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WUCHERERIA FILARIOSE Profa WUCHERERIA BANCROFTI FILARIOSE Profa: Msca Erica Vanessa Filariose A Filariose linfática (FL), doença parasitária crônica, é uma das maiores causas mundiais de incapacidades permanentes ou de longo prazo. Acomete principalmente os membros inferiores e o trato urogenital, sendo as suas principais apresentações clínicas o linfedema e a hidrocele. Sinonímia “Bancroftose”, ““Filaríase de Bancrofti” e, quando da sua manifestação crônica, “elefantíase”. parasitária causas ou membros suas linfedema de manifestação Filariose Agente etiológico Vermes nematoides das espécies Wuchereria malayi e Brugia timori. Nas Américas, apenas a espécie W. bancrofti linfática. Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori Em 1927, Lichtenstein observou que as microfilárias em partes da Indonésia eram diferentes da W. os espécimes para Brug, na Holanda, que nomeou como Brugia malayi. Novas espécies de Brugia foram encontradas várias partes do mundo, inclusive uma infectando timori, responsável pela filariose na ilha de Timor bancrofti, Brugia causa a filariose timori; microfilárias da filariose W. bancrofti. Enviou as descreveu e encontradas em animais em infectando homem, Brugia Timor. Filariose Reservatório O único reservatório do parasito é o ser humano que apresenta microlárias no sangue. Pacientes com formas crônicas avançadas da doença, incluindo elefantíase, não apresentam microfilaremia e, portanto,não apresentam microfilaremia e, portanto, não transmitem a doença. Os vermes adultos vivem nos vasos linfáticos dos indivíduos infectados. ser no crônicas elefantíase, portanto,portanto, linfáticos Filariose Vetor No Brasil, mosquitos da espécie quiquefasciatus, também conhecidos pernilongo, carapanã ou muriçoca, são responsáveis pela transmissão da Filariose Linfática.Linfática. As fêmeas começam a agir ao crepúsculo picam durante toda a noite, mas preferem horas mais avançadas e os momentos pouco antes do amanhecer. É mais frequente nos meses quentes chuvosos, pois a água que se acumula solo amplia seus criadouros, mas pode encontrado durante todo o ano. Culex como são os Filariose crepúsculo e preferem as pouco quentes e acumula no pode ser HISTÓRICO Um século antes de Cristo, Lucretius Caius afirmava do Nilo era a causa dos numerosos casos de elefantíase A estátua do faraó Mentuhotep, de cerca de 2000 inchaço característico das pernas. E a hidrocele esculturas africanas Nok, de cerca de 500 d.C..esculturas africanas Nok, de cerca de 500 d.C.. O primeiro registro de microfilária em seres humanos Demarquay, em 1863, no fluido leitoso da paciente cubano que operara em Paris. Em 1866, Otto Wucherer descobriu microfilárias na urina de seus pacientes com hematúria (presença de sangue na urina) e (presença de quilo - líquido linfático - na urina) na Bahia. afirmava que viver perto elefantíase. 2000 a.C., mostra o hidrocele é retratada em humanos foi feito por hidrocele de um na urina de seus (presença de sangue na urina) e quilúria na urina) na Bahia. SISTEMÁTICA Reino: Animalia Filo: Nematoda Classe: Secernentea Ordem: Spirurida Família: Onchocercidae Género: WuchereriaGénero: Wuchereria Espécie: W. bancrofti Nas Américas, apenas a espécie W. bancrofti causa a filariose linfática. bancrofti MORFOLOGIA PARASITÁRIA Morfologia Verme adulto macho 3,5 – 4,0 cm; Delgado e branco-leitoso; Extremidade posterior enrolada.Extremidade posterior enrolada. MORFOLOGIA PARASITÁRIA MORFOLOGIA PARASITÁRIA Morfologia Verme adulto fêmea A fêmea da filária mede entre 8 e 10 cm de comprimento por 0,3 mm de diâmetro. de comprimento por 0,3 mm de diâmetro. Delgado e branco- leitoso; Vivem de 4 a 6 anos, produzindo milhões de microfilárias imaturas (larvas minúsculas) que circulam no sangue. MORFOLOGIA PARASITÁRIA imaturas (larvas minúsculas) MORFOLOGIA PARASITÁRIA Morfologia Verme adulto As filárias se alojam no sistema