Buscar

ASSISTÊNCIA PÓS PARTO E ALCON

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Isabella Vicente 
Assistência ao pós parto e ALCON 
PASSO A PASSO DA SALA DE PARTO DO 
NEONATO BAIXO RISCO 
Baixo risco: RN termo, respirando/ chorando, tono flexor 
1. Colocá-lo junto ao colo materno. 
2. Secar o corpo e a cabeça com compressas aquecidas. 
3. Deixar em contato pele a pele com a mãe, cobrindo-o 
com tecido de algodão 
4. Manter as vias aéreas pérvias, sem flexão/ 
hiperextensão do pescoço; verificar se não há 
excesso de secreção em boca e narinas. 
5. Avaliar a FC, tono e respiração 
6. Clampear o cordão umbilical entre 1-3 minutos 
7. Avaliação do boletim APGAR 
8. Iniciar a amamentação na primeira hora pós-parto 
9. Exame físico completo 
10. Identificar neonato com a pulseira 
11. Prescrição Médica Inicial- Alojamento conjunto 
Aleitamento materno exclusivo e sob livre demanda; 
o Vitamina K IM; 
o Vacina de hepatite B IM. 
o Profilaxia da conjuntivite neonatal: 
povidona 2,5%, uma gota em cada olho. 
APGAR 
• Avalia a vitalidade neonatal precoce. 
• Tem o objetivo de identificar o RN deprimido, que 
possivelmente necessita de manobras de 
reanimação 
• Essa escala NÃO pode ser fator para o início da 
reanimação 
 
 
→ Cálculo 
o A pontuação mínima é 0 e a máxima é 10. 
o Calcula-se o APGAR no 1º e 5º minutos. 
o Sem asfixia → Apgar 8 a 10 
o Com asfixia leve → Apgar 5 a 7 
o Com asfixia moderada → Apgar 3 a 4 
o Com asfixia grave →Apgar 0 a 2 
o Pontuação menor ou igual a 6: escore deve ser 
calculado de 5 em 5 minutos (ex : 10º, 15º, 20º 
minutos) até que se obtenha uma nota maior ou 
igual a 7. 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO 
• Deve ser realizado até 24 hora pós parto 
• Na sala de parto deve ser realizado um exame físico 
sumário, observando as condições de vitalidade 
(padrão respiratório, frequência cardíaca, cor, o tônus e 
atividade espontânea) 
PELE 
• Características: 
o Fina, lisa, rósea 
o A pele pode atingir a cor vermelho- escuro 
ou violácea, durante o choro, devido a 
lentidão da circulação periférica no RN. 
Isabella Vicente 
o Quanto mais prematura o RN mais a pele é 
fina e lisa 
o Lanugem: são encontrados nos prematuros, 
nos lactentes termo é substituída por pelos 
o Vérnix: em grande quantidade no RN pré-
termo, no termo se limita as dobras 
o Unhas: nos pós-termo podem ser bem 
longas 
o Manchas mongólicas: é a pigmentação 
cinza-azulada no dorso e nas nádegas, não 
possuem nenhuma importância clínica 
o Acne Neonatal: ocorrem a partir de 7-14 
dias de vida, localiza-se preferencialmente 
na face e tronco. 
 
