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SAÚDE COLETIVA 4 – 2º BIMESTRE- AULA 3
Prof. Helder Casola
2
Negrito: o que está escrito nos slides
Itálico: o que o professor falou
Sublinhado: mais importante (ao meu ver rs)
27/05/20
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO HOMEM (PNSH)
Dentro do SUS, se voltássemos uma década e olhássemos os prontuários das UBS, iriamos verificar a existência de muito mais prontuários com nome feminino do que masculino. O homem sempre arruma um jeito de fugir da questão de saúde, faz muito pouca prevenção, e como sempre dizemos para vocês que o SUS está em constante construção começa também, desde a década passada (uns 10, 15 anos), olhar para essa questão da saúde do homem. Também os indicadores epidemiológicos começam a mostrar alguns problemas de saúde ligados ao homem (principalmente câncer de próstata), começam a despertar atenção por parte da população, por parte da mídia que começa a falar mais sobre o assunto. Então, a partir daí são desenvolvidas políticas, dentro do SUS, que são voltadas para tratar de alguns assuntos que de certa forma não eram tão abordados dentro do sistema. 
A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Quando comparado com as mulheres, o tempo de vida deles é 7,6 anos menor. As doenças isquêmicas do coração, como o infarto do miocárdio, seguida das moléstias cardiovasculares (como o acidente vascular cerebral, o AVC), outras doenças cardíacas, pneumonia, cirrose e diabetes estão entre as principais causas de mortes do sexo masculino. 
Os homens vivem menos que as mulheres, se cuidam menos. Algumas funções de trabalho são mais violentas, mais agressivas e isso auxilia a diminuir o tempo de vida também. Diminuem também o tempo de vida as doenças relacionadas ao estilo de vida, pois os homens fumam mais e bebem mais que as mulheres. 
Estudos comprovam que os homens são mais vulneráveis as doenças, especialmente as enfermidades graves e crônicas. Essa ocorrência está ligada ao fato de que eles recorrem menos frequentemente do que as mulheres aos serviços de atenção primária e procuram o sistema de saúde quando os quadros já se agravaram. 
Se vocês observarem no caso do COVID-19, proporcionalmente, tem morrido mais homens que mulheres, já existem estudos e trabalhos nessa linha, os indicadores tem mostrado isso. Os homens não procuram a atenção primária que visa a promoção da saúde, a parte de prevenção das doenças, e geralmente buscam o sistema de saúde quando o quadro necessita de cura, não cabendo a prevenção nesses casos. Já melhorou muito, inclusive graças a PNSH.
E para ampliar o acesso deles aos serviços de saúde, o MS criou a PNSH, em 2009. Alinhada à Política Nacional de Atenção Básica e integrante do Programa Mais Saúde: Direito de Todos, criado em 2007, a iniciativa pela saúde masculina prevê aumento de até 570% no valor repassado às unidades de saúde por procedimentos urológicos e de planejamento familiar, como a vasectomia, e a ampliação em até 20% no numero de ultrassonografias de próstata. 
PORTARIA Nº 1.944, DE 27 DE AGOSTO DE 2009
Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem.
Quando falamos de ação integral, não estamos falando só de cura e tratamento, inclui também ações de prevenção, promoção a saúde. Inclui ações de serviços mais simples que a atenção básica da conta, passando por serviços na medica e alta complexidade também. 
A política visa promover a melhoria das condições de saúde da população masculina brasileira, contribuindo, de modo efetivo, para a redução da morbidade e da mortalidade dessa população, por meio do enfrentamento racional (prevenção das doenças) dos fatores de risco e mediante a facilitação ao acesso, às ações e aos serviços de assistência integral à saúde.INTERNET: Morbidade e Mortalidade
A morbidade ou morbilidade consiste na taxa de indivíduos portadores de determinada doença dentro de um grupo específico, a partir de certo período de análise.
Mortalidade costuma se referir ao número de pessoas que morreram em determinado local, levando em consideração determinado período de tempo (taxa de mortalidade).
	A palavra “Comorbidade” tem sido falada bastante atualmente, por conta do COVID-19, significa, neste caso, que um paciente que venha a ter a COVID-19 tem alguma outra doença como diabetes, obesidade, HAS. 
Um item interessante que tem colaborado nos indicadores relacionados a saúde do homem é a redução do numero de fumantes nas ultimas décadas. Se observarmos dados de 20 anos atrás, a taxa de fumantes no Brasil era de 20% da população. E hoje em dia, segundo os números divulgados, temos pouco menos que 10% da população fumante. Esse é um fator que o MS tem dito que irá nos ajudar no enfrentamento contra o COVID-19. 
Art. 2º - A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem será regida pelos seguintes princípios:
I - Universalidade e equidade nas ações e serviços de saúde voltados para a população masculina, abrangendo a disponibilidade de insumos, equipamentos e materiais educativos;
	Universalidade (principio doutrinário do SUS) vem de acesso universal e aparece desde a Constituição Federal. Equidade e integralidade são os outros princípios doutrinários do SUS.
