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I e II Coríntios

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22
Instituto Bíblico Maranata
Primeira e
Segunda Epístola
aos Coríntios
Professor
Omar Hassan Abdalla Dauaidar
Goiânia - GO
I CORÍNTIOS
I.
INTRODUÇÃO – 1:1-9
1. Localização: Grécia, capital da Província da Acaia (colônia Romana). Cidade de maior importância local. Os portos de Lê Caion e Cencréia davam grande importância à cidade, pois além do comércio, havia afluência Militar constante.
2. Acidente montanhoso: Acrocorinto, próximos 300 m.
3. Destruição: Em 146 a.C., por Lúcio Múmio.
4. Reconstrução: Júlio César, em 46 a.C. Por decreto de César Augusto tornou-se capital da Acaia.
5. Comércio: Marca registrada – preguiça. A sinagoga fica perto da praça do comércio.
6. Cultura: Conhecida pelos jogos istmos (corrida pedestre, cavalo e luta livre) (cap. 9)
7. Idolatria: Templo de Apolo, Fonte de Pirene, Hermes, Zeus, Ártemis, Dionísio, Heracles, Deus Principal – Poseidon, Templo de Afrodite (ficava no Acrocorinto) - Deusa do amor – 1000 prostitutas – daí veio o nome do perfume afrodisíaco.
8. Sociedades: Tinham 4 grupos: 1. Aristocratas; 2. Oficiais e Comerciantes; 3. Gregos (escravos e livres - médicos, bibliotecários); 4. Peregrinos (população flutuante).
9. Habitantes: Calcula-se mais ou menos 600 a 900 mil habitantes. Havia muitos palácios, mansões, avizinhadas por casebres de feno e palha (cap. 3).
10. Moral da cidade: Totalmente baixa. Constituída de prostitutas e prostitutos (usavam cabelos longos)
11. Korithianidzomai: Expressão que significa “eu corintianizo” (pratica fornicação).
12. Fundação da Igreja de Corinto: Atos 18:1-17 (vs. 1-8 – A Pressão do Testemunho; vs. 9-11 – O Encorajamento ao Testemunho; vs. 12-17 – A Oposição ao Testemunho).
13. Paulo: Significa Pequeno, Desprezível.
14. Rol de Membros: Constituído de gentios - Priscila e Áquila, Estéfanas (I Cor. 16:15), Erasto (Rm 16:23), Gaio, Crispo (At. 18), Sóstenes; Febe (Rm 16:1); Lúcio, Jason, Sosípatro; Tércio (Rm. 16:23); Fortunato e Acaico (I Cor. 16:17); Incestuosos, Comilões, Perturbadores, Cismáticos e Irreverentes.
15. Local dos Cultos: Casa de Priscila e Áquila; na sinagoga; Gaio (perto da sinagoga); I Cor. 11:18 – instalaram-se numa igreja.
16. Data da carta: Entre 55 a 57 d.C.
17. Tema: Conduta Cristã em meio aos problemas de uma igreja Local.
18. Versículos chaves: 6:19; 13:13; 14:40
A. Saudações -1:1-13
1. Apresentação do autor - vs. 1
a. Paulo – “pequeno”
b. Segundo o costume grego, o autor da carta se apresenta no começo de sua epístola.
c. “Chamado apóstolo”. Paulo está defendendo a soberania divina em sua escolha e sua autoridade.
d. “e o irmão Sóstenes” - um companheiro de Paulo, que era conhecido dos Coríntios (Atos 18:17), e provavelmente o secretário que escreveu esta carta, tendo Paulo acrescentado do seu próprio punho e letra apenas a despedida - vs. 16:21-24.
2. Apresentação dos leitores – vs. 2
a. À igreja de Deus: Esta expressão quebra a arrogância deles e faz de sua carta abrangente.
b. Notamos na saudação o uso das palavras “santificados” e “santos”, as quais vêm de uma mesma raiz. A 1ª indica tempo passado, e a 2ª tempo presente. A 1ª indica um estado contínuo resultante de uma experiência anterior. A 2ª fala de progresso presente.
c. Vemos claramente a convicção de PAULO quanto à salvação daqueles irmãos. Note-se que Paulo se dirigiu à Igreja.
d. O termo Igreja - não meramente um edifício. Um grupo de crentes (homens e mulheres) constituíram uma Igreja naquela cidade, apesar de seus problemas, pecados e indisciplinas diante de Deus.
3. Saudação do autor - vs. 3.
a. As saudações de Paulo sempre consistem, primeiro da graça (bênçãos) e, segundo, da paz (presença de Cristo), porque a paz depende da graça.
b. Isso expõe o bom desejo do apóstolo para com os coríntios antes dele começar suas repreensões e corrigendas.
B. Gratidões -1:4-9
1. Em toda carta que Paulo escreve, logo após a saudação, há uma declaração de agradecimento. Nesta oportunidade não é um simples elogio superficial, a fim de ganhar a simpatia deles, mas fazer um reconhecimento justo e oportuno antes de repreendê-los pelas faltas.
a. Pela salvação - vs. 4
b. Pelo crescimento - vs. 5
c. Pelo testemunho de Cristo neles - vs. 6
d. Pelos dons distribuídos por Deus - vs. 7
Manifestação: do gr. Apokalupsis (desvendamento)
e. Pela certeza da salvação e confirmação em Cristo - vs. 8 
((1)) Irrepreensíveis: sem acusação
((2)) Dia do Senhor: arrebatamento
f. Pela fidelidade de Deus - vs. 9.
Comunhão: tudo em comum com Cristo (tudo o que Ele é, nós somos!)
2. Nesta passagem de ação de graças se destacam três coisas:
a. Uma promessa que se tornou realidade - Paulo está orgulhoso, pois tudo que havia prometido que Cristo podia fazer, realizou-se.
b. A resposta divina, outorgando o dom, e dons aos coríntios. A palavra utilizada por Paulo é “Charisma” que assumia duas formas:
(1) A salvação é o dom de Deus.
(2) Deus outorga aos homens todos os dons que possui e o equipamento necessário para a vida. “Charisma” significa um dom outorgado livremente ao homem, um dom que ele não merecia, e que jamais conseguirá por si mesmo.
(3) A confirmação divina, pela existência de um fim último. É interessante notar, que o apóstolo se limitou a agradecer a Deus pelos dons ofertados aos coríntios, porém nada mencionou quanto ao fruto do Espírito, que prova a verdadeira espiritualidade - Gálatas 5:22. Pelo contrário, nos capítulos que se seguem, fala muito sobre as obras da carne. Verdadeiramente, eram salvos e tinham muito conhecimento das verdades divinas, ao lado dos talentos necessários para pregá-las, mas isso não basta para que uma igreja seja espiritual.
II.
DIVISÕES NA IGREJA - Vs. 1:10 - 4:21
A. Exposição dos fatos - 1:10-17. Os versículos 10 a 17 é algo muito chocante. Os santos estão brigando uns com os outros. Como explicar isto? Paulo se declara conhecedor das divisões existentes e começa a condenar esta condição, com uma exortação positiva em forma de pedido - vs. 10. Nesta passagem Paulo se refere ao coríntios como “irmãos” em duas oportunidades - vs. 10 e 11. Ao utilizar esta palavra, Paulo realiza duas coisas:
1. Suaviza a repreensão.
2. Mostra-lhes quão erradas são suas discórdias e divisões, pela própria situação de irmãos em Cristo. O apóstolo escolhe como primeiro problema a atacar, o mal que era a raiz dos maiores males e que constituía o mais grave perigo para a Igreja de Corinto: as divisões ou discórdias entre os irmãos.
a. O apelo de Paulo - v. 10 - Com o objetivo de uni-los, Paulo utiliza duas frases interessantes:
(1) “Digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões” - mesma frase utilizada regularmente, para que duas nações inimigas, cheguem a um acordo.
(2) “Que não haja entre vós dissensões” - o apóstolo pede-lhes que formem uma frente única: “sejais unidos”. É a mesma palavra usada para designar a união de um osso quando fraturado, ou, quando há um deslocamento na articulação. Duas expressões importantes quanto a unidade:
(a) “um mesmo sentido” - disposição mental, significando acordo de pensamento.
(b) “um mesmo parecer” - acordo em decisão ou propósito. Paulo, neste versículo, usa um particípio que denota coisas que estão unidas (ou devida, acertada e convenientemente unidas, ou incorporadas), bem ajustadas, semelhantes aos membros do corpo humano que são unidos com simetria admirável.
b. Em informações recebidas - v. 11.
(1) Alguns irmãos de Corinto estavam contristados com as atitudes partidárias dentro de sua igreja, e apelaram a Paulo.
(2) Os informantes eram da casa de Cloé. Ignoramos quem seja Cloé.
(3) É possível que a família, ou parte dela, recém-chegada em Corinto, portadora da carta desta Igreja.
(4) Paulo achou bom mencionar a fonte de sua informação. Se realmente foram eles que levaram a carta da Igreja ao apóstolo, tinham uma responsabilidade de dar ao apóstolo um testemunho completo da condição da igreja de Corinto.
(5) Há contendas entre vós - esta palavra quer dizer que as diferenças entre eles tinham degenerado até o ponto de causardissensões ou disputas nada cristãs nem espirituais.
(6) Paulo admitia as diferenças de opinião (3:5-6) entre os obreiros, e, entre os dons dos diversos indivíduos (12:4-11). Mas essas diferenças não dão a ninguém o direito de faltar com amor e respeito, nem lhe dá permissão para voltar à vida carnal com os seus ciúmes, partidos e contendas.
(7) As pessoas usadas para descrever os cabeças das divisões, não tinham nada a ver com estas divisões. Não havia desunião entre eles. Sem seu conhecimento e consentimento, estas facções corintianas se haviam apoderado de seus nomes. Muitas vezes, os seguidores de uma personalidade, acabam por se tornarem um problema maior que seus próprios inimigos.
c. A identificação dos partidos - v. 12
(1) Paulo identifica claramente quatro partidos na Igreja de Corinto. Qual fosse o ensino particular, ou ponto de vista de cada um destes partidos, não se pode determinar com certeza. Várias sugestões tem sido apresentadas, porém as mais aceitas são as seguintes:
(a) Os que pertenciam a Paulo - um grupo que talvez, mais do que o próprio apóstolo, dava ênfase à libertação do jugo da lei judaica. Um partido formado principalmente por gentios, que queriam converter a liberdade cristã em licenciosidade e utilizar seu cristianismo como desculpa para fazer o que queriam.
(b) Os que pertenciam a Apolo - em Atos 18:24, fala-se sobre Apolo, como sendo um homem eloqüente e conhecedor das Escrituras; era de Alexandria, centro da retórica judaica e das criações alegóricas sobre a Bíblia. Com certeza os que diziam pertencer a Apolo eram os intelectuais que estavam dizendo que o cristianismo se convertera rapidamente em uma filosofia em lugar de uma religião.
