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Caso Clínico de isoenzimas Monitora: Amanda Mendonça 1 Introdução Definições: Enzimas Isoenzimas Infarto Agudo do Miocárdio Biomarcadores: Lactato Desidrogenase (LDH) Creatina Quinase (CK) Troponina 4 DEFINIÇÃO - Enzimas O que são enzimas? Como funcionam? ENZIMAS são proteínas que catalisam reações. Aumentam a Velocidade da reação. Diminuem a Energia de Ativação necessária para que a reação se processe. 2 DEFINIÇÃO - Isoenzimas Isoenzimas são enzimas que catalisam a mesma reação. Porém, diferenças na sequência de seus AA configuram FORMAS diferentes a essas enzimas. Características: São tecido específicas Apresentam nível sérico determinado pela LISE celular Comportam-se de modo diferente quando submetidas a eletroforese IMPORTÂNCIA CLÍNICA! Diagnósticos Laboratoriais de Isoenzimas 3 5 Métodos de separação de Isoenzimas: 1) Eletroforese 6 Métodos de separação de Isoenzimas: 2) Imunoinibição Muitas isoenzimas tem diferentes subunidades (estrutura quaternária) e as isoformas são construídas por diferentes combinações dessas subunidades. Exemplo de imunoinibição: Creatino Quinase (CK) Inibição da subunidade M (com anticorpo anti-M específico que não afeta a subunidade B) Dosagem da fração B da MB circulante (a dosagem corresponderá de fato à MB circulante pois BB está contida no cérebro desde que as meninges estejam íntegras). 7 Infarto Agudo do Miocárdio Obstrução Isquemia Lesão (necrose) IAM Necrose cardíaca causada por um crítico desequilíbrio no suprimento de oxigênio 8 LACTATO DESIDROGENASE (LDH) Possui 5 isoformas: cada uma com 4 cadeias, formadas por combinações diferentes das subunidades H e M Não é considerado um marcador específico para IAM. LDH – 1: Eleva-se 8h-12h após o início dos sintomas. Pico: 24h-48h após aparecimento dos sintomas. Normaliza-se entre 7 e 12 dias. Isoenzimas Tecido de Origem LDH – 1 (HHHH) Coração, hemácias e rins LDH – 2 (HHHM) Coração e Sistema Retículo endotelial LDH – 3 (HHMM) Pulmões e outros tecidos LDH – 4 (HMMM) Placenta, Pâncreas e Músculo Esquelético LDH – 5 (MMMM) Fígado e Músculo Esquelético 9 CREATINA QUINASE (CK) Possui 3 isoformas: cada uma é um dímero (2 subunidades), B ou M em combinações diferentes. Isoenzimas Tecido de Origem CK – 1 (BB) Cérebro CK – 2 (MB) Miocárdio CK – 3 (MM) Músculo Esquelético e Miocárdio CK – 2 ou CK – MB: Eleva-se entre 3h-6h após início do infarto Pico: 16h-24h Volta a normalidade em 48h-72h Referência para monitoramento de reinfarto. Limitações: falso positivo, falsa elevação, entre outros. 10 TROPONINAS (TN) Três diferentes proteínas (troponina I, C e T) existentes no músculo esquelético e cardíaco. As troponinas I e T, cardíaca e esquelética, são diferentes! Altamente sensíveis e específicas para o tecido miocárdico! 12 a 24 horas: CK-MB e as troponinas tem desempenho diagnóstico semelhante para o infarto Após 24 horas do início dos sintomas: TnIc e TnTc são significativamente mais sensíveis que CK-MB. Formam um complexo que regula a interação cálcio-dependente da miosina com a actina. 11 12 Caso Clínico - Questão 1 A história de um caso: Um operário de 29 anos sentiu uma dor torácica ao manejar uma ferramenta de trabalho. A intensidade da dor era moderada e ele achou que tinha condições de continuar a trabalhar. Ao longo do dia começou a sentir uma dor aguda ao respirar e uma sensação de aperto na parte anterior do peito. Como não melhorava, ao final do segundo dia o operário foi levado à emergência de um hospital próximo e internado após um breve exame. Os resultados do eletrocardiograma e do raio-X de tórax foram normais. No entanto, o exame de sangue mostrou um nível elevado da enzima lactato desidrogenase (LDH) no plasma (400UI/L). O nível de LDH plasmático permaneceu acima da normalidade nos quatro dias subseqüentes. Não ocorreu nenhum outro problema físico ou laboratorial e a dor torácica regrediu aos poucos, mediante repouso. 