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MECANISMOS DE DEFESA DO EGO

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DISCIPLINA TEORIAS DA PERSONALIDADE I
PROFA. DRA. Alessandra Dilair Formagio Martins
MECANISMOS DE DEFESA DO EGO
(ZIMERMAM, DAVID E. Fundamentos psicanalíticos: teoria, técnica e clínica, Porto Alegre: Artmed, 1999.) 
Estratégias que o ego utiliza para se defender da ansiedade provocada pelos conflitos da vida cotidiana. Os mecanismos de defesa envolvem negações ou distorções da realidade.
Nos defendemos contra a ansiedade e a culpa utilizando os mecanismos de defesa. É um mecanismo Inconsciente. Compartilham 2 características específicas:
1) São negações ou distorções da realidade, necessárias, mas distorções.
2) Operam inconscientemente.
Se as defesas funcionam mantém o o material ameaçador longe da Cs, porém podem criar uma imagem distorcida de nossas necessidades, medos e desejos. As defesas são necessárias para nossa saúde mental.
Mecanismos de defesa freudianos: repressão, negação, formação reativa, projeção, regressão, racionalização, deslocamento, sublimação.
Repressão: Mecanismo de defesa que envolve a negação inconsciente da existência de algo que causa ansiedade. É o afastamento involuntário de algo da Cs, um tipo inconsciente de esquecimento da existência de algo que nos traz constrangimento ou sofrimento. É o mecanismo de defesa mais importante e utilizado.
Negação: um mecanismo de defesa que envolve a negação da existência de uma ameaça externa ou evento traumático.
Formação reativa: envolve a expressão de um impulso do Id, que é oposto àquele que está realmente motivando a pessoa. Uma defesa contra um impulso perturbador é expressar ativamente o impulso oposto. 
Projeção: envolve atribuir um impulso perturbador a outra pessoa ou objeto externo. Os impulsos inaceitáveis, agressivos são vistos como do outro.
Regressão: envolve voltar a um período anterior menos frustrante da vida e exibir as características de comportamentos normalmente infantis dessa época mais segura, livre de frustração e ansiedade.
Racionalização: envolve a reinterpretação do nosso comportamento para torna-lo mais aceitável e menos ameaçador, desculpando ou justificando um pensamento ou atitude ameaçadora racionalmente.
Deslocamento: envolve deslocar impulsos do Id de um objeto ameaçador ou indisponível para outro disponível. 
Esses são considerados mecanismos de defesa ineficazes, que exigem repetição ou perpetuação do processo de rejeição, a fim de impedir a irrupção dos impulsos rejeitados.
Há um mecanismo de defesa considerado uma defesa bem sucedida, pois gera a cessação daquilo que se rejeita, chamado sublimação.
Sublimação: Envolve a transformação dos impulsos do Id, transformando energia instintiva em comportamentos socialmente aceitáveis.
Todos os mecanismos de defesa do ego são inconscientes. O tempo, duração e intensidade do mecanismo de defesa pode fazer com que ele seja maléfico ao indivíduo e cause morbidade.
1) Cisão: dissociação, divisão, clivagem, “splicting”
2) Recalcamento ou repressão: eu expulso da minha consciência um desejo e finjo que não lembro mais, esquecimento, aquilo não tem volta na Cs. Repressão e recalque são sinônimos
3) Conversão: somatização de desejos recalcados, a transformação de um problema psíquico (uma carga afetiva) em somático. É um deslocamento de energia psíquica para o corpo=soma.
4) Deslocamento: deslocamento do afeto de um objeto para outro.
5) Isolamento: separar (cisão) uma emoção de uma ideia. 