(c) Os que pertenciam a Cefas - este era o nome judeu de Pedro. Estes deveriam ser oponentes aos paulinos, homens que se firmavam na lei e no cerimonialismo dos judeus. Eram legalistas que exaltavam a lei, e que por certo, tornavam pequena a graça de Deus.
(d) Os que pertenciam a Cristo - existem duas interpretações:
((1)) Por falta de pontuação no grego, é provável que Paulo não esteja descrevendo nenhum partido, mas simplesmente fazendo um comentário próprio - “mas eu sou de Cristo”.
((2)) Se na verdade Paulo está descrevendo um partido, deveria ser uma seita rígida e farisaica cujos membros pretendiam ser os únicos cristãos verdadeiros de Corinto. Seu erro não era dizer que pertenciam a Cristo, mas dar a idéia que Cristo pertencia a eles. Seriam um pequeno grupo intolerante e santarrão.
(2) Foi assim no tempo de Paulo, e é assim também hoje. As divisões mais graves que têm agitado as Igrejas de Cristo, começam ao redor de pessoas, muito mais que acerca de doutrinas, política ou normas. Como mediadores podemos persuadir os homens a serem transigentes; por meio da razão e da oração podemos conseguir que crentes cheguem num acordo sobre determinada doutrina, porém as pessoas mais difíceis de harmonizar são aquelas que contendem sobre os homens.
d. A ênfase do Ministério Paulino - vv. 14-17
(1) Não podemos pensar pelo texto, que Paulo está menosprezando o batismo. O assunto principal é o seguinte: Paulo está ressaltando que o batismo era realizado no nome de Jesus. Esta frase no Grego - “em nome de” - implica uma relação mais íntima possível; implica uma possessão absoluta e total.
(2) Literalmente, implicava que o crente não somente pertencia a Cristo, mas que, de alguma estranha maneira estava identificado com Cristo. Estava nEle.
(3) Paulo está ressaltando que o batismo, não dependia, para sua eficácia, daquele que o administrava. No vs. 17, Paulo não está depreciando o batismo, mas dando ênfase que sua pregação não podia dar ocasião a ninguém dizer que, por ela, o apóstolo granjeava convertidos para si.
(4) Não importa o que o líder está fazendo, EVANGELIZEM!
B. A Raiz das divisões - 1:18-4:13
1. Uma concepção errônea de sabedoria - 1:18-3:4
a. Contrastadas a verdadeira e a falsa sabedoria - 1:18-2:5, Paulo começa utilizando textos de Isaías para mostrar como a sabedoria humana está destinada a falhar. Com toda sua sabedoria o mundo nunca havia encontrado a Deus, e o buscava cegamente e às tontas. Deus mesmo havia planejado esta busca para demonstrar aos homens sua própria incapacidade e assim preparar o caminho para a aceitação daquele que é o único caminho para Deus.
(1) Vs. 18: “loucura para os que se perdem”, não crendo nas conseqüências do pecado, o homem natural não pode crer na necessidade de receber a Cristo;
(2) “...para nós que somos salvos, é o poder de Deus” - a idéia aqui é - “nós que estamos sendo salvos” - referindo-se à santificação.
(3) Vs. 19, o apóstolo passa a considerar a natureza e valor da sabedoria mundana, contrastando-a com a natureza e valor da sabedoria que se acha em Deus.
(4) Vs. 20 a vs. 31 - todos os sistemas filosóficos do homem que se alheiam a Deus ou o definem segundo a imaginação humana, acabam em nada, em loucura. O evangelho, como conteúdo, parecia loucura. Os judeus procuravam sinais, e os gregos buscavam a sabedoria, mas nada disto tem poder salvador para o gênero humano. Cristo é “escândalo” - para os judeus por várias razões e “loucura” - para os gregos (23). “Poder de Deus e sabedoria” - para os crentes, porque o pecado foi vencido, e Deus mostrou que conhecia a verdadeira natureza do fracasso do homem. Isto conclui o apóstolo no v. 25.
(5) Paulo apresenta as coisas escolhidas por Deus para confundir e envergonhar os sábios e os fortes do mundo:
(a) Coisas loucas: ter fé e confiança no Cristo crucificado, ressurreto e salvador (gregos).
(b) Coisas fracas: regras morais da vida cristã parecem não serem nada.
(c) Coisas vis e desprezíveis: santidade e verdade (para os gregos).
(d) Coisas que não são: os gentios para os judeus.
(6) Os possuídos (por Cristo) – sois dele – 4 Posições do crente (29-31):
(a) Sábios (temor do Senhor – conversão);
(b) Justos (livre da condenação do pecado);
(c) Santos (posicionalmente, progressivamente e no arrebatamento);
(d) Redimidos (passado, presente, futuro, respectivamente da condenação, poder e da presença do pecado).
(7) A atitude humana, diante de sua comprovada fraqueza. (vs. 29-31).
(8) Os vv. de 1-5 do cap. 2 correspondem ao testemunho pessoal do apóstolo do que fez ao chegar a Corinto - que o Evangelho é uma proclamação, não um produto da sabedoria humana. A ênfase reside no Espírito Santo como sustentador, revelador e professor do Evangelho.
(9) Definição da verdadeira sabedoria - 2:6-13: A sabedoria do Evangelho não vinha dos homens, nem era o produto deste século, mas de Deus mesmo e Sua verdade eterna.
(10) v. 6 - “perfeitos”, ou “maduros” - referindo-se aos crentes do versículo 1:2.
(11) v. 7 - “mistério” - na Bíblia, significava algo que os homens não podiam chegar a saber por seu próprio raciocínio natural. É o Espírito Santo é quem faz esta obra de revelação, expondo o que antes estava encoberto (v. 10).
(12) v. 8 - causa humana da morte do Redentor. Não conhecendo os desígnios do Criador, não reconheceram a Cristo.
(13) vv. 9-10 - a interpretação destes versos, não se limita apenas à vida futura, mas inclui também “as profundezas de Deus” para o conhecimento e apropriação do crente espiritual hoje mesmo (Col. 2:2-3). A ênfase está em que o homem natural não pode conhecer essas coisas, nem de vista, nem de ouvido, nem pela intuição, nem pelo raciocínio natural. Nos versículos seguintes, Paulo declara qual foi o método empregado por Deus:
(a) Revelação - v. 11. 
(b)
Inspiração - v. 13. 
(c)
Iluminação - v. 12.
(14) v 13. - O Espírito Santo, o Professor das Escrituras.
b. Porque tantos falham em compreender - 2:14-3:4
(1) Nos versos 14 a 16 e 3:1-4 PAULO continua a mostrar a situação da fraqueza humana. Cita então três tipos de pessoas:
(a) Homem natural - como aquele que vive como se não houvesse nada mais além da vida física; como se não houvesse outras necessidades fora das materiais; um homem assim, não pode entender as coisas espirituais.
(b) Homem espiritual - como aquele que é sensível aoEspírito e lhe obedece; aquele cuja vida está dirigida e guiada pelo Espírito; aquele que vive consciente de que existem coisas mais preciosas que as deste mundo.
(c) Homem Carnal – (3:1-4) Criança em Cristo (Hb. 5). Falta-lhe discernimento para viver como o homem espiritual.
(d) A existência de lutas partidárias era indício de que o Espírito Santo não dominava inteiramente aquela igreja. Os recém-nascidos do Espírito, ainda conservam seus desejos naturais por mais ou menos tempo. Isto não é censurável, porém, sim, permanecer mentalmente carnal, isto é, conservar o critério pelo qual o mundo julga as coisas.
(2) Esta seção, em sua inteireza (1:18-3:4), ensina que o Espírito dá ao crente o poder de julgar todas as coisas. Todavia não implica que a religião cristã é uma forma de experiência ou de pensamento que se opõe a operações das faculdades naturais do homem, tais como a razão e o sentimento. Paulo era possivelmente, dos apóstolos, o de mentalidade mais prática.
2. Uma concepção errônea do ministério cristão - 3:5 - 4:13 - Paulo continua demonstrando a insensatez do espírito partidário. Paulo aceita o fato que Deus pode utilizar instrumentos humanos para levar aos homens Sua mensagem de verdade e amor; porém ressalta que é somente Ele quem pode despertá-los para uma nova vida. Como foi Deus quem criou o coração humano, é somente Ele quem pode dirigi-lo.
a. Os ministros, em si, nada são - 3:5-9
(1) Considerando, agora, a segunda causa das divisões, Paulo passa a falar dos Ministros. O povo de Deus estava tendo uma concepção errada do ministério.
(2) v. 5 - o ministro nada é em si, porquanto ele é apenas aquilo que Deus o fez ser.
(3) v. 6 - os dois primeiros verbos (“plantei” e “regou”) indicam ação completa no passado, enquanto que o terceiro (“deu ou veio”) está no pretérito imperfeito denotando ação continuada.
(4) v. 7,8 - Paulo não está dizendo que o servo do Senhor seja uma nulidade. Seu argumento é que cada um serve a Deus, que lhe dá o seu trabalho especial a fazer dentro do plano eterno que abrange a tudo. Paulo e Apolo, como cooperadores não se desentendem entre si, como muitos estavam pensando, pelo contrário, trabalhavam pelo mesmo Deus.
(5) A menção que o apóstolo faz aqui ao seu nome e ao de Apolo pode ser apenas para servirem de exemplo, como possivelmente indicado em 4:6.
(6) v. 9 - são duas metáforas favoritas da doutrina cristã: “lavoura” e “edifício”. Deus é o Mestre-Jardineiro, o supremo Arquiteto.
b. Os ministros são responsáveis pela natureza da obra que executam - 3:10-17.
(1) Nesta passagem Paulo está falando, seguramente, de sua experiência pessoal. Por necessidade, onde quer que chegasse, somente podia lançar os fundamentos. Havia muito terreno esperando para ser alcançado - muitos homens que nunca haviam escutado o nome de Jesus Cristo. Paulo não podia demorar-se mais que o necessário, para colocar os fundamentos, e ir para outro lugar.
(2) v. 10 - embora a si mesmo chame de arquiteto, recebe de Deus instrução e força.
(3) v. 11 - o único fundamento do cristianismo é Jesus Cristo. Paulo já havia lançado este fundamento, conforme 2:2, necessário agora era edificar sobre ele.
(4) “Cada um” do v. 10 são todos os ministros do Evangelho.
(5) Parece que, sendo o edifício a Igreja, ou o conjunto dos membros da congregação e todos tendo dons e responsabilidades, todos deviam ser incluídos. Naturalmente os pastores e mestres têm a maior responsabilidade.
(6) Paulo ressalta a necessidade de sobre-edificar, distribuindo, então, esta responsabilidade a todos os que chegaram ao conhecimento da sabedoria de Deus, que não admite inércia na vida espiritual.
(7) vv. 12-15 - O apóstolo relaciona as obras dos ministros cristãos empregando a metáfora da construção. Umas são preciosas e duráveis; outras não têm valor e não resistem à prova. O texto não está se referindo a salvação das almas. Tão somente, o autor está especificando tanto as atitudes dos obreiros ao construir sobre o fundamento como também o reconhecimento delas e as obras realizadas.
