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Resinas Compostas nos últimos 10 anos - 
Revisão da Literatura. Parte 1: Composição Química
1. Universidade Federal de Uberlândia, 
Faculdade de Odontologia, Disciplina de 
Dentís�ca (Uberlândia/MG, Brasil).
2. Universidade Federal de Uberlândia, 
Faculdade de Odontologia, Grupo de 
Pesquisa LCNC (Uberlândia/MG, Brasil).
3. Pós-Doutor em Odontologia, Univers� 
of Illinois at Chicago, College of 
Den�stry (Chicago/IL, EUA).
4. Universidade Federal de Uberlândia, 
Faculdade de Odontologia, Curso 
de Graduação em Odontologia 
(Uberlândia/MG, Brasil).
5. Universidade Federal de Uberlândia, 
Faculdade de Odontologia, Programa 
de Pós-Graduação em Odontologia 
(Uberlândia/MG, Brasil).
6. Universidade Federal de Uberlândia, 
Escola Técnica de Saúde (Uberlândia/
MG, Brasil).
7. Doutor em Odontologia, Universidade 
Federal de Uberlândia, Faculdade de 
Odontologia (Uberlândia/MG, Brasil).
RESUMO
Introdução: esta revisão é a primeira parte de uma sequência de seis ar�gos sobre 
as mudanças que impactaram as resinas compostas na úl�ma década (Composição, 
Propriedades, Fotoa�vação, Sensibilidade Pós-Operatória, Alteração de Cor e Longe-
vidade). As  resinas compostas passaram por uma evolução em sua composição que 
possibilitou uma melhora nas suas capacidades físico-químicas e, como resultado, au-
mentando também a sua aplicação clínica na Odontologia. Obje�vos: essa revisão 
teve como obje�vo realizar uma busca na litera§ra sobre os principais componentes 
encontrados nas resinas compostas e suas influências clínicas no processo restaura-
dor. Métodos: uma busca u�lizando diversos termos sobre o assunto foi realizada na 
plataforma PubMed e, após a lei§ra do tí§lo e resumo, foram selecionados 50 ar�gos, 
que foram lidos na íntegra, sendo 30 desses u�lizados nessa revisão. Também foi rea-
lizada busca nas referências dos ar�gos selecionados. O perfil técnico do fabricante 
foi realizado para 23 resinas compostas diferentes. Resultados: analisando os resulta-
dos ob�dos, pode-se observar que a maioria das resinas compostas é cons�§ída de 
monômeros diacrilatos (Bis-GMA, UDMA, TEGDMA), partículas à base de zircônia, síli-
ca e bário, e canforoquinona como fotoiniciador. Conclusão: as melhorias envolvendo 
componentes como matriz orgânica, matriz inorgânica, agente de união, fotoiniciador e 
inibidores proporcionaram uma melhora na qualidade esté�ca das resinas compostas, 
o que levou à sua popularização. A composição das resinas é variável e interfere direta-
mente nas suas propriedades mecânicas e físicas, influenciando também na qualidade 
e sucesso clínico do tratamento restaurador. Assim, é importante que essas informações 
sejam claras e disponibilizadas pelos fabricantes para que haja a correta aplicação do 
material em cada si§ação clínica. 
PALAVRAS-CHAVE: Resina composta. Composição. Compósitos.
Paulo Vinicius Soares1,2,3, Thiago Silva Peres3,4, Amanda Ribeiro Wobido3,5, Alexandre Coelho Machado3,6,7
DOI: h¥ps://doi.org/10.14436/2447-911x.16.1.045-056.oar
45©Dental Press Publishing - J Clin Dent Res. 2019 Jan-Apr;16(1):45-56
ar�go INÉDITO
Resinas compostas nos úl�mos 10 anos - Revisão da Litera�ra. Parte 1: composição químicaSoares PV, Peres TS, Wobido AR, Machado AC
46 ©Dental Press Publishing - J Clin Dent Res. 2019 Jan-Apr;16(1):45-56
INTRODUÇÃO
N
o começo dos anos 60, o pesquisador Bowen1 estudou re-
sinas epóxicas reforçadas com carga, e constatou que o 
material apresentava propriedades negativas, pois exibia 
baixa velocidade de polimerização e fácil alteração de cor, mo-
tivando-o a combinar resinas epóxicas e acrílicas. Diante dessa 
perspectiva, na década de 1970, iniciou-se o desenvolvimento das 
resinas fotopolimerizáveis2. Por meio de estudos e pesquisas, essas 
resinas tornaram-se cada vez mais resistentes ao desgaste, mais 
estáveis em relação à estabilidade de cor e com maior tempo de 
reação de polimerização, quando comparadas às resinas quimi-
camente polimerizáveis3,4. Entretanto, mesmo com esses avanços, 
as resinas compostas ainda apresentavam baixa resistência ao 
desgaste mecânico, devido ao tamanho das partículas de car-
ga empregadas2. Para amenizar os danos dessa característica, 
pesquisadores desenvolveram meios de diminuir o tamanho das 
partículas de carga, possibilitando resinas com maior conteúdo 
de carga inorgânica e, consequentemente, melhores propriedades 
mecânicas2. Dessa forma, a evolução desses compósitos permitiu 
uma ampla indicação das resinas compostas fotopolimerizáveis 
na prática clínica de diversas especialidades5. 
