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Rafael Andrade de Medeiros 1 
ALFACON 
11/04/2018 
DIREITO PENAL 
DUELO DE MESTRES 
Sumário 
1. Dos Crimes Contra a Fé Pública e da Falsidade Documental ........................................................... 2 
1.1. Legislação em Referência ................................................................................................................................................................... 6 
1.2. Súmulas .....................................................................................................................................................................................................10 
1.3. Teses de Jurisprudência....................................................................................................................................................................12 
1.3.1. Crimes Contra a Administração Pública ........................................................................................................................12 
1.3.2. Estelionato .....................................................................................................................................................................................13 
1.4. Questões ....................................................................................................................................................................................................14 
1.5. Gabaritos...................................................................................................................................................................................................17 
 
 
 
— “Quanto menos alguém entende, mais quer discordar.” (Getúlio Vargas). 2 
DIREITO PENAL 
DUELO DE MESTRES 
ALFACON 
11/04/2018 
1. Dos Crimes Contra a Fé Pública e da Falsidade Documental 
REQUISITOS: 
1. Imitação da verdade (imi-
tatio veri): 
mediante contrafação (fabricação material), alteração (modi-
ficar o verdadeiro) ou simulação (ideológica ou intelectual). 
2. Dano potencial: 
necessita-se que a falsidade seja potencial a enganar alguém, as-
sim, são crimes formais. 
3. Dolo (elemento subjetivo): 
são exclusivamente dolosos e não há modalidade culposa de 
crime contra a fé pública. 
 
MODALIDADES: 
1. Falsidade material: 
elementos externos (fabricar ou adulterar) — tange-se à 
forma do documento. 
2. Falsidade ideológica: 
elementos internos — o documento é verdadeiro, mas a infor-
mação é falsa, refere-se ao conteúdo do documento. 
3. Falsidade pessoal: 
usurpação de identidade alheia ou imaginária — as qualifica-
ções em geral, tais como: nome, endereço, estado civil, telefone, 
local de trabalho, etc. 
 
VEDAÇÃO: 
1. Não se admite a bagatela 
(princípio da 
insignificância): 
este é o entendimento dos Tribunais Superiores1, porque atinge 
a credulidade da coletividade (fé pública), assim, há 
periculosidade social da ação. 
2. Não se admite o 
arrependimento posterior 
(art. 16, CP):2 
nos crimes contra a fé pública, a vítima é a coletividade como 
um todo, e o bem jurídico tutelado é a fé pública, a qual não é 
suscetível de reparação. 
 
1 “Sob a ótica do bem jurídico tutelado, não pode ser reconhecida a inexistência de periculosidade social da ação. O acórdão 
proferido pela instância ordinária está em confronto com a reiterada jurisprudência desta Corte, firme em assinalar que não se 
aplica o princípio da insignificância aos crimes contra a fé pública.” (STJ, AgInt no REsp 1.347.319/SC, Rel. Min. Rogerio 
Schietti Cruz, julgado em 07/02/2017, 6ª Turma, DJe 16/02/2017). No mesmo sentido: STF, AgR no HC 133.226/SP, 
Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 29/03/2016, 2ª Turma, DJe 28/04/2016. 
2 “Não se aplica o instituto do arrependimento posterior ao crime de moeda falsa. No crime de moeda falsa — cuja consumação 
se dá com a falsificação da moeda, sendo irrelevante eventual dano patrimonial imposto a terceiros —, a vítima é a coletividade 
como um todo, e o bem jurídico tutelado é a fé pública, que não é passível de reparação. Desse modo, os crimes contra a fé 
pública, semelhantes aos demais crimes não patrimoniais em geral, são incompatíveis com o instituto do arrependimento pos-
FALSIDADES
MATERIAL
Elementos 
externos
IDEOLÓGICA
Elementos 
internos
PESSOAL
Usurpação de 
identidade
 
Rafael Andrade de Medeiros 3 
ALFACON 
11/04/2018 
DIREITO PENAL 
DUELO DE MESTRES 
 
 
DEFINIÇÃO JURÍDICO-PENAL DE DOCUMENTO: 
“Todo escrito fixado sobre meio idôneo, provindo de autor determinado e contendo manifestações 
ou declarações de vontade, ou atestações de verdade, aptas a fundamentar ou apoiar uma pretensão 
jurídica ou a provar um fato juridicamente relevante, seja em uma relação processual, seja em qual-
quer outra de natureza jurídica” (MANZINI, apud Nélson Hungria).3 
Com essa definição, costuma-se dividir como requisitos para que um papel seja considerado do-
cumento: 
1. Forma escrita: todo escrito fixado sobre meio idôneo. Formalidade do ato, a transcrição 
do dado a um suporte, convenientemente, formando uma informação. Pode ser escrituras 
(independentemente do idioma)4, manuscritos5, datilografados, digitais, fotografias6, pin-
turas, cartas7, etc., desde que em suporte móvel, como papel, madeira, lápide, entre outros. 
A fotocópia sem autenticação não tem valor probatório8. 
 
