fonte: http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/dignidade-da-pessoa-humana-em-immanuel-kant
AUTONOMIA [EM KANT]
A autonomia é o principio supremo da moralidade. E a vontade deve ser autônoma, quando: a) ela puder universalizar a regra que ditou a ação individual, isto é, deve valer para todos; b)
quando ela mesma estiver sujeita à regra universal que criou. Kant explicava que “O homem, e, de uma maneira geral, todo o ser racional, existe como �m em si mesmo, não só como
meio para o uso arbitrário desta ou daquela vontade. Pelo contrário, em todas as suas ações, tanto nas que se dirigem a ele mesmo como nas que se dirigem a outros seres racionais,
ele tem sempre de ter considerado simultaneamente como �m”.
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(KANT, Emmanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução de Paulo Quintela - Lisboa: Edições 70, 2007, p. 67/68)
Fonte: http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/dignidade-da-pessoa-humana-em-immanuel-kant
CONDIÇÃO HUMANA
A condição humana é uma expressão muito associada à �lósofa Hannah Arendt. Ao começar sua obra, “A condição humana”, ela alerta que: a “condição humana não é a mesma coisa
que natureza humana. A condição humana diz respeito às formas de vida que o homem impõe a si mesmo para sobreviver. São condições que tendem a suprir a existência do homem.
As condições variam de acordo com o lugar e o momento histórico do qual o homem é parte. Nesse sentido, todos os homens são condicionados, até mesmo aqueles que
condicionam o comportamento de outros tornam-se condicionados pelo próprio movimento de condicionar. Sendo assim, somos condicionados por duas maneiras: 1. Pelos nossos
próprios atos, aquilo que pensamos, nossos sentimentos, em suma, os aspectos internos do condicionamento. 2. Pelo contexto histórico que vivemos, a cultura, os amigos, a família;
são os elementos externos do condicionamento”.
Explicação elaborada por Thiago Rodrigues Braga.
Fonte: Mundo dos Filósofos
DIREITO NATURAL
“O direito natural tem como pontos principais em sua doutrina a ideia de que existe um direito comum a todos os homens e que o mesmo é universal. Este direito é anterior ao direito
positivo, que é aquele �xado pelo Estado, e todos os homens o recebem de forma racional. Suas principais características, segundo Norberto Bobbio, são a universalidade, a
imutabilidade e seu conhecimento através da própria razão do homem”. Segundo o mesmo autor, “os comportamentos regulados pelo direito natural são bons ou maus por si mesmos
e estabelecem aquilo que é bom”.
Excerto de O Direito Natural como justi�cativa da proteção aos direitos humanos fundamentais no caso de omissão legislativa, por Adelson Antonio Pinheiro.
Fonte: DireitoNet.
CLÁUSULA ABERTA
Também chamada de norma jurídica indeterminada. Em geral são normas que incorporam um princípio ou valor de origem ética que orientam a aplicação do direito na solução do caso
concreto, com o que ampliam a importância da interpretação jurídica e põem em destaque o papel do juiz. Para muitos, seu sentido é situado no tempo e no espaço, já que explicitam
um padrão de conduta aceito em certa época e lugar. Em geral, sob o aspecto linguístico, a cláusula aberta pode ser entendida como uma técnica legislativa que adota o uso de formas
vagas, formas multissigni�cativas, que comportam muitos signi�cados, daí chamadas de polissêmicas. Se norma jurídica está prevista em uma cláusula aberta, defere-se ao intérprete
e, em última instância ao juiz, a atividade hermenêutica de densi�car seu conteúdo, que pode se ajustar e mudar em razão do caso considerado.
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PERSONALIDADE JURÍDICA
É a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair deveres.
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL
(Na Constituição do Brasil) é o termo referente a um conjunto de dispositivos contidos na Constituição brasileira de 1988, destinados a estabelecer as bases políticas, sociais,
administrativas e jurídicas da República Federativa do Brasil. São as noções que dão a razão da existência e manutenção do Estado brasileiro. Sendo o Brasil um Estado democrático
de direito, os princípios fundamentais se apresentam como os objetivos deste complexo sistema chamado direito.