(8) Muito menos se faz menção de castigo, ou de purificação de pecados. É o juízo das obras diante do tribunal de Cristo. II Cor. 5:10. É absolutamente insustentável a falsa doutrina do purgatório. O contexto refere-se a um dia de julgamento, e não a um estado intermediário entre a morte e o juízo. Paulo está empenhado em fazer distinção entre o ministro e sua obra. Esta pode perder-se, mas o ministro crente será salvo. O “fogo” mencionado no texto está ligado com a obra feita, e não com quem fez a obra. Note-se a expressão “como pelo fogo” - v. 15, dando uma idéia, apenas de comparação.
(9) Note-se expressão “templo” e não “templos” - Paulo está se referindo a toda a Igreja de Corinto. Deste pensamento, podemos compreender o v. 17 - “destruir” - mesma expressão usada para dizer que alguém permitiu que uma planta secasse, privando-a do sol, ou ferindo-lhe o tronco, ou maltratando suas raízes, etc.
c. Aviso quanto à Arrogância e o Juízo - 3:18-4:5
(1) Na primeira parte do texto (vv. 18-23), Paulo volta a dizer que os ministros em si nada são e que é tolice alguém proclamar-se adepto de um mestre humano. Na segunda parte (vv. 1-5) passa a considerar que ele e Apolo são ministros de Cristo.
(2) vv. 18-20 - a sabedoria deste século é insensatez para com Deus, e até pode chegar a destruir o ministério, a paz e a unidade na Igreja. Paulo continua a ressaltar que a causa desta divisão e conseqüente destruição do templo de Deus, é justamente o culto da sabedoria intelectual e mundana. O conselho de Paulo é que se ponha de lado tal sabedoria humana, que se restringia apenas à especulação.
(3) vv. 21-23 - a idéia é que a congregação não pertence ao Pastor, mas este à congregação. Paulo, outra vez, fala poeticamente. Para que formar grupos e divisões concentrando-se nos ensinamentos de um só mestre quando “tudo é vosso?”
(4) v. 17 - Um homem que dá sua vida, sua força, sua energia e seu coração a um minúsculo partido está se entregando a algo mui insignificante, quando poderia ter entrado na possessão de uma comunhão e um amor tão vasto, quanto o universo, que é o amor de Deus. Isto é verdade porque “vós sois de Cristo”. Por trás dEle está Deus, o Pai, do qual tudo herdou.
(5) vv. 1-2 - Paulo emprega aqui a metáfora da mordomia. Mesmo tendo acesso irrestrito aos haveres de seu patrão, precisa ser honesto tanto quanto leal ao mesmo. A palavra usada para designar “despenseiro” (do grego oikonomos), fala de uma mordomia ou uma obrigação que o superintendente da propriedade deve ter de prestar contas ao que o comissionou para o serviço. A idéia, é que, qualquer que seja a posição de um homem na Igreja, e qualquer que seja seu poder ou seu prestígio, continua sendo um servo de Cristo.
(6) vv. 3-5 - O primeiro pensamento faz com que Paulo medite no JUÍZO. Paulo fala dos três juízos que todo homem tem de enfrentar:
(a) O juízo dos que o rodeiam - para Paulo este nada significava, tendo em vista a situação. Porém tem o seu próprio valor, quando é exato e correto.
(b) O Juízo de si mesmo - também não interessava a Paulo, pois sabia que a opinião que alguém tem de si mesmo, pode ser afetado pela auto-estima, orgulho e vaidade. Porém, também tem o seu valor, tendo em vista que a única pessoa humana de quem não se pode escapar é de si mesmo (sua consciência).
(c) O Juízo de Deus - em última instância, é o único juízo verdadeiro para Paulo, tendo em vista que só Deus conhece todas as circunstâncias e todas as motivações do homem.
(7) Desta forma o apóstolo enfatiza seu ensino concernente aos ministros cristãos. Todo o seu conceito repousa em Cristo, de quem eles são ministros. Todos os crentes pertencem a Cristo; os ministros foram instrumentos por meio dos quais creram.
d. O exemplo dos apóstolos - 4:6-13
(1) Esse trecho é uma clara descrição da humildade apostólica e do orgulho anticristão.
(2) Interessante notar, que apesar de serem quatro os grupos ou divisões, Paulo tem insistido apenas em seu próprio nome e no de Apolo. Conclui-se,com a ajuda de 16:12, que o assunto da carta fora discutido com Apolo, e este concordou com a decisão de Paulo em usar os dois como ilustração da fragilidade humana.
(3) Tudo o que Paulo está dizendo de si mesmo e de Apolo, até aqui, não se aplica simplesmente a eles próprios, mas também aos Coríntios. Também os coríntios deveriam andar em humildade. Paulo usa de uma maravilhosa cortesia, incluindo-se mesmo em suas próprias advertências e condenações. Aliás uma atitude característica do verdadeiro pregador.
(4) Paulo lança a mais básica de todas as perguntas: “Que tens tu que não tenhas recebido?” - quando pensamos acerca do que temos sido e podemos ser, e no que Deus tem sido para nós, deixamos de lado todo orgulho, e só nos resta uma humilde gratidão. Esta era a falha maior dos Coríntios. Vemos nesta expressão todo o conteúdo da doutrina da graça.
(5) Paulo fala novamente com uma ironia severa (vv. 8-13). Dirige-se aos Coríntios, comparando seu orgulho, a estima de si mesmos, seu sentimento de superioridade, com a vida que vive um apóstolo.
(6) v. 8 - uma súplica fervorosa pelo advento do reino de Deus.
(7) v. 9 - a idéia dos prisioneiros de guerra que eram lançados na arena após a apresentação pública em desfile, é comparada à atual situação dos apóstolos, um pequeno grupo introduzido em cena para combaterem até à morte.
(8) vv. 10-13 - um contraste irônico das pretensões dos coríntios com a experiência atual dos apóstolos. “Somos injuriados, e bendizemos” - para o mundo antigo a humildade cristã era uma virtude totalmente nova. Esta conduta, para os homens, era totalmente insensata.
(9) “Lixo e escória” - trazem a idéia de sacrifício, como explica nos versículos anteriores.
C. Último apelo para pôr fim às divisões - 4:14-21
1. Como que querendo encerrar suas observações com respeito aos motivos das divisões e a sua autoridade em lhes escrever sobre este assunto, Paulo apela aos seus corações e sentimentos, tendo em vista sua posição de Pai na fé.
2. Com esta passagem, Paulo finaliza a seção da carta em que ele trata diretamente das discórdias e divisões em Corinto. Passa, então, a escrever como um Pai.
3. v. 14 - mostra a verdadeira simpatia de Paulo pelos Coríntios. A palavra “admoesto-vos” usada no verso é a mesma de Efésios 6:4. Tem sentido de fazer voltar ao caminho um filho insensato que se desviou, e não de usar com severidade a um escravo desobediente.
4. v. 15 - Paulo reclama para si ter sido o primeiro a pregar o evangelho em Corinto.
5. v. 16 - conclama-os à sua imitação, tendo em vista que não tinha nada a esconder, e, ainda, exige atenção e lealdade.
6. v. 17 - enviou-lhes Timóteo para fazê-los lembrar o que dele haviam esquecido apesar de terem aprendido.
7. v. 18 - uma expressão comum e distintiva na epístola “inchados”. Indica uma atitude de superioridade sobre os outros, verdadeira antítese do cristianismo.
8. v. 19 - Uma atitude desafiadora de Paulo, para com os que se encontravam “inchados”. Paulo logo que pudesse, iria vê-los, apesar de tão grande a arrogância deles. Paulo está ressaltando, que uma coisa é falar, e outra é realmente servir a Cristo e mostrar o verdadeiro poder dEle.
9. v. 20 - o que revela que somos membros desse reino é o poder de Deus em nossa vida, e não mera profissão de lábios.
10. v. 21 - contém duas perguntas que são, na verdade, uma só. Paulo deixa que eles mesmos determinem em que espírito iria visitá-los. O amor de Paulo por seus filhos em Cristo vibra em cada parte desta carta; mas não é um amor cego; é o amor que sabe que muitas vezes é necessária uma disciplina e que está preparado para exercê-la. 
III.
DELITOS MORAIS NA VIDA DA IGREJA - 5:1-6:20
A. Paulo estava falando acerca dos problemas das lutas e divisões dentro da Igreja de Corinto e agora continua tratando de certas questões práticas, e algumas situações graves das quais se havia inteirado.
B. Os capítulos já comentados nos apresentam o quadro de uma Igreja dividida em vários grupos que tomavam por bandeira o nome de seu mestre predileto. Os partidários são apresentados como presunçosos, orgulhosos, enfatuados com sua suposta sabedoria, enriquecendo as virtudes mais importantes da união da Igreja, da presença do Espírito Santo no meio deles, e do fato de que Deus há de julgar a obra de cada um.
C. Frouxidão no caso de incesto. 5:1-13
1. O apóstolo passa a comentar a frouxidão moral dos cristãos em Corinto. É um caso notório: o crente que tomou a mulher do seu próprio pai.
2. Pensando que o pai ainda vivesse, o escândalo nem precisa ser comentado. Supondo que o pai já houvesse morrido; o escândalo não fica menor, pois é uma atitude condenada pelas leis matrimoniais do V.T., as quais ainda pesavam sobre a Igreja, e além disso, era um ato que os gentios toleravam (v. 1).
3. O que mais nos deixa admirados, é que a Igreja ali aceitava a situação sem discuti-la.
a. vv. 1-5 - declaram o delito e o dever da Igreja. Paulo apresentava o que já é do conhecimento de todos, e com palavras solenes ele instrui a Igreja como deve proceder.
b. O V.T. ensina que Satanás é o príncipe deste mundo (Jo. 12:31) contudo ele só tem poder sobre a carne - 2 Cor. 12:7; I Tim. 1:20.
c. O veredito de Paulo, que se envie este homem de volta ao mundo de Satanás. Não era uma vingança, mas sim uma humilhação a fim de que ele domasse suas paixões. Era um veredito que devia ser executado, não com uma crueldade sádica e fria, mas com verdadeira dor no coração.
d. v. 6 - o termo fermento é usado como símbolo da natureza humana, pecaminosa. Se um elemento de corrupção for tolerado na Igreja, toda ela se corromperá.
e. v. 7 - Paulo lembra da cerimônia da páscoa no V.T. Assim como os judeus deviam limpar suas casas do fermento, que faz levedar a massa, quando da realização da páscoa, assim também os crentes deveriam limpar de suas vidas os últimos rastros da maldade e pecado, pois a nossa páscoa já havia sido realizada.
f. Encontramos nestes versos um grande princípio de disciplina a qual deve ser exercida, não para satisfação própria da pessoa que a aplica, como vingança, mas sim com o objetivo de corrigir a pessoa que pecou, e sempre em beneficio da igreja. Nunca deve ser vingativa, mas preventiva e curativa. Veja os objetivos e propósitos da disciplina:
	Objetivos:
	Propósitos: 
	1. Para Glorificar a Deus 
	1. Ensinar
	
	2. Recuperar o ofensor
	2. Corrigir
	
	3. Manter a pureza e a adoração da igreja
	3. Repreender
	
	4. Merecer o respeito de crentes e incrédulos
	4. Restaurar
	
	5. Impedir outros de caírem no mesmo erro.
g. v. 8 - um convite à santidade e purificação.
h. vv. 9-13 – Como o cristão deve relacionar-se com os que vivem em pecado.
i. Os vv. 9-10 são uma referência à carta anteriormente escrita. É uma repetição de um conselho dado por oportunidade, o qual, é substituído por um novo, no v. 11. Note-se a expressão “dizendo-se irmão”.
j. Paulo classifica três pecados como típicos do mundo, e menciona três tipos de pessoas:
a. Fornicários - culpados por degradação moral.
b. Avarentos e ambiciosos - pelos bens deste mundo.
c. Idólatras - podem ser comparados com a superstição moderna.
k. É interessante notar que estes três pecados básicos do mundo representam exatamente as três direções nas quais o homem peca:
(1) Contra si mesmo.