II - Humanização e qualificação da atenção à saúde do homem, com vistas à garantia, promoção e proteção dos direitos do homem, em conformidade com os preceitos éticos e suas peculiaridades socioculturais;
III - Corresponsabilidade quanto à saúde e à qualidade de vida da população masculina, implicando articulação com as diversas áreas do governo e com a sociedade; e
	Quando falamos de corresponsabilidade, estamos falando da questão do auto cuidado do homem. Se não tivermos a colaboração e adesão do paciente à prevenção ou ao tratamento, caso já tenha adoecido, fica complicada a situação. E onde está escrito “implicando articulação com as diversas áreas do governo e sociedade” indica que há uma intersetorialidade. Sempre, no SUS, devemos contar com outros setores do governo. Pode ser na área da educação, e no caso especifico da saúde do homem pode ser na área da saúde do trabalho. É necessário que a sociedade ajude na conscientização que deve haver uma prevenção contra as diversas doenças que acometem o homem. 
IV - Orientação à população masculina, aos familiares e à comunidade sobre a promoção, a prevenção, a proteção, o tratamento e a recuperação dos agravos e das enfermidades do homem. 
Art. 3º - A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem possui as seguintes diretrizes, a serem observadas na elaboração dos planos, programas, projetos e ações de saúde:
I - Integralidade, que abrange:
	a) assistência à saúde do usuário em todos os níveis da atenção, na perspectiva 	de uma linha de cuidado que estabeleça uma dinâmica de referência e de 	contrarreferência entre a atenção básica e as de média e alta complexidade, 	assegurando a continuidade no processo de atenção; 
		Os níveis de atenção são a atenção primária, atenção secundária e 	atenção terciária ou então atenção básica, de média complexidade ou alta 	complexidade. A dinâmica de referência é a quando um médico da atenção 	primária encaminha o paciente para outro médico que atende na atenção 	secundária ou terciária (podendo ser para uma consulta, a realização de um 	exame ou até mesmo uma cirurgia), e a contrarreferência é quando, depois de 	ser devidamente atendido pelo médico da atenção secundária ou terciária, o 	paciente retorna para a atenção primária para dar continuidade ao tratamento. 
	b) compreensão sobre os agravos e a complexidade dos modos de vida e da 	situação social do indivíduo, a fim de promover intervenções sistêmicas que 	envolvam, inclusive, as determinações sociais sobre a saúde e a doença;
II - Organização dos serviços públicos de saúde de modo a acolher e fazer com que o homem se sinta integrado;
	As vezes o homem fica com vergonha de ficar na sala de espera da UBS. O ideal é que todo o ambiente seja organizado de uma maneira que facilite o atendimento do homem. 
III - Implementação hierarquizada da política,priorizando a atenção básica;
	A atenção básica comporta, mais ou menos, 80% dos serviços do SUS, portanto deve ser priorizada. 15% ficam na atenção de media complexidade e 5% na alta complexidade. 
IV - Priorização da atenção básica, com foco na Estratégia de Saúde da Família (ESF);
V - Reorganização das ações de saúde, por meio de uma proposta inclusiva, na qual os homens considerem os serviços de saúde também como espaços masculinos e, por sua vez, os serviços de saúde reconheçam os homens como sujeitos que necessitem de cuidados; e
	O cuidado da saúde do homem é uma via de mão dupla. Há profissionais da saúde que não valorizam a questão da saúde do homem. Hoje em dia isso melhorou. 
VI - Integração da execução da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem às demais políticas, programas, estratégias e ações do Ministério da Saúde.
	Exemplo dado pelo professor: A campanha de vacinação deve ser integrada e estimulada aos usuários do PNSH, pois os homens quase não tomam vacinas. 
Art. 4º São objetivos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem:
I - Promover a mudança de paradigmas no que concerne à percepção da população masculina em relação ao cuidado com a sua saúde e a saúde de sua família;
II - Captar precocemente a população masculina nas atividades de prevenção primária relativa às doenças cardiovasculares e cânceres, entre outros agravos recorrentes;
III - Organizar, implantar, qualificar e humanizar, em todo o território brasileiro, a atenção integral à saúde do homem;
IV - Fortalecer a assistência básica no cuidado com o homem, facilitando e garantindo o acesso e a qualidade da atenção necessária ao enfrentamento dos fatores de risco das doenças e dos agravos à saúde;
V - Capacitar e qualificar os profissionais da rede básica para o correto atendimento à saúde do homem;
VI - Implantar e implementar a atenção à saúde sexual e reprodutiva dos homens, incluindo as ações de planejamento e assistência às disfunções sexuais e reprodutivas, com enfoque na infertilidade;
	Implantar é quando ainda não se tem aquele serviço e implementar é melhorar ou complementar o serviço. Quando há necessidade de um tratamento com uma complexidade maior, ou até mesmo mais caro, pode-se contar com a ajuda de consórcios intermunicipais de saúde.