Entre essas indicações, destacam-se procedimentos restaurado-
res diretos e indiretos; selantes de fissuras; restaurações provisórias; 
cimentos resinosos para cimentação de restaurações cerâmicas e 
aparelhos ortodôn�cos; além de cimentos endodôn�cos6. Essa gran-
de aplicabilidade clínica dos materiais resinosos é possível devido ao 
favorável desempenho clínico (longevidade e manutenção da esté-
�ca), maior conservação dos tecidos dentários, e formação de cor-
po único. Esse desempenho é dependente da com-
posição da resina, pois a cons�§ição qualita�va 
e quan�ta�va do material reflete nas propriedades 
mecânicas, biocompa�bilidade, qualidade esté�ca 
e na capacidade de adesão à estru§ra dentária 
em esmalte e den�na dos compósitos6,7.
As resinas compostas são cons�§ídas das seguin-
tes fases: orgânica (matriz), inorgânica (carga) e o 
agente de união (silano)5,8. A fase orgânica de com-
pósitos resinosos é cons�§ída por dimetacrilatos, 
sendo os mais comuns o dimetacrilato de diglici-
dilabisfenol A (Bis-GMA), a versão etoxilada do di-
metacrilato (BisEMA), dimetacrilato de trie�lenogli-
col (TEGDMA) e dimetacrilato de uretano (UDMA)9. 
A  polimerização dos dimetacrilatos através da 
a�vação por luz resulta em uma rede de polímeros 
cujas propriedades físico-químicas dependem do 
grau de conversão e da união dos monômeros10. 
Para ocorrer a polimerização, a luz deve a�var os 
fotoiniciadores presentes nas diversas formas de 
aplicação dos compósitos resinosos. Os fotoinicia-
dores são responsáveis pela geração de radicais 
livres que darão início ao processo de polimeriza-
ção11, e o mais encontrado nas resinas compostas 
é a canforoquinona. Entretanto, devido ao aspecto 
amarelado da canforoquinona, algumas formula-
ções comerciais u�lizam outros fotoiniciadores as-
sociados, como PPD, Lucirin TPO e Irgacure 8196.
Resinas compostas nos úl�mos 10 anos - Revisão da Litera�ra. Parte 1: composição químicaSoares PV, Peres TS, Wobido AR, Machado AC
47©Dental Press Publishing - J Clin Dent Res. 2019 Jan-Apr;16(1):45-56
As partículas de carga inorgânica são utilizadas nos compósitos 
odontológicos com o objetivo principal de aumentar a resistên-
cia do material11,12. Materiais como quartzo, sílica coloidal, sílica 
de vidro contendo bário, estrôncio e zircônia têm sido comumente 
utilizados nos compósitos como diferentes tipos de partículas de 
carga inorgânica13,14. As características das partículas de carga, 
em particular o tamanho, serão utilizadas para classificar as resi-
nas compostas quanto à composição inorgânica6. O formato das 
partículas de carga varia entre formas irregulares ou esféricas, e 
o tamanho das partículas varia de 10 µm até 0,005 µm15. Essas di-
ferenças influenciam a rugosidade, o polimento, a resistência ao 
desgaste, além de outras propriedades mecânicas como resistên-
cia à tração e compressão16-21.
As fases orgânica e inorgânica da resina composta são responsáveis 
pela ampla aplicabilidade clínica das resinas compostas; entretanto, 
é necessário um agente promotor de união química entre esses com-
ponentes: o silano22 . A silanização deve envolver toda a superfície 
das partículas inorgânicas, para promover melhora da propriedades 
mecânicas, tais como resistência à flexão e à tração, tenacidade à 
fra§ra e aumentar o módulo de elas�cidade23,24. Além disso, a pre-
sença do agentede união silano reduz a degradação por hidrólise, 
evitando a penetração de água na interface carga/matriz22. 
Considerando a Odontologia adesiva e o histórico de desenvolvi-
mento dos compósitos resinosos, a resina composta fotopolime-
rizável tem se tornado cada vez mais indicada e aplicada clini-
camente. Contudo, para maior longevidade e previsibilidade dos 
procedimentos, é importante conhecer a composição do mate-
rial. Essa é a primeira parte de seis temas relevantes sobre resinas 
compostas abordados na última década: Com-
posição, Propriedades, Fotoativação, Sensibili-
dade Pós-Operatória, Alteração de Cor e Longe-
vidade. Portanto, o objetivo da presente revisão 
é realizar uma análise da literatura sobre a cons-
tituição dos compósitos resinosos disponíveis e 
utilizados na Odontologia na última década.