linfático, a rede de gânglios e vasos que mantém o equilíbrio delicado entre os tecidos e oequilíbrio delicado entre os tecidos e o sangue e é um componente essencial do sistema de defesa do organismo. No sistema linfático, são encontradas enroladas em novelos, que provocam inflamação e atrapalham a circulação da linfa. MORFOLOGIA PARASITÁRIA a o oo do encontradas provocam da MORFOLOGIA PARASITÁRIA Morfologia Ovos/microfilárias A reprodução sexuada produz ovos com características peculiares: Casca é bastante delgada e Casca é bastante delgada e complacente, formando uma bainha, permitindo que o embrião tome forma alongada e tenha movimentação própria. Esse embrião móvel é chamado de microfilária. MORFOLOGIA PARASITÁRIA MORFOLOGIA PARASITÁRIA Morfologia Microfilária (ou Embrião): 250 – 300 mm; Membrana delicada (bainha flexível); A fêmea faz a postura de microfilárias. MORFOLOGIA PARASITÁRIA 300 EPIDEMIOLOGIA No mundo, a Filariose Linfática distribui-se endemicamente em quase todas as regiões quentes e úmidas, incluindo África, Ásia, e focos dispersos na América tropical . No Brasil, há focos diagnosticados da doença século XIX. Na década de 1950, foi realizado mapeamento da doença em âmbito nacional. Nessa foram identicados 11 focos distribuídos em noveforam identicados 11 focos distribuídos em nove Após esse mapeamento, medidas de controle adotadas, conduzidas pelos extintos DNERu e como resultado, na década de 1990 estes focos reduzidos a três: Recife/PE e área metropolitana, AL e Belém/PA. Atualmente, após anos de esforços no combate agravo, a FL está em fase de eliminação no país endêmica restringe-se aos municípios de Recife, dos Guararapes, Olinda e Paulista, pertencentes Metropolitana do Recife, no estado de Pernambuco endemicamente incluindo- -se tropical. doença desde o realizado um Nessa ocasião, nove estados.nove estados. controle foram e SUCAM e, focos foram metropolitana, Maceió/ combate a esse país. A área Recife, Jaboatão pertencentes à Região Pernambuco CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS A infecção ocorre especialmente em indivíduos baixo nível sócio-econômico, sendo bastante conhecido o fato de ter distribuições focais, predominando em áreas de maior pobreza urbanização inadequada, podendo o número pessoas infectadas variar bastante dentro de mesmo município e até de um mesmo bairro.mesmo município e até de um mesmo bairro. A doença de Bancroft é um duro encargo social econômico inerente aos trópicos e subtrópicos Ásia, da África, do Pacífico Ocidental e de certas regiões das Américas. A presença dos vermes adultos nos vasos linfáticos, a excreção de produtos de seu metabolismo e degeneração após a morte provocam reações inflamatórias. Em conseqüência teremos linfangite (inflamação dos vasos linfáticos) e linfadenite (inflamação e hipertrofia dos gânglios linfáticos) indivíduos de bastante focais, pobreza e número de um social e da certas linfáticos, sua reações linfangite linfadenite TRANSMISSÃO . A transmissão da Filariose Linfática se dá basicamente pela picada do mosquito Culex quiquefasciatus (pernilongo ou muriçoca) infectado com larvas do parasita.do parasita. Após a penetração na pele, por meio da picada do mosquito, as larvas infectantes migram para região dos linfonodos (gânglios), onde se desenvolvem até a fase adulta. TRANSMISSÃO . Viajantes e a Filariose Linfática (Elefantíase) A transmissão da Filariose Linfática (Elefantíase) atualmente no Brasil está restrita a áreas endêmicas pertencentes aos municípios de Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista, todos na Região Metropolitana do Recife.todos na Região Metropolitana do Recife. Entretanto, para que ocorra a transmissão necessário que exista um conjunto de fatores propiciem a infecção, entre eles a presença mosquito transmissor e sua infecção com larvas no estágio infectante. Em geral para que ocorra a transmissão necessário um tempo longo de permanência áreasendêmicas. (Elefantíase) (Elefantíase) áreas Recife, Paulista, transmissão é fatores que presença do larvas transmissão é permanência nas CICLO BIOLÓGICO CICLO BIOLÓGICO Ciclo no homem 1. Quando o inseto infectado suga o sangue de lábio do mosquito e invade o organismo humano, pela picada. 