VII - Ampliar e qualificar a atenção ao planejamento reprodutivo masculino;
VIII - Estimular a participação e a inclusão do homem nas ações de planejamento de sua vida sexual e reprodutiva, enfocando as ações educativas, inclusive no que toca à paternidade;
	Geralmente o homem deixa isso para a mulher cuidar, porém isso está mudando. Na 15ª regional de saúde, tem fila para a realização de vasectomia. A alguns anos atrás, existia a ideia de que a vasectomia com impotência, por ignorância da população. Por isso a equipe, em especial os agentes comunitários de saúde, é tão importante para a disseminação da informação correta. 
IX - Garantir a oferta da contracepção cirúrgica voluntária masculina nos termos da legislação específica;
X - Promover a prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV;
	Praticamente todas as UBSs do Brasil já deixam camisinhas na sala de espera para que a pessoa não precise pedir o preservativo para qualquer pessoa, para que não fique constrangida.
XI - Garantir o acesso aos serviços especializados de atenção secundária e terciária;
XII - Promover a atenção integral à saúde do homem nas populações indígenas, negras, quilombolas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, trabalhadores rurais, homens com deficiência, em situação de risco (moradores de rua), e em situação carcerária, entre outros;
	Deve se ter um cuidado especial com os trabalhadores rurais, pois muitas vezes são deixados de lado, e é necessário realizar a busca ativa para acolher esses trabalhadores no SUS. Professor diz que já tem COVI-19 dentro das penitenciarias. 
XIII - Estimular a articulação das ações governamentais com as da sociedade civil organizada, a fim de possibilitar o protagonismo social na enunciação das reais condições de saúde da população masculina, inclusive no tocante à ampla divulgação das medidas preventivas;
	Aqui vai muito de encontro com o que já discutimos antes que é a questão da intersetorialidade.
XIV -Ampliar o acesso às informações sobre as medidas preventivas contra os agravos e as enfermidades que atingem a população masculina;
XV - Incluir o enfoque de gênero, orientação sexual, identidade de gênero e condição étnico-racial nas ações socioeducativas;
	Nós, profissionais da saúde, temos que ter cuidado, respeito e tolerância com as pessoas.
XVI - Estimular, na população masculina, o cuidado com sua própria saúde, visando à realização de exames preventivos regulares e à adoção de hábitos saudáveis; e
XVII - Aperfeiçoar os sistemas de informação de maneira a possibilitar um melhor monitoramento que permita tomadas de decisão.
	Trabalhar bem os sistemas de informação à saúde, a vigilância epidemiológica para que os dados sejam o mais precisos o possível, pois há muita subnotificação hoje em dia. E muitas vezes os dados estão desatualizados.
Art. 6º Compete aos Estados:
		Estamos cansados de falar para vocês (ui) que o SUS são três esferas de governo: esfera federal (Ministérios da Saúde); esfera estadual (Secretaria Estadual de Saúde); e esfera municipal (Secretaria Municipal de Saúde).
I - Fomentar a implementação e acompanhar, no âmbito de sua competência, a implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem;
II - Estimular e prestar cooperação técnica e financeira aos Municípios visando à implantação e implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, de modo a valorizar e respeitar as diversidades loco-regionais;
III - Acompanhar e avaliar, no âmbito de sua competência, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, promovendo as adequações necessárias, tendo como base o perfil epidemiológico e as especificidades loco-regionais;
	Existem diferenças nas populações nas regiões do Brasil e isso deve ser levado em conta na hora da implantação e implementação dessa política. Existem certas regiões em que os homens são mais machistas (acho que ele quis dizer que esses homens cuidam menos da saúde), e isso deve ser levado em consideração.
IV - Coordenar e implementar, no âmbito estadual, as estratégias nacionais de Educação Permanente dos Trabalhadores do SUS voltadas para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, respeitando-se as especificidades loco-regionais;
V - Promover, na esfera de sua competência, a articulação intersetorial e interinstitucional (entre as instituições) necessária à implementação da Política;
VI - Elaborar e pactuar, no âmbito estadual, protocolos assistenciais, em consonância com as diretrizes nacionais da atenção, apoiando os Municípios na implementação desses protocolos;
	Pactuar (organizar quem faz o que, qual é a competência de cada esfera), pois o SUS é tripartite, os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas. Apoiar o município pois é lá que o homem vive. Professor utilizou exemplo do HIV para falar de pacto: Está pactuado que alguns medicamentos contra o HIV quem paga é o Estado, portanto o paciente deve pega-los na Regional de Saúde.
VII - Promover, junto à população, ações de informação, educação e comunicação em saúde visando difundir a Política;
VIII - Estimular e apoiar, juntamente com o Conselho Estadual de Saúde, o processo de discussão com a participação de todos os setores da sociedade, com foco no controle social, nas questões pertinentes à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem;
IX - Incentivar, junto à rede educacional estadual (principalmente ensino médio), ações educativas que visem à promoção e à atenção à saúde do homem;
X - Capacitação técnica e qualificação dos profissionais de saúde para atendimento do homem; e
XI - Analisar os indicadores que permitam aos gestores monitorar as ações e serviços e avaliar seu impacto, redefinindo as estratégias e/ou atividadesque se fizerem necessárias.
	O sistema de informação à saúde deve ser alimentado para que esses indicadores sejam precisos, para que o sistema esteja sempre melhorando.

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