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AVALIAÇÃO OSTEOARTICULAR • Anamnese ➢ Quanto aos dados da identificação é importante valorizar a idade, o sexo, a raça, a profissão e a procedência do paciente. Idade: displasias ósseas podem ser detectadas no período neonatal ou na fase em que a criança começa a andar. O raquitismo é exclusivo da faixa etária pediátrica. Outras, como a osteoporose são mais frequentes acima da quinta e sexta décadas. Algumas osteopatias ocorrem em qualquer idade, como as infecções e neoplasias ósseas, embora a osteomielite seja comum em crianças e jovens. Sexo: sabe-se que a osteocondrite do quadril é bem mais frequente no sexo masculino (5:1), enquanto a osteoporose predomina no sexo feminino. Procedência: nas pessoas provenientes do Mediterrâneo que apresentam dores ósseas, deve-se considerar a possibilidade de talassemia. Profissão: quem faz trabalhos que sobrecarregam o aparelho locomotor pode apresentar ostealgia e/ou deformidades ósseas. As queixas relatadas pelos pacientes com doenças ósseas são monótonas e nem sempre definidas. Destacam-se a dor, as deformidades e os sintomas gerais. Dor óssea: ➢ Localização, duração, intensidade, caráter, fatores agravantes e atenuantes. A exata localização da dor no segmento afetado é importante para o diagnóstico: epifisária, metafisária ou diafisária. Epifisária: doenças inflamatórias e degenerativas, como artrites infecciosas, artrite reumatóide (dependendo do estágio) e artroses em fases avançadas. Metafisária: neoplasias, artrites infecciosas e traumáticas. Diafisária: dores decorrentes de fraturas, posturais e alterações mecânica. Pode ser unisegmentar (osteomielites) ou multisegmentar (metástases, osteoporose, doença de Paget). A dor óssea costuma ser relatada como profunda, surda e intensa, podendo impedir que o paciente durma. Em geral é contínua, sem irradiação, podendo ser intensificada pela palpação do local. Em certas circunstâncias pode ser de caráter noturno e melhorar com o uso de AAS. A dor óssea de fraturas aumenta com os movimentos, ao contrário da dor de processos inflamatórios da coluna vertebral (espondilite anquilosante), que se atenua aos movimentos. Para a diferenciação entre dor mecânica e dor inflamatória é importante identificar quais fatores agravam e quais aliviam a dor. Deformidades ósseas: Podem adquirir diversos aspectos, sendo as mais simples constituídas de “caroços” ou “tumefações” localizadas. As menores são detectadas pela palpação, enquanto as maiores deformam o segmento e ficam visíveis. Indicam uma doença de longa duração, podem ser restritas a um único osso ou comprometer vários. Únicas: decorrentes de processos infecciosos ou sequelas de fratura mal consolidada, mas aparecem também na fase avançada das doenças degenerativas. Algumas vezes apresentam manifestações típicas, como a tíbia em sabre (sífilis, raquitisimo, doença de Paget) e o rosário raquítico (alargamento das extremidades anteriores das costelas- raquitismo). Podem originar-se nas junções osteoarticulares quando há varismo ou valgismo de tornozelos ou joelhos: alterações mecânicas, posturais, fraturas, infecções piogenicas, tuberculose, sífilis e artrite reumatoide. As principais deformidades da coluna vertebral: cifose, escoliose e cifoescoliose. Sintomas Gerais: As doenças ósseas podem causar sintomas gerais. Ostemielite causa febre alta e anorexia. Doença de Paget pode ser evidenciada por manifestações de insuficiência cardíaca. • Exame físico Paciente em pé, sentado, deitado e em ação, com boa iluminação e área a ser examinadas descobertas. Importante o exame de segmentos homólogos para efeito de comparação. Aspectos restritos de: -pés e mãos, rosto, coluna, grupos musculares, raiz de membros. ➢ Inspeção estática Atrofia muscular: localização, extensão, distribuição, intensidade Miopatia: proximal Neuropatia: distal Fasciculações e mioquimias Grupos musculares em repouso, movimentos breves, repetitivos, de pequena amplitude sob a pele como pequenos abalos localizados. Fasciculações são diagnostico diferencial Miotomia ➢ Inspeção dinâmica Observada durante marcha ou tarefas padronizadas. Miopatias avançadas: dificuldade em levantar-se do solo, déficit motor proximal (distrofias) Andar nas pontas dos pés e calcanhar ➢ Palpação Sentir a consistência do músculo Flacidez: comum Aumento de consistência: incomum Dor a palpação: miopatias inflamatórias Tônus muscular implica movimento passivo Aumento localizado: contratura ou espasmo Defesa contra dor Contratura intermitente: espasmo ou tetania ➢ Percussão • Miopatias metabólicas e hipertireoidismo Mioedema (depressão seguida de elevação) • Miopatias inflamatórias Edema duradouro • Miotonia Contratura sustentada com relaxamento demorado Pode ser desencadeado pela percussão Diferente de câimbra, é indolor • Reflexos miotáticos (pesquisa de rotina) Normais em fases precoces de miopatias, mas diminuem ou desaparecem com o avanço da doença. • Reflexos hiperativos Sugerem comprometimento piramidal • Reflexos hipoativos ou abolidos Neuropatias periférica Escala de avaliação de força muscular 0- Sem contração 1- Contração presente/ movimento ausente 2- Contração fraca/ movimento sem gravidade 3- Movimento contra gravidade mas sem outras resistências 4- Movimento contra resistência moderada 5- Movimento contra resistência maior
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