(2) Contra o próximo.
(3) Contra Deus.
d. Paulo esclarece e reconhece que os crentes, em suas relações com o mundo, não podem evitar o contato dos impuros, avarentos ou roubadores, mas adverte que não deveriam admitir pessoas impuras como membros da igreja.
e. Nos vv. 12-13 o apóstolo termina sublinhando outra vez a necessidade que a igreja tem de manter disciplina para com seus membros, pois os de fora “Deus os julgará”.
f. Finaliza, então, com uma ordem definida: “Tirai pois dentre vós a esse iníquo”. Existem momentos em que se deve tomar medidas drásticas para evitar uma infecção. O que está movendo Paulo para falar deste modo, não é o prazer de aplicar uma lei severa, ou o desejo de querer demonstrar seu poder apostólico; na verdadese trata do anelo de um pastor em querer proteger a sua igreja, ainda em crescimento, da infecção do mundo que sempre a ameaça.
D. A Censura de Paulo contra os litígios entre os irmãos - 6:1-11
Paulo está falando de maneira particular, de um problema que afetava especialmente os gregos. De um modo geral os judeus não tinham o costume de comparecer perante tribunais pagãos para resolverem seus problemas, porém, os gregos, tinham isto como uma de suas principais atitudes de entretenimento. Não era de se admirar, portanto, que alguns gregos tinham introduzido na igreja suas tendências litigiosas, e Paulo estava muito preocupado. Como judeu que era, isto lhe causava repulsa, e como cristão, os seus princípios aumentavam este sentimento - “Ousa algum de vós” - vs. 1.
a. v. 1 - sua estranheza diante da atitude dos crentes em Corinto. Ignora-se a fonte da informação, pois Paulo não diz quem lhe transmitiu a notícia, porém o assunto já estava bem espalhado.
b. vv. 2-3 - Tais afirmações não são invenções de Paulo para simples repreensão (Mt. 19:28; Ap. 20:4). Paulo faz essa exortação porque num julgamento mundano não se teria um julgamento justo, mas revela a falta de crescimento dos santos, desprezando a justiça de Deus. De uma forma ou de outra, estaremos, junto com Deus no julgamento das almas perdidas.
c. A expressão julgamento dos “anjos” dá a entender a força e o poder de crente, pois sendo elevados por Deus como o ponto alto da criação, Ele também nos outorgou a autoridade de estarmos com Ele no Seu grande tribunal, seja como testemunhas vivas da justiça e submissão obediente de Cristo, seja como expectadores e co-participantes da autoridade dEle de julgar o mundo.
d. vv. 4,5 - Mostram o remédio, no caso de haver litígio. As palavras do vs. 4 podem significar que mesmo os crentes menos aceitos são mais dignos de julgar do que os pagãos.
e. Paulo está se referindo a assuntos materiais, negócios, contratos, etc., e não em assuntos de imoralidade, doutrina ou espirituais.
f. vv. 7,8 - Uma acusação de culpa grave entre os coríntios pelo fato de terem litígios uns contra os outros. É também uma exortação a não serem tão interesseiros, mesquinhos e egoístas que não possam sofrer algumas poucas perdas e danos.
g. vv. 9,10 - Os pecados mencionados indicam o baixo padrão moral da vida em Corinto, antes da chegada do evangelho.
h. vv. 11 - “Lavados, santificados e justificados”. As duas últimas palavras são aspectos da regeneração. A primeira pode ser uma referência ao rito do batismo (At. 22:16). O Evangelho os tinha erguido a uma nova posição diante de Deus, entretanto alguns ainda se deixavam influenciar pelos velhos pecados, apegando-se firmemente neles. Paulo está ressaltando que não convém estar exibindo em público os problemas pessoais entre aqueles que dizem ter sido lavados de tais coisas. O litígio entre irmãos em Cristo é proibido diante dos tribunais civis.
E. O cristão e o seu corpo (pecado da sensualidade) - 6:12-20
1. Chegamos ao último assunto que o apóstolo quis tratar antes de falar dos problemas mencionados na carta que lhe enviaram.
2. O assunto principal é a autodisciplina. Fala de muitas coisas referentes ao corpo do cristão, sua união com Cristo, os abusos, e o seu uso como templo do Espírito Santo.
3. Paulo estava falando a um grupo de crentes, que anteriormente, por serem gregos, tinham aprendido que o corpo nada vale. Os gregos sempre desprezaram seus corpos. Este pensamento os levava a muitas atitudes contra o corpo, como também a um rigoroso autocontrole, onde tudo se realizava para dominar e humilhar os desejos e instintos do corpo.
4. Paulo combate o adágio popular grego que dizia: “todas as cousas me são lícitas”, concluindo que nem todas convêm e que elas não podem dominar-nos. O corpo não foi feito para ela, mas para o Senhor (13), e isto se prova pelo fato de Deus levantar-nos na ressurreição (14).
5. Os corpos dos crentes são de fato “membros de Cristo” (15), por uma união espiritual com Ele (17), pelo que, devem ser instrumentos para Seu uso.
6. Fugi pois da prostituição (impureza) diz o apóstolo (18). O crente é a habitação do Espírito Santo, e no sentido mais profundo não pertence a si mesmo (19). Um resgate de Alto preço foi pago por Ele. Deve pois glorificar a Deus por isso, fazendo-se, no corpo e no espírito, instrumento de Deus (20).
7. Em tudo isto, Paulo deixa dois pensamentos maravilhosos:
a. Paulo insiste em que, apesar de estar livre para fazer o que bem desejasse, não permite que nada lhe domine. Quando um homem experimenta realmente o poder de Deus, converte-se, mas não em um escravo de seu corpo, de seus instintos e de seus desejos, e sim em Senhor dos mesmos.
b. Paulo insiste em que, não nos pertencemos. O verdadeiro cristão não pensa somente em seus direitos, mas principalmente em seus deveres.
8. Esta passagem proporciona-nos a doutrina cristã a respeito do corpo e prepara-nos para a crença na sua ressurreição, apresentada no cap. 15. Também esboça o princípio de liberdade cristã, que volta a ser tratado no cap. 8.
9. O fato básico que governa o exercício da liberdade cristã, é que o crente foi remido pelo precioso sangue de Cristo e assim lhe pertence. Sua dedicação a Cristo é mais profunda do que anteriormente ao “mundo”, ao qual pertenceu antes de ser resgatado.
IV.
RESPOSTAS E PERGUNTAS - 7:1-14:31
A. Na ocasião compreendida entre os cap. 7 a 15, Paulo se dedica a contestar uma série de perguntas e a tratar de certos problemas sobre os quais a Igreja de Corinto havia pedido seu conselho.
B. Paulo acima de tudo, está ressaltando que nenhum cristão deve pensar em casar-se sem levar em conta a direção do Espírito de Deus, e que os casados encontrarão na Palavra de Deus as instruções para o seu comportamento e o segredo para uma vida conjugal feliz.
C. Os primeiros 24 versículos citam regras para os casados, e o restante do capítulo contém as opiniões do apóstolo, no Senhor, a respeito dos que não são casados.
D. Acerca do casamento - 7:1-40.
1. Haviam dois grupos que disputavam à respeito do casamento entre os coríntios.
a. O 1º era o dos Celibatários que argumentavam que a Segunda Vinda de Cristo estava próxima e havia urgência no ministério missionário, por isso a abstinência do casamento.
b. O 2º grupo achava que os homens deveriam viver abstinência de toda a relação sexual no casamento, pois achavam que a relação sexual era santa, mas não boa.
2. Paulo responde ao primeiro grupo. As impurezas estavam nas pessoas e não no ato sexual. O casamento não tem só propósito sexual, mas serve para:
a. Companheirismo (Gn 2:18);
b. Reprodução (Gn 1:28);
c. Resgatar a unidade de ambos (Gn 1:27);
d. Simbolizar o relacionamento de Cristo e a igreja (Ef. 5:22,23);
e. Satisfação mútua (I Cor. 7:3-5).
3. O capítulo 7 trata de uma série de problemas com respeito ao matrimônio. Apresentamos um resumo dos assuntos sobre os quais a igreja de Corinto desejava o conselho de Paulo:
a. vv. 1-2 - Conselho para os que pensavam que os cristãos não tinham que casar.
b. vv. 3-7 - Conselho para os que sustentavam que aqueles que estão casados, deveriam abster-se de manter relações sexuais.
c. vv. 8-9 - Conselho para os solteiros e para as viúvas.
d. vv. 10-11 - Conselho para os que pensavam que os casados tinham que separar.
e. vv. 12-17 - Conselho para os que pensavam que o matrimônio consolidado anteriormente, entre um crente e um descrente, deveria ser dissolvido.
f. vv. 18-24 - Instruções para viver a vida cristã em qualquer estado civil.
g. vv. 25 e 36-38 - Conselho acerca das virgens.
h. vv. 26-35 - Conselho e exortação afim de que nada impeça de concentrar-se no serviço de Cristo, pois o tempo é curto.
i. vv. 38-40 - Conselho para os que querem casar-se novamente.
4. Ao estudarmos este capítulo, devemos ter em conta dois aspectos importantes:
a. Paulo está escrevendo para Corinto, uma das cidades mais imorais do mundo na época. Para viver numa situação e num meio como este, era muito melhor ser demasiadamente restrito, que demasiadamentefrouxo.
b. O que domina e dirige cada uma das respostas que Paulo dá é a convicção de que a segunda vinda de Cristo seria imediata. Tal expectativa não se realizou. Paulo estava convencido de que estava aconselhando para uma situação puramente transitória. Podemos estar seguros de que em muitos casos tratados no capítulo, seu conselho seria diferente se houvesse visualizado uma situação permanente (vs. 29).
