Buscar

Nulidades e recursos no processo penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Nulidade no Processo penal
Resumo:
A Nulidade no processo penal é conceituada como um defeito jurídico no qual torna inválido ou destituído de valor, um ato ou um processo de forma total ou parcial, ou seja, é a inobservância de exigências legais, uma falha ou imperfeição jurídica que, como dito, invalida um ato ou até mesmo o processo como um todo. 
O código de Processo Penal, regula as nulidades nos artigos 563 à 573.
Forma:
A nulidade pode ser do processo, quando o vício atinge toda a forma processual, como por exemplo, a suspeição do juiz, elencada no art. 564,I, CPP;
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz.
 
Pode ser de procedimento, quando é atingida somente uma parte da atividade processual, como a que anula apenas os atos decisórios, por incompetência, elencada no art. 564,I e art. 567 do CPP.
Art. 567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
E pode ser também exclusivamente do ato ou parte dele na hipótese de não contaminar qualquer outro ato processual.
As nulidades são divididas em dois outros conceitos. Falaremos entre a diferença da nulidade absoluta e a relativa.
DIFERENÇA ENTRE NULIDADES ABSOLUTAS E RELATIVAS:
· As nulidades absolutas ocorrem em caso à norma em apreço considerada defeituosa, houver sido instituída para resguardar, predominantemente, o interesse público.
· As nulidades relativas aparecem se a regra violada servir para “escoltar”, em destaque, o interesse das partes.
Tendo a regra algum vício contendo violação a um princípio constitucional, a nulidade deverá ser absoluta, ou até mesmo, inexistente. Verificamos que o processo penal nacional está resguardado, não apenas pela legalidade, mas também, por princípios mais abrangentes, com embasamento constitucional que, em certos pontos, chegam a ser desnecessários.
Quanto ao dano ou prejuízo, a nulidade absoluta tem o prejuízo presumido, ou seja, o ato está viciado por nascimento, sem algum tipo de conserto.
Em relação às nulidades relativas, a demonstração do prejuízo deve ser efetuada pela parte que arguir. Assim, somente haverá declaração do vício se não ocorrer outra possibilidade de se reparar o ato procedimental. Deverá ser argüida no momento oportuno, sob pena de preclusão. Assim, deve ser verificado, no sistema processual, qual o ato passível de nulidade. O artigo 571, CPP nos mostra quando as nulidades dever ser argüidas peremptoriamente.
Art. 571. As nulidades deverão ser argüidas:
I - as da instrução criminal dos processos da competência do júri, nos prazos a que se refere o art. 406;
II - as da instrução criminal dos processos de competência do juiz singular e dos processos especiais, salvo os dos Capítulos V e Vll do Título II do Livro II, nos prazos a que se refere o art. 500 ;
III - as do processo sumário, no prazo a que se refere o art. 537, ou, se verificadas depois desse prazo, logo depois de aberta a audiência e apregoadas as partes;
IV - as do processo regulado no Capítulo VII do Título II do Livro II, logo depois de aberta a audiência;
V - as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes (art. 447);
VI - as de instrução criminal dos processos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de Apelação, nos prazos a que se refere o art. 500 ;
VII - se verificadas após a decisão da primeira instância, nas razões de recurso ou logo depois de anunciado o julgamento do recurso e apregoadas às partes;
VIII - as do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, logo depois de ocorrerem.
Em se tratando do interesse, as nulidades relativas dependem de provocação pela parte interessada, no momento oportuno. É a regra decorrente do interesse nas nulidades, pois que somente podem ser argüidas pela parte que dela fizer proveito, desde que não tenha dado causa. As nulidades absolutas dispensam provocação, pois o juiz é legitimado a declará-las de ofício, salvo a exceção da súmula 160 DO STF. Assim, poderão ser levantadas por qualquer das partes, bem como, pelo juiz.
Classificação:
Quanto à classificação das nulidades processuais, podem ser classificadas em atos inexistentes, atos nulos e atos anuláveis.
Os atos inexistentes são aqueles em que há falta de um elemento que o direito considera essencial. 
O ato nulo, é aquele que não produz efeito até que seja convalidado e se isso não for possível, nunca os produzirá. Se essa condição suspensiva é possível, sanando-se o ato com sua ocorrência, fala-se em nulidade relativa.
O ato anulável é aquele que produz efeitos até que seja invalidado estando sujeito sua eficácia a condição resolutiva, em que o ato não produz efeito, a não ser depois de sanado a nulidade. 
Espécies:
Como vimos mais acima, o art. 564 do código de processo penal, nos apresenta os casos de nulidade. Teremos agora as espécies de nulidade, de forma explicativa.