MATERIAL E MÉTODOS
Para o levantamento das referências, foi utiliza-
da a combinação dos termos “monomers”, “fil-
ler”, “proportion”, “photoinitiator”, “canforoqui-
nona”, “BAPO”, “Lucirin”, “TPO”, “sílica”, “barium”, 
“zircônia”, “nano”, “micro”, “hibrid” e “composite 
resin”. Os artigos foram captados da platafor-
ma PubMed e, após leitura do título e do resumo, 
restaram 50 artigos, lidos integralmente, sendo 
30 utilizados nessa revisão. Além disso, também 
foi feito o levantamento do perfil técnico dos fa-
bricantes de 23 resinas compostas. Houve, ain-
da, uma busca adicional utilizando contrarrefe-
rências, e os artigos que se encaixavam no perfil 
do estudo foram utilizados. Os dados obtidos 
foram interpretados e discutidos, e os resulta-
dos, inseridos em tabela identificando e classifi-
cando a resina composta quanto ao tamanho e 
tipo da partícula de carga, composição mono-
mérica e porcentagem do conteúdo inorgânico 
em peso e volume (Tab. 1).
Resinas compostas nos úl�mos 10 anos - Revisão da Litera�ra. Parte 1: composição químicaSoares PV, Peres TS, Wobido AR, Machado AC
48 ©Dental Press Publishing - J Clin Dent Res. 2019 Jan-Apr;16(1):45-56
PRODUTO FABRICANTE TIPO MATRIZ TAMANHO DE PARTÍCULA TIPO DE PARTÍCULA PESO% VOLUME% FOTOINICIADOR
Filtek P60 3M ESPE, St. Paul, MN, EUA Híbrida Bis-GMA, Bis-EMA, UDMA 0,01 – 3,5 µm Zircônia e sílica 83% 61% N.D.E.
Filtek Z100 3M ESPE, St. Paul, MN, EUA Micro-híbrida Bis-GMA, TEGDMA 0,01 – 3,5 µm Zircônia e sílica N.D.E. 66% N.D.E.
Filtek Z250 3M ESPE, St. Paul, MN, EUA Micro-híbrida Bis-GMA, Bis-EMA, UDMA 0,01 – 3,5 µm Zircônia e sílica 82% 60% N.D.E.
Filtek Z350 3M ESPE, St. Paul, MN, EUA Nanopar�culada Bis-GMA, Bis-EMA, UDMA, PEGDMA, TEGMA
Sílica 0,02 µm/zircônia 
0,004 – 0,011 µm
Partículas de nanoagregados de sílica /zircônia; clusters 
agregados de sílica/zircônia
78,5% 63,3% CQ/amina
Point 4 Kerr, Orange CA, EUA Micropar�culada Bis-GMA, Bis-EMA, TEGDMA 0,4 µm Vidro de bário e sílica 76% 57% N.D.E.
Harmonize Kerr, Orange CA, EUA Nano-híbrida N.D.E. N.D.E. N.D.E. N.D.E. N.D.E. N.D.E.
Herculite Precis Kerr, Orange CA, EUA Nano-híbrida Bis-GMA / TEGMA
30 – 50 µm / 0,02 – 0,05 µm / 
(média 0,4 µm)
Partículas pré-polimerizadas / Nanopartículas de sílica / 
Partículas híbridas (vidro de bário)
78% 59% N.D.E.
Beau�fil II Shofu Inc, Kyoto, Japão Nano-híbrida
Bis-GMA
TEGMA
0,01 – 4,0 µm / 
(média 0,8 µm)
0,01 – 0,02 µm
Preenchimento mul�funcional de vidro e preenchimento de 
s-prg baseado em vidro de silicato de fluorboroalumínio
83,3% 68,6% N.D.E.
Palfique LX5 Tokuyama Dental, Tokyo, Japão Micro-híbrida Bis-GMA, TEGDMA 0,1 – 0,3 µm (média 0,2 µm) Sílica / Partícula de zircônia 82% 71% CQ/amina-R.A.P
Ceram-X One Dentsply, Konstanz, Alemanha Nano-híbrida Bis-GMA, TEGDMA, UDMA 1,2 – 1,6 µm
Polissiloxano modificado com metacrilato, vidro de bário-
alumínio-borossilicato, nanopartículas de sílica
77% 55% N.D.E.
Esthet-X HD Dentsply, Milford, DE, EUA Nano-híbrida Bis-GMA, UDMA, Bis-EMA < 1,0 µm / 0,04 µm Nanopartículas de sílica, vidro de fluoborossilicato de bário 77% 60% N.D.E.
Mosaic Ultradent, EUA Nano-híbrida Bis-GMA, Bis-PEGDMA, TEGDMA 0,02 µm Vidro de cerâmica zircônia-sílica N.D.E.
68%den�na
56%esmalte
N.D.E.
Admira
Fusion
VOCO GmbH, Cuchaven, Alemanha
Nano-híbrida
Ormocer
Bis-GMA, HEMA, UDMA, TEGDMA N.D.E. N.D.E. 84% N.D.E. N.D.E.
Grandio VOCO GmbH, Cuchaven, Alemanha Nano-híbrida Bis-GMA, UDMA, TEGDMA
1 µm (cerâmicas)
0,02-0,04 µm (SiO
2
)
Vidro de cerâmica, dióxido de silício, óxido de ferro, dióxido 
de �tânio
87% 71,4% N.D.E.