5. Apresentamos agora um pequeno esboço do capítulo:
a. A opinião do apóstolo sobre o casamento - 1-9
b. O mandamento divino contra o divórcio - 10-11
c. Acerca de cônjuges incrédulos - 12-16
d. É necessário permanecer no estado em que fomos chamados - 17-24
e. Um problema especial, o casamento de virgens - 25-38
f. Um novo matrimônio - 39-40
E. Acerca de carnes sacrificadas aos ídolos - 8:1-11:1
1. Os capítulos 8, 9 e 10, tratam de um problema que nos pode parecer extremamente remoto, mas que era intensamente real para os cristãos em Corinto. Para eles era um problema que exigia uma solução. Perguntavam se deviam comer ou não a carne oferecida aos deuses. Faz-se, então, necessário identificar o problema e considerar as soluções que Paulo oferece para os distintos casos, segundo sua incidência, na vida.
2. O sacrifício aos deuses era uma parte integral da vida na antigüidade. Pode ser de dois tipos: público e privado. Em nenhum dos casos se consumia todo o animal sobre o altar. Na maioria das vezes só se queimava uma amostra do mesmo, às vezes muito pequena. No sacrifício privado o animal era dividido em três partes:
a. Primeiro se queimava a parte simbólica no altar.
b. Em segundo lugar os sacerdotes recebiam a outra parte do animal.
c. E em terceiro lugar, a pessoa que oferecia o sacrifício recebia o resto da carne e com ela fazia um banquete, especialmente nos casos de casamento. Às vezes, a festa se realizava na casa do anfitrião, e outras vezes no próprio templo do deus ao qual se havia oferecido o sacrifício. O problema que os cristãos estavam enfrentando era: Podiam tomar parte nestas festas? Podiam comer da carne que havia sido oferecida a um ídolo, a um deus pagão? Se não podiam, teriam que deixar de participar de todos os eventos sociais.
3. O sacrifício público, era oferecido pelo Estado. Muito comum na época. Depois que a carne simbólica era oferecida no altar, e depois que os sacerdotes já tinham recebido sua parte, dava-se o resto da carne aos magistrados e a outros. Os que não necessitavam dela, vendiam-na ao mercado; e portanto, a carne que se comprava no mercado, poderia ter sido oferecida a um ídolo, a um deus pagão. Diante desta perspectiva, nunca se sabia quando se podia estar comendo uma carne sacrificada a ídolos.
4. Os crentes podiam comer estas carnes? Esse era o problema; e na verdade, mesmo que agora nos parece um assunto muito remoto, e sem importância, que só pode interessar a um antiquado, para os crentes de Corinto ou de qualquer outra cidade grega, era um problema concernente a toda sua vida, e que teria que ser solucionado de uma forma ou de outra.
5. Muito embora o problema gerador das observações paulinas seja acima enunciado, o texto compreendido nestes capítulos diz muito a respeito dos princípios da liberdade pessoal que devem governar nossa atitude para com a idolatria.
6. Os motivos e atitudes aqui delineadas são aplicáveis a uma multidão de coisas que obrigam o crente a eleger ou decidir entre uma atitude e outra, todos os dias.
a. O princípio enunciado - 8:1-13 - neste capítulo, Paulo estabelece o princípio de que, por mais que um crente seja forte e esclarecido, crendo que está livre da infecção dos ídolos pagãos e que o ídolo é um símbolo de algo que não existe em absoluto, não deve ele tornar-se um caso de assombro para um irmão cuja mente não está tão esclarecida nem é tão forte quanto a sua. O princípio enunciado se resume no seguinte: embora a vida se derive de Deus, restrições que se lhe imponham podem ser necessárias ao crente, com o fito de se evitar escândalos para o irmão mais fraco, isto é, evitar que ele tropece. Vejamos abaixo 3 fatos mostrados por Paulo:
(1) O Amor está acima da Sabedoria (1-3)
(a) A ciência, sem o conhecimento de Deus é prejudicial ao homem.
(b) A ciência nunca atingirá sua plenitude neste mundo. Se alguém acha que sabe de tudo, não sabe de nada.
(c) A verdadeira sabedoria é experiência com Cristo.
(2) Nosso Deus é o Único Deus Soberano (4-6)
O ídolo nada é. Só há um Deus: O Pai, ao contrário do deus disso e o deus daquilo do mundo.
(3) Não Posso usar minha liberdade para Servir de Tropeço ao Próximo (7-13)
(a) Os único livres neste mundo são os cristãos.
(b) Palavra-chave
: Consciência = conhecimento de si mesmo em relação a uma lei moral ou norma, escrita ou não.
(c) Três danos que podem ser causados à consciência alheia:
((1))
Contaminá-la (7,8)
((2))
Induzi-la (9,10)
Quebrando a comunhão com Deus
((3))
Feri-la (11-13)
b. Liberdade disciplinada - 9:1-27 - Paulo passa a falar com aqueles que invocam os princípios de liberdade cristã. Assinala que ele, Paulo, tem liberdade para fazer muitas coisas, porém se abstém de fazê-las pelo bem da Igreja. Está falando de seus direitos como apóstolo, e da maneira pela qual faz uso deles. Paulo tinha plena consciência da responsabilidade cristã.
(1) Este capítulo deve ser considerado como parte da seção maior agora em estudo (8:1-11:1), em que o apóstolo trata de uma pergunta, que lhe foi feita pelos coríntios. A pergunta à primeira vista parecia simplesmente dizer respeito ao consumo de carnes oferecidas aos ídolos. Porém, somos forçados a pensar que ao formularem a pergunta, os coríntios teceram alguns comentários inamistosos com relação a Paulo e seu modo de vida quando estivera entre eles.
(2) O apóstolo passa a enfrentar a tendência de amesquinharem seu apostolado (1-14). Culminando como princípio estabelecido do v. 14. O tema deste trecho pode ser definido como Liberdade e Autoridade Equilibrados com Disciplina. É conhecido como o grande capítulo dos direitos dos ministros. Paulo fala deles, mas renuncia-os em sua própria vida.
a. A autoridade para os direitos (1-3)
((1))
Recebeu a comissão do próprio Deus (At. 9:1)
((2))
Os cristãos coríntios eram fruto do seu próprio trabalho.
b. A nomeação para os direitos (4-6)
((1))
Direito ao sustento (4)
((2))
Direito à vida conjugal (5)
((3))
Direito ao sustento integral e lazer (6)
c. As ilustrações de direitos (7)
((1))
Do soldado - proteção
((2))
Do lavrador - sustento
((3))
Do pastor – cuidado.
d. A autenticação para os direitos (8-14)
((1))
A ordem mosaica autentica (8,9)
((2))
A ordem sacerdotal autentica (10-13)
((3))
A ordem do Senhor Jesus autentica (14)
v. 11 – o dinheiro é de valor inferior, mas o que é ministrado é de dobrado valor.
(3) A renúncia dos direitos. Razões para tal (12b,15-27):
a. Para não ser obstáculo ao Evangelho (12b) – renúncia total.
b. Para não se valer do direito concedido pelo Evangelho (15-18)
c. Para o melhor da obra (19-27)
((1))
Há uma necessidade de identificação (19-22)
((2))
Há uma necessidade de cooperação (23)
((3))
Há uma necessidade de disciplina (24-27)
((a))
O corredor (boa alimentação)
((b))
O lutador.
c. Como vencer as tentações - 10:1-15 - Paulo está advertindo aos que estavam com confiança demasiada em suas atuais situações de crentes em Jesus, revertendo o objeto da confiança para si mesmos. Se eles estavam declarando que seus conhecimentos cristãos e sua situação privilegiada os salvavam de infecção. Paulo cita então o exemplo dos israelitas, que tinham todos os privilégios do povo escolhido por Deus, e sem embargo algum caíram em pecado. Paulo insiste na vigilância (v. 12). Veja como Israel é exemplo para nós hoje:
(1) Os Privilégios de Israel (1-4)
a. Guiados, protegidos e sustentados (1)
b. Batizados: símbolo do batismo espiritual (2)
c. Alimentados (todos eles): comunhão com Cristo (3,4)
((1))
Regeneração: tirar do Egito (do mundo)
((2))
Batismo: no Espírito e o do testemunho público
((3))
Ceia: memorial do corpoe sangue de Cristo.
(2) Os fracassos de Israel (5-10)
a. Cobiça (5,6) (Nm. 11:4-9)
b. Idolatria (7) (Ex. 32:6 – ventre)
c. Imoralidade (8) (Nm. 25:1-9 – 23.000)
d. Incredulidade (9) (Nm 21:5-9)
Pecado imperdoável: blasfêmia contra o Espírito Santo
e. Murmuração (10) (Nm 16:36-50)
(3) Os exemplos para nós (11-15)
a. Cuidado para não cair (11,12) – orgulho
b. Buscar para não pecar (13) – É preciso reconhecer a tentação antes.
c. Fugir para não idolatrar (14,15)
d. Explicando a doutrina da Comunhão - 10:16-22 - Paulo utiliza o argumento que qualquer homem que se senta à mesa do Senhor, não pode fazê-lo na de um deus pagão, ainda que este deus não seja nada. A participação na Ceia do Senhor deve excluir inteiramente qualquer idéia de participação dos sacrifícios pagãos. Esta seção dá-nos uma descrição escriturística, autorizada, do que é a Ceia do Senhor e envolve dois fatos:
(1) Envolve a comunhão com o ser adorado (17-18) – Principalmente na ceia
Cinco formas de interpretação da ceia:
a. Transubstanciação: pão e vinho se tornam o corpo e sangue de Cristo;
b. Consubstanciação: É corpo e sangue, sem a mudança dos elementos (episcopais e luteranos);
c. Comemoração (zwingliano) – tudo é espiritual, participação mística. Não precisa pão e vinho;
d. Completa espiritualização (Quacres; Exército da Salvação) – Tudo é espiritual
e. Reforma:
((1))
Comemoração – sacrifício;
((2))
Proclamação – morte, ressurreição, 2ª vinda
((3))
Comunhão – identificação com Cristo.
(2) Envolve Separação (19-22)
a. “A idolatria é a dinâmica da demonologia” – os demônios aceitam a oferta.
b. Toda provocação à santidade de Deus será punida (22)
e. Vivendo para os Outros - 10:23-33
Sentença de Transição (ST): Alguns Princípios:
(1) Buscar o interesse dos outros (23,24)
A nossa liberdade é a edificação do outro
(2) Cuidar da consciência dos outros (25-30)
5 vezes aparece a palavra consciência
(3) Visar a salvação dos outros (31-33). A vida altruísta sempre tem objetivos:
a. A glória de Deus.
b. A salvação da raça humana.
Divisão da raça humana: Judeus, Gentios e Igreja.
F. Acerca do culto público - os princípios em jogo -11:2-14:40
1. Os capítulos 11 a 14, estão classificados como os mais difíceis de toda a epístola, mas, não obstante, se encontram entre os mais interessantes de toda a epístola, devido a tratarem de problemas que tinham surgido na Igreja de Corinto, com relação ao culto público.
2. Podemos enxergar o quadro de uma Igreja totalmente imatura, lutando com o problema de oferecer a Deus um culto adequado e correto.
3. A intenção do Senhor, era que os crentes se constituíssem em Assembléias, para que se reunissem de um modo regular. Apesar da gravidade dos abusos e irregularidades nos cultos, Paulo jamais insinuou que deviam deixar de se reunir.
