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INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 
ESAN – Administração (noturno) 
Professor: Vinicius Carvalho da Silva 
Tainara Machado de Carvalho 
 ATIVIDADES 
▪ SEMANA 1 
Encaminho três textos sobre Ética. 
Nossa atividade semanal consiste em ler todos, e fazer um texto de 1 página relacionando-os. 
Não é um "fichamento". Procurem sintetizar os pontos de convergência ou divergência entre 
os textos. Como eles dialogam? É possível estabelecer "pontes" ou diálogos entre eles? Vocês 
podem fazer a atividade e guardar, para entrega presencial quando possível. 
Textos: 
1. Aristóteles. Ética a Nicômaco. Ler Livro I. Itens 4 e 5.https://abdet.com.br/site/wp-
content/uploads/2014/12/%C3%89tica-a-Nic%C3%B4maco.pdf 
 
2. Robert C. Solomon. Ética Empresarial In A Companion to Ethics, ed. por Peter Singer 
(Blackwell, 1993). https://criticanarede.com/fil_eticaempresarial.html 
 
3. Maryam Kouchaki e Isaac H. Smith. Como construir uma carreira ética? Harvard 
Business Review. 2020 https://hbrbr.uol.com.br/como-construir-uma-carreira-etica/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ SEMANA 2 
Encaminho dois textos pequenos sobre "altruísmo". A partir da leitura dos mesmos, 
desenvolvam um texto entre 1/2 e 1 lauda explicando as concepções de altruísmo de Singer e 
Nagel. 
"Altruísmo Eficaz". Peter Singer https://criticanarede.com/altruismoeficaz.html 
"A possibilidade do altruísmo". Thomas Nagel https://criticanarede.com/leit_altruismo.html 
✓ TEXTO 
 Para constituir o argumento da prudência, Nagel rejeita a ideia que ela envolve motivos 
estimados de uma ótica presente para satisfazer interesses e desejos futuros. Já demonstrei a 
crítica nageliana à ideia de que os desejos são o motor das ações, mas o filósofo leva adiante 
essa crítica. Para ele, a concepção de que agimos em prol do nosso futuro com base nos 
desejos atuais desemboca na conclusão que os motivos futuros não tem relevância, já que o 
estado atual serve para determinar o futuro. O problema é que muitas vezes o estado atual 
pode não ter uma boa razão para agir em benefício do futuro. Alan Thomas oferece um 
exemplo.7 No caso de um dilema entre comprar um celular novo ou renovar a anuidade do 
seguro do seu apartamento, o desejo pelo celular novo pode se sobressair e dali à 10 meses 
você se arrependerá amargamente da escolha. Evidentemente é possível não levarmos em 
conta nossa inclinação atual, mas, segundo Nagel, para obtermos um motivo definitivamente 
objetivo não basta ponderar sempre a favor do futuro, é preciso considerar os interesses 
futuros independentes de qualquer condição temporal. 
 O fato dele não ter esse objetivo, certamente, limita as suas ambições. Como afirmou na 
passagem inicial, o altruísmo é um requerimento para a ação, mas isso não esgota a teoria de 
um sistema ético completo. Se ele não pretende justificar o dever moral do altruísmo, mas 
demonstrar como o altruísmo pode ser um requerimento, uma razão, um bom motivo para 
agirmos, seu argumento é restrito a possibilidade do altruísmo. Contudo, essa limitação não 
significa uma superficialidade, pois esse tema, por si só, renderá uma profunda discussão. 