Fonte: Wikipedia
IDEAIS LIBERAIS
Os ideais liberais se articulam em quatro grandes pilares: “[1] Os liberais acreditam que o Estado foi criado para servir ao indivíduo, e não o contrário. Os liberais consideram o exercício
da liberdade individual como algo intrinsecamente bom, como uma condição insubstituível para alcançar níveis ótimos de progresso. Entre outras, a liberdade de possuir bens (o direito
à propriedade privada) parece-lhes fundamental, já que sem ela o indivíduo se encontra permanentemente à mercê do Estado. [2] Portanto, os liberais também acreditam na
responsabilidade individual. Não pode haver liberdade sem responsabilidade. Os indivíduos são (ou deveriam ser) responsáveis por seus atos, tendo o dever de considerar as
consequências de suas decisões e os direitos dos demais indivíduos. [3] Justamente para regular os direitos e deveres do indivíduo em relação a terceiros, os liberais acreditam no
Estado de direito. Isto é, creem em uma sociedade governada por leis neutras, que não favoreçam pessoas, partido ou grupo algum, e que evitem de modo enérgico os privilégios. [4]
Os liberais também acreditam que a sociedade deve controlar rigorosamenteas atividades dos governos e o funcionamento das instituições do Estado”.
Excerto de O que é o Liberalismo, por Carlos Alberto Montaner. Fonte: Instituto “Ordem Livre”.
FLAGRANTE DELITO
Nos termos do artigo 302 do Código de Processo Penal, há quatro circunstâncias para a ocorrência do �agrante delito: a) quando o agente está cometendo a infração penal; b) quando
acaba de cometê-la, c) quando é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido, ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o autor da infração; d) ou quando é
encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser o autor da infração.
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ESTADO SOCIAL
Também chamado de Estado de Bem-Estar Social. Se no contexto liberal, o Estado possuía um papel mínimo, com a �nalidade de garantir a liberdade individual dos cidadãos; no
Estado Social, o Estado é positivamente atuante para ensejar o desenvolvimento (não apenas o crescimento econômico, mas a elevação do nível cultural e a mudança social) e a
realização da justiça social, com a redução das desigualdades materiais.
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Nos termos da Lei 8742/1993, a assistência social é direito do cidadão e dever do Estado, desenvolvida por uma Política de Seguridade Social não contributiva, isto é, não é necessário
que seu bene�ciário tenha �nanceiramente contribuído para gozar de seus benefícios, que deve prover os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de
iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.
SEGURIDADE SOCIAL
Nos termos do art. 194 da Constituição, a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Ela será �nanciada mediante recursos provenientes do orçamento Poder Público (União, Estados, Municípios e Distrito
Federal) e de contribuições da sociedade (em geral as mais conhecidas são as contribuições devidas pelos empregadores, e a devida pelos empregados, chamadas popularmente de
“desconto para o INSS). A aposentadoria por tempo de serviço é um dos exemplos de direito oriundo da seguridade social.
ATRIBUTOS DA NORMA JURÍDICA
A norma jurídica é a conduta exigida ou o modelo de organização social imposto. Seus atributos são: vigência, efetividade, e�cácia e legitimidade.
Fonte: direitorvm.blogspot.com.br
FUNDAMENTO DA REPÚBLICA
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São chamados, também, de princípios fundamentais e estruturam a existência jurídico-política do Estado Brasileiro. Para Canotilho, os princípios fundamentais visam essencialmente
de�nir e caracterizar a coletividade política e o estado, enumerando as principais opções político constitucionais. Entre nós, estão previstos no art. 1º. da Constituição: “Art. 1º A
República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político”.
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
Para o importante doutrinador José Afonso da Silva, o Estado Democrático de Direito, previsto no texto da Constituição de 1988, é um Estado de Direito no qual a democracia deve ser
“um processo de convivência social em uma sociedade livre, justa e solidária (art. 3º.II), em que o poder emana do povo, deve ser exercido em proveito do povo diretamente ou por seus
representantes eleitos (art. 1º., parágrafo único); participativa, porque envolve a participação crescente do povo no processo decisório e na formação dos atos de governo; pluralista,
porque respeita a pluralidade de ideias, culturas e etnias e pressupõe, assim, o diálogo entre opiniões e pensamentos divergentes e a possibilidade de convivência de formas de
organização e interesses diferentes na sociedade; há de ser um processo de liberação da pessoa humana das formas de opressão que não depende apenas do reconhecimento formal
de certos direitos individuais, políticos e sociais, mas especialmente da vigência de condições econômicas suscetíveis de favorecer o seu pleno exercício”.
Fonte: excerto de O Estado democrático de direito por José Afonso da Silva, disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br
(http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/viewFile/45920/44126)
HERMENÊUTICA
Muitas vezes, é utilizada no Direito como sinônimo de interpretação. Mas hermenêutica também pode ser considerada como o estudo sobre a interpretação. Ao passo que a
interpretação pode ser entendida como o esforço lógico-mental para determinar o sentido e alcance de uma norma jurídica.
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/viewFile/45920/44126

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