13 Caso Clínico - Questão 1 Fundamentação teórica: É conveniente salientar que em lesões teciduais ocorre a liberação de enzimas intracelulares para a corrente sangüínea. Algumas enzimas são características de certos tecidos e órgãos. Assim, qualquer mudança na concentração de determinadas enzimas na circulação indicará a natureza da lesão. A LHD, em questão, sob a forma tetramérica apresenta combinações da subunidade H com a subunidade M. A LDH possui cinco isoenzimas, cuja concentração total no sangue é de 100-200 UI/L e estão distribuídas da seguinte maneira: 14 É necessário ressaltar que, caso ocorram determinadas lesões teciduais, haverá alterações nesse padrão. A elevação da atividade da LDH no plasma do paciente justificou a análise do seu padrão de isoenzimas. Essa análise indicou um aumento das isoenzimas M4 e HM3. Para que não restassem dúvidas sobre a origem da lesão analisou-se a presença no sangue de uma outra enzima, a creatina quinase (CK), que catalisa a seguinte reação reversível: creatina + ATP ⇔ creatina-P + ADP A creatina fosfato é armazenada nos tecidos e funciona como um reservatório para a regeneração do ATP. A CK sob a forma dimérica apresenta combinações das subunidades M e B, sendo três as suas isoenzimas: MM, MB e BB. A concentração de CK total circulante, em circunstâncias normais, é de 40-200 UI/L. Os resultados do paciente mostraram um aumento da CK total no plasma, em função da elevação da isoenzima MM. 15 Questão 1 - Perguntas 1 - Quais seriam os diagnósticos possíveis para o quadro apresentado pelo paciente? 2- Explique o que são isoenzimas sob o ponto de vista estrutural e cinético. 3- Estabelecer a relação existente entre as isoenzimas da LDH com os seus tecidos de origem. 4 - Estabelecer a relação existente entre as isoenzimas da CK com seus tecidos de origem. 5- Por que a análise das isoenzimas da CK foi necessária para um diagnóstico mais preciso? Por que apenas a análise das isoenzimas da LDH não foi suficiente? 6 - Explique que cuidados devem ser tomados ao se colher amostras de sangue para as dosagens enzimáticas. 7 - Com base nos sintomas e nas dosagens enzimáticas faça o diagnóstico do que ocorreu no paciente. 16 Caso Clínico - Questão 2 Um homem de meia-idade, obeso, foi levado a sala de emergência após um acidente automobilístico. O paciente afirmou que estivera com falta de ar e um pouco tonto, logo antes da batida. O exame físico sugeria ou um acidente vascular cerebral (ACV) ou um infarto do miocárdio. O paciente foi internado para observação e amostras de sangue para a dosagem da creatina quinase e outras enzimas foram colhidas periodicamente. Perguntas: 1. Qual seria o propósito de dosar a creatina quinase várias vezes durante a internação? 2. Como as isoenzimas da creatina quinase poderiam ser separadas? 3. Qual é a relação da concentração da creatina quinase no sangue e a extensão da lesão tecidual? 17 Referências Bibliográficas GODOY, Moacir Fernandes de; BRAILE, Domingo Marcolino; PURINI NETO, José. A troponina como marcador de injúria celular miocárdica. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 71, n. 4, p. 629-633, Oct. 1998 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X1998001000013&lng=en&nrm=iso>. access on 14 Apr. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X1998001000013. CHAMPE, P.C. Bioquímica Ilustrada. 3aed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2007. DEVLIN, T.M. Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas. Tradução da 6aed. Americana. São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda., 2007. http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2009/diretriz_iam.pdf http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAfQAAJ/infarto-agudo-miocardio http://www.fleury.com.br/medicos/educacao-medica/artigos/Pages/marcadores-bioquimicos-de-lesao-cardiaca.aspx http://www.monografias.com/trabajos41/perfil-cardiaco/perfil-cardiaco2.shtml http://www.scielo.br/pdf/abc/v105n2s1/0066-782X-abc-105-02-s1-0001.pdf 18
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