Segundo Nagel, o problema de justificar a moralidade leva a uma regressão infinita das 
condições anteriores que suportam a razão de agir. Ele dispensa a justificação do altruísmo e, 
por outro lado, procura na psicologia, isto é, na teoria motivacional, um motivo que explique os 
princípios da razão prática. Alguns motivos, entre eles, o altruísmo, devem ser tão suscetíveis e 
razoáveis que seria impossível para a razão ignorá-los. Em outras palavras, esses motivos 
racionais servem como requerimentos racionais para a ação. Entretanto, não devem ser 
confundidos com os desejos, porque a última coisa que Nagel quer é uma explicação 
subjetivista, sentimentalista ou irracional. Para ele, embora os desejos estejam sempre 
presentes nas motivações não significam que sejam uma boa razão para agir. Além disso, muitos 
desejos surgem após a razão concluir qual é a melhor ação a ser tomada. 
 Então, os desejos nem sempre são a fonte das motivações, mas podem ser concomitantes ou 
posteriores à razão.2 Como admite, a transposição do problema levanta várias dificuldades. 
Uma delas é que a psicologia só pode indicar tendências e influências da ação, não pode indicar 
os princípios normativos dela. Para contornar isso, Nagel inclui uma concepção metafísica do 
agente moral na qual os elementos da motivação humana estão firmemente atados aos 
princípios éticos. Antes de explicar melhor, uma introdução da controvérsia na história da 
filosofia moral esclarece um pouco onde Nagel está querendo chegar. A controvérsia pode ser 
resumida nas posições do externalismo e do internalismo. 
 O externalismo é a visão na qual a motivação não é dada pelos princípios éticos por si mesmos, 
e que um fator adicional e externo é necessário para dar a devida motivação. O melhor exemplo 
dessa visão é a de Hobbes, cujo sistema contratualista é derivado do desejo de autopreservação. 
O princípio psicológico que todo homem deseja preservar sua vida não implica em nenhum 
princípio normativo. Portanto, a motivação é anterior e independente da ética. Por outro lado, 
o internalismo é a visão na qual “a presença de uma motivação para agir moralmente é garantida 
pela verdade da proposição ética por si mesma”.3 Nessa visão, a motivação precisa ser fornecida 
e estar tão atada ao sentido da proposição que, no momento em que existir uma exigência moral 
para se fazer algo, o agente moral tem uma motivação para fazê-lo. 
 
Encaminho também um texto de Simon Blackburn. A partir de sua leitura escrevam entre 1/2 e 
1 lauda, abordando as seguintes questões: 
Conforme Platão, por que devemos agir com justiça? 
"Contra a teoria ética dos mandamentos divinos". Simon Blackburn. 
https://criticanarede.com/fil_mandamentos.html 
✓ TEXTO 
 Conceituando a justiça, Platão tem como princípio que a justiça é absoluta, então toda ação 
deve ser justa ou injusta. A justiça é nunca mentir e sempre devolver aquilo que lhe tomou, 
Sócrates vai rebater essa ideia dizendo que se justiça é algo absoluto não deverá haver 
exceções, ou seja, em determinadas ocasiões a mentira é necessária pensando no bem do 
outro, já devolver aquilo que tomou também não é uma tese absoluta, por exemplo se um 
amigo empresta uma arma a outro e depois a quer de volta para fazer algo mal a alguém seria 
injusto devolver aquilo que lhe tomou. Um novo interlocutor, Adimanto, defende o seguinte 
enunciado, que o justo é o fraco, porque se fosse forte e capaz ele cometeria injustiças e o que 
importa não é ser justo, mas parecer ser justo, finalizando sua tese, Adimanto defende que o 
caminho da justiça é oneroso, já o caminho da injustiça é fácil. 
 Sócrates para rebater todas essas teses conceitua justiça a partir do homem dentro da polis, 
podemos dividir a alma do homem em três partes: razão, coragem e temperança. A primeira é 
a busca pela verdade a inteligência o poder reflexivo, a segunda é a proteção dos corpos, a 
arte da guerra e a terceira são os desejos da carne. Toda alma do homem pode ser tripartida, 
assim todos somos racionais, corajosos e desejosos, em escalas diferentes. A cidade justa, para 
Platão, é cada indivíduo, de acordo com sua maior aptidão, ocupar seu lugar dentro da polis. 
