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SUMÁRIO 1. Introdução e definição .............................................. 3 2. Esqueleto axial ............................................................ 4 3. Ossos Parietais ........................................................... 7 4. Osso Frontal ................................................................. 8 5. Osso Occipital ...........................................................10 6. Ossos temporais ......................................................12 7. Osso Esfenoide .........................................................15 8. Osso Etmoide ............................................................17 Referências Bibliográficas .........................................20 3DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO 1. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÃO O sistema esquelético humano é for- mado por ossos e cartilagens e pode ser dividido em duas partes funcionais: o esqueleto axial e o esqueleto apen- dicular. O esqueleto axial é composto pelo crânio, coluna vertebral e caixa torácica. Já o esqueleto apendicular é constituído pelos ossos dos membros superiores e inferiores, incluindo as cinturas superior (escapular) e inferior (pélvica), que unem os membros ao esqueleto axial (Figura 1). Figura 1: Divisão do Sistema Esquelético. Fonte: https:// bit.ly/3105j7C Os ossos são uma forma muito espe- cializada de tecido conjuntivo, que pro- porcionam sustentação para o corpo, proteção de estruturas vitais, base me- cânica para os movimentos, depósito mineral (cálcio e fosfato), além de for- necer suprimento contínuo de novas células sanguíneas (medula óssea). A cartilagem é uma forma resiliente e semirrígida de tecido conjuntivo que compõe as articulações e promovem a ligação dos ossos entre si, permitindo o movimento. Está presente nas áre- as onde é necessária mais flexibilidade (como na união das costelas ao esterno). Os ossos e as cartilagens são revesti- dos por tecido conjuntivo fibroso: o peri- ósteo e o pericôndrio, respectivamente. Esse revestimento nutre as faces ex- ternas dessas estruturas e depositam mais cartilagem ou mais osso quando necessário (ex: consolidação de fratu- ras), além de formar a base para a fixa- ção dos tendões e ligamentos. Os ossos são classificados de acordo com a sua morfologia em longos, cur- tos, planos, irregulares, pneumáticos e sesamoides. Maiores detalhes so- bre os tipos de ossos e suas peculia- ridades foram abordados no material e na aula “Classificação Morfológica dos Ossos”. 4DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO 2. ESQUELETO AXIAL O esqueleto axial é composto por 80 ossos dispostos em três regiões prin- cipais: o crânio, a coluna vertebral e a caixa torácica (Figura 2). Essa divisão axial do esqueleto sustenta a cabeça, o pescoço e o tronco e protege o en- céfalo, a medula espinhal e os órgãos do tórax. DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO Sistema Esquelético (206 ossos) Esqueleto Axial (80 ossos) Coluna Vertebral: 33 ossos Caixa Torácica: 25 ossos Crânio: 22 ossos Esqueleto Apendicular (126 ossos) Membros Superiores: 60 ossos Cintura inferior (Pélvica): 2 ossos Cintura superior (Escapular): 4 ossos Membros Inferiores: 60 ossos 5DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO Figura 2: Esqueleto Axial. Fonte: Google Imagens. O crânio, formado por ossos do crâ- nio e da face, é a estrutura óssea mais complexa do corpo e seus ossos en- volvem e protegem o encéfalo, além de fornecerem locais de fixação para alguns músculos do pescoço e da ca- beça. Para fins didáticos, o crânio é dividido em Neurocrânio e Viscero- crânio (face). O neurocrânio é a parte do crânio que envolve o encéfalo e as menin- ges cranianas, sendo formado por 8 ossos: frontal, parietais (2), occipital, temporais (2), etmoide e esfenoide. O viscerocrânio forma o esqueleto da face e é formado por 14 ossos: nasais (2), mandíbula, maxilares (2), zigomá- ticos (2), conchas nasais inferiores (2), vômer, lacrimais (2), palatinos (2). (Fi- gura 3) Figura 3: Ossos do Crânio e da face. Fonte: https://bit. ly/2GxMTlu O crânio tem, aproximadamente, 85 aberturas conhecidas (forames, ca- nais e fissuras). As mais importantes delas proporcionam passagem para a medula espinhal, para o conjunto de vasos sanguíneos que suprem o en- céfalo e para os 12 pares de nervos cranianos, que conduzem impulsos do e para o encéfalo. Neste material iremos abordar as es- truturas ósseas do Neurocrânio. 6DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO DIVISÃO DO ESQUELETO AXIAL E OSSOS DO CRÂNIO Crânio: 22 ossos ESQUELETO AXIAL (80 OSSOS) Coluna Vertebral: 33 ossos Caixa Torácica: 25 ossos Neurocrânio (8 ossos) Viscerocrânio (14 ossos) Frontal Parietais (2) Occipital Temporais (2) Esfenoide Etmoide Nasais (2) Maxilares (2) Zigomáticos (2) Mandíbula Lacrimais (2) Palatinos (2) Conchas Nasais Inferiores (2) Vômer 7DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO 3. OSSOS PARIETAIS Os dois grandes ossos parietais são classificados como ossos laminares (ou planos), possuem formato retân- gulo curvo e formam a maior parte da calota craniana, além de constituírem a maior parte da região superior do crânio. Os locais onde os ossos parie- tais se articulam com outros ossos do crânio são chamados de sutura. As quatro suturas principais do crânio e suas localizações estão expostas na tabela 1 e podem ser observadas na figura 4. SUTURA CORONAL Localizada no plano coronal, é o local de encontro dos ossos parie- tais com o frontal. SUTURAS ESCAMOSAS Localizada na parte lateral inferior do crânio, é o local onde os ossos parietais encontram os temporais. SUTURA SAGITAL Localizada na linha mediana superior, é o local onde os ossos parietais encontram-se. SUTURA LAMBDOIDE Localizada na parte posterior, é o local onde os parietais encontram o osso occipital. Tabela 1: Principais suturas do crânio, suas localizações e relações. Osso frontal Sutura coronal Forame parietal (para veia emissária) Lambda Sutura lambdóide Osso occipital Osso parietal Sutura sagital Bregma Figura 4: Suturas cranianas. Fonte: NETTER, Frank Henry. Atlas de Anatomia Humana. Ed. Elsevier, 2015. 8DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO Nos recém-nascidos, os locais de en- contro das suturas não estão conso- lidados e são formados por áreas de tecido fibroso chamadas de fontane- las. A fontanela anterior (bregma) é o ponto de encontro da sutura coronal com a sutura sagital, é a mais proe- minente e a que se fecha mais tardia- mente. A fontanela posterior (lambda) é o local de junção da sutura sagital com a sutura lambdoide e costuma fechar-se no primeiro mês de vida. SE LIGA!: As fontanelas e as suturas “abertas” facilitam a passagem do bebê durante o parto e permitem o cresci- mento normal do encéfalo do bebê. Dessa forma, o fechamento precoce dessas estruturas – chamado de cra- nioestenose ou craniossinostose - pode causar deformidades no formato da ca- beça e lesões neurológicas. Além dis- so, as fontanelas são importantes para a prática: o abaulamento em repouso da fontanela pode indicar aumento da pressão intracraniana, enquanto que o afundamento da mesma ( juntamente com outros sinais clínicos) é sugestivo de desidratação. OSSOS PARIETAIS DEFINIÇÃO SUTURAS FONTANELAS Dois ossos Coronal: encontro dos parietais com o osso fron- tal Anterior ou Bregma Ossos laminares (ou planos) Escamosas: locais de encontro do parietal com o osso temporal Posterior ou Lambda Formato retângulo curvo Sagital: local onde os ossos parietais se encon- tram, na linha mediana superior Formam a maior parte da calota craniana Lamboide: encontro dos parietais com o osso occipital 4. OSSO FRONTAL O osso frontal é um osso pneumáti- co que forma a testa (fronte) e o teto da órbita. Um dos principais pontos de destaque desse osso é a glabela, parte lisa na linha mediana do osso que possui importância