1- Por incompetência, suspeição ou suborno do juiz:
 
Dispõe que, o juiz para julgar e presidir o processo deve ser competente, de acordo com os critérios estabelecidos pelo código nos artigos 69 à 91. Desobedecidos tais requisitos, lhe é vedado conhecê-lo no todo ou em parte, ocorrendo nulidade se o fizer, anulando somente os atos decisórios (falado acima), que são aqueles que se decide pelo mérito, ainda que em parte.
Tratando-se de nulidade relativa e não sendo ela argüida oportunamente pela parte, na defesa prévia com a exceção declinatória, a competência do juiz fica prorrogada, não sendo declarada a eiva, não sendo impedido o juiz, a qualquer momento, de ofício, reconhecer a incompetência, remetendo os autos ao juiz competente, conforme o art.109, cpp.
Também ocorre nulidade em virtude da suspeição do juiz. Reconhecida ou comprovada a suspeição, há nulidade absoluta, não incidindo os arts. 556 e 567 por haver uma presunção absoluta de que o interesse do juiz ou das partes a ele ligadas influi na decisão da causa.
Apesar de não haver lei expressa, a nulidade refere-se também a todas as hipóteses de incompatibilidade e impedimento do juiz. Tais causas obstam que o magistrado exerça jurisdição no processo e atos praticados por ele serão inexistente, não podendo ser sanados.
Também o art. 564, I, faz menção à nulidade no caso de suborno do juiz, sendo constituído o fato, um crime de concussão (art. 316, do cp), corrupção passiva (art.317 do cp) ou prevaricação (art. 319 do cp).
2- Por ilegitimidade da parte:
Se o autor da ação não possui titularidade ou o réu não pode integrar a relação jurídica processual (por ser inimputável pela idade, por exemplo) há nulidade insanável.
Ocorrendo ausência de capacidade postulatória (o querelante sendo menor de 18 anos) poderá ser sanada a qualquer tempo antes da sentença e, portanto, é vício sanável (art. 568, cpp).
2.1 - Falta de fórmulas ou termos em geral: 
Dispõe o art. 564, III, as hipóteses em que ocorre nulidade por falta de fórmulas ou termos que enumera, no processo comum, inclusive do júri, e nos processos especiais. A palavra fórmula está empregada como regra e a termo como ato. As hipóteses em que o ato foi praticado, mas com omissão de formalidade que constitui seu elemento essencial são regidos pelo art. 564, IV.
2.2 - Por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato:
Entende-se aquela sem a aquela sem a qual o ato não atinge a sua finalidade. Como exemplo, a denúncia que não descreve o fato com todas as suas circunstâncias. Em face do princípios da instrumentalidade das formas, não se anula o processo por falta de formalidade irrelevante ou incapaz de causar prejuízos às partes.
Nulidades e Inquérito Policial:
 No inquérito policial podem ocorrer atos anuláveis e nulos, sem que com isso, causem reflexo na ação penal quanto à contaminação desta. Assim, os vícios do caderno policial, causam efeitos nos atos apenas dele próprio, nunca alcançando a ação penal. Porisso, se a prisão em flagrante não obedeceu as formalidades legais, o que está prejudicado é a própria prisão, não a sequência procedimental decorrente desta.
RECURSOS DO PROCESSO PENAL
É sabido que uma considerável parte das decisões judiciais pode ser recorrível. Desta forma, pode-se conceituar o recurso como sendo um reexame de matéria judicial ou uma reforma de uma decisão judicial. 
Os recursos têm por pressupostos principais a previsão legal, a tempestividade, a forma legal e a inexistência de fato impeditivo. Seu efeito no âmbito penal pode ser:
· Devolutivo, o qual é a regra geral, logo é permitido que o tribunal superior reveja integralmente a matéria controversa;
· Suspensivo, sendo excepcional, impede que a decisão produza conseqüências imediatas;
· Regressivo, que significa devolver ao mesmo órgão prolator da decisão a possibilidade de seu reexame;
· Extensivo, o qual é aplicado quando há dois ou mais réus, com idêntica situação processual e fática, logo, o que for decidido do recurso de um caberá a mesma decisão ao recurso do outro ou outros.
São tipos de recursos:
1- Recurso em Sentido Estrito;
2- Apelação;
3- Embargos de declaração;
4- Carta Testemunhável;
5- Embargos infringentes e de nulidade;
6- Recurso Extraordinário;
7- Recurso Especial;
8- Recurso Ordinário Constitucional.
1- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
RESE como é conhecido, tem como característica principal o fato de ser um recurso incidental, tendo em vista que na maioria das vezes ele é cabível contra decisões sentenças e despachos durante o decorrer do procedimento. Este recurso está elencado nos art. 581, do cpp e terá como prazo, 5 (cinco) dias para ser interposto e 2 (dois) dias para arrazoar. 
Todavia, o RESE processa por instrumento, porém há casos em que é apresentado nos próprios autos e deve ser endereçado ao Tribunal, seja ele Tribunal de Justiça, Tribunal Regional Federal ou Tribunal Regional Eleitoral, salvo nos casos previstos no art. 582, caput, do CPP.
2- APELAÇÃO 
A apelação advém do direito romano, onde era chamado de Appellatio que tem como significado dirigir a palavra; Recurso esse que era utilizado nos tempos romanos como a finalidade a impugnação de uma sentença do imperador, sendo considera um recurso hierárquico.
No direito brasileiro, tem o intuito de levar aos tribunais, o Juiz Adquem, a sentença proferida pelo Juiz Aquo, ficando o juiz superior adstrito ao que contem no pedido existente no recurso. Esse fenômeno é chamado de tantum devolutum appellatum. 
A peça apelativa será interposta com fulcro nos arts. 593 e 603 ambos do CPP e terá prazo de 5 (cinco) dias. 
É a peça onde o apelante demonstra seu inconformismo com a decisão proferida e manifesta seu desejo em recorrer, ato continuo e terá 8 (oito) dias para arrazoar. 
Por fim, o recurso atendendo todos os requisitos necessários, terá sua reapreciação pela segunda instância. A sentença sendo reformada ou não, após o trânsito em julgado, os autos voltaram para a comarca de origem para que se inicie a execução.
3- EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Visam esclarecer alguma obscuridade, contradição, ambigüidade e omissão (art. 382, do CPP).
Devem ser usados se o juiz se esquecer de discorrer sobre algum fato relevante no processo ou então se ele não menciona sobre alguma substituição de pena que foi requerida, por exemplo, do art. 44 do CP.
4- CARTA TESTEMUNHÁVEL 
Essa espécie recursal somente será cabível quando a lei não previr expressamente outra modalidade recursal. 
A carta testemunhável tem por finalidade invocar o conhecimento ou processamento pelo tribunal, cujo trâmite foi de forma indevida interrompido pelo juiz singular, recurso esse que terá o prazo de 48 horas pós despacho que denegou recurso.
Esse recurso não terá efeito suspensivo, ou seja, não suspenderá os efeitos advindos dessa decisão.
5- EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE
Essa modalidade recursal só é cabível contra votação de acórdão não unânime desfavorável ao réu, ou seja, quando acórdão tiver pelo menos um voto proferido a favor do réu, retirando assim a unanimidade do ato. 
Só podem ser opostos no caso de recurso em sentido estrito e apelação. Não cabem na revisão criminal, nem no julgamento do pedido de desaforamento, uma vez que não são recursos. Não cabem também em habeas corpus.
Terão como prazo legal para interposição, 10 dias. É um recurso de defesa e será endereçado ao relator do acórdão embargado e após, o juízo de admissibilidade será reapreciado. 
6- RECURSO EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL 
Ambos os recursos possuem natureza excepcional, ou seja, serão examinados previamente, pois, para que sejam julgados tem que estar contida a matéria exigida para cada recurso.
O recurso especial tem como intuito proteger e coibir os desrespeitos a normas federais, sendo submetido a exame de matéria infraconstitucional. A competência para julgamento deste recurso é do STJ, sendo endereçado ao presidente do Tribunal e terá prazo para interposição de 15 dias.
O recurso extraordinário tem como função impedir que normas constitucionais sejam desrespeitadas pelos tribunais nas decisões sobre casos concretos. Tal recurso é apreciado pelo STF e terá prazo também o prazo de 15 dias para interposição.
Vale ressaltar que caberá recurso extraordinário em matéria de primeira instância como prevê a súmula 640 do STF.
7- RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL 
São recursos assegurados constitucionalmente, cujo objetivo é levar ao STJ e STF matéria jurídica nas presunções elencadas no art. 102, II e arti. 105, II, da CF.
CONCLUSÃO:
O conteúdo trazido é para possibilitar a compreensão jurídica no âmbito recursal criminal. Essas modalidades recursais são imprescindíveis para impedir o monopólio jurídico, pois, como vemos na esfera criminal toda e qualquer decisão incidental ou não, interlocutória, sentença terminativa ou até mesmo definitiva, garante a parte adversa o direito do inconformismo, possibilitando-a ter uma reapreciação de uma decisão.

Continue navegando