Aquele com maior sabedoria deve governar a cidade, o mais corajoso irá compor o exército e o 
temperado deve trabalhar. O justo é aquele que exerce seu lugar na polis dentro de sua 
aptidão. 
Ouvimos alertas que procuram direcionar nossa atenção para a ideia de que o declínio da 
crença religiosa debilita a moralidade. Há mais de uma maneira de se interpretar essa 
preocupação, mas aqui me focarei na sugestão de que não há verdades morais se Deus não 
existir – como diz Dostoiévski, se Deus não existe, tudo é permitido. 
A teoria ética do mandamento divino defende que uma açãoé moralmente correta se, e 
somente se, é tal que seja proveniente da ordem de Deus (ou de sua aprovação, ou de sua 
vontade de que a pratiquemos). A versão da teoria que quero discutir defende uma visão 
similar acerca de todas as outras propriedades valorativas, incluindo a bondade, a justiça e 
assim por diante – ou seja, todas essas propriedades dependem de Deus de tal maneira que 
nada poderia ter qualquer propriedade valorativa se Deus não existisse; no que se segue, 
contudo, me focarei na propriedade da correção. Dado que é necessário que a correção seja 
redutível e dependente das atitudes de um observador (Deus), a teoria do mandamento divino 
é uma forma de subjetivismo. Isso é algo que vale ser apontado, visto que tal teoria é 
frequentemente encarada como o arqui-inimigo do relativismo cultural, quando na verdade 
ambos são variações de uma mesma abordagem metaética básica. 
 
 
▪ SEMANA 3 
O texto do Joseph Stiglitz, Nobel de Economia, tem 32 páginas, e é formado por diversos 
tópicos. Escolham um tópico e escrevam sobre ele, dissertando sobre o tema "Ética e 
Economia", relacionando o texto de Stiglitz com um dos textos de Ética estudados 
anteriormente (Aristóteles, Adam Smith, Peter Crese, Thomas Nagel, Peter Singer etc.). 
✓ TEXTO 
 A tese central deste escrito é que há uma relação entre economia, ética e tributação. Há um 
fio condutor que atravessa esses três pontos, qual seja: a noção de igualdade. Em outras 
palavras, quando se analisa a economia pelo prisma ético, considera-se que os sujeitos 
envolvidos possuem algum grau de igualdade entre si. Pode-se discutir que tipo de teoria 
política sustenta a noção de igualdade envolvida, mas praticamente todos reconhecem algum 
tipo de igualdade. Pode ser uma igualdade de plano formal, ou mesmo igualdade pela 
diferença. 
 Não se busca, neste estudo, discutir as noções de igualdade que sustentam os modelos 
econômicos. O que se quer evidenciar é que há noção de igualdade que legitima tais relações, 
a qual permite certo grau de desigualdade em uma coletividade. É possível avaliar os princípios 
éticos de uma comunidade a partir do grau de desigualdade que ela considera aceitável, ou 
seja, o quanto é possível explorar o outro sem que isso seja considerado uma afronta ao 
princípios ético-político-jurídicos daquela comunidade. 
 Nesse sentido, entende-se que a noção de igualdade que sustenta as relações econômicas 
de uma deter- minada comunidade historicamente localizada é a mesma que sustenta o 
modelo de tributação da mesma comunidade. Em outras palavras, o princípio que fundamenta 
as relações econômicas é o mesmo que justifica diferentes formas de arrecadação tributária. 
