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Metodologia de Língua Portuguesa para a Educação Infantil e Ensino Fundamental I

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INSTITUTO COIMBRA 
CURSO: Pedagogia 
Disciplina: Metodologia de Língua Portuguesa para a Educação Infantil e Ensino 
Fundamental I 
 
 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO 
Adriana L. da Silva Portilho 
 
 
 
 
 
 
 
Abril/ 2020 
 
 
Introdução 
A partir do momento em que a criança fala e se comunica com adultos ou outras 
crianças, ela está se expressando por meio da linguagem oral. No entanto, as diversas 
instituições concebem a linguagem e a maneira como as crianças aprendem de formas bem 
distintas. Umas consideram o aprendizado da linguagem oral como um processo natural, que 
ocorre em função da maturação biológica. Outras, ao contrário, concordam que a intervenção 
direta do adulto é necessária e determinante para a aprendizagem da criança. 
Desenvolvimento 
Até os anos 1970, o processo de aprendizagem da Língua Portuguesa era dividido em 
dois estágios. O primeiro ia até a criança ser alfabetizada, aprendendo o sistema de escrita. Já 
o seguinte começaria quando ela tivesse o domínio básico dessa habilidade e seria convidada 
a produzir textos, notar as normas gramaticais e ler produções clássicas. 
A partir dos anos 1980, o ensino não é mais visto como uma sucessão de etapas, e sim 
um processo contínuo, onde o aluno precisa entrar em contato com dificuldades progressivas 
do conteúdo. Desse modo, desenvolve competências e habilidades diferentes ao longo dos 
anos. 
Educadores de educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental sabem que 
uma base bem alicerçada é imprescindível para o desenvolvimento da leitura, da escrita e da 
oralidade dos alunos. 
Os PCN de Língua Portuguesa - do ensino fundamental de 1ª a 4ª série, (1997: 5), 
também sugerem como alguns dos objetivos do ensino fundamental que os alunos possuam 
algumas competências, dentre elas destaca-se: A compreensão da cidadania como 
participação social e política, assim como o exercício de direitos e deveres políticos, civis e 
sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, 
respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito. 
 O posicionamento de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes 
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões 
coletivas, o conhecimento de características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, 
materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade 
nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País, sendo um agente transformador do 
ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente 
para a melhoria do meio ambiente; 
O aluno deverá ser capaz de utilizar diferentes linguagens - verbal, matemática, 
gráfica, plástica e corporal - como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, 
interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a 
diferentes intenções e situações de comunicação; Diante disso, crê-se que, para o aluno ler, 
produzir textos e ter a oralidade desenvolvida, assim como possuir as capacidades sugeridas 
pelos PCN, é imprescindível que o trabalho com a Língua Portuguesa no ensino fundamental 
oportunize aos professores e, consequentemente, aos alunos o desenvolvimento de um 
trabalho que envolva o processo de ensino e aprendizagem mais sistematizado, consciente e 
aprofundado a partir de atividades reflexivas, dinâmicas, interativas e motivadoras. 
Nessa perspectiva o trabalho realizado pautou-se na concepção de gênero textual como 
os textos concretizados nas situações comunicativas cíclicas, ou seja, situações cotidianas dos 
alunos, como por exemplo: telefonema, carta, bilhete, reportagem, bula de remédio, aula 
expositiva, receita culinária, lista de compras, horóscopo, piada, dentre outros. Nesse sentido, 
tomou-se emprestado de essa concepção. 
Atualmente, novas vertentes, baseadas na análise de produções das crianças e das 
práticas correntes, têm apontado novas direções no que se refere ao ensino e à aprendizagem 
da linguagem oral e escrita, considerando a perspectiva da criança que aprende. Com base 
na aquisição do conhecimento pela criança de forma ativa e não receptiva, há uma 
transformação substancial na forma de compreender como uma criança aprende a falar, a ler e 
a escrever. 
Por meio da linguagem oral, a criança se comunica e expressa os seus pensamentos, 
influenciando outras crianças e estabelecendo relações umas com as outras. Tudo é 
contextualizado, ou seja, as palavras só têm sentido em enunciados e textos que significam e 
são significados por situações. A linguagem não é apenas vocabulário, lista de palavras ou 
sentenças soltas, mas sim um meio eficaz de comunicação e interação social. 
Além disso, a linguagem é dinâmica, com variantes regionais, diferenças nos graus de 
formalidade e nas convenções do que se pode e deve falar em determinadas situações 
comunicativas. Quanto mais as crianças puderem falar em situações diferentes, como contar o 
que lhes aconteceu em casa, contar histórias, dar um recado, explicar um jogo ou pedir uma 
informação, mais poderá desenvolver suas capacidades comunicativas de maneira 
significativa. 
Em suma, a alfabetização não é o desenvolvimento de capacidades relacionadas à 
percepção, memorização e treino de um conjunto de habilidades sensório-motoras, mas sim 
um processo no qual as crianças precisam resolver problemas de natureza lógica até chegarem 
a compreender de que forma a escrita alfabética em português representa a linguagem. Com 
isso, as crianças certamente aprenderão a escrever e a ler. 
Nessa perspectiva, a aprendizagem da linguagem escrita é concebida como: A 
compreensão de um sistema de representação e não somente como a aquisição de um código 
de transcrição da fala; Um aprendizado que coloca diversas questões de ordem conceitual, e 
não somente perceptivo-motoras, para a criança; Um processo de construção de conhecimento 
pelas crianças por meio de práticas que têm como ponto de partida e de chegada o uso da 
linguagem e a participação nas diversas práticas sociais de escrita. 
Desde os primeiros dias, o bebê emite sons articulados que revela o seu esforço para se 
comunicar com os outros. Estes os interpretam, dando sentido à comunicação do bebê. 
Quando os adultos falam com o bebê, eles tendem a utilizar uma linguagem simples, breve e 
repetitiva, que facilita o desenvolvimento da linguagem e da comunicação. Por outro lado, às 
vezes eles o expõem à linguagem oral em toda sua complexidade, como por exemplo, ao 
trocar as fraldas, o adulto fala: “Você está molhado? Eu vou te limpar, trocar a fralda e você 
vai ficar sequinho e gostoso!”. 
Além da fala, a comunicação pode acontecer por gestos, sinais e até linguagem 
corporal, que dão significado e apoiam a linguagem oral dos bebês. Dessa forma, a criança 
aprende a verbalizar por meio da apropriação da fala do outro. Esse processo refere-se à 
repetição, pela criança, de fragmentos da fala do adulto ou de outras crianças, utilizados para 
resolver problemas em função de diferentes necessidades e contextos nos quais se encontre. 
Com o passar do tempo, a criança se expressa melhor, dizendo o que gosta e o que não 
gosta o que quer e o que não quer fazer e a fala passa a ocupar um lugar privilegiado 
como instrumento de comunicação. Esse desenvolvimento vai ampliando os recursos 
intelectuais, porém as falas infantis são, ainda, produto de uma perspectiva muito particular, 
de um modo próprio de ver o mundo. 
 Em nossa sociedade, desde os primeiros dias de vida, a criança está exposta ao mundo 
das letras, em permanente contato com a linguagem escrita. Dessa forma a criança passa a 
descobrir o aspecto funcional da comunicação escrita, desenvolvendo interesse e curiosidade 
por essa linguagem. Diante do ambiente de letramento em que vivem, as crianças podem 
fazer, a partir de dois ou trêsanos de idade, uma série de perguntas, como “O que está escrito 
aqui?”, ou “O que isto quer dizer?”, indicando sua reflexão sobre a função e o significado da 
escrita, ao perceberem que ela representa algo. 
 No entanto, para aprender a escrever, a criança terá de lidar com dois processos de 
aprendizagem paralelos: o que a escrita representa e como. Além disso, a criança deve ter 
contato com os mais diversos textos presentes em seu cotidiano, para que possa construir sua 
capacidade de ler, bem como desenvolver a capacidade de escrever autonomamente. Muitas 
crianças utilizam livros, revistas, jornais, gibis, rótulos, entre outros, para “ler” o que está 
escrito. Não é raro observar crianças muito pequenas, que têm contato com material escrito, 
folhear um livro e emitir sons e fazer gestos como se estivessem lendo. Ou seja, as crianças 
elaboram uma série de ideias e hipóteses provisórias antes de compreender o sistema escrito 
em toda sua complexidade. 
Quando estão começando a aprender a escrever as crianças cometem alguns erros. No 
entanto, eles têm um importante papel no processo de ensino, já que informam o adulto sobre 
o modo próprio de as crianças pensarem naquele momento. Por exemplo, se algumas crianças 
pensam que não é possível escrever com menos de três letras, e pensam, ao mesmo tempo, 
que para escrever “gato” são necessárias duas letras, estabelecendo uma equivalência com as 
duas sílabas da palavra gato, precisam resolver essa contradição criando uma forma de grafar 
que acomode a contradição enquanto ainda não é possível ultrapassá-la. Assim, as crianças 
aprendem a produzir textos antes mesmo de saber grafá-los de maneira convencional. 
Com o apoio de livros, fantoches ou caixa de histórias, o professor pode iniciar uma 
história e compartilhá-la com a criança, propondo perguntas que lhes sirvam de roteiro para 
contar um trecho a mais, completando assim à narrativa do professor. Além da roda de 
histórias o momento do faz de contas são importantes contextos para a construção das 
narrativas, sendo mais um dos motivos pelos quais os professores precisam alimentar as 
brincadeiras das crianças propondo diversas possibilidades. 
A roda de conversa deve ser uma atividade permanente e diária, é um momento de 
interação e diálogo entre os alunos, o professor age mediando as conversas propondo 
situações para que as crianças possam se expressar com essa atividade o professor consegue 
dispor situações de trabalho com a oralidade. Com a roda de conversa as crianças podem 
ampliar suas capacidades comunicativas, como a fluência para falar, perguntar, expor suas 
ideias, dúvidas e descobertas. 
 