terior, dada a impossibilidade material de haver reparação do dano causado ou a restituição da coisa subtraída.” (STJ, Infor-
mativo nº 554, REsp 1.242.294/PR, Rel. p/ac. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/11/2014, 6ª Turma, DJe 
03/02/2015). 
3 HUNGRIA, N. Comentários ao Código Penal. 9. vol. Rio de Janeiro: Forense, 1958, p. 251. 
4 Art. 236, CPP: “Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário, traduzidos 
por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela autoridade.”. 
5 Art. 235, CPP: “A letra e firma dos documentos particulares serão submetidas a exame pericial, quando contestada a sua 
autenticidade.”. 
6 Art. 170, CPP: “Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova perícia. 
Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.”. 
7 Art. 233, CPP: “As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios criminosos, não serão admitidas em juízo. Pará-
grafo único - As cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a defesa de seu direito, ainda que não 
haja consentimento do signatário.”. 
8 Art. 232, CPP: “Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares. Parágrafo 
único - À fotografia do documento, devidamente autenticada, se dará o mesmo valor do original.”. 
C
ri
m
es
 C
o
n
tr
a 
a 
Fé
 P
ú
b
li
ca
Cap. I – Da Moeda Falsa
(Papel Moeda)
Petrechos para falsificação 
de moeda (art. 291)
Cap. II – Da Falsidade de Títulos e 
Outros Papéis Públicos
Petrechos de falsificação 
(art. 294)
Cap. III – Da Falsidade 
Documental
Cap. IV – De Outras Falsidades
Cap. V – Das Fraudes em 
Certames de Interesse Público
 
— “Quanto menos alguém entende, mais quer discordar.” (Getúlio Vargas). 4 
DIREITO PENAL 
DUELO DE MESTRES 
ALFACON 
11/04/2018 
2. Autor certo: provindo de autor determinado. Deve haver a informação de quem elaborou 
ou de quem deveria ser o proprietário, isto é, não do autor da falsidade. Por exemplo, assi-
natura, nome, identificação ou outras qualificações que se possam determinar o titular do 
documento. Assim, o escrito autônomo não é considerado documento. 
3. Relevância jurídica: contendo manifestaçõesou declarações de vontade, ou atestações de 
verdade. Deve existir a exposição de vontade do ato ou declaração, sem informação no do-
cumento, sucintamente, podemos dizer que não há documento sem conteúdo. 
4. Valor probatório: aptas a fundamentar ou apoiar uma pretensão jurídica ou a provar um 
fato juridicamente relevante, seja em uma relação processual, seja em qualquer outra de 
natureza jurídica. O documento deve possuir valor probatório por si só, isto é, que pode 
ser utilizado em processo (arts. 231 a 238, CPP), a chamada prova por escrito. 
FIQUE LIGADO!! 
Não possuem valor jurídico-penal os documentos: 
1. A lápis; 
2. Copiados não autenticados; e 
3. Apócrifos (anônimos). 
 
ESPÉCIES DE DOCUMENTOS PÚBLICOS: 
1. Documento formal e 
substancialmente público: 
feito por agente estatal no exercício de função pública e o 
conteúdo possui natureza pública. 
2. Documento formal e 
substancialmente privado: 
feito por agente estatal no exercício de função pública, mas o 
conteúdo tem pertinência particular. 
Validade de língua estrangeira (documento público estrangeiro): de acordo com os Tribunais 
Superiores, o documento público pode ser de nacionalidade brasileira ou estrangeira, desde que seja 
criado por funcionário público, no desempenho de suas atividades. 
“É típica a conduta de uso de documento falso, consistente em passaporte expedido pela 
República do Uruguai, apresentado à Polícia Federal por ocasião de abordagem realizada 
em aeroporto, mediante tentativa de saída irregular do país e burla ao controle aeropor-
tuário de fronteiras. 
O art. 297 do Código Penal não distingue procedência do documento, se emitido por au-
toridade nacional ou estrangeira.”.9 
Diploma de curso superior emitido por instituição privada: é considerado documento público 
por possuir registro no MEC – Ministério da Educação. 
“[…] 2. Diploma de curso superior emitido por instituição de natureza privada é conside-
rado documento público para os fins do art. 297 do CP face à sua sujeição a registro fede-
ral.”.10 
DOCUMENTOS PÚBLICOS POR EQUIPARAÇÃO (§2º): 
I. Emanado de enti-
dade paraestatal: 
Adota-se o conceito ampliativo, segundo Alexandrino e Paulo (2017, p. 
150), entidade paraestatal significa: “as pessoas jurídicas de direito pri-
vado, criadas por lei, para a realização de serviços de interesse coletivo, sob 
normas e controle do Estado. Esse conceito, desenvolvido pelo Prof. Hely Lo-
pes Meirelles, abrangia, basicamente, as pessoas jurídicas de direito privado 
 