Charisma Classic Heraeus Kulzer, Hanau, Alemanha Micro-híbrida Bis-GMA, TEGDMA 0,005 – 10 µm
Vidro de bário alumínio fluoretado, partículas 
pré-polimerizadas
78% 61% N.D.E.
Charisma
Diamond
Heraeus Kulzer, Hanau, Alemanha Nano-híbrida TCD-DI-HEA, UDMA, TEGDMA 0,005 – 20 µm Vidro de fluoreto de bário e alumínio 81% 64% N.D.E.
Clearfil AP-X Kuraray Medical Inc., Okayama, Japão Micro-híbrida N.D.E. 0,1 – 15 µm Vidro de bário / Sílica 86% 70% N.D.E.
Clearfil MajesË 
Posterior
Kuraray Medical Inc., Okayama, Japão Nano-híbrida Bis-GMA, TEDGMA, UDMA 0,02 – 1,5 µm Alumínio, vidro de cerâmica e bário 92% 82% N.D.E.
IPS EmpressDirect Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein Nano-híbrida Bis-GMA, UDMA, TCDD
0,04 – 3µm
(média 0,55 µm)
Vidro de fluorossilicato de alumínio e bário, partículas de vidro 
de bário, óxido misto e copolímeros
71,8% N.D.E.
CQ/amina + Lucirin 
TPO
Tetric N-Ceram Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein Nano-híbrida Bis-GMA, UDMA 3,0 – 0,04 µm Vidro de bário, trifluoreto de itérbio, óxido misto e copolímeros 80-81% 55-57% N.D.E.
Opallis FGM Produtos Odontológicos, Joinville, SC, Brasil Nanopar�culada Bis-GMA, Bis-EMA, TEDGMA, UDMA
0,04 – 3,0 µm
(média 0,5 µm)
Vidro de bário-alumínio, silicato silanido, nanopartículas de 
dióxido de silício
78,5%-
79,8%
57%-58% CQ/amina
Vitra APS FGM Produtos Odontológicos, Joinville, SC, Brasil Nanopar�culada Formulação livre de Bis-GMA e Bis-EMA 0,2 µm Partículas de zircônia, sílica 72%-80% 52%-60% N.D.E.
Luna SDI, Germany, GmbH Hansestrasse Nano-híbrida N.D.E. 0,04 – 1,5 µm N.D.E. 77,5% 61% N.D.E.
Tabela 1: 
Caracterís�cas de composição das resinas compostas de diferentes fabricantes.
Abreviações: DNE = dado não encontrado (informação técnica não citada na bula do produto, no site do fabricante e/ou em ar�gos); TCD-DI-HEA 
(Ácido 2-propenóico(octa-hidro-4,7-metano-1H-indeno-5-di-il) -bis (me�leno-quinoleiloxi-2,1-etanodi-il) éster); CQ (canforoquinona); 
Paulo vinicius Soares
Paulo vinicius Soares
N.D.E
Resinas compostas nos úl�mos 10 anos - Revisão da Litera�ra. Parte 1: composição químicaSoares PV, Peres TS, Wobido AR, Machado AC
49©Dental Press Publishing - J Clin Dent Res. 2019 Jan-Apr;16(1):45-56
PRODUTO FABRICANTE TIPO MATRIZ TAMANHO DE PARTÍCULA TIPO DE PARTÍCULA PESO% VOLUME% FOTOINICIADOR
Filtek P60 3M ESPE, St. Paul, MN, EUA Híbrida Bis-GMA, Bis-EMA, UDMA 0,01 – 3,5 µm Zircônia e sílica 83% 61% N.D.E.
Filtek Z100 3M ESPE, St. Paul, MN, EUA Micro-híbrida Bis-GMA, TEGDMA 0,01 – 3,5 µm Zircônia e sílica N.D.E. 66% N.D.E.
Filtek Z250 3M ESPE, St. Paul, MN, EUA Micro-híbrida Bis-GMA, Bis-EMA, UDMA 0,01 – 3,5 µm Zircônia e sílica 82% 60% N.D.E.
Filtek Z350 3M ESPE, St. Paul, MN, EUA Nanopar�culada Bis-GMA, Bis-EMA, UDMA, PEGDMA, TEGMA
Sílica 0,02 µm/zircônia 
0,004 – 0,011 µm
Partículas de nanoagregados de sílica /zircônia; clusters 
agregados de sílica/zircônia
78,5% 63,3% CQ/amina
Point 4 Kerr, Orange CA, EUA Micropar�culada Bis-GMA, Bis-EMA, TEGDMA 0,4 µm Vidro de bário e sílica 76% 57% N.D.E.
Harmonize Kerr, Orange CA, EUA Nano-híbrida N.D.E. N.D.E. N.D.E. N.D.E. N.D.E. N.D.E.
Herculite Precis Kerr, Orange CA, EUA Nano-híbrida Bis-GMA / TEGMA
30 – 50 µm / 0,02 – 0,05 µm / 
(média 0,4 µm)
Partículas pré-polimerizadas / Nanopartículas de sílica / 
Partículas híbridas (vidro de bário)
78% 59% N.D.E.