clínica pelo fato de ser um localde passagem de muitas estruturas nervosas, ou seja, é um ponto de avaliação de resposta à dor. Lateralmente à glabela e imedia- tamente acima das órbitas, encon- tram-se os arcos supraciliares (ou frontais ou superiores), local de passagem de muitos vasos sanguí- neos (razão pela qual um corte na re- gião da sobrancelha costuma sangrar muito!) A margem supraorbital (ou mar- gem superior) é perfurada pelo fora- me supraorbital (ou incisura supra- orbital). Por essa abertura passam o 9DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO nervo (uma ramificação do V nervo craniano) e a artérias supraorbitais, que suprem a fronte. Também lateralmente à glabela, po- rém mais profundos, estão os seios do osso frontal, preenchidos por ar. O processo zigomático prolonga o arco da órbita e, junto com o proces- so frontal do osso zigomático, forma a “maçã” do rosto. Internamente, o osso frontal participa da formação da fossa anterior do crâ- nio, onde se apoiam o lobo frontal do cérebro. Além disso, na parte inter- na do osso encontram-se a espinha nasal e a incisura etmoidal que vão acomodar, respectivamente, os ossos nasais e o osso etmoide. Além disso, a espinha nasal é o limite inferior do osso frontal. Figura 5: Vista anterior do osso frontal. Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. Guanabara Koogan, 2000. Figura 6: Vista inferior do osso frontal. Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. Guanabara Koogan, 2000. 10DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO OSSO FRONTAL DEFINIÇÃO PONTOS IMPORTANTES Osso pneumático Glabela: local de passagem de muitas estruturas nervosas Forma a testa (fronte) e o teto da órbita Arcos supraciliares: local de passagem de muitos vasos sanguíneos Forame supraorbital: local de passagem do nervo e artéria supraorbital Seios frontais Processo Zigomático: forma as maçãs do rosto, junto com o processo frontal do osso zigomático Espinha nasal: limite inferior do osso; acomoda os ossos nasais Incisura etmoidal: acomoda o osso etmoide 5. OSSO OCCIPITAL O osso occipital é classificado com la- minar (ou plano) e forma a base pos- terior da calota craniana e da base do crânio. Ele articula-se com os ossos parietais na sutura lambdóidea e com os ossos temporais nas suturas occiptomastóideas. A protuberância occipital externa é uma saliência na região mediana do crânio, que localiza-se na junção entre a base e a parede posterior da calota craniana. A crista occipital externa estende-se anteriormente, a partir da protuberância occipital externa na di- reção do forame magno. Essa crista auxilia na fixação do ligamento nu- cal, ligamento elástico que se situa no plano mediano da região posterior do pescoço e conecta as vértebras cervi- cais ao crânio. Cortando a crista occipital externa, estão as linhas nucais superiores e inferiores. As linhas nucais e as regi- ões ósseas entre são áreas de fixação de músculos do pescoço e dorso. A linha nucal superior define o limite su- perior do pescoço. Internamente, o osso occipital forma as paredes da fossa posterior do crâ- nio e acomoda o cerebelo. Na base do osso, está o forame magno, estrutu- ra muito importante pois é o local de passagem dos nervos espinhais. O forame magno é ladeado por dois côndilos occipitais que se articu- lam com a primeira vértebra da colu- na vertebral e permite que a cabeça faça alguns movimentos, como o mo- vimento de “sim”. Medial e superior- mente a cada côndilo, está o canal do nervo hipoglosso. Anteriormente ao forame magno, o osso occipital une-se ao osso esfe- noide através do processo basilar. 11DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO Figura 7: Vista externa do osso occipital. Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. Guanabara Koogan, 2000. Figura 8: Vista interna do osso occipital. Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. Guanabara Koogan, 2000. 12DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO OSSOS OCCIPITAL DEFINIÇÃO PONTOS IMPORTANTES Osso laminar ou plano Protuberância occipital externa Forma a base posterior da calota craniana Crista occipital externa: auxilia na fixação do liga- mento nucal Articula-se com os parietais na sutura lambdoidea e com os temporais nas suturas occipitomastóideas Linhas nucais superiores e inferiores: áreas de fixação de músculos do pescoço e dorso Acomoda o cerebelo Forame magno: local de pas- sagem dos nervos espinhais Côndilos occipitais: ponto de articulação com a 1ª vértebra Canal do nervo hipoglosso Processo basilar: local de união do occipital com o esfenoide 6. OSSOS TEMPORAIS Os ossos temporais são classificados como irregulares e formam as regiões laterais inferiores do crânio e partes de assoalho. Cada osso temporal tem uma forma complexa e é dividido em três partes principais: parte escamo- sa, parte timpânica e parte petrosa. CURIOSIDADE! O osso temporal pos- sui esse nome pois é o primeiro local onde aparecem os cabelos grisalhos, si- nal da passagem do tempo. A parte escamosa margeia a sutu- ra escamosa e tem um processo zi- gomático em forma de barra que se projeta anteriormente para encontrar o osso zigomático da face. Juntas, es- sas duas estruturas ósseas formam o arco zigomático, comumente chama- da de “osso da bochecha”. Na super- fície inferior do processo zigomático, encontra-se a fossa mandibular, que recebe a cabeça da mandíbula, for- mando a articulação temporomandi- bular (ATM), de grande mobilidade. A parte timpânica circunda o meato acústico externo (ou canal auditivo externo), local por onde o som entra na orelha. O meato acústico e membrana timpânica em sua extremidade profun- da são partes da orelha externa. A parte petrosa contribui para a formação da base do crânio e forma uma cunha óssea entre o osso occipi- tal posteriormente e o osso esfenoide anteriormente. Interiormente, encon- tra-se a fossa média do crânio, que acomoda os lobos temporais do cére- bro. As cavidades das orelhas média e interna estão instaladas no interior da parte petrosa e contêm o aparelho sensorial de audição e equilí- brio. O forame ju- gular está local izado onde a par- te petrosa se une ao osso occipi- tal e através 13DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO desse forame passa a veia jugular interna (maior veia da cabeça) e os nervos cranianos IX, X e XI. O canal carótico abre-se na face inferior do crânio, anteriormente ao forame jugu- lar, e é o local de passagem da artéria carótida interna, principal artéria que nutre o encéfalo. O meato acústico interno encontra-se na face posterior da parte petrosa e por ele trafegam os nervos cranianos VII (facial) e VIII (vestibulococlear). O processo estiloide projeta-se in- feriormente a partir da parte petrosa e tem um formato de agulha. Essa estrutura é um ponto de fixação para alguns músculos da língua e da farin- ge e para o ligamento que conecta o crânio ao osso hioideo (pescoço). Lateral e posterior ao processo esti- loide, está o proeminente processo mastoide, local de inserção para al- guns músculos do pescoço. O pro- cesso mastoide é cheio de cavidades de ar chamadas de células mastoide- as, separadas do encéfalo por uma cobertura fina de osso. O forame es- tilomastoideo está localizado entre os processos estiloide e mastoide e é o local de saída de VII nervo craniano (nervo facial). SE LIGA!: Infecções podem se espalhar a partir da garganta para a orelha mé- dia e as células mastoideas. Tal infecção, chamada de mastoidite, pode se espa- lhar para o encéfalo, devido à fina cober- tura óssea Figura 9: Divisões do osso temporal. Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. Guanabara Koogan, 2000. 14DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO Figura 10: Vista lateral do osso temporal. Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. Guanabara Koo- gan, 2000. OSSOS TEMPORAIS DEFINIÇÃO DIVISÕES PONTOS IMPORTANTES Ossos irregulares Parteescamosa Processo zigomático Formam as regiões laterais inferio- res do crânio e parte do assoalho Parte timpânica Fossa mandibular: recebe a cabeça da mandíbula e forma a ATM Parte petrosa Meato acústico externo Cavidade das orelhas média e interna: audição e equilíbrio Forame jugular: local de passagem da veia jugular interna e dos NC IX, X e XI. Canal carótico: local de passagem da artéria carótida interna Meato acústico interno: local de passagem dos NC VII e VIII Processo estiloide: fixação de músculos da língua e da faringe. Processo mastoide: local de inserção de músculos do pescoço Forame estilomastoideo: local de saída do VII NC Células mastoideas * ATM: articulação temporomandibular ** NC: nervos cranianos 15DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO 7. OSSO ESFENOIDE O osso esfenoide tem um formato si- milar a um “morcego de asas abertas”, abrange toda a largura da base do crânio e é considerado a “pedra funda- mental” do crânio, uma vez que forma uma cunha central que se articula com todos os outros ossos da região. O esfenoide é composto por um cor- po central e três pares de processos: as asas menores, as asas maiores e os pterigoideos. O corpo contém a crista esfenoidal, estrutura que ser- ve de apoio ao septo nasal. Na super- fície superior do corpo está localizada uma depressão em formato de sela chamada de sela túrcica. O “assento” desta sela é chamado de fossa hipo- fisial pois abriga a glândula hipófise. Dentro do corpo do esfenoide estão os seios esfenoidais. As asas maiores projetam-se la- teralmente a partir do corpo do es- fenoide, formando partes da fossa média do crânio e da órbita. Exter- namente, as asas maiores formam a parede lateral do crânio, anterior- mente à parte escamosa dos ossos temporais. As asas menores, em forma de chi- fre, formam parte da fossa anterior do crânio e uma parte da órbita. Os processos pterigoides, em forma de calha, projetam-se inferiormente a partir das asas maiores e servem como pontos de inserção para os músculos pterigoideos, que ajudam a fechar a mandíbula na mastigação. O osso esfenoide tem cinco abertu- ras importantes em cada lado. O ca- nal óptico localiza-se imediatamente anterior à sela turca. O II nervo crania- no (nervo óptico) passa através dessa abertura, saindo da órbita em direção à cavidade craniana. As outras quatro aberturas alinham- -se de forma crescente, lateralmente ao corpo do esfenoide. A fissura orbi- tal superior é a mais anterior dessas estruturas e é longa fenda entre as asas maiores e menores. Ela permite a passagem de várias estruturas da e para a órbita, como os nervos cra- nianos que controlam os movimentos dos olhos (III, IV e VI). O forame redondo está no segmen- to medial da asa maior e o forame oval situa-se posterolateralmente a ele. Esses forames são passagens através das quais os ramos maxilar e mandibular do V nervo craniano saem do crânio. O forame espinhoso encontra-se posterior e lateralmente ao forame oval. Através desse forame passa a artéria meníngea média, em direção às superfícies internas dos ossos parietais e da parte escamosa dos ossos temporais. 16DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO Figura 11: Osso esfenoide. Fonte: Marieb, Elaine. Anatomia Humana. Pearson Education do Brasil, 2014. OSSO ESFENOIDE DEFINIÇÃO DIVISÕES PONTOS IMPORTANTES Abrange toda a largura da base do crânio Corpo Crista esfenoidal: apoio ao septo nasal Articula-se com todos os ossos do neurocrânio Asas maiores: formam partes da fossa média do crânio e da órbita Sela túrcica Formato de “morcego de asas abertas” Asas menores: formam parte anterior do crânio e uma parte da órbita Fossa hipofisial: aloja a glândula hipó- fise Processos pterigoides: ponto de inser- ção para os músculos pterigoideos Seios esfenoidais Canal óptico: passagem do II NC Fissura orbital superior: passagem dos NC III, IV e V Forame redondo Forame oval Forame espinhoso: passagem da artéria meníngea média * NC: nervos cranianos 17DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO 8. OSSO ETMOIDE O etmoide está situado anterior ao osso esfenoide e posterior aos ossos nasais, formando a maior parte da área óssea medial entre a cavidade nasal e as órbitas. CURIOSIDADE!: O nome “etmoide” tem origem na palavra grega ethmos, que significa “peneira”. O osso recebe esse nome devido aos seus seios. Sua superfície superior é formada pe- las lâminas cribriformes (crivosas), horizontais e emparelhadas, que con- tribuem para formar o teto da cavida- de nasal e o assoalho da fossa ante- rior do crânio. As lâminas cribriformes são perfuradas pelos forames da lâ- mina cribriforme, local de passagem do I nervo craniano (nervo olfatório) que corre da cavidade nasal para o cérebro. Entre as duas lâminas cribriformes, na linha mediana, está a crista etmoidal que, juntamente com a foice do cére- bro, ajuda na manutenção da posição do encéfalo dentro da cavidade cra- niana. A lâmina perpendicular do osso et- moide projeta-se inferiormente no plano mediano e constitui o segmen- to superior do septo nasal. Em cada lado da lâmina perpendicular situa-se um delicado labirinto etmoidal, pre- enchido por células etmoidais (seios etmoidais). Estendendo-se medialmente do labi- rinto etmoidal estão as conchas na- sais superior e média, que se pro- jetam para dentro da cavidade nasal. As superfícies laterais do labirinto são chamadas de lâminas orbitais por- que contribuem para formar as pare- des mediais da órbita. Figura 12: Vista anterior do osso etmoide. Fonte: Marieb, Elaine. Anatomia Humana. Pearson Education do Brasil, 2014. 18DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO OSSOS OCCIPITAL DEFINIÇÃO FUNÇÕES Forma a maior parte da área óssea medial entre a cavidade nasal e as órbitas Lâminas cribriformes: formam o teto da cavidade nasal e o assoalho da fossa anterior do crânio Forames da lâmina cribri- forme: local de passagem do I NC Crista etmoidal: ajuda na manutenção da posição do encéfalo Lâmina perpendicular: segmento superior do septo nasal Labirinto etmoidal Seios etmoidais Conchas nasais superior e média Lâminas orbitais: contri- buem para formar as pare- des mediais da órbita * NC: nervos cranianos 19DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO OSSOS PARIETAIS MAPA MENTAL OSSOS DO CRÂNIO OSSOS TEMPORAIS OSSO FRONTAL OSSO OCCIPITAL OSSO ETMOIDE OSSO ESFENOIDE • Lâminas cribriformes, forames da lâmina cribriforme, crista etmoidal, lâmina perpendicular, labirinto etmoidal, conchas nasais superior e média, lâminas orbitais • Seios etmoidais • Formato de “morcego de asas abertas” • Corpo, asas maiores, asas menores e processos pterigoideos • Crista esfenoidal, sela túrcica, fossa hipofisial, canal óptico, fissura orbital superior, forame redondo, forame oval, forame espinhoso • Seios esfenoidais • Ossos irregulares • Partes: escamosa, timpânica e petrosa • Processo zigomático, fossa mandibular, meato acústico externo e interno, forame jugular, canal carótico, processo estiloide, processo mastoide • Ossos laminares ou planos • Suturas: coronal, escamosas, sagital e lambdoide • Fontanelas anterior e posterior • Osso pneumático • Glabela, arcos supraciliares, forame supraorbital, espinha nasal, incisura etmoidal • Seios frontais • Osso laminar ou plano • Suturas lambdoide e occipitomastóideas • Protuberância occipital externa, linhas nucais superiores e inferiores, forame magno, côndilos occipitais, canal do nervo hipoglosso,, processo basilar 20DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Moore, Keith L. Anatomia orientada para a Clínica. 7ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. Drake, et al. Gray’s Anatomia Clínica para Estudantes. 3ªed. Goldman-Cecil. Medicina. 25ªed. Marieb, Elaine; Wilhelm, Patricia; Mallatt, Jon. Anatomia Humana. São Paulo: Pearson Edu- cation do Brasil, 2014. 21DIVISÃODO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO
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