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Instituto Superior de Formação Investigação e Ciência
Curso de Licenciatura em Psicologia Social e do Trabalho
1º Ano- Pós-Laboral
1º Semestre
Cadeira: Antropologia Cultural 
Decente Docente:
Albertina Mulungo Dr. Arcanjo Nharucué
Maputo, Abril de 2020
1)Explique e de exemplo porque é que se diz cultura é:
a) Simbólica 
A característica simbólica da cultura está presente em diversos aspectos da vida humana, desde as suas acções, crenças, costumes e conhecimentos estão sempre ligados por símbolos que podem ser materiais (artefactos), ou elementos não materiais (memórias, crenças, religião, etc), que são interligados e sistematizam a nossa forma de ver o mundo. Como refere o autor na (pág. 48) … a cultura subjectiva assim como a cultura objectiva são um conjunto de significados sistematizados, transmitidos necessariamente através de símbolos e sinais … Portanto a característica básica da cultura é o seu carácter simbólico. E este simbolismo agrega valores variando em função do contexto de cada grupo, o que significa que o que agrega um valor para uma sociedade/grupo pode não agregar valor nenhum para outra sociedade.
Exemplo: Em uma determinada sociedade o embondeiro agrega um valor especial (que pode ser mítico), entretanto para uma outra região pode não agregar nenhum valor.
b)Social:
Conforme ilustrado na questão anterior (característica simbólica), estes símbolos são compartilhados e transmitidos entre indivíduos que pertencem a um grupo específico, refletem especificamente a característica social da cultura, onde existe um emissor e um/vários receptores. A cultura é por si social pois é relativa a sociedade, e para que seja contínua ocorre a transmissão de valores, costumes, hábitos entre indivíduos que pertencem a um determinado grupo e exerce sobre o indivíduo uma coerção exterior.
Como expressa Joseph Fichter , citado pelo autor na (pág. 40), “sociedade é o maior número de seres humanos que conjuntamente agem para satisfazer suas necessidades sociais e compartilham uma cultura comum”.
Por exemplo, ninguém escreve um livro para si, ninguém faz uma peça teatral para si.
 
c) Dinâmica e Estável 
A cultura é mutável, transforma-se adaptando-se ao novo, pois interagindo os indivíduos promovem mudanças, tanto que a sociedade evolui, progride e avança. E esse dinamismo é contínuo e crucial a existência do homem e a vitalidade da sociedade, face aos contactos com outros grupos.
Como refere o autor (pág. 52), “….a própria natureza da aprendizagem da cultura lhe determina uma transformação lenta e inarredável.
Por outro lado, a cultura apresenta um forte caracter estável. Ela é estável, no que tange a existência de instituições ( família, educação, casamento, religião, governo) dos padrões e das tradições.
Todos os povos dão expressão formal instituição família ou a vários géneros de estruturas. Nenhum vive em completa anarquia, pois que, por toda parte se encontram provas de um género de controle político. Não existe nenhum que não tenha uma filosofia de vida, um conceito de origem e do funcionamento do universo e como se deve tratar com os poderes do mundo sobrenatural para conseguir os fins desejados. 
d) Selectiva
Sendo a cultura dinâmica, este processo promove/implica reformulações em todo conjunto da cultura (material e não material), que culmina com a selecção do que permanece, sucede, é relegado ao esquecimento ou entrará em desuso. Não significando que tal selecção seja planificada, consciente e desejada. A própria natureza da aprendizagem da cultura determinada está transformação, a cultura subjectiva e a interação com grupos que detém culturas diferentes.
Como refere o autor (pág. 53), “ …Tal selecção não é necessariamente consciente e desejada. Acreditamos que a maioria dos valores é consagrada de forma inconsciente.”
Porém em relação a adopção de novas tecnologias esta selecção parece mais racional, entretanto é determinada pelo poder de aquisição de cada indivíduo, o que faz com que técnicas arcaicas sobrevivam ao lado de técnicas avançadas. 
e) Universal e Regional
O homem é um animal construtor de cultura. Segundo Herskovits, citado pelo autor (pág. 54), pelo facto do homem ser construtor da cultura, já é um facto que caracteriza a universalidade da cultura. Não existe nenhum ser humano desprovido de cultura, pois o processo de desenvolvimento social e fisiológico do ser humano ocorre por meio de endoculturação. A cultura é um fenómeno universal que penetra a todo ser humano e não existem homens incultos.
Podemos tomar como exemplo a maneira de falar do ser humano é resultado da endoculturação.
Em relação a regionalidade da cultura, refere-se as formas diferentes, momentos distintos de um mesmo fenômeno cultural em grupos distintos. Neste contexto podemos destacar as diversas formas em que se apresentam as instituições formais e tradicionais em diferentes grupos.
f) Determinante e determinada 
O grande paradoxo da cultura é o de ser determinante e determinada, pode-se dizer e outras palavras o que a cultura faz ao homem e o que o homem faz a cultura. É determinante onde ela estabelece papéis, comportamentos, regras e modos de vida. A herança cultural e consideravelmente forte para a conformação dos hábitos e costumes, para o modo de pensar e de comportar-se do homem. Salientar que cultura é um processo inconsciente, e o progresso da civilização é independente do nascimento de personalidades singulares. Não é o gênio quem dita a cultura, porém a cultura que define o gênio. 
Como refere Ralf Dahrendorf, citado pelo autor (pág. 59), “…O processo de socialização é sempre é sempre um processo de despersonalização, onde a liberdade e a individualidade pessoal são suprimidas através do controle e da generalidade dos papéis sociais.
A cultura é determinada onde o homem é quem constrói a cultura, relembrando que cultura é acção humana colectiva. Os papéis sociais, comportamentos, regras e modos de vida criados são elaborados pelo homem, isto é a obra humana passa a impor-se ao homem.
A título de exemplo, as leis criadas pelo homem para regular o comportamento do homem.

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