4. Apresentamos agora, um pequeno esboço dos assuntos tratados.
a. 11:2-16 - tratam do problema: se as mulheres devem adorar com a cabeça descoberta ou não.
Ética: Comportamento da Mulher e do Homem
(1) Ordem de Comando: Deus  Cristo  Homem  Mulher (Autoridade  Responsabilidade)
(2) Na cultura antiga, quando a mulher se casava, recebia 10 dracmas, que simbolizavam honra e o sustento que o marido lhe conferia. Ao casar-se, o marido removia o véu, colocando-o sobre o ombro dela. Ele via seu rosto, colocando o manto sobre sua cabeça, significando que ela estava sobre o governo do homem. Lembrem da parábola das Dracmas. A mulher é a glória do homem devido aos filhos que gera dele.
(3) v. 10 – Anjos
(a) Demônios que se alegrariam ao ver uma mulher insubmissa;
(b) Eram demônios que seriam tentados ao vê-las sem véu (Gn 6:4);
(c) Os pregadores, que devido à insubordinação da mulher na sua igreja, sua atenção seria perturbada;
(d) Anjos de Deus que reprovavam estas mulheres pela desobediência.
(4) Tanto homens quanto mulheres são iguais. Deus não pede nada a mulher, que não o faça ao homem para com Cristo (11-16).
b. 11:17-22 - tratam do problema surgido com relação à “Festa do Amor” (gr. ágape) que era um banquete que a congregação cristã celebrava em comum.
A Doutrina com relação à Ceia do Senhor
c. 11:23-34 - se referem à correta observância da ordenança da Ceia do Senhor.
(1) Sua origem: divina (Gl 1:17) – foi dada por Jesus.
(2) Seu Significado: memorial, simbólico. Abrange Comemoração, Proclamação e Comunhão.
(3) É uma ordem (24)
(4) Auto-exame. Problema pessoal. Disciplina do Senhor
(5) Três resultados da disciplina do Senhor (30):
(a) Fraqueza ou debilidade de força física;
(b) Enfermidade;
(c) Morte física prematura.
d. 12:1-31 - discutem o problema da fusão, em um todo harmonioso, daqueles que possuem dons espirituais. Aqui encontramos a grande figura da Igreja como o Corpo de Cristo, e cada membro como parte desse corpo.
(1) A pessoa da trindade em destaque é o Espírito Santo. Ele nos coloca no devido lugar no corpo de Cristo (4)
(2) Dons = pneumatika  vem de coisas pertencentes ao Espírito.
(3) Dificuldades dos cristãos coríntios
(a) Falta de conhecimento
(b) Falta de juízo
(c) Achavam que os dons que afetavam mais as emoções eram preferíveis, daí a razão do grande uso do dom de línguas.
(4) Os idólatras seguem imagens de maneira cega (2).
(5) Havia uma tentativa de penetração de heresia entre os coríntios (11:3,4; 2 Co. 16:22).
(6) Relação do Espírito Santo com o Corpo de Cristo:
(a) O batismo com o Espírito Santo nos coloca no corpo.
(b) Capacita-nos com funções específicas dentro do corpo.
(7) Dons = charisma. Harmonia perfeita da trindade:
(a) Espírito Santo capacita (4)
(b) Jesus administra o serviço (5) – o Senhor da seara
(c) Deus, o Pai é quem nos concede poder para realização (6)
(8) Finalidade dos dons: para o que for útil – não é egoísta, mas altruísta; edificação da igreja e conversão de pessoas.
(9) Existem duas funções (classes)
(a) Facilidade de falar
(b) Facilidade de Servir
(10) Características desses dons:
(a) Permanentes
(b) Temporários
(11) Lista de dons:
(a) Ensino: habilidade de instruir, explicar e expor verdades bíblicas de forma que os cristãos compreendam e apliquem em sua vida.
(b) Conhecimento: capacidade de conhecer a mente do Espírito; transformar a sua experiência com o Senhor de acordo com as circunstâncias.
(c) Sabedoria: Habilidade de comunicar as verdades bíblicas necessárias à ocasião.
(d) Exortação: capaz de motivar a outros a aplicação da verdade bíblica ou saber usar a Bíblia para dar conforto e coragem.
(e) Línguas: dom dado espontaneamente pelo Espírito para falar numa língua desconhecida à sua materna.
(f) Interpretação de línguas: capacidade de traduzir a que fala em línguas.
(g) Discernimento: capacidade analítica de discernir entre a verdade e o erro, usando como meta entre a verdade revelada – discerne entre Espírito – espírito maligno e espírito humano.
(h) Fé: capacidade de enxergar mais longe (visão). Dar pernas aos projetos.
(i) Contribuição: capacidade de dar liberalmente para as necessidades de outros, porém com uma motivação pura e simples.
(j) Apóstolos: certos elementos da igreja, nos quais têm a capacidade de iniciar trabalhos pioneiros. Resumiram-se aos que foram escolhidos por Deus.
(k) Evangelista: capacidade de confrontar as pessoas publicamente e em particular, através de vários métodos de comunicação com a mensagem de Cristo. Trabalho de fortificar e animar igrejas também.
(l) Milagres: a pessoa com este dom, invoca a intervenção milagrosa de Deus numa determinada situação, com resultado que Deus recebe o reconhecimento e a glória pela ocorrência.
(m) Cura: capacidade sobrenatural de curar pessoas de enfermidades físicas, emocionais e espirituais.
(n) Misericórdia: capacidade de identificar-se com pessoas em necessidade e manifestar interesse, através de ma ação prática feita com a igreja.
(o) Governo: administrar os detalhes das funções dentro da igreja local.
(p) Ajudas ou socorro: suprir uma necessidade de outro através de obras práticas (manuais ou domésticas).
(q) Pastorado: capacidade de ter uma influênciasobre um grupo, de modo que este é motivado e guiado a um alvo definido. Esta pessoa tem capacidade de fazer decisões, protegendo do erro. Ensina através do exemplo, levando o grupo à maturidade e semelhança de Cristo.
(12) O Batismo do Espírito Santo (13)
(a) A Predição do Batismo (Mt. 3:11; Mc. 1:8; Lc 3:16; Jo 1:33)
(b) A Ocasião do Batismo [At. 2:1-4 – dia de Pentecostes; Atos 10:44-48 (quando se ouve a Palavra e crê nAquele que é o alvo da mensagem)]
(c) A Explicação do Batismo:
((1))
I Cor. 12:13 (somos colocados no corpo de coletivo)
((2))
Gl. 3:27 (Cristo colocado em mim)
((3))
Ef. 4:5 (acontece de uma só vez)
(d) A União do Batismo
((1))
Posicional (I Cor. 12:11-13)
((2))
Condicional (I Cor. 12:18,20,21)
(13) Classificação dos dons (3 classes)
(a) Ofício (Ef. 4:11)
(b) Função (Rm 12:6-8; I Cor. 12)
(c) Sinais (I Cor. 14:22)
e. 13:1-13 - é o grande hino de amor; o clímax da doutrina de Paulo: Quando o amor controla, as coisas são diferentes. É o Salmo 23 do Novo Testamento. É o fragmento da literatura mais sublime de Paulo. Ele mostra que o exercício da charismata sem o amor não vale nada; que dons e espiritualidade não são sinônimos.
(1) A Supremacia do Amor (1-3) – O amor está acima das seguintes coisas:
(a) Das nossas capacidades;
(b) Dos nossos dons;
(c) Dos nossos conhecimentos;
(d) Da nossa fé;
(e) Dos nossos sacrifícios.
(2) A análise do amor (4-7)
(a) Analisado positivamente (4a,6,7)
((1))
Sofredor (Paciente)
((2))
Benigno
((3))
Tudo sofre
((4))
Tudo crê
((5))
Tudo espera
((6))
Tudo suporta
((7))
Regozija-se com a verdade.
(b) Analisado negativamente (4b,5,6)
((1))
Não é invejoso (arde em ciúmes)
((2))
Não trata com leviandade
((3))
Não se ensoberbece 
((4))
Não se porta com indecência 
((5))
Não busca os seus interesses
 
((6))
Não se irrita 
((7))
Não suspeita mal
((8))
Não folga (se alegra) com a injustiça.
(3) A Eternidade do Amor (8-13)
(a) Profecias serão aniquiladas (do gr. Katargeo, que significa serem abolidas, tornadas sem efeito), mesma aplicação é usada para Ciência.
(b) Línguas cessarão (do gr. Pauo, que significa simplesmente parar).
(c) O Amor jamais cai, porque Deus é a sua fonte.
(d) O conhecimento de Deus não mais será profetizado pois o Senhor se manifestará.
(e) Quem é o perfeito que determinará o fim de profecias, línguas e ciência?
((1))
Jesus Cristo. O problema para aplicar ao Senhor Jesus é que o pronome grego que é neutro, não podendo se referir a pessoa.
((2))
Arrebatamento.
((3))
A segunda vinda de Cristo
((4))
O estado eterno, novo céu e nova terra, criados depois do Reino.
((a))
porque no reino milenar haverá profecia e ensino resultando em conhecimento (Is. 11:9; 30:20-21; 32:3,4; Jr. 3:14,15; 23:1-4; Joel 2:28; Ap. 10:11). Os trechos indicariam um ensino do Espírito Santo sem igual, com um aumento mundial do conhecimento.
((b))
A expressão “face a face” de 13:12 só pode ser explicada como o estar com Deus na nova criação. 
((5))
O Cânon completo das Escrituras:
((a))
A palavra perfeito vem do grego telion, que significa cheio, completo, perfeito
((b))
A Bíblia ainda não estava completa no tempo de Paulo, por precisava daqueles dons sinais.
((c))
A Bíblia é chamada em Tia. 1:25 de Lei perfeita (telion) da liberdade.
((d))
Em Tia. 1:23 Tiago também ilustra a imperfeição de um homem que não pratica a Palavra de Deus usando um espelho como exemplo, da mesma forma que em 1 Cor. 13:12.
((e))
Seria preciso uma geração sem a existência de línguas para provar que o dom já cessou. E isso aconteceu no segundo século d.C.
((f))
Livros escritos, depois da segunda carta de Coríntios, para tratar de problemas eclesiásticos e do viver cristão, não mencionam dom de línguas.
(4) Tipos de Amor
(a) Eros: amor sexual;
(b) Filia: amor de amizade; exige retorno;
(c) Filantropia: afeto à humanidade;
(d) Filadélfia: amor fraternal de irmãos;
(e) Storge: amor estimação (objetos, animais); amor de dependência;
(f) Epitumia: amor vulcão (avassalador) – de adolescentes;
(g) Ágape: amor sacrificial, renúncia, amor de Deus; amor decisão (Deus decidiu amar-nos).
f. 14:1-23 - Trata do problema de falar em línguas.
(1) Histórico do Assunto:
(a) Ef. 4:11 trata de dons de ofício (líderes). Já I Cor. 12 e I Pe. tratam de dons de serviço ou habilidades.