CRÂNIO 
• Apresenta forma arredondada 
• Perímetro Cefálico (PC) varia de 33 a 38 cm, com uma 
média de 35 cm. 
• fontanela anterior: diâmetro de 1-3 cm (média = 2 cm), 
fecha entre 9-18 meses de vida 
• fontanela posterior: diâmetro de 0,5-0,7 cm (média = 
0,6 cm), fechando-se aos dois meses de vida 
FACE 
Atentar a sinais como: pregas epicânticas, microftalmia, 
hipertelorismo ocular, base nasal achatada, filtro longo, 
micrognatia, baixa implantação de orelhas, palato ogival 
que possam sugerir a presença de alguma síndrome 
genética. 
1- OLHOS 
• Fechados, mas abrem-se espontaneamente quando o 
neonato é inclinado para frente (reflexo labiríntico). 
2- ORELHAS 
• Pavilhão auricular com formação completa; 
implantação normal das orelhas 
3-BOCA 
• Alterações comuns e transitórias: língua relativamente 
grande com frênulo curto 
4- NARIZ 
• simétrico; narinas pérvias 
APARELHO CARDIOVASCULAR 
• A FC do neonato pode variar de 90 bpm (durante o 
sono quieto) até 180 bpm (durante a atividade). 
• A PA sistólica ao nascer é de cerca de 70 mmHg, sendo 
um pouco menor nos RN pequenos para idade 
gestacional. 
APARELHO RESPIRATÓRIO 
• A Frequência Respiratória (FR) no período neonatal 
varia de 30-60 irpm. 
• Os prematuros podem apresentar valores mais 
elevados 
ALTERAÇÕES METÁBOLICAS 
• A glicemia cai após as primeiras horas de vida e 
aumenta na primeira alimentação. 
ABDOME 
• O fígado costuma ser palpável até 2 cm abaixo da 
margem costal 
• O mecônio pode ser eliminado logo após o nascimento, 
mas sua eliminação ocorre geralmente entre 10 e 12 
horas (deve ser eliminado antes de 24h 
• O ânus deve ser avaliado 
APARELHO URINÁRIO 
• Cerca de 90% dos recém-nascidos urinam nas primeiras 
24h de vida, e 100% antes de 48h de vida 
APARELHO GENITAL 
• A aderência do prepúcio à glande é comum 
• A hipertrofia de glândulas mamárias é comum em 
ambos os sexos e ocorre em função da transferência de 
hormônios estrogênicos maternos 
• Os pequenos lábios podem ser protrusos e apresentar 
pequenas sinéquias 
SISTEMA NERVOSO (REFLEXOS) 
REFLEXO DE MORO (REFLEXO DO “ABRAÇO”) 
Descrição: Na posição supina (tronco para cima), eleva-se o 
bebê pelo tronco acima do plano da mesa e 
repentinamente o solta, apoiando-o em seguida para que 
não caia. O objetivo é produzir uma extensão rápida do 
pescoço e cabeça. Obtemos a abdução seguida da adução e 
flexão das extremidades superiores, flexão do pescoço e 
choro. 
Aparecimento: 28-32 semanas de idade gestacional. 
Desaparecimento: Aos quatro meses ele desaparece em 
sua forma “típica” ou completa, conforme descrevemos. 
Aos seis meses desaparece definitivamente. 
Isabella Vicente 
REFLEXO TÔNICO CERVICAL ASSIMÉTRICO 
(MAGNUS DE KLEIJN) 
Descrição: O bebê na posição supina sofre uma rotação da 
cabeça para um lado por 15 segundos. A resposta esperada 
é a extensão das extremidades do lado do queixo e flexão 
das extremidades do lado occipital. 
Aparecimento: 35 semanas de idade gestacional. 
Desaparecimento: aos 3-4 meses pós-natais. 
SISTEMA ENDÓCRINO 
• A hipófise e a tireoide atingem pleno funcionamento 
antes do nascimento. 
• As paratireoides exercem sua atividade logo após o 
nascimento 
SISTEMA ORTOPÉDICO 
• Os membros são simétricos e exibem movimentação 
ativa. 
• Nos bebês a termo, as pregas plantares ocupam os 2/3 
anteriores das plantas dos pés. 
MANOBRA DE BARLOW E ORTOLANI 
 São utilizadas para avaliação e diagnóstico da displasia de 
quadril. 
• Essa manobra é utilizada para induzir um 
deslocamento em quadris instáveis; o examinador 
segura as coxas do bebê apoiando seu polegar na 
virilha e o 4º e 5º dedos no grande trocanter femoral; 
gentilmente, com a coxa em adução, imprime uma 
força para trás na tentativa de induzir o deslocamento. 
A manobra de Ortolani é exatamente oposta, ou seja, é 
realizada para reduzir a cabeça femoral deslocada. As 
mãos do examinador ficam na mesma posição, mas 
agora o movimento passivo realizado é a abdução da 
coxa com tração para frente do grande trocanter. 
• A manobra é positiva quando sentimos na mão um 
“clique” do quadril. 
• Quando as manobras deixam dúvidas, um exame 
complementar útil para avaliação de displasia de 
quadril é a ultrassonografia da articulação 
ALOJAMENTO CONJUNTO (ALCON) 
É o local que a mãe e o RN permanecem até a alta 
hospitalar. 
• Após a finalização dos procedimentos de sala de parto, 
a mãe e o RN devem ir para o alojamento conjunto, 
onde permanecerão juntos até a alta hospitalar. 
• É recomendado que mãe e bebê permaneçam no 
ALCON por no mínimo 48 horas 
Mãe e filhos com a característica a seguir devem 
permanecer juntos: 
• Mães livres de condições que impossibilitem ou 
contraindiquem o contato com os RNs. 
• RN com boa vitalidade 
A equipe deve orientar a mãe e os familiares/ cuidadores 
possíveis cuidados com o RN: 
AMAMENTAÇÃO 
• Principais benefícios da amamentação 
o Redução da mortalidade na infância 
o Proteção contra diarreia, alergias, infecções 
respiratórias 
o Promoção do desenvolvimento 
o Promoção do crescimento da cavidade oral 
o Vínculo entre mãe e filho 
• Orientações: 
o Recomenda-se que a amamentação dure no 
mínimo 2 anos e que os primeiros 6 meses seja 
exclusiva 
o Água, chás e outros leites devem ser evitados nos 
primeiros seis meses 
o O bebê não necessita ingerirágua pois o leite é 
rico dessa substância 
o O leite materno não precisa sem complementado 
com outro leite ou alimento, pois ele fornece 
nutrientes necessários para o bebê (muitas mães 
não têm esse conhecimento e introduz outro leite 
como “suplemento” por achar que o leite 
materno é “ralo” ou “fraco”) 
MAMADEIRA E CHUPETA 
Devem ser evitadas, pois causam dificuldade para mamar, 
devido a “confusão de bicos”, que é causada pela diferença 
marcante entre a maneira de sugar na mama e na 
mamadeira e chupeta. 
COMPORTAMENTO DO RN 
É muito variável e depende de vários fatores, como idade 
gestacional, personalidade e sensibilidade do bebê, e 
fatores ambientais 
• É normal o RN mamar com frequência e sem horários 
pre - estabelecidos (muitas mães interpretam esse 
comportamento como fome ou leite fraco ou 
insuficiente, isso pode provocar desmame) 
• É normal que os bebês “troquem o dia pela noite” 
Isabella Vicente 
• A mães e os cuidadores devem atender prontamente 
os choros do bebê, isso não o deixará “manhoso” ou 
muito dependente. 
SAÍDA DA MATERNIDADE 
• A criança deve dormir em decúbito dorsal (a posição 
prona estar relacionada com morte súbita no RN) 
• A deve sair da maternidade com a consulta agendada 
• Os cuidadores devem identificar fatores de risco ao 
nascer, como: 
▪ Residência em área de risco 
▪ Baixo peso e/ prematuridade 
▪ Mãe adolescente 
▪ Mãe com baixa instrução

Continue navegando