2. No homem, as larvas penetram nos vasos linfáticos chegarem aos locais de permanência definitivachegarem aos locais de permanência definitiva 3. Lá se desenvolvem e acredita-se que passem adultos, quando acasalam e produzem novas 4. Esse período é longo (cerca de um ano). de um humano, a larva infectante perfura o humano, através da pequena lesão deixada linfáticos e iniciam sua longa migração até definitiva.definitiva. passem por mais duas mudas até se tornarem novas microfilárias. CICLO BIOLÓGICO Ciclo no inseto 1. Durante a noite as microfilárias migram da sanguínea periférica, onde podem ser ingeridas gênero Culex, que farão a vetoração do helminto 2. Portanto a Wuchereria bancrofti, do hospedeiro definitivo vertebrado, é um parasitado hospedeiro definitivo vertebrado, é um parasita 3. As microfilárias ao chegarem ao tubo digestivo a larva de primeiro estádio (L1). 4. Essa larva atravessa a parede digestiva do permanecendo aí entre 7-10 dias; evolui para 5. Permanecendo mais 10-15 dias, findo a musculatura e se dirige para a probóscide da circulação linfática para a circulação ingeridas por mosquitos hematófagos do helminto. ao necessitar de um vetor, além parasita do tipo heteroxeno.parasita do tipo heteroxeno. digestivo do vetor, perdem a bainha e libertam do vetor e migra para os músculos torácicos, para larva de segundo estádio (L2. os quais passa a L3, que abandona probóscide do mosquito Culex. CICLO BIOLÓGICO Período de incubação Manifestações alérgicas podem aparecer um infecção. As microfilárias, em geral, aparecem periférico de 6 a 12 meses após a infecção infectantes da W. bancrofti. As manifestações crônicas aparecer alguns anos após a infecção. Período de transmissibilidade A capacidade de transmitir o parasito inicia aparecem microfilárias na corrente sanguínea humano, o que para a W. bancrofti ocorre em aproximadamente 9 meses após a picada mosquito. A microfilaremia pode persistir por um a 10 anos e, durante esse período, a pessoa infectada transmitir o parasita. um mês após a aparecem no sangue com as larvas crônicas podem inicia-se quando do hospedeiro um período de infectante do tempo superior infectada poderá IMUNIDADE E PATOGENIA Ação Mecânica (vermes adultos nos vasos): Dilatação de vasos linfáticos;Derramamento linfático (edema, ascite, hidrocele). Ação Irritativa Ação Irritativa (vermes adultos e produtos do metabolismo > processo inflamatório); Fenômenos Imunológicos (Alergias): Eosinofilia pulmonar tropical ;Aumento de IgE e hipereosinofilia. IMUNIDADE E PATOGENIA SINTOMATOLOGIA Os sintomas mais comuns: Acúmulo anormal de líquido (edema) nos membros, seios e bolsa escrotal; Aumento do testículo (hidrocele); Crescimento ou inchaço exagerado dos membros, seios e bolsa escrotal.membros, seios e bolsa escrotal. Há um período pré-patente entre a penetração da larva infectante e o aparecimento de microfilárias na corrente sanguínea que, em geral, é assintomático. Pode haver, entretanto, “doença subclínica” com comprometimento (dilatação e tortuosidade) dos vasos linfáticos. nos dos a o corrente ” e DIAGNÓSTICO Diagnóstico laboratorial O teste de rotina é feito pela pesquisa da microfilária periférico pelo método da gota espessa (GE). Uma deste parasito é a periodicidade noturna das sangue periférico do hospedeiro. O pico da parasitemia periférica coincide, na O pico da parasitemia periférica coincide, na regiões, com o horário preferencial de repasto 23h e 1h da manhã, melhor horário para coleta). Durante o dia, essas formas se localizam nos capilares principalmente nos pulmões e. O volume de sangue correto (aproximadamente bem como o