Conclusão 
O presente guia discutiu sobre o desenvolvimento da oralidade das crianças, 
considerando as possibilidades de trabalho com a linguagem oral na Educação Infantil. Sabe-
se que a linguagem oral é um instrumento fundamental na vida das pessoas, possibilitando 
participação no meio social. Não sendo a fala um processo inato, são necessárias fontes de 
colaboração para o desenvolvimento dessa habilidade. 
Desde os primeiros meses de vida os bebês emitem sons como forma de expressão e 
de esforço para comunicar-se com as pessoas de seu meio, aos poucos esses sons vão se 
tornando palavras e enfim as crianças comunicam-se definitivamente, quanto mais às crianças 
falam mais elas vão exercitando suas possibilidades de comunicação e descobrindo a função 
social que ela possui. 
A Linguagem oral deve ser trabalhada desde o início da vida das crianças, na escola 
esse trabalho é fundamental, os professores devem dispor de possibilidades para o 
desenvolvimento desse processo, propondo situações significativas diariamente. Espera-se 
que o educador tenha uma reflexão sobre o desenvolvimento da linguagem oral das crianças, e 
a importância de se trabalhar esse mecanismo desde seu ingresso nas instituições de Educação 
Infantil, e busquem contemplar as práticas orais como fator primordial em sala de aula. 
Referências 
Guia de estudos: Metodologia de Língua Portuguesa para a Educação Infantil e Ensino 
Fundamental I.

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