(b) O capítulo 14 de I Coríntios foi escrito por motivo do abuso do dom de línguas e a falta de ordem no culto.
(c) Paulo já havia ensinado sobre a importância da pregação ou profecia, bem como a edificação da igreja.
(d) Alguns contrastes entre Profecia X Líguas
((1)) A pregação é compreensível; línguas, nem sempre;
((2)) A pregação visa a edificação do próximo; dom de línguas chamava a atenção para quem falava;
((3)) A pregação traz convicção ao pregador; as línguas normalmente traziam o ridículo (23-25)
(e) Algumas verdades deste capítulo:
((1)) Paulo falava em línguas mais do que todos eles (18);
((2)) O dom de profetizar está acima do dom de línguas (1,5,19);
((3)) Paulo não incentivou orar particularmente em línguas (14,15);
((4)) As línguas constituem um dom sinal (22).
(f) 4 Eventos são mencionados acerca do Dom de Línguas apenas:
((1)) Atos 2; 10; 19 e I Cor. 12;14
((2)) O termo usado para dom de línguas aparece apenas 29 vezes no N.T.
((3)) Há somente 3 casos em Atos e 1 só Epístola trata do dom de línguas (I Cor. 14). 
((4)) Não aparece nenhuma vez em Apocalipse.
(g) Atos 2 Línguas é um Dom Sinal dado em 3 Etapas:
((1)) Um som audível (como de vento impetuoso). Era a indicação que o Espírito Santo veio morar conosco (Joel 2:28,29);
((2)) Foi um sinal visível: línguas como que de fogo (isso mostrava a posse do Espírito);
((3)) O próprio dom de línguas (falar), do gr. Glossa (línguas idiomáticas). O termo geral glossolátia significa falar em línguas.
(h) Algumas provas que eram idiomas:
((1)) Na ocasião de At. 2, havia judeus de 16 regiões diferentes (cada um ouvia na sua própria língua).
((2)) At. 2:8 o termo é dialectus (todo dialeto exige gramática e som articulado).
((3)) I Cor. 12:10 se exige tradução na língua, então ela é conhecida (para que haja).
(i) Contrastes entre Profecia e Línguas
	Profecia
	Línguas
	1. Fala aos homens (2,3)
	1. Fala a Deus (2)
	2. Todos entendem
	2. Ninguém entende
	3. Edifica, exorta e consola a igreja- 3,4
	3. Edifica-se a si mesmo (4)
	4. Tem proveito (6)
	4. Não tem proveito, a menos que se interprete (5,13)
	5. Tem sentido para os ouvintes (7-9)
	5. É como se falasse ao ar (9)
	6. É sinal para os incrédulos indoutos (gentios) (23)
	6. É sinal para os incrédulos de Israel (22)
(2) Comentários gerais:
(a) v. 2 – mistérios para os outros, quando não há interpretação
(b) v. 3 – profecia: edifica, exorta e consola
(c) vv. 12,13,14 – o que fala em línguas precisa de alguém para interpretá-la. Se o fizer em Espírito, sua mente fica infrutífera.
(d) v. 19 – a matemática de Paulo: edificação da igreja.
(e) O propósito do dom de línguas:
((1)) Era um dom-sinal (20-22)
((a)) Línguas de outros povos: cativeiro assírio. Era uma profecia (Is. 28:11,12), que também se entendia para os gentios.
((b)) Incrédulos: Judeus (I Cor. 1:22), para que eles saibam que também os gentios podem ser salvos.
((c)) Incrédulos do mundo (23)
((2)) Era um dom para a confirmação da mensagem apostólica: tanto para Judeus, como para Gentios.
((a)) As Escrituras estão prontas.
((b)) Os dons de línguas não aparecem em Romanos, Efésios e Pedro, mas a expressão o aperfeiçoamento dos santos.
(f) A ordem no exercício do dom
((1)) Dois ou quando muito três (no culto geral);
((2)) Sucessivamente (um após o outro);
((3)) Interpretação é essencial.
(g) v. 29 – profetas têm mais abertura para falar.
(h) v. 30 – A revelação aqui não se refere às línguas, mas ao ministério profético
(i) v. 31 – ministério profético; ensino; consolação.
((1)) A própria pessoa julga a si mesmo sobre o que ele vai falar procede de Deus ou dele mesmo;
((2)) Os demais profetas presentes teriam o direito de discernir se tal mensagem é de Deusou não.
(j) vv. 37-40 – Se não aceitamos o que Paulo diz, então seja ignorado.
(k) Três coisas que as línguas de hoje podem ser:
((1)) Aprendidas;
((2)) Psicológicas;
((3)) Demoníacas.
V.
O EVANGELHO DA RESSURREIÇÃO - 15:1-58
A. O capítulo que passamos a considerar é o mesmo tempo um dos capítulos mais grandiosos e mais difíceis de interpretar do N.T. Nele obtemos principalmente a idéia da ressurreição do corpo. Para melhor compreensão do capítulo devemos considerar 4 coisas:
1. É importante ressaltar que os Coríntios não negavam a ressurreição de Cristo; eles negavam era a ressurreição do corpo. Paulo insistia que negando o segundo estava negando o primeiro.
2. Deve-se considerar o pensamento que imperava nos judeus, relativamente à ressurreição, à imortalidade da alma, e o destino do corpo.
3. Temos que considerar também o mundo grego. Eles realmente criam na imortalidade da alma, porém jamais haviam sonhado em crer na ressurreição do corpo, haja vista sua concepção errônea sobre o corpo, julgando que somente poderia haver imortalidade fora do corpo.
4. A perspectiva de Paulo era bastante diferente. Queria ressaltar que a individualidade continuará depois da morte, que você continuará sendo você, e eu continuarei sendo eu. Portanto, para o crente, a vida por vir, envolvia o homem em sua totalidade - corpo e alma. Nada pode dizer como será esta vida, mas a crença cristã é que não ressuscitará somente uma parte do homem, mas sim a sua totalidade. Era isto o que Paulo queria dizer quando mencionava a ressurreição do corpo.
B. O Fato da Ressurreição de Jesus Cristo:
1. As Escrituras (1-4). O Evangelho comprimido – Cristo morreu, foi sepultado e ressuscitou ao 3º dia.
2. O testemunho histórico (5-7) – Cefas e outros.
3. O testemunho pessoal (8-11) – o próprio Paulo.
C. Conseqüências se Cristo não tivesse ressuscitado (12-19)
1. Cristo não ressuscitou;
2. A nossa pregação é vã;
3. A nossa fé é vã;
4. Somos falsas testemunhas (15) – crime para o judeu;
5. Permanecemos debaixo do pecado;
6. Nossos entes queridos morreram eternamente;
7. Somos as criaturas mais infelizes de todos os homens.
D. Ressurreições (20-28)
1. A Primeira em 3 Etapas:
a. Cristo (as primícias);
b. Arrebatamento (Igreja);
c. Fim da tribulação (Velho Testamento).
2. A Segunda Ressurreição
Após os 1000 anos, sendo julgados e indo para o Lago de Fogo.
E. A Ressurreição Afeta os Cristãos (29-34) (como?)
1. Afeta nossa doutrina (29) – batizar por causa dos mortos: fazer o mesmo batismo que eles já fizeram.
2. Afeta a nossa dedicação (30-32) – Na obra e no ministério - cremos apenas na teoria e não na prática.
3. Afeta a nossa conduta (33,34) – Se dou ouvidos às más conversações, acabo crendo nelas e agindo de forma imoral. Pessoas ficam sem ouvir de Deus e perecem sem Cristo (para vergonha dos crentes).
F. Corpo Transformado (35-44) (aspectos da transformação)
1. É plantado como uma semente (35-39) – precisa morrer.
2. Nascerá um corpo celestial (40,41)
v. 41 – doxa = doxologia (estrela) – reconhecer a grandeza do esplendor de Deus
3. Será transformada pela ressurreição (42-44) à imagem de Deus (45-49)
4. Alguns contrastes:
	Primeiro Adão
	Segundo Adão
	1. Alma Vivente (45)
	1. Espírito vivificante
	2. Natural (46)
	2. Espiritual
	3. Terreno (47)
	3. Celestial
	4. Imagem de Adão
	4. Imagem de Deus.
G. As Motivações dos Crentes (50-58)
1. Nosso corpo será transformado (50-53). Haverá morte para os arrebatados, bem como o foi para Elias e Enoque (50);
2. Satanás será derrotado (54-56). Exemplo de aguilhão: Abelha (satanás) – pica, mas morre.
II. INSTRUÇÕES FINAIS - 16:1-24. Nada mais típico de Paulo do que a mudança de assunto entre os capítulos 15 e 16. No primeiro ele falou no mais alto reino do pensamento humano e da Teologia, discutindo a vida do mundo e com respeito à administração dá Igreja.
A. Contribuição Sistemática - 1-4. Começa falando acerca de uma coleta para os santos pobres da Jerusalém. Aliás, era uma responsabilidade muito apreciada por Paulo, e que morava em seu coração. (Gál. 2:10; Rom. 15:25). (Como deve ser feita?)
1. Deve ser sistematicamente (2a) – primeiro dia da semana;
2. Deve ser pessoalmente (2b) – cada um;
3. Deve ser proporcionalmente (2c) – conforme a prosperidade;
4. Deve ser espiritualmente (2d,3) – aprovardes (espiritual)
B. Os Planos Particulares De Paulo - 5-9. Estas passagens são características nas cartas paulinas.
C. A Respeito De Timóteo, Apolo e Estéfanas - 10-18. No v. 13 encontramos como uma exortação final da epístola. Voltando à idéia de que tudo se faça com amor, mostra estar convencido que nisso está a solução de todas as dificuldades práticas daquela Igreja. (v.14).
D. Saudações e Oração Final - 19-24. As últimas palavras de Paulo para os Coríntios, seus filhos na fé, e irmãos em Cristo são: a graça de Cristo e o seu próprio amor. Paulo poderia ter temido os momentos em que teve que advertir, reprovar e condenar, falando a uns com verdadeiro nojo e aos outros com dureza de palavras, mas depois de tudo isto a última palavra é o AMOR.
Resumo de I Coríntios
Introdução
A igreja de Corinto estava localizada na Grécia. Corinto era a capital da província Acaia. A cidade era conhecida pela idolatria e por muitos templos erigidos aos deuses gregos, tipo Apolo, Pirene, Hermes, Zeus, Ártemis, Dionísio, Heracles.
Capítulo 1
1. Paulo diz que eles tinham todos os dons, entretanto começa mencionando que o motivo da carta eram as divisões promovidas em cima de personalidades famosas.
2. O pecado deles foi glorificar o homem com sua suposta sabedoria, sendo a fonte para bênçãos e exaltação pessoal.
3. Paulo termina o capítulo mostrando que Cristo, diferente do que eles estavam fazendo, humilhou-se. Daí porque Deus escolhe as coisas loucas, fracas, as desprezíveis e as que não são.
