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1 Mercado de Capitais O segmento do Mercado de Capitais é considerado por alguns teóricos como o mais importante dos quatro segmentos, e em termos práticos é o segmento que interessa a 100% dos empresários. Porque é o que estabelece a transação dos recursos de quem dispõe em poupança que são os investidores, para os que necessitam desses recursos. Então o Mercado de Capitais propicia transferência desses recursos tanto em médio prazo (para capital de giro, que é um capital de equilíbrio das operações de uma empresa) quanto para longo prazo (capital de investimento ou capital fixo). O Mercado de Capitais é constituído pelos “atores” do mercado financeiro que atuam nessas operações: instituições financeiras bancárias (bancos comerciais, bancos múltiplos e caixas econômicas), instituições financeiras não bancárias (bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, sociedades de credito, sociedades de arrendamento mercantil, sociedades de credito imobiliário, cooperativas de credito), instituições auxiliares (bolsa de valores, corretoras, distribuidoras, agentes autônomos de investimento), instituições não financeiras (sociedades de fomento comercial ou factoring, seguradoras). Principais produtos de investimentos do mercado de capitais: 1. Ações: negociação de um percentual do capital social de empresa SA, uma forma da empresa viabilizar recursos captando “sócios”. 2. Opções sobre ações: é negociação de um direito de compra (ou venda) de ações a um preço prefixado (preço de exercício) em um determinado período. DISCIPLINA Mercado Financeiro e de Capitais PROFESSOR Angela Menezes 2 3. Depositary Receipts (DR): são recibos/certificados de deposito, onde empresas captam recursos financeiros no mercado internacional via emissão dos Depositary Receipts (DR´s). Quando lançados nos EUA chamados de ADR´s e quando negociados em outros países chamados de IDR ou GDR. 4. Brazilian Depositary Receipts: são recibos/certificados de deposito emitidos por empresas SA sediadas no exterior, e negociados no Brasil. 5. Debêntures: títulos de dívida de longo prazo normatizadas pela CVM. Principais produtos de investimentos de renda fixa 1. Letras de câmbio: são papeis emitidos por empresas que financiam contratos de crédito, sendo aceitas pelas instituições financeiras que participam da operação. Então são vendidas a investidores. 2. Certificados/recibos de depósitos bancários (CDB/RDB): é uma espécie de titulo de divida, ou uma obrigação de pagamento futura de um capital aplicado em um prazo fixo em uma instituição financeira. Esse valor destina-se por sua vez a financiamento de capital de giro das empresas. Diferença básica entre eles é que CDB é transferível por endosso e negociável, os RDB´s são nominativos e intransferíveis. 3. Caderneta de Poupança: mais tradicional e oferece menos rentabilidade histórica que a media. Esse valor destina-se por sua vez, em grande parte, a financiamento imobiliário do Sistema Financeiro de Habitação. 4. Letras hipotecárias (LH): títulos emitidos por instituições financeiras. Esse valor destina-se por sua vez, ao financiamento imobiliário. 5. Letras imobiliárias (LI): são títulos emitidos por instituições do sistema habitacional (Sociedades de Crédito Imobiliário, Caixa Econômica Federal). Esse valor destina-se por sua vez, ao financiamento imobiliário (para construtores e clientes). 6. Letra de Câmbio do Agronegócio (LCA): títulos emitidos por instituições financeiras. Esse valor destina-se por sua vez, ao financiamento do agronegócio. 7. Warrants: título que permite ao titular direito de negociar um ativo (comprar ou vender) por um preço prefixado (preço de exercício) em um determinado período. 3 8. Título conversível: similar ao warrant, a diferença é que o titular tem o direito de trocar o ativo por outro ao invés de comprar. 9. Letra Financeira (LF): títulos emitidos por instituições financeiras, com objetivo principal de alinhar o descasamento de prazos entre ativos e passivos bancários. Principais produtos de financiamentos no mercado de capitais: 1. Financiamento de capital de giro: realizado por bancos com objetivo de financiar necessidades de capital de giro das empresas. Operação de curto/médio prazo. 2. Operações de repasses: instituições financeiras contratam empréstimos no mercado de capitais e repassam a empresas. Para investimentos de longo prazo. Realizado principalmente pelos bancos públicos (BNDES, Bancos Regionais de Desenvolvimento, Caixa Econômica e Banco do Brasil). 3. Arrendamento mercantil: ou leasing, é uma operação de arrendamento onde a empresa pode ter ao final do contrato a opção de adquirir o ativo. 4. Oferta pública de ações e debêntures: é uma forma das empresas captarem recursos no mercado de capitais sem incorrer em uma “despesa” financeira. 5. Securitização de recebíveis: operação onde o tomador de recurso oferece um ativo a receber em futuro 6. Mercado de bônus (bonds): os próprios tomadores captam recursos emitindo seus títulos de dividas. Nesse caso os bancos geralmente atuam como intermediários nos lançamentos dos títulos, porque os investidores adquirem bonds “diretamente” dos tomadores. 7. Rating das dívidas e bônus de alto risco: similar ao anterior, mas valores maiores, empresas classificadas por agencias de rating. 8. Forfaiting: títulos referentes a operações de exportação de empresas brasileiras. Destina-se a empresas exportadoras. 9. FGC – Fundo Garantidor de Crédito: oferecer garantia a algumas operações (depósitos a vista, contas de poupança, CDB´s, dentre outros) observando limites determinados em caso de instituições financeiras sofrerem falência. Site oficial: https://www.fgc.org.br/. 4 Mercado Cambial Esse segmento é onde são transacionadas operações de compras e vendas de moedas. O Mercado Cambial é constituído por: operadores de comércio internacional e instituições financeiras. Também por investidores e bancos centrais quando realizam exportações e importações, pagamentos de dívidas, royalties ou recebimentos de capitais e outros valores. No Brasil o Mercado de Cambio é dividido em: Mercado de câmbio comercial ou de taxas livres: nesse mercado as taxas incluem as taxas de importações/exportações, além de juros. Esse mercado tem correlação com a balança comercial do pais. Mercado de câmbio turismo de taxas flutuantes: as taxas nesse mercado tem a ver com as negociações de moeda das operadoras de turismo. Swap Swap é uma operação de cambio onde as partes trocam posições entre si. Taxa de câmbio e a Ptax A relação de valor de uma moeda sobre a outra é chamada de taxa de cambio, que é a relação de paridade entre duas moedas. Ptax: indicador do BACEN como referência para cotação das moedas estrangeiras negociadas no pais. É calculada para todas as moedas, como a média aritmética das taxas divulgadas pelos maiores bancos, não considerando volume das operações. Cupom cambial cupom cambial: é a diferença entre a taxa básica de juros da economia (Selic) e a variação da taxa de câmbio de um período. Utilizado como referencia em decisões de investimento em moeda estrangeira. 5 Taxas internacionais de juros São taxas para decisões de operações de captação de recursos financeiros no exterior. As taxas internacionais são: libor (London Interbank Offered Rate): uma taxa interbancária do mercado inglês para referencia para operações internacionais de financiamentos entre instituições financeiras, com base nessa taxa os bancos determinam juros dos seus empréstimos. As taxas das operações de repasses externos no Brasil geralmente são “libor + taxa spread”. prime rate: uma taxa interbancária do mercado americano para referencia para operações internacionais de financiamento para instituições financeirase empresas. A ideia nessa aula foi de sintetizar estrutura, função e principais produtos que compõem esses dois segmentos de mercados do nosso Mercado Financeiro: o Mercado de Capitais e o Mercado Cambial.
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