Beau�fil II Shofu Inc, Kyoto, Japão Nano-híbrida
Bis-GMA
TEGMA
0,01 – 4,0 µm / 
(média 0,8 µm)
0,01 – 0,02 µm
Preenchimento mul�funcional de vidro e preenchimento de 
s-prg baseado em vidro de silicato de fluorboroalumínio
83,3% 68,6% N.D.E.
PalfiqueLX5 Tokuyama Dental, Tokyo, Japão Micro-híbrida Bis-GMA, TEGDMA 0,1 – 0,3 µm (média 0,2 µm) Sílica / Partícula de zircônia 82% 71% CQ/amina-R.A.P
Ceram-X One Dentsply, Konstanz, Alemanha Nano-híbrida Bis-GMA, TEGDMA, UDMA 1,2 – 1,6 µm
Polissiloxano modificado com metacrilato, vidro de bário-
alumínio-borossilicato, nanopartículas de sílica
77% 55% N.D.E.
Esthet-X HD Dentsply, Milford, DE, EUA Nano-híbrida Bis-GMA, UDMA, Bis-EMA < 1,0 µm / 0,04 µm Nanopartículas de sílica, vidro de fluoborossilicato de bário 77% 60% N.D.E.
Mosaic Ultradent, EUA Nano-híbrida Bis-GMA, Bis-PEGDMA, TEGDMA 0,02 µm Vidro de cerâmica zircônia-sílica N.D.E.
68%den�na
56%esmalte
N.D.E.
Admira
Fusion
VOCO GmbH, Cuchaven, Alemanha
Nano-híbrida
Ormocer
Bis-GMA, HEMA, UDMA, TEGDMA N.D.E. N.D.E. 84% N.D.E. N.D.E.
Grandio VOCO GmbH, Cuchaven, Alemanha Nano-híbrida Bis-GMA, UDMA, TEGDMA
1 µm (cerâmicas)
0,02-0,04 µm (SiO
2
)
Vidro de cerâmica, dióxido de silício, óxido de ferro, dióxido 
de �tânio
87% 71,4% N.D.E.
Charisma Classic Heraeus Kulzer, Hanau, Alemanha Micro-híbrida Bis-GMA, TEGDMA 0,005 – 10 µm
Vidro de bário alumínio fluoretado, partículas 
pré-polimerizadas
78% 61% N.D.E.
Charisma
Diamond
Heraeus Kulzer, Hanau, Alemanha Nano-híbrida TCD-DI-HEA, UDMA, TEGDMA 0,005 – 20 µm Vidro de fluoreto de bário e alumínio 81% 64% N.D.E.
Clearfil AP-X Kuraray Medical Inc., Okayama, Japão Micro-híbrida N.D.E. 0,1 – 15 µm Vidro de bário / Sílica 86% 70% N.D.E.
Clearfil MajesË 
Posterior
Kuraray Medical Inc., Okayama, Japão Nano-híbrida Bis-GMA, TEDGMA, UDMA 0,02 – 1,5 µm Alumínio, vidro de cerâmica e bário 92% 82% N.D.E.
IPS EmpressDirect Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein Nano-híbrida Bis-GMA, UDMA, TCDD
0,04 – 3µm
(média 0,55 µm)
Vidro de fluorossilicato de alumínio e bário, partículas de vidro 
de bário, óxido misto e copolímeros
71,8% N.D.E.
CQ/amina + Lucirin 
TPO
Tetric N-Ceram Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein Nano-híbrida Bis-GMA, UDMA 3,0 – 0,04 µm Vidro de bário, trifluoreto de itérbio, óxido misto e copolímeros 80-81% 55-57% N.D.E.
Opallis FGM Produtos Odontológicos, Joinville, SC, Brasil Nanopar�culada Bis-GMA, Bis-EMA, TEDGMA, UDMA
0,04 – 3,0 µm
(média 0,5 µm)
Vidro de bário-alumínio, silicato silanido, nanopartículas de 
dióxido de silício
78,5%-
79,8%
57%-58% CQ/amina
Vitra APS FGM Produtos Odontológicos, Joinville, SC, Brasil Nanopar�culada Formulação livre de Bis-GMA e Bis-EMA 0,2 µm Partículas de zircônia, sílica 72%-80% 52%-60% N.D.E.
Luna SDI, Germany, GmbH Hansestrasse Nano-híbrida N.D.E. 0,04 – 1,5 µm N.D.E. 77,5% 61% N.D.E.
TPO (Óxido de trime�lbenzoil-difenilfosfina); Bis-GMA (bisfenol-A glicidil metacrilato); UDMA (uretano dimetacrilato); TEDGMA (trie�leno glicol dimetacrilato); Bis-EMA 
(glicidil dimetacrilato etoxilado); PEGDMA (dimetacrilato de polie�lenoglicol); HEMA (metacrilato de hidroxime�lo); TCDD (dimetacrilato de dimetanol triciclodecano).
Resinas compostas nos úl�mos 10 anos - Revisão da Litera�ra. Parte 1: composição químicaSoares PV, Peres TS, Wobido AR, Machado AC
50 ©Dental Press Publishing - J Clin Dent Res. 2019 Jan-Apr;16(1):45-56
RESULTADOS
A maior parte das resinas compostas é cons�§ída 
de monômeros diacrilatos aromá�cos ou alifá�cos. 