6) Anulação retro-ativa: Sujeito tem uma ideia agressiva (sexual) e recalca deslocando para uma ideia boba que adquire a força da outra de forma obsessiva (para neutralizar, anular aquela ideia que tem que ser reprimida)
7) Formação reativa ou reacional: pensamento associativo também relacionado à oposição. Fenômeno que consiste em combater uma ideia, pensamento, com a oposta. (Ex. sujeito excessivamente bom, para ocultar ideias agressivas ou sexuais, reforça um sentimento para conter outro)
8) Regressão: volta a estágios iniciais do desenvolvimento afetivo (por um obstáculo). A libido impedida de satisfazer-se pode retornar a uma fase de grande satisfação libidinal anterior.
9) Volta os impulsos para si próprio: Ex. suicídio, narcisismo (depressão, auto-agressão)
10) Transformação no contrário: transformar ódio em amor. A formação reativa pode ser uma transformação ao contrário, mas nem toda transformação ao contrário pode ser uma formação reativa.
11) Escotomização: (escotoma é um ponto cego, onde a visão naquele ponto não é permitida). Nesse mecanismo o indivíduo apresenta falta de percepção de aspectos internos, usa desculpas para explicar determinados atos ou situações. (Ex. Não anda de ônibus por medo, mas refere que prefere andar a pé)
12) Negação: o indivíduo diz que não tem culpa dos atos que cometeu, nega. É a negativa de uma afirmação, acontece espontaneamente.
13) Racionalização: tentativa racional de explicar algo que não aceito no outro. (Ex. “o jeito dela me irrita!”). É inventar um falso motivo para explicar um ato que não consegue aceitar.
14) Desvalorização: desvalorização, atribuir menor importância ao objeto libidinal.
15) Sublimação: é a utilização de forma dessexualizada os impulsos sexuais para outros fins. 
16) Introversão: trazer para dentro de si mesmo o pensamento, a libido
17) Projeção: Projetamos no outro ou parte do outro algo que não aceitamos em nós mesmos. Na projeção não entro em contato com aquilo que não aceito em mim. Atribuir ao outro um aspecto bom ou mal que não aceito em mim mesmo.
18) Identificação projetiva: me identifico com aspectos do outro, mas projeto no outro os aspectos que incomodam em mim. (Ex. Inveja)
19) Introjeção: introduzido por Sandor Ferenczi, é trazer para dentro coisas, aspectos externos. Internaliza o objeto, as coisas boas ou ruins dele.
20) Identificação introjetiva: introjeto aspectos do outro em mim e me identifico com aquilo.
21) Fragmentação: (criado por Bion) quando o indivíduo não pode mais usar o ego e fragmenta as ideias. (Ex. esquizofrênico)
22) Reparação: no sentido de consertar. (Ex. Fazer todo o possível para agradar a mãe). Mecanismo importantíssimo contra a depressão, pois o indivíduo passa a lidar, consertar a culpa.
23) Propiciação: é uma falsa reparação. Assim como a criança sacrifica o ego para compensar ter “maltratado” o objeto (reparação), o indivíduo arruma desculpas, argumentos como forma de reparar. (Ex. deixa de comer carne, porque pensa nos que passam fome na Etiópia)
24) Negação (de perda, amor, culpa, dependência)
25) Triunfo
26) Inversão (de papéis, posicionamento, importância)
27) Desvalorização: é o oposto da idealização
(de 1 a 21 e 23: defesas esquizóides/ 23: defesa depressiva/ 24 a 27: defesas maníacas)
Mecanismos de defesa contra inveja: idealização, mudança de objeto, confusão, dispersão, evitar competir, tornar-se excessivamente competidor, causar inveja, desvalorização, auto-desvalorização.
A inveja é um ódio contra o objeto bom que não podemos ter.
Idealização: é um investimento libidinal extremo do objeto.
Mudança de objeto: desloco o investimento em outro objeto porque não aguento o contato com o que invejo. (Usa mecanismos de negação)
Confusão: mostra-se confuso com relação ao objeto invejado para evitar entrar em contato com a inveja.
Dispersão: desloca o investimento libidinal a vários objetos, pois não suporta mais o contato com o objeto invejado.

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