Por exemplo, quem entende que as pessoas deveriam ser tratadas de forma igual, sem 
qualquer diferença em relação às capacidades, tende a achar mais justas formas de tributação 
universais, por alíquotas fixas e mais baixas. A ilustração brasileira mais próxima disso é a 
extinta CPMF. Essa contribuição provisória incidia sobre a movimentação financeira dos 
correntistas bancários. Como a alíquota era fixa e o tributo era cobrado indistintamente 
(bastava que houvesse movimentação financeira bancária), a impressão que se tinha é que o 
tributo era mais justo, eis que tributava todos de igual forma. David Ricardo, por exemplo, 
nesse sentido, vai sustentar a equidade do dízimo. Se todos pagassem indiscriminadamente, 
por exemplo, 10% sobre os seus rendimentos, a título de im- posto, ter-se-ia a impressão de 
que todos contribuiriam da mesma forma. 
 Entretanto, para um cidadão que recebe salário mínimo, a contribuição desse percentual 
tem peso diferente para aquele que recebe R$ 40 mil por mês ainda que o percentual fosse 
nominal e matematicamente o mesmo para ambos. Essa situação real demonstra que, por 
critério de igualdade, seria justo tributá-los de forma diferente. Veja-se que Adam Smith já 
havia percebido isso há mais de duzentos anos: O dízimo, e qualquer outro imposto da mesma 
espécie sobre a terra, sob a aparência de uma perfeita igualdade, é um imposto muito pouco 
equitativo, uma vez que uma dada produção é, em diferentes situações, equivalente a uma 
porção muito diferente da renda. 
 
▪ SEMANA 4 
O prêmio Nobel de Economia, Milton Friedman defendeu nos anos 1960 que a única 
responsabilidade de um(a) executivo(a) é "aumentar os lucros" de sua corporação. Já o prêmio 
Nobel de Economia Joseph Stiglitz denuncia o aumento da plutocracia (extrema concentração 
de riqueza e desigualdade econômica e social) como uma característica insustentável do 
mundo contemporâneo. Parece, portanto, que os dois divergem acerca do que devemos 
esperar de uma corporação, e portanto, de seus administradores. Tendo esse debate como 
pano de fundo, volte ao texto "Ética Empresarial" de Solomon 
(https://criticanarede.com/fil_eticaempresarial.html), já enviado anteriormente, e 
explique sucintamente a diferença que o autor faz entre os conceitos de stockholder e 
stakeholders. 
✓ TEXTO 
 O stakeholder é qualquer indivíduo ou organização que, de alguma forma, é 
impactado pelas ações de uma determinada empresa. Em uma tradução livre para o 
português, o termo significa parte interessada. Stockholder é uma palavra em inglês 
bastante O stakeholder é uma pessoa ou um grupo, que legitima as ações de uma 
organização e que tem um papel direto ou indireto na gestão e resultados dessa 
mesma organização. Desta forma, um stakeholder pode ser afetado positivamente ou 
negativamente, dependendo das suas políticas e forma de atuação. 
 Stockholder bastante comum no contexto empresarial, que em português significa 
acionista, ou seja, é uma pessoa que possui pelo menos uma ação de uma organização 
ou empresa. Os acionistas Stockholder podem obter algum lucro se a empresa tem 
algum sucesso no mercado. Apesar disso, o oposto também pode acontecer, as ações 
podem desvalorizar, fazendo com o acionista perca dinheiro se a empresa tem maus 
resultados. 
 Um shareholder é, portanto, um dos indivíduos ou grupos que compõe os 
stakeholders de uma organização. O grau de influência que esse stakeholder tem é 
imenso, o que o coloca, quase sempre, entre o grupo dos primários. Afinal, o 
shareholder, além de realizar investimentos de capital, pode também ganhar ou 
perder dinheiro de acordo com as ações e estratégias adotadas pela sua empresa. Um 
stakeholder insatisfeito pode resultar em prejuízos — financeiros ou não — para o seu 
negócio. Um shareholder, com todos os seus recursos e investimentos é, portanto, 
quem tem o maior grau de influência desse grupo. Uma atitude que não o agrade pode 
significar menos recursos na sua empresa. Por muito tempo, gestores e tomadores de 
decisão se baseavam apenas nos interesses dos shareholders. Essa visão, porém, está 
se modificando e um panorama geral de todos os impactados pelas ações da empresa 
se tornou o modelo mais utilizado. O conceito de stakeholder é muito importante 
dentro do mundo corporativo. Cada vez mais, é visto como um caminho eficaz para 
conquistar resultados positivos e sustentáveis. Afinal, cada um desses indivíduos e 
organizações são fundamentais para o sucesso da empresa. 