Os monômeros dimetacrilatos mais u�lizados são 
Bis-GMA, UDMA e o TEGDMA. Já em relação ao 
conteúdo inorgânico, a composição mais encontrada é de partículas 
de borossilicato, silicato de alumínio, silicato de lí�o-alumínio, fluore-
to de itérbio, vidro de bário, estrôncio e zircônia. A canforoquinona é o 
fotoiniciador mais presente e o MPTS é o silano mais encontrado nas 
resinas compotas. A Figura 1 apresenta a cronologia da evolução da 
composição das resinas.
Figura 1: 
Cronologia de desenvolvimento de compósitos odontológicos quanto aos monômeros, partículas de carga, tecnologias do sistema adesivo e de 
a�vação da fotopolimerização.
Compósitos 
não aderidos
Desenvolvimento
original
Compósitos 
macropar�culados
e de a�vação 
química
Compósitos de
nanopartículas e 
nanohíbridos
Compósitos híbridos 
de partículas 
pequenas
Compósitos 
micropar�culados
Compósitos de
contração 
baixa/controlada
LEDs Poliwave
Polimerização por
luz visível (QTH, 
PAC, laser e Led)
Polimerização por
luz UV
Autopolimerizáveis
(polimerização 
química)
Compósitos 
de partícula 
média
Compósitos 
híbridos de 
partícula 
média
Compósitos 
de partícula 
média
Compósitos 
condensáveis
Compósitos 
fluidos
Condicionamento 
ácido e adesão 
ao esmalte
Adesão à 
den�na
Sistema de adesão 
de 3, 2 e 1 frasco
Resina com redução 
de Canforoquinona 
Novos fotoiniciadores
20182010200019901980197019601950
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DISCUSSÃO
Monômeros
Resinas à base de dimetacrilatos possuem diversas aplicações na 
Odontologia Restauradora e, desde a sua introdução no mercado, 
pesquisas têm se concentrado em melhorar as formulações que usam 
esses monômeros, para aumentar sua performance clínica9. En-
tre eles, o Bis-GMA tem sido o monômero mais u�lizado na composi-
ção das resinas compostas, pois sua cadeia longa e rígida, com du-
plas ligações de carbonos, rea�vas nas extremidades, e seu extenso 
comprimento conferem menor tensão de contração, além dos anéis 
aromá�cos no centro serem capazes de gerar uma maior resistência. 
Devido à alta viscosidade, o Bis-GMA deve ser associado a outros 
monômeros de baixo peso molecular, o que possibilita a incorpora-
ção de iniciadores, inibidores e partículas de carga; além de melhorar 
a esculpibilidade da resina15,25. 
O TEGDMA é um monômero altamente flexível, de baixo peso mo-
lecular e baixa viscosidade; suas caracterís�cas contribuem para a 
alta mobilidade durante a polimerização, consequentemente geran-
do uma melhora na polimerização 26. No entanto, compósitos conten-
do grandes quan�dades de TEGDMA podem contrair mais e, conse-
quentemente, gerar maior tensão de contração residual27.
Os monômeros mais u�lizados como diluentes para o Bis-GMA são 
o dimetacrilato de e�lenoglicol (EGDMA), o dimetacrilato de trie�-
lenoglicol (TEGDMA) e o dimetacrilato de uretano (UDMA). Porém, a 
u�lização de monômeros de baixo peso molecular resulta em uma 
maior contração de polimerização, diminuindo as vantagens do uso 
do Bis-GMA e, em geral, quanto maior a u�lização desses monôme-
ros, maior será a contração de polimerização e as 
chances de infiltração marginal15,25. 
Carga inorgânica
As resinas compostas têm em sua composição cer-
ca de 30 a 70% em volume e 50 a 80% do seu peso 
em partículas de carga que são capazes de conferir 
às resinas compostas uma melhora em suas proprie-
dades químicas e físicas, tornando-as mais resisten-
tes às condições diversas encontradas na cavidade 
bucal. A maior quan�dade de carga inorgânica pro-
move melhoras na resistência à compressão, tração, 
módulos de elas�cidade e de tenacidade. Para que 
isso ocorra, o volume das resinas deve ser de aproxi-
madamente 70% de partículas inorgânicas15. 
O acréscimo de partículas de carga na matriz das 
resinas compostas é capaz de amenizar os valores 
de tensão de contração de polimerização, que fi-
cam em torno de 1 a 4%; e, além disso, conferir um 
coeficiente de expansão térmica mais próximo ao 
do esmalte, assim diminuindo a tensão na interface 
dente-resina15. Além disso, as partículas de carga 
inorgânicas são capazes de interferir na viscosida-
de, alterando significa�vamente as caracterís�cas 
clínicas de manipulação do composto, além do 
que o alto conteúdo de carga inorgânica é capaz 
de diminuir a sorção de água, tornando as resinas 
compostas menos suscetíveis ao desgaste abrasi-
vo e ao manchamento15. 
