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O problema da liberdade
versus determinismo
O problema do livre arbítrio versus determinismo tem sido colocado pelos filósofos em diferentes épocas e a sensação com que se fica é que constitui uma espécie de aporia – problema insolúvel.
Um problema transforma-se numa aporia por uma ou várias das seguintes razões:
Formulação incorreta
Definição imprecisa e pouco rigorosa dos termos
Enquadramento conceptual que torna inviável a sua resolução
Filosofia 11.º ano
O problema da liberdade
versus determinismo
Passos para a resolução do problema
Perante um problema difícil ou que se apresenta mesmo como uma aporia, a filosofia convida-nos a:
Identificar a natureza do problema.
Definir com precisão e rigor os termos/conceitos que o problema implica.
Formular corretamente o problema.
Perceber o que está a bloquear a resolução.
Procurar, se possível, um novo enquadramento conceptual.
Filosofia 11.º ano
O problema da liberdade
versus determinismo
Natureza do problema
O problema da liberdade e do determinismo é de natureza metafísica:
Não é a liberdade deste ou daquele indivíduo em particular que está em causa.
Não se trata de liberdade em sentido político, religioso, económico, etc. 
Trata-se da liberdade do ser humano para tomar decisões e fazer opções, da liberdade de qualquer ser humano, rico ou pobre, culto ou ignorante, homem ou mulher, branco ou negro. 
Procura-se abordar o problema indo aos seus aspetos fundamentais.
Filosofia 11.º ano
O problema da liberdade
versus determinismo
Definição dos termos do problema
Determinismo e livre arbítrio não são entidades que existam na realidade física, são conceitos que nós, humanos, construímos que não têm referente na realidade concreta, como tem, por exemplo, o conceito de mesa, ou até o mais abstrato conceito de beleza.
Determinismo e livre arbítrio são conceitos que utilizamos para descrever o comportamento da natureza em geral, no caso do determinismo, e a natureza humana em particular, no caso do livre arbítrio. Neste sentido, falamos na doutrina/teoria do determinismo e na doutrina/teoria do livre arbítrio.
Filosofia 11.º ano
4
O livre arbítrio é a doutrina que considera que o indivíduo humano tem capacidade para se determinar pela própria vontade; para o livre arbítrio, uma ação será livre quando decorrer da vontade do agente, quando for aquela que no momento ele pretende realizar. 
Uma ação não será livre se o ser humano for coagido a agir, seja por um constrangimento exterior – por exemplo, um conflito armado –, seja por um impulso interior a que não consegue resistir – por exemplo, insanidade mental.
Definição dos termos do problema (cont.)
O problema da liberdade
versus determinismo
Filosofia 11.º ano
O determinismo é a doutrina segundo a qual tudo o que acontece tem causa, considerando-se que nas mesmas circunstâncias as mesmas causas produzem os mesmos efeitos.
A crença no determinismo implica a crença na constância da natureza e permite a formulação de leis enquanto enunciados de relações de constância entre fenómenos.
O problema da liberdade
versus determinismo
Definição dos termos do problema (cont.)
Filosofia 11.º ano
O problema da liberdade
versus determinismo
Formulação do problema
No quadro de um universo regido por leis no qual o que acontece depende sempre de circunstâncias anteriores, temos alguma capacidade de opção e de decisão?
O mesmo é perguntar se determinismo e liberdade, duas descrições da natureza física e da natureza humana (que também é física), são compatíveis?
Isto é, admitindo que uma descrição é verdadeira, tal não acarreta que a outra seja falsa?
Filosofia 11.º ano
Neste problema, pergunta-se se o ser humano tem algum controlo sobre a sua vida; se as suas ações emanam da sua vontade – uma vontade livre. Ou se as suas ações são determinadas por forças que o ultrapassam.
Será que o indivíduo humano (que também é um sistema físico) quando «toma» decisões e «faz» certas opções está sujeito ao mesmo tipo de causalidade que parece reger o mundo físico? 
O problema da liberdade
versus determinismo
Formulação do problema (cont.)
Filosofia 11.º ano
O problema da liberdade
versus determinismo
Um enquadramento bloqueador: O paradigma mecanicista
Durante muito tempo entendeu-se que a natureza – mundo físico – funcionava mecanicamente:
Certas causas produziam automaticamente certos efeitos.
A relação entre causa e efeito era de um só sentido.
A matéria era concebida, à maneira newtoniana, como constituída por partículas inertes discretas (descontínuas) apenas movida por forças externas. 
O determinismo era radical: o futuro estava rigorosamente determinado mesmo que não o pudéssemos prever (por ignorância); tudo o que acontece teria necessariamente de acontecer em resultado das leis da natureza.
Neste enquadramento, não parecia restar muito espaço para a liberdade da vontade.
Filosofia 11.º ano
O problema da liberdade
versus determinismo
Um novo enquadramento: Uma realidade dinâmica
Hoje, ao nível da ciência física, surge um outro entendimento da realidade física, diferente do proposto pelo paradigma mecanicista; a realidade é vista como algo essencialmente dinâmico e continuamente conectado em que tudo está em relação com tudo.
Daqui decorre uma importante consequência: as interações dos corpos materiais são contínuas e existe constante reciprocidade e retroação. 
Numa conceção dinâmica da realidade, em que tudo está conectado com tudo, nem é concebível um livre arbítrio ilimitado nem um determinismo ilimitado. Graças às interações e retroações constantes, não há apenas um futuro, há vários futuros possíveis, embora não sejam ilimitados. 
Filosofia 11.º ano
O problema da liberdade
versus determinismo
Um novo enquadramento: Uma realidade dinâmica (cont.)
Visto desta maneira, o conceito clássico de determinismo deixa de fazer sentido para nós, humanos (e é bom não esquecermos que este conceito não existe fora de nós, é uma construção nossa).
É neste novo contexto, em que se considera que tudo está interconectado, que o futuro não está rigorosamente determinado – porque há vários futuros possíveis* –, que se deve colocar o problema do livre arbítrio versus determinismo.
* A ideia de que não há apenas um futuro possível é ilustrada por um exemplo simples, referido pelo filósofo da ciência Geoff Haselhurst (A simple solution to the problem of free will and determinism) que nos convida a imaginar um pêndulo com o seu constante vaivém, da esquerda para a direita e da direita para a esquerda, e um botão que pode ser pressionado. Se o agente da experiência pressiona o botão quando o pêndulo está à esquerda, recebe um choque elétrico; se pressiona o botão quando ele está a direita, obtém uma barra de chocolate. Portanto, nesta situação, há pelo menos dois futuros possíveis e o ser humano pela sua ação pode tornar um mais provável do que o outro, exercendo uma liberdade limitada «num universo necessariamente conectado».
Filosofia 11.º ano
O problema da liberdade
versus determinismo
Um novo enquadramento: Uma realidade dinâmica (cont.)
Assim, não se trata de pretender que as chamadas leis da natureza não se aplicam à pessoa humana porque é óbvio que se aplicam e, em muitos sentidos, impõem limitações à nossa liberdade: não podemos voar e se nos lançarmos de um quinto andar há enormes probabilidades de não sairmos ilesos do feito, e este exemplo pode aplicar-se a um sem número de situações, mas trata-se de saber se, em certo sentido, o futuro pode depender das nossas próprias decisões.
Filosofia 11.º ano

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