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A Resenha Critica - D Administrativo I

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Marcos Seiji

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO SÃO PAULO
Resenha Crítica de Caso – AV1
Marcos Seiji Nishimoto
Trabalho de Direito Administrativo I
Prof. Silvio Soares
São Paulo
2020
CONSÓRCIOS PÚBLICOS: ARRANJO FEDERATIVO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Referência: MENDES, Constantino Cronemberger; NASCIMENTO, Igor Ferreira do; VASCONCELLOS, Ronaldo Ramos. Consórcios Públicos: arranjo federativo e desenvolvimento regional. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA: Boletim Regional, Urbano e Ambiental. Brasília, nº 19, p. 79-82, julho-dezembro de 2018. Disponível em: <http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/9756>. Acesso em 03 de maio de 2020
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar de maneira clara e explicativa uma visão geral do tema Consórcio Público. Ao caminhar da análise, serão abordados surgimento, conceitos, fontes normativas, finalidades, principais características e também como se da sua personificação.
Junto será mencionado de maneira ilustrativa, referências, entendimentos e comentários de doutrinadores acerca do tema apresentado, visando uma melhor explicação do assunto tratado.
2. DESENVOLVIMENTO
O Consórcio público no Brasil foi introduzido pela Lei nº 11.107/05, inaugurando um novo cenário para cooperação intergovernamental no Brasil por meio de uma maior articulação entre a União e os entes federados ( Estados, Municípios e Distrito Federal), cuja finalidade refere-se à execução da gestão associada dos serviços públicos.
A previsão constitucional do consórcio Publico se deu com a Emenda Constitucional 19/98 que acrescentou o artigo 241, tal previsão constitucional possibilitou a contratação de consórcios públicos por associação pública ou pessoa jurídica de Direito Privado sem fins econômicos, também denominadas parcerias públicos privados.
Entende-se por Consórcio Público:
 
Consórcio público consiste em um contrato firmado entre diversos entes públicos (exclusivamente à União, Estados, Distrito Federal e Municípios) com o objetivo de atingir interesses comuns referentes à gestão associada de serviços públicos por meio da conjugação de recursos (materiais, financeiros e humanos) de cada um dos consorciados para o desenvolvimento de ações em conjunto. https://jus.com.br/artigos/55918/entes-publicos-consorcios-publicos-agencias-reguladoras-e-terceiro-setor
Art. 2o Para os fins deste Decreto, consideram-se: I - consórcio público: pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma da Lei no 11.107, de 2005, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos. Decreto n 6017/07 de 17 de Janeiro de 2007, Art. 2 I.
Para melhor compreensão sobre a possibilidade da administração firmar parcerias por meio de consórcio público é necessário tratar da autonomia dos entes federados. Cabe lembrar que o Brasil adotou o federalismo, ou seja, forma de Estado soberano com personalidade jurídica de Direito Público Internacional para a autodeterminação. O Estado brasileiro traz um conceito de um todo formado pela união dos entes federados, composto pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
A Constituição Federal de 1988, trata da autonomia dos entes federados, em especial nos artigos 1º e 18. O art. 1º diz que "A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal" e o art. 18, traz que "A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição".
Pelos escritos da Carta Magna, ficou registrado que os entes federados são dotados de autonomia, destacando aqui que se trata de autonomia no sentido técnico-político, ou seja, significa que os entes federados possuem capacidade de auto-organização, autogoverno e auto-administração.
Apesar da Constituição Federal de 1988 dotar os entes de autonomia, o artigo 37, trata dos princípios da administração pública, cuja obediência caberá a todos poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Inicialmente, eram quatro os princípios constitucionais previstos na CF/88, sendo que o quinto princípio, o da Eficiência, foi introduzido pela Emenda constitucional 19/98, que tratou da Reforma Administrativa.
O mesma EC que introduziu o princípio da Eficiência, também legitimou a entrada das chamadas "Organizações Sociais", que possibilitou à Administração Pública "terceirizar" serviços públicos que até então eram prestados diretamente pelo poder público, como exemplo podemos citar o transporte público, parte da educação Infantil, a Administração dos Hospitais Públicos.
Em relação ao Consórcio Publico cabe destacar que este instituto tem natureza jurídica contratual, conforme art. 1º da lei 11.107/05. Assim, o consórcio público de público poderá ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação com quem mantém contrato de colaboração, dispensada a licitação. Poderão também, mediante autorização contratual outorgar concessões, permissões ou autorização de obras ou serviços públicos.
Cabe destacar que o Consórcio Publico é constituído por fases, sendo que na fase inicial ocorrem as tratativas, seguido posteriormente do protocolo de intenções, cujo objetivo é estabelecer a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede do consórcio. Nesta fase também deve haver a identificação do entes da federação consorciados, a indicação da área de atuação.
Na fase subsequente, o contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação do protocolo de intenções mediante lei.
Por fim, faz parte também a elaboração dos estatutos , regimentos e demais instrumentos jurídicos, contrato de rateio, por exemplo.
Diante o exposto, pode se concluir que a eficiência da Administração Pública prevista pela EC 19/98, nas diversas áreas de atuação do Estado, seja na prestação de serviços à realização de obras, é um princípio que ainda está longe de ser alcançado.
Os contratos de Gestão, Parcerias entre o Poder Público e em especial os Consórcios Públicos são meios de atuação do Estado, que devem ser regulados e fiscalizados pelos órgãos competentes, porém a serviços públicos como Educação, Segurança Pública e Saúde não podem ser ficar totalmente sob a execução de 'parceiros", sob pena de precarização destes serviços.
3. CONCLUSÃO
Diante do que foi abordado, é possui concluir que os Consórcios Públicos são "novas" pessoas jurídicas que poderão ter personalidade de direito pública ou de direito privado, o que facilita o cumprimento os principais objetivos conseguindo então uma melhor efetividade visando os propósitos para qual foi criado, beneficiando a todos. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PADILHA, Rodrigo. Direito constitucional. 4. ed. Rio de Janeiro : Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.BRASIL.
https://jus.com.br/artigos/55918/entes-publicos-consorcios-publicos-agencias-reguladoras-e-terceiro-setor
https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1376/Federacao
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-administrativo/consorcio-publico/
Lei Nº 11,107, de 6 de Abril, de 2005.
Decreto Nº 6.017, de 17 de Janeiro de 2007.
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/3205186/consorcio-publico
jusbrasil.com.br/topicos/3205186/consorcio-publico/artigos

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