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Algumas partículas adicionadas à matriz — como 
Ba, Sr, Zn e YbF
3
 — conferem às resinas compostas 
graus de radiopacidade semelhantes ao esmal-
te, fator que torna importante para o diagnós�co 
de cáries secundárias. As resinas compostas po-
dem ser classificadas, de acordo com o tamanho 
de suas partículas, em: micropar�culadas (0,01 a 
0,1 μm), híbridas (0,01 a 10 μm) e nano-híbridas/na-
nopar�culadas (0,001 a 0,1 μm)15. As resinas com-
postas classificadas como nano-híbridas possuem 
nanopartículas em compósitos do �po híbrido, as 
quais podem “preencher” as regiões entre as par-
tículas maiores, perm�ndo maiores frações volu-
métricas de carga e reduzindo o encolhimento da 
polimerização23. Segundo alguns es§dos, a adição 
de partículas menores proporciona maior resistên-
cia ao desgaste, maior longevidade do polimento, 
além de menor grau de contração de polimeriza-
ção, gerando menor acúmulo de placa e melhor 
estabilidade de cor, resultando em uma maior lon-
gevidade das restaurações15,28. 
Agente de união
A efe�va união entre as partes inorgânica e orgâ-
nica por meio da u�lização de silano tem demons-
trado uma diminuição na degradação e fra§ras, 
e melhora na distribuição de tensão nas resinas 
compostas23. Diversos �pos de silanos podem ser 
u�lizados na formulação dos compósitos odonto-
lógicos. Entre eles, os mais es§dados são o MPTS 
(γ-metacriliox ipropiltrimetoxisilano), o OTMS (n-oc�ltrimetoxisilano), o 
UDMS (3-[1,3(2)]-dimetacriloiloxipropil), RFO 2(3)-oxicarbonillamido]
propiltrietoxisilano), o GPS (γ-glicidoxipropil trimetoxisilano) e o ATES 
(organosilanos allitrietoxisilano)22. No entanto, grande parte das resi-
nas compostas u�liza agente silano MPTS, que promove a união entre 
as matrizes orgânica e inorgânica por meio da copolimerização, me-
diante ligações covalentes e pontes de hidrogênio23,29. Es§dos de-
monstraram que o aumento na concentração do silano (MPTS) levou 
a uma diminuição na viscosidade dos compósitos experimentais, e 
os compósitos com cargas silanizadas têm maior resistência à flexão 
quando comparados com as partículas de carga não silanizadas30. 
Outro fator demonstrado foi o aumento da resistência à degrada-
ção por hidrólise dos diferentes compósitos quando as partículas de 
carga foram tratadas com silano30. A u�lização em compósitos na-
nopar�culados tem demonstrado melhores propriedades mecânicas 
e físicas, devido à presença de uma maior quan�dade de partículas 
inorgânicas e, consequentemente, maior superfície para a adesão 
das moléculas de silano12,23. No geral, o tratamento das partículas de 
carga inorgânica com silano MPTS é capaz de melhorar a resistência 
à flexão dos compósitos e a resistência à degradação por hidrólise30.
Fotoiniciador e inibidor
As resinas compostas têm como principal fotoiniciador a dicetona, 
canforoquinona associada a um agente redutor, podendo ser uma 
amina terciária, que é responsável pela produção de íons radicais que, 
após a exposição à luz visível no comprimento de onda 400-500nm, 
dá início à polimerização31. Esse �po de sistema tem uma boa aceita-
ção e, por isso, ainda é bastante u�lizado. Porém, a canforoquinona 
apresenta algumas pequenas desvantagens, como sua caracterís�ca 
amarelada32 e a presença do grupamento alfa-dicetona, que possui 
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um pico de absorção no alcance da luz ambiente (lâmpadas fluo-
rescentes e refletores). Nesse úl�mo caso, pode ocorrer um rápido 
início da fotopolimerização e causar um curto tempo de trabalho33. 
A§almente, existem outros fotoiniciadores que são adicionados para 
solucionar esses problemas, e que têm mostrado maior grau de con-
versão, quando comparados ao sistema canforoquinona/amina ter-
ciária34,35. Esses sistemas são compostos da adição de Lucirin TPO, 
que possui como caracterís�ca a cor menos amarelada, sendo indi-
cados principalmente para resinas compostas para dentes clareados 
e de maior translucidez36. O espectro de absorção do Lucirin TPO se 
estende de 380 nm até aproximadamente 425nm37. Quando o princi-
pal sistema fotoiniciador de uma resina composta não é a canforo-
quinona, a a�vação do sistema iniciador tem uma absorção de luz 
além do comprimento de onda do LED azul; entretanto, como alguns 
fabricantes não mencionam as especificações do iniciador usado em 
seus produtos, é difícil prever a adequada fotoa�vação de todos os 
�pos de resinas compostas38-40.
Nas resinas compostas ainda são encontradas pequenas quan�da-
des de hidroxitolueno bu�lado (aproximadamente 0,01% em peso), 
que a§a na prevenção da polimerização prema§ra e no prolonga-
mento da vida ú�l da resina, levando a um material mais estável41. 
