Buscar

Exercício 10 Anestesiologia

Prévia do material em texto

http://www.unifeso.edu.br/images/logo/UNIFESO.pngC:\Users\060550\Desktop\download.jpgFUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS
PRÓ-REITORIA DA GRADUAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
I - DESCREVA OS PLANOS ANATÔMICOS ULTRAPASSADOS NA ANESTESIA EPIDURAL:
Na anestesia epidural os planos ultrapassados são: pele – ligamento supraespinhoso – ligamento interespinhoso – ligamento amarelo – epidural. Logo abaixo fica a medula e o espaço subaracnoide. 
II - DIFERENCIE ANESTESIA EPIDURAL DE ANESTESIA SUBARACNOIDE:
Na anestesia peridural o anestésico é injetado na região peridural, que fica ao redor do canal espinhal, e não propriamente dentro, como no caso da subaracnoide. Neste tipo de anestesia, o anestésico é injeto por um cateter, que é implantado no espaço peridural. Enquanto na anestesia subaracnoide o anestésico é administrado por uma agulha uma única vez, na anestesia peridural o anestésico fica sendo administrado constantemente através do cateter. A anestesia peridural pode continuar a ser administrada no pós-operatório para controle da dor nas primeiras horas após a cirurgia. Basta manter a infusão de analgésicos pelo cateter. A quantidade de anestésicos administrados é bem menor na anestesia subaracnoide.
Para realizar a anestesia subaracnoide, uma agulha de pequeno calibre é inserida nas costas do animal, de modo a atingir o espaço subaracnoide, dentro da coluna espinhal. Em seguida, um anestésico é injetado dentro do líquido espinhal (liquor), produzindo dormência temporária e relaxamento muscular. A presença do anestésico dentro da coluna espinhal bloqueia os nervos que passam pela coluna lombar, fazendo com que estímulos dolorosos vindos dos membros inferiores e do abdômen não consigam chegar ao cérebro.
III - RELACIONE OS LOCAIS DE APLICAÇÃO DA ANESTESIA EPIDURAL NOS BOVINOS, EQUINOS E CANINOS:
Bovinos: Cc1 – Cc2, entre a primeira e segunda vértebra coccígea
Equinos: Cc1 – Cc2, Primeiro espaço intercoccígeo
Caninos: lombossacral, entre a L7 e a S1
IV - DESCREVA A TÉCNICA DA ANESTESIA EPIDURAL NOS BOVINOS E CANINOS:
Caninos: o animal pode ser colocado em decúbito esternal ou lateral, dependendo de sua condição clínica e da preferência do médico. O local padrão de punção lombossacra fica entre os processos espinhosos dorsais de L7 e S1 (crista sacral medial). A agulha é avançada através da pele e no tecido subcutâneo. Em geral, não deve haver qualquer resistência ao avanço da agulha através desses tecidos. A agulha é então avançada através do ligamento supraespinhoso e interespinhoso. Será notada resistência à medida que a agulha penetrar esses ligamentos. Se, durante qualquer dessas manipulações, a agulha entrar em contato com estruturas ósseas, deve ser retirada um pouco e redirecionada cranial ou caudalmente, conforme o caso, de maneira delicada e em controle. Foram desenvolvidos vários métodos para identificar o espaço epidural, incluindo o ‘da gota’, ‘perda de resistência’ e eletroestimulação. O bisel da agulha Tuohy deve ser direcionado cranialmente para ajudar na colocação do cateter. Uma vez no espaço epidural, se o canhão da agulha estiver caudalmente à ponta, irá facilitar a saída do cateter da agulha e o avanço do mesmo para o espaço epidural. Pode-se colocar no canhão da agulha uma linha para ajudar a orientar a inserção do cateter. O cateter epidural deve ser alinhado com a mão dominante através da agulha, com atenção às marcas profundas no cateter (quatro marcas sólidas indicam a ponta em que o cateter deve estar saindo da agulha). Pode ser necessária pressão moderada para o cateter passar além da ponta da agulha. Avança-se o cateter além do nível desejado (1 cm de cada vez) para retirar a agulha. Na maioria dos casos, não se deve avançar o cateter mais de 5 cm no espaço epidural, em decorrência do risco de ele se dobrar. Ele também nunca deve ser removido com a agulha no lugar, por causa do risco de ocorrer rachadura do cateter pelo bisel da agulha. Se o cateter rachar ou quebrar acidentalmente, em geral é deixado no lugar, não se recomendando sua retirada cirúrgica. Para retirar a agulha, o cateter é mantido em seu ponto de entrada entre os dedos polegar e indicador enquanto se remove a agulha. Tunelizar o cateter no tecido subcutâneo por vários centímetros a partir de seu ponto de entrada proporciona uma boa fixação, enquanto minimiza a contaminação potencial do local onde ele está. Após verificar a ausência de fluxo espontâneo de Líquido Cerebrospinhal ou sangue pelo cateter quando sua extremidade é mantida pendente, pode-se adaptar uma conexão, além de um filtro para bactérias. Após aspiração negativa, pode-se administrar o restante do bolus inicial de solução.
Bovinos: a aplicação é feita no espaço sacrococcígeo ou entre a primeira e segunda vértebra coccígea. Deve-se fazer tricotomia e antissepsia na área, movimentar a cauda para cima e para baixo para identificação do local e, então, colocar uma agulha em ângulo de 45 graus com a coluna vertebral. O tamanho da agulha varia de acordo com o porte do animal, mas geralmente utiliza-se uma agulha 40-12 para animais adultos. Após colocação da agulha, deposita-se um pouco de anestésico no canhão da agulha e, quando alcançar o espaço epidural, haverá sucção do líquido. Não haverá resistência para injeção do anestésico se a agulha estiver bem posicionada. 
Referência Bibliográfica:
Lumb & Jones. Anestesiologia e analgesia em veterinária. – 5. ed. – Rio de Janeiro: Editora Roca, 2017.

Continue navegando