Capítulo 2
1. Paulo continua seu assunto, dizendo que a verdadeira sabedoria não está na capacidade de persuasão humana, mas no conhecimento do Cristo humilde, pela capacitação do Espírito Santo em poder.
2. É o Espírito Santo que nos capacita a um relacionamento com Deus. Ele nos é dado gratuitamente.
3. Termina dizendo que o homem natural não compreende as coisas do Espírito. Diferente dele, o homem espiritual discerne tudo bem e não pode ser julgado pelos outros.
Capítulo 3
1. Neste capítulo Paulo exorta os coríntios, chamando-os de crentes carnais, devido ao fato das divisões internas entre eles, por causa das personalidades.
2. Apolo, Paulo ou outro qualquer, são parte na obra de Deus, cada um tendo sua importância e ministério específico.
3. Neste capítulo somos alertados para o Tribunal de Cristo, que julgará todas as nossas vidas e ações aqui na terra como servos de dEle. Não adianta falsear nossas vidas, Deus as avaliará e nos premiará de acordo com o que fomos na terra.
4. Paulo termina novamente exortando os coríntios quanto à sabedoria deste mundo, que é vã. E lembra que tudo o que é importante está em Cristo.
Capítulo 4
1. A tendência deles julgar os homens pecaminosamente deve ser abandonada pela visão espiritual em Cristo, aguardando Sua volta reveladora.
2. Paulo menciona a maneira desdenhosa e desprezadora dos coríntios para com ele e os outros apóstolos. Eles estavam desprezando sua autoridade e tratando dele como pessoa sem valor, esquecendo do custo que existiu para serem gerados por ele.
3. Vida cristã deve ser avaliada pelos resultados e o poder prático e não pelas teorias ou palavras.
Capítulo 5
1. Paulo exorta os coríntios quanto a um caso de fornicação entre um filho e sua madrasta. União pecaminosa permitida pela igreja de Corinto. Ele exige que entregue o rapaz não arrependido para ter seu corpo destruído por Satanás, a fim de eliminar a permissão pecaminosa, e resgatar a alma dele.
2. Paulo também exorta que os crentes corintios a se afastarem, não das amizades do mundo (a fim de salvá-los), mas dos que se dizem cristãos, que no fundo são maus testemunhos de Cristo.
Capítulo 6
1. Os crentes coríntios estavam levando seusirmãos, por causas deste mundo, para serem julgados por juízes deste mundo, quando deveriam levar suas causas diante da igreja de Deus, que tem a autoridade dada por Deus para isso.
2. Os coríntios se achavam livres para fazerem o que quisessem, entretanto Paulo exorta que nem tudo o que é lícito convém. Para isso ele exemplifica com alimentos, prostituição. O Espírito Santo exige que glorifiquemos a Deus com todo o nosso ser.
Capítulo 7
1. Paulo dá orientações gerais sobre questões de casamento, relacionamentos, abstinência sexual. Fala também sobre divórcio, relacionamento entre crente e incrédulo. Estas questões foram levantadas pela própria igreja de Corinto, talvez iniciadas por rapazes crentes que estavam tendo dificuldades de viver a vida cristã de forma pura.
2. O ensino básico de Paulo aqui é o casamento é bom, mas o estar solteiro concede vantagens melhores ainda, no que concerne ao serviço em favor de Cristo. Ele, entretanto, conclui que cada um deve permanecer no dom que Cristo deu para cada um.
3. Ele conclui o capítulo falando sobre como as famílias deveriam proceder quanto ao casamento ou não de moças virgens. Tanto homens, quanto mulheres viúvas estão livres para novo casamento, no Senhor.
Capítulo 8
1. Paulo continua dando orientações, desta feita relativamente ao assunto de comer alimentos sacrificados aos ídolos. Os ídolos nada são, mas Deus é tudo. Paulo se preocupa em que não firamos a consciência dos crentes fracos.
2. Comer ou deixar de comer não significa absolutamente nada, mas o respeitar a consciência de irmãos mais fracos é de grande valor.
Capítulo 9
1. Este é o capítulo onde Paulo inicia sua defesa apostólica, dizendo-se também digno de todas as honras e possibilidades que os coríntios permitiam aos outros apóstolos e obreiros, mas com uma diferença, ele tinha sido o gerador da vida em Cristo deles.
2. O obreiro é digno de seu salário. Paulo usa o exemplo do V.T., onde boi que debulhava também tinha o direito a comer daquilo para o qual era colocado a trabalhar. Se um animal tem direito, também os obreiros de Deus o têm.
3. Para alcançar as almas perdidas com o Evangelho, Paulo fazia-se de tudo, porque o seu objetivo era ganhá-los para Cristo.
4. O capítulo 9 termina ensinando-nos a trabalhar com objetivos ou metas. Aqueles que querem ser vencedores, devem estar dispostos a tudo a fim de ganhar as coroas oferecidas pela corrida da vida cristã. Minha vida deve ser coerente com a minha pregação.
Capítulo 10
1. O apóstolo relembra o procedimento pecaminoso e idólatra de Israel, servindo-nos (igreja) de exortação, para que não imitemos a conduta que eles tiveram. Os pecados deles: idolatria, murmuração, cobiça, imoralidade e outros.
2. Neste capítulo há uma pincelada sobre a Ceia do Senhor (16-22).
3. Os crentes são exortados a se separarem da idolatria em sua época, evitando as coisas sacrificadas aos ídolos, bem como procurando não ferir as consciências mais fracas de irmãos fracos, além do que dar um mau testemunho perante os descrentes.
Capítulo 11
1. O capítulo trata de um modo geral acerca do culto público.
2. Especifica sobre as mulheres, quanto ao uso do véu.
3. Fala sobre as festas de amor deles, que degeneravam em glutonaria e bebedices; uns banqueteando-se, outros tendo fome. Paulo aproveita para ensinar sobre o memorial que é a Ceia do Senhor, fixando princípios importantes para a igreja.
Capítulo 12
1. O ensino básico é sobre os dons espirituais, um problema entre os coríntios, pois davam ênfase nos que eram mais espalhafatosos. Assim o apóstolo mostra a importância deles verem a igreja como organismo, e não como organização, sendo que cada pessoa é como membro de um corpo coeso e perfeitamente integrado.
2. Enfatiza a autoridade máxima do Espírito Santo, que dá a cada um o ministério que melhor lhE apraz. Portanto, humildemente, devemos servir como Deus quer, e não como nós queremos.
3. Os dons, integrados, suprem todas as necessidades da igreja em todos os tempos.
Capítulo 13
1. O grande capítulo do amor.
2. O caminho mais excelente e mais importante que línguas, ciência e profecias. A base para a realização completa da igreja.
3. Mostra que a vinda do que é Perfeito determinaria a conclusão ou o desaparecimento gradual dos dons citados e muito usados nos primórdios da igreja.
4. Amor fala de maturidade, portanto os coríntios deveriam crescer e procurar assemelharem-se a Cristo. Ainda que houvesse fé, esperança, o amor é maior do que eles todos.
Capítulo 14
1. É o capítulo que trata do falar em línguas.
2. Esclarece que há diferenças entre gentio e judeu incrédulos. O sinal é para judeus, e não gregos
3. Estabelece regras de como línguas e profecias devem ser utilizadas na igreja.
Capítulo 15
1. O grande capítulo da Ressurreição de Cristo. Se Cristo não ressuscitasse seria vã a nossa fé. 
2. A ressurreição está amplamente documentada através de muitas testemunhas.
3. Exorta os céticos de Corinto quanto à veracidade e importância da ressurreição, mostrando detalhes importantes da obra de ressurreição.
4. Termina falando da volta de Jesus, com o fim de ressuscitar os mortos e transformar os vivos.
Capítulo 16
1. Paulo fala da contribuição sistemática, ensinando como deveria ser feita e com que espírito.
2. Também fala dos seus planos particulares de viagens e visitas: Apolo, Timóteo e Estéfanas.
3. Finaliza falando de alguns companheiros de ministério e com suas costumeiras saudações finais.
II CORÍNTIOS
I. INTRODUÇÃO
A. Tema: Autoridade Apostólica
B. Data: 57 d.C.
C. Versículos Chaves: 1:3-5; 3:5; 4:7; 13:13
D. A carta mais autobiográfica de Paulo. Divide-se em 3 Setores:
4. Ministério e Mensagem de Paulo questionados.
5. A questão de uma oferta a ser levantada.
6. A recusa de reconciliação com Paulo por parte de alguns.
II. A Demora na Viagem de Paulo (capítulo 1)
A. Introdução (1-11)
4. Apresentação de Paulo e Timóteo (1a)
a. Apóstolo de Cristo pela vontade de Deus
b. Timóteo
5. Destinatários (1b)
a. A igreja que está em Corinto
b. Aos santos de toda a Acaia
6. Saudações (2)
a. Graça de nosso Pai
b. Paz do Senhor Jesus Cristo.
7. Exaltação de Deus (3,4,9)
a. Bendito o Pai das misericórdias (3)
b. Bendito o Deus de toda a consolação
c. Conforta em toda a tribulação (4)
d. Consola na angústia;
e. Deus que ressuscita os mortos (9)
8. Tribulação sofrida por Paulo (4-11)
a. O ocorrido (8,10)
(1) Sofreram tribulação na Ásia (8);
(2) Foi na cidade de Éfeso, por causa dos ídolos locais (At. 19:23-41);
(3) Foi tal tribulação, que ultrapassou suas forças, a ponto de desesperarem-se da vida;
(4) Deus os livrou (10).
b. Objetivos das tribulações (4,5,6,9,11)
(1) Para poder consolar os que estiverem em qualquer angústia (4);
(2) Para aumentar a consolação de Cristo (5);
(3) Para o bem dos crentes, porque eles evidenciam que o trabalho evangélico está sendo feito (6);
(4) Para que o crente não confie em si mesmo, mas no poder de Deus (9);
(5) Para produzir gratidão nos corações dos crentes (11).
B. As Glórias dos Ministros e da Igreja (12-14)
4. A Glória do Mnistro (12,14)
a. Sua consciência pura (12)
Santidade e sinceridade diante de Deus
b. Vida dedicada aos da igreja
c. A igreja do Senhor produzida por meio de sua instrumentalidade no dia de Cristo (14)
5. A Glória da Igreja (14)
Os ministros que a representam diante do mundo.
III. A DEMORA DE PAULO (15-24; 2:1-4)
A. O propósito não cumprido (15-17,23)
1. Ir aos de Corinto, depois Macedônia, voltando aos primeiros (15,16)
2. O propósito não foi concretizado e Paulo foi tido por leviano (17)
3. O motivo da não ida foi o de poupar os de Corinto de sofrimento maior (23).
B. As Explicações de Paulo (18-22,24; 2:1-4)
5. Não é homem de palavra dobre (18).
6. Em Cristo sempre pregou, juntamente com outros, o sim, mas nunca a dúvida.
7. Sempre buscou glorificar a Deus pelo sim que veio por Cristo em Suas promessas (20).
8. O Espírito Santo da unção e selo de Deus em Cristo é a confirmação da sinceridade do apóstolo (21,22).

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