No entanto, a adição desse componente também é capaz de afetar 
a polimerização das resinas compostas, manter mais lenta de poli-
merização e prolongar a fase pré-gel. Isso irá promover a disposição 
molecular das cadeias poliméricas, dissipar as tensões formadas e, 
após todas as moléculas de hidroxitolueno bu�lado serem consumi-
das, a reação irá acelerar, promovendo o aumento das cadeias poli-
méricas42. Dessa forma, irá ocorrer a formação de um material rígido 
e resistente à deformação plás�ca. Es§dos têm demonstrado que o 
aumento na concentração de hidroxitolueno bu�-
lado (de 0,05 a 1,0%) é capaz de diminuir a taxa de 
acúmulo de estresse, sem causar uma diminuição 
significa�va no grau de conversão final42. Con§do, 
es§dos u�lizando altas concentrações de canfo-
roquinona e hidroxibu�lado (1,5%) demonstraram 
alto grau de conversão, além de perm�r um lento e 
gradual acúmulo de tensão de contração durante 
a polimerização43.   
Propriedades óp�cas
As melhorias nas resinas compostas não só ocor-
reram nas caracterís�cas mecânicas, mas também 
nas óp�cas44. Entre essas evoluções destaca-se 
a redução no tamanho das partículas, que é ca-
paz de possibilitar melhores propriedades óp�cas, 
tanto em compostos nanopar�culados quanto 
híbridos45. Uma vez que a formulação da resina 
composta influencia as propriedades óp�cas46, 
materiais contendo diferentes formulações de mo-
nômeros também podem apresentar diferenças 
de cor e translucidez.47 A alteração da quan�dade 
de Bis-GMA u�lizada na composição das resinas 
compostas é um fator que contribui para a translu-
cidez dos compósitos, podendo ser uma alterna�-
va para o ajuste da translucidez48. 
Ao selecionarmos a cor de uma resina composta, 
devemos ter em mente que a transmissão de luz 
através de tons mais escuros é reduzida, devido 
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à maior opacidade, em comparação com tons 
mais claros, devendo-se tomar cuidado no mo-
mento da fotoa�vação e na espessura dos incre-
mentos49. Deve-se atentar, também, que a seleção 
de cor por meio de escalas pré-fabricadas deve 
ser evitada, pois em uma mesma marca e cor de 
resina haverá diferentes tonalidades, podendo in-
troduzir o erro no processo de seleção de cor. Por 
isso, a confecção de guias personalizados auxilia 
na resolução desses problemas50. 
CONCLUSÃO 
É possível observar que há uma grande varia-
ção na quantidade de compostos utilizados nas 
resinas compostas, que são capazes de alterar 
as propriedades mecânicas e físicas. Portanto, é 
necessário que os fabricantes disponibilizem de 
forma clara os componentes presentes nas resi-
nas compostas, para que haja uma correta apli-
cação clínica. 
COMPOSITE RESIN IN THE LAST 10 YEARS - 
LITERATURE REVIEW. PART 1: CHEMICAL COMPOSITION
ABSTRACT
Introduc�on: This is the first ar�cle of a seriesof six manuscripts 
about composite resins. Composite resins compos�on influence on 
their physico-chemical proper�es and increased survive rates of their 
clinical applica�on in den�stry. Objec�ves: The purpose of this review 
was to perform a litera§re review about the main components found 
in composite resins and their clinical influence in the restora�ve pro-
cess. Methods: A search using several terms was performed on the 
PubMed database and, a³er reading the �tle and abstract, 50 ar�cles 
were selected. These were read in full and 30 were used in this review. 
There was also a search in the references of the selected ar�cles. The 
manufac§rer’s technical profile was analyzed for 23 diÅerent com-
posite resins. Results: The most of the composite resins are composed 
of diacrylate monomers (Bis-GMA, UDMA, TEGDMA); zirconium, silica 
and barium-based are the most cited inorganic par�cles; and cam-
phorquinone was the most used photoin�ator. Conclusion: The im-
provements involving components such as organic matrix, inorganic 
matrix, bonding agent, photoin�ator and inhibitors provided an im-
provement in the aesthe�c qual½ of the composite resins, which led 
to their populariza�on. The compos�on of the resins is variable and 
directly interferes with their mechanical and physical proper�es, also 
influencing the qual½ and clinical success of the restora�ve treatment. 
Therefore, it is important that this informa�on is clear and available by 
the manufac§rers for the correct clinical applica�on of the material. 
KEYWORDS: Composite resin. Compos�on. Composites.
Resinas compostas nos úl�mos 10 anos - Revisão da Litera�ra. Parte 1: composição químicaSoares PV, Peres TS, Wobido AR, Machado AC
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Os autores declaram não ter interesses associa�vos, comerciais, de propriedade 
ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias 
descritos nesse ar�go. 
Endereço para correspondência: Paulo Vinícius Soares
Av. Pará, 1720 - Jd. Umuarama, Uberlândia/MG
E-mail: paulovsoares@yahoo.com.br
Como citar: Soares PV, Peres TS, Wobido AR, Machado AC. Composite resin in 
the last 10 years - Literature Review. Part 1: Chemical composition. J Clin Dent 
Res. 2019 Jan-Apr;16(1):45-56.
Enviado em: 18/10/2018 - Revisado e aceito: 13/12/2018

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