horário da coleta, são pontos importantes A não observação dessas duas recomendações acarretar um resultado falso negativo do exame microfilária no sangue Uma característica microfilárias no na maioria dasna maioria das do vetor (entre . capilares profundos, (aproximadamente 60 microlitros), importantes. recomendações poderá exame. DIAGNÓSTICO Outros testes diagnósticos: Testes rápidos: Pesquisas de antígeno circulante filarial utilizando testes rápidos (qualitativos) ou ELISA (quantitativo Pode-se ainda utilizar a pesquisa de anticorpos Pode-se ainda utilizar a pesquisa de anticorpos através de antígenos recombinantes, como também a pesquisa de DNA do parasito em amostras biológicas (sangue e urina). Todos os indivíduos microfilarêmicos deverão realizar a confirmação diagnóstica identificação morfológica do parasito (classificação da espécie filarial) antes tratamento específico. utilizando (quantitativo) anticorposanticorpos também amostras deverão e a parasito antes do DIAGNÓSTICO Técnica de imagem O exame de ultrassonografia possui a potencialidade de detectar indivíduos infectados com formas adultas vivas de W.bancrofti em vaso linfático, particularmente em vasos intraescrotais do cordãoem vasos intraescrotais do cordão espermático. Podem-se encontar durante todo o dia vermes adultos com movimentos ativos e interruptos denominados “dança da filária”, mesmo que os testes laboratoriais acima citados sejam negativos, sendo de"nidos esses casos como “infecção oculta”. https://www.youtube.com/watch?v=GpZi9Wz CN1s PROFILAXIA Vigilância entomológica Educação em saúde Tratamento dos portadores Eliminação de mosquitos transmissores: controle de seus criadouros, entre eles controle de seus criadouros, entre eles recipientes com água parada, vasos, pneus velhos, reservatórios de água e latrinas. Estes locais devem ser eliminados, tanto quanto possível, mecanicamente. Também está orientado o uso do Bacillus sphaericus para controle biológico do Culex quinquefasciatus em sua fase larvária. recipientes com água parada, vasos, pneus velhos, reservatórios de água e latrinas. Estes locais devem ser eliminados, tanto quanto Culex TRATAMENTO O medicamento de escolha no Brasil, disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é a dietilcarbamazina (DEC), cuja ação elimina as microfilárias da circulação sanguínea.sanguínea. Efeito micro e macrofilaricida, com redução rápida e significativa da densidade das microfilárias no sangue. Deve-se evitar sua administração em crianças com menos de 2 anos de idade, gestantes, mulheres no período de lactação e portadores de doenças crônicas (cardiopatas e renais crônicos). Pode- se associar com Ivermectina TRATAMENTO No caso de hidrocele, o tratamento cirúrgico poderá ser indicado. Para o linfedema, as medidas mais importantes são o repouso do membro afetado, comsão o repouso do membro afetado, com fisioterapia para drenagem linfatica, orientação quanto à postura que favoreça essa drenagem e a instituição de hábitos de higiene e cuidados com a epiderme das áreas afetadas, para evitar infecções microbianas oportunistas. cirúrgico importantes comcom a essa higiene áreas microbianas Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=M49trjZSIW8 https://www.youtube.com/watch?v=2CdON45EAH 8 EAH8 E-mail: rcericavanessa@hotmailcomrcericavanessa@hotmailcom EXERCITANDO 1. Essa doença possui vetor? Qual? 2. Qual agente etiológico da doença? 3. Qual a forma de reprodução deste parasita? 4. Em quais formas podemos encontrar esse 4. Em quais formas podemos encontrar esse parasita? 5. Qual o habitat desse parasita? 6. Como ocorre a transmissão dessa doença? 7. Quais a forma de diagnóstico dessa doença? 8. Por que o exame de sangue pode dar um falso negativo? 9. Qual o tipo de ciclo da doença? 10. Quais os sintomas da doença? 11. Qual a profilaxia da doença? 12. Qual o tratamento paraessa doença?
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