 
▪ SEMANA 5 
Vamos começar a rever os principais conceitos que vimos até aqui. 
Atividade: Com base no texto de Solomon, discorram sobre os dois significados de oikonomia 
no pensamento aristotélico. Expliquem a diferença e forneçam exemplos. 
✓ TEXTO 
 Aristóteles experimentava uma crise crescente. Juntamente com a queda da tradicional 
organização da oikonomía familiar em direção a formas embrionárias de economia urbana 
baseadas no comércio de importação e exportação, deu-se a aparição de novas práticas 
sociais, em que a aquisição e a acumulação de dinheiro eram importantes. Começaram então a 
se fazer sentir tensões entre os grupos que participavam da política, assim como mostras de 
antagonismossociais e uma erosão da harmonia entre as partes da comunidade, que davam 
lugar à ascensão de tiranos com poderes absolutos. 
 Aristóteles começa seu estudo da crematística diferenciando-a da oikonomía: “a arte de 
enriquecer [crematística] não é a mesma coisa que administrar a casa [oikonomía], porquanto 
a função da primeira é proporcionar e a da última é usar”. . Então, a crematística é o fator que 
produz a propriedade, enquanto a oikonomía é a administração da mesma. Por sua vez, 
Aristóteles dá conta de duas formas ou definições de crematística. Ainda que sejam muitos os 
nomes que o filósofo atribui a cada uma delas, em geral a crematística “boa” é apresentada 
como administração doméstica ou crematística natural, enquanto a “má” é também referida 
como crematística pura ou ilimitada10. De todo modo, nosso pensador inclui a crematística no 
âmbito do privado, dado que corresponde à administração, nunca ao governo. A crematística 
natural é uma atividade que se dedica a prover o lar daqueles bens cuja posse em determinada 
medida é indispensável para a vida, como zoe: 
 Aristóteles começa seu estudo da crematística diferenciando-a da oikonomía: “a arte de 
enriquecer [crematística] não é a mesma coisa que administrar a casa [oikonomía], porquanto 
a função da primeira é proporcionar e a da última é usar”. Então, a crematística é o fator que 
produz a propriedade, enquanto a oikonomía é a administração da mesma. Por sua vez, 
Aristóteles dá conta de duas formas ou definições de crematística. Ainda que sejam muitos os 
nomes que o filósofo atribui a cada uma delas, em geral a crematística “boa” é apresentada 
como administração doméstica ou crematística natural, enquanto a “má” é também referida 
como crematística pura ou ilimitada. De todo modo, nosso pensador inclui a crematística no 
âmbito do privado, dado que corresponde à administração, nunca ao governo. A crematística 
natural é uma atividade que se dedica a prover o lar daqueles bens cuja posse em determinada 
medida é indispensável para a vida, como zoe: Há, portanto, uma espécie de arte da aquisição 
que é por natureza uma parte da economia doméstica [oikonomía], uma vez que esta deve ter 
disponíveis, ou proporcionar ela mesma as coisas passíveis de acumulação necessárias à vida e 
úteis à comunidade composta pela família ou pela cidade. Tais coisas parecem constituir a 
verdadeira riqueza, pois a quantidade desses bens necessários por si mesmos a uma vida 
agradável não é infinita. 
 De outro lado se apresenta a crematística “má”: Existe outro gênero de arte de aquisição, 
chamado frequentemente e justamente de arte de enriquecer [crematística], e este originou a 
noção de que não há limites para as riquezas e aquisições [...] Efetivamente, presume-se que a 
riqueza consiste em grande quantidade de dinheiro, pois é com dinheiro que se fazem os 
negócios e o comércio. Em outras épocas, ao contrário, pensava-se que o dinheiro era uma 
tolice, uma simples convenção sem qualquer fundamento natural, pois quando se adotam 
outros meios de troca ele nada vale, não tendo em si mesmo qualquer utilidade na satisfação 
das necessidades básicas da vida”. Esse tipo de arte aquisitiva difere do primeiro em vários 
aspectos. Enquanto a aquisição limitada é natural, a crematística sem limite desenvolve-se a 
partir de uma certa prática e técnica, cuja elaboração final é o comércio de compra-e-venda e 
a busca de lucro que dele se segue. Enquanto o intercâmbio dá-se sob a forma de escambo ou 
utiliza-se dinheiro para a obtenção de bens que não se possam obter de forma imediata, o 
comércio não excede a esfera da auto-suficiência (e, logo, mantém-se no âmbito do natural). 
 
 
 
▪ SEMANA 6 
➔ leitura da semana 
. "Resposta à questão o que é Esclarecimento". Immanuel Kant 
Essa semana não pedirei atividade, somente a leitura. Amanhã disponibilizo o podcast. 
E vcs? Estão bem? Dificuldades? Problemas com a disciplina? Dúvidas, sugestões? 
Texto (Duas opções de tradução): 
(1) 
https://joaocamillopenna.files.wordpress.com/2018/03/kant-resposta-acc80-pergunta-que-
ecc81-esclarecimento1.pdf 
(2) http://www.lusosofia.net/textos/kant_o_iluminismo_1784.pdf 
 
▪ SEMANA 7 
➔ texto para a leitura semanal. 
O podcast deve estar disponível amanhã. 
Texto: 
A Teoria Moral de Kant - Elliot Sober 
https://criticanarede.com/eti_kant.html 
 
▪ SEMANA 8 
➔ leitura de dois textos: 
Artigo "Ciência e senso comum" de Thomas Nega. 
https://criticanarede.com/sobrevir.html 
Artigo "Teoria quântica, física nuclear e filosofia grega", de minha autoria. Especialmente o 
tópico "Ciência e História": 
https://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/griot/article/view/741 
Como atividade, peço que comecem a preparar um arquivo único, como um relatório, que 
condense todas as atividades até aqui. Combinaremos uma data para todos enviarem o doc 
por e-mail no mesmo dia. 
https://criticanarede.com/eti_kant.html
Essa semana prepararei um episódio maior do podcast, relacionando as duas últimas sessões 
de leitura. 
 
	Nossa atividade semanal consiste em ler todos, e fazer um texto de 1 página relacionando-os. Não é um "fichamento". Procurem sintetizar os pontos de convergência ou divergência entre os textos. Como eles dialogam? É possível estabelecer "pontes" ou di...
	Textos:
	1. Aristóteles. Ética a Nicômaco. Ler Livro I. Itens 4 e 5.https://abdet.com.br/site/wp-content/uploads/2014/12/%C3%89tica-a-Nic%C3%B4maco.pdf
	2. Robert C. Solomon. Ética Empresarial In A Companion to Ethics, ed. por Peter Singer (Blackwell, 1993). https://criticanarede.com/fil_eticaempresarial.html
	3. Maryam Kouchaki e Isaac H. Smith. Como construir uma carreira ética? Harvard Business Review. 2020 https://hbrbr.uol.com.br/como-construir-uma-carreira-etica/
	 SEMANA 2
	Encaminho dois textos pequenos sobre "altruísmo". A partir da leitura dos mesmos, desenvolvam um texto entre 1/2 e 1 lauda explicando as concepções de altruísmo de Singer e Nagel.
	"Altruísmo Eficaz". Peter Singer https://criticanarede.com/altruismoeficaz.html
	"A possibilidade do altruísmo". Thomas Nagel https://criticanarede.com/leit_altruismo.html
	 TEXTO
	O fato dele não ter esse objetivo, certamente, limita as suas ambições. Como afirmou na passagem inicial, o altruísmo é um requerimento para a ação, mas isso não esgota a teoria de um sistema ético completo. Se ele não pretende justificar o dever mor...
	Então, os desejos nem sempre são a fonte das motivações, mas podem ser concomitantes ou posteriores à razão.2 Como admite, a transposição do problema levanta várias dificuldades. Uma delas é que a psicologia só pode indicar tendências e influências d...
	O externalismo é a visão na qual a motivação não é dada pelos princípios éticos por si mesmos, e que um fator adicional e externo é necessário para dar a devida motivação. O melhor exemplo dessa visão é a de Hobbes, cujo sistema contratualista é deri...
	Encaminho também um texto de Simon Blackburn. A partir de sua leitura escrevam entre 1/2 e 1 lauda, abordando as seguintes questões:
	Conforme Platão, por que devemos agir com justiça?
	"Contra a teoria ética dos mandamentos divinos". Simon Blackburn.
	https://criticanarede.com/fil_mandamentos.html
	 TEXTO
	Conceituando a justiça, Platão tem como princípio que a justiça é absoluta, então toda ação deve ser justa ou injusta. A justiça é nunca mentir e sempre devolver aquilo que lhe tomou, Sócrates vai rebater essa ideia dizendo que se justiça é algo a...
	Sócrates para rebater todas essas teses conceitua justiça a partir do homem dentro da polis, podemos dividir a alma do homem em três partes: razão, coragem e temperança. A primeira é a busca pela verdade a inteligência o poder reflexivo, a segunda...
	Ouvimos alertas que procuram direcionar nossa atenção para a ideia de que o declínio da crença religiosa debilita a moralidade. Há mais de uma maneira de se interpretaressa preocupação, mas aqui me focarei na sugestão de que não há verdades morais s...
	A teoria ética do mandamento divino defende que uma ação é moralmente correta se, e somente se, é tal que seja proveniente da ordem de Deus (ou de sua aprovação, ou de sua vontade de que a pratiquemos). A versão da teoria que quero discutir defende um...
	 SEMANA 3
	O texto do Joseph Stiglitz, Nobel de Economia, tem 32 páginas, e é formado por diversos tópicos. Escolham um tópico e escrevam sobre ele, dissertando sobre o tema "Ética e Economia", relacionando o texto de Stiglitz com um dos textos de Ética estudado...
	 TEXTO
	A tese central deste escrito é que há uma relação entre economia, ética e tributação. Há um fio condutor que atravessa esses três pontos, qual seja: a noção de igualdade. Em outras palavras, quando se analisa a economia pelo prisma éti...
	Não se busca, neste estudo, discutir as noções de igualdade que sustentam os modelos econômicos. O que se quer evidenciar é que há noção de igualdade que legitima tais relações, a qual permite certo grau de desigualdade em uma coletivid...
	Nesse sentido, entende-se que a noção de igualdade que sustenta as relações econômicas de uma deter- minada comunidade historicamente localizada é a mesma que sustenta o modelo de tributação da mesma comunidade. Em outras palavras, o princ...
	Entretanto, para um cidadão que recebe salário mínimo, a contribuição desse percentual tem peso diferente para aquele que recebe R$ 40 mil por mês ainda que o percentual fosse nominal e matematicamente o mesmo para ambos. Essa situação rea...
	 SEMANA 4
	O prêmio Nobel de Economia, Milton Friedman defendeu nos anos 1960 que a única responsabilidade de um(a) executivo(a) é "aumentar os lucros" de sua corporação. Já o prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz denuncia o aumento da plutocracia (extrema co...
	explique sucintamente a diferença que o autor faz entre os conceitos de stockholder e stakeholders.

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