9 STJ, REsp 1.568.954/SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 18/10/2016, 6ª Turma, DJe 07/11/2016. 
10 TRF3R, ApCrim 98.03.038322-1, Rel. Des. Fausto Martin de Sanctis, julgado em 27/03/2001, 5ª Turma, DJU 15/06/2001 
(RT 798/722). 
 
Rafael Andrade de Medeiros 5 
ALFACON 
11/04/2018 
DIREITO PENAL 
DUELO DE MESTRES 
integrantes da administração indireta (empresas públicas e sociedades de 
economia mista) e os chamados serviços sociais autônomos (SESC, SENAI, 
SESI etc.).”11. 
II. Título ao portador 
ou transmissível 
por endosso: 
Cheques12, notas promissórias, letras de câmbio, entre outros, os quais o 
endosso (ou a nomenclatura “à ordem”) permite a transmissão para ou-
tros portadores. 
III. Ações de socie-
dade comercial: 
Ações de qualquer natureza, preferenciais ou ordinárias, de sociedade 
anônima ou sociedade de comandita por ações. 
IV. Livros mercantis: 
São livros contábeis empresariais obrigatórios ou facultativos, como o ba-
lanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício e o livro diário 
ou balancetes diários (arts. 1.179, 1.180 e 1.185 do Código Civil), entre 
outros. 
V. Testamento parti-
cular: 
Escrito de próprio punho (hológrafo) ou mediante processo mecânico 
(art. 1.876, Código Civil)13. Não se incluem os codicilos. 
 
FALSIFICAÇÃO DE DADOS EM CARTEIRA DE TRABALHO OU OUTROS DOCUMENTOS PREVIDENCIÁRIOS (§§ 3º E 4º): 
CONDUTAS OBJETO MATERIAL TIPO OBJETIVO 
Inserir ou fazer 
inserir (§3º): 
 Na folha de pagamento; ou 
 Em documento de informações 
que seja destinado a fazer prova 
perante a previdência social. 
Pessoa que não possua a qualidade 
de segurado obrigatório. 
 Na Carteira de Trabalho e Previ-
dência Social – CTPS do empre-
gado; ou 
 Em documento que deva produ-
zir efeito perante a Previdência 
Social. 
Declaração falsa ou diversa da que 
deveria ter sido escrita. 
 Em documento contábil; ou 
 Em qualquer outro documento 
relacionado com as obrigações 
da empresa perante a Previdên-
cia Social. 
Declaração falsa ou diversa da que 
deveria ter constado. 
Omitir (§4º): 
 Nos documentos mencionados 
no §3º. 
Nome do segurado e seus dados 
pessoais, a remuneração, a vigência 
do contrato de trabalho ou de 
prestação de serviços. 
 
11 ALEXANDRINO, M.; PAULO, V. Direito Administrativo Descomplicado. 23ª ed. São Paulo: Método, 2017. 
12 Art. 17, caput, Lei nº 7.357/1985: “O cheque pagável a pessoa nomeada, com ou sem cláusula expressa ‘à ordem’, é trans-
missível por via de endosso.”. 
13 Art. 1.876, CC: “O testamento particular pode ser escrito de próprio punho ou mediante processo mecânico. §1º. Se escrito 
de próprio punho, são requisitos essenciais à sua validade seja lido e assinado por quem o escreveu, na presença de pelo menos 
três testemunhas, que o devem subscrever. §2º. Se elaborado por processo mecânico, não pode conter rasuras ou espaços em 
branco, devendo ser assinado pelo testador, depois de o ter lido na presença de pelo menos três testemunhas, que o subscreve-
rão.”. 
 
— “Quanto menos alguém entende, mais quer discordar.” (Getúlio Vargas). 6 
DIREITO PENAL 
DUELO DE MESTRES 
ALFACON 
11/04/2018 
Abuso de papel assinado em branco: é falsidade ideológica, determinado expressamente na 
Exposição de Motivos da Parte Especial do Código Penal. 
Exposição de Motivos do CP, Item nº 61: “[…] O ‘abuso de papel em branco’, previsto atu-
almente como modalidade do estelionato, passa, no projeto, para o setor dos crimes contra 
a fé pública (art. 299).”. 
Deve-se analisar sob duas égides: 
1. Posse anterior lícita: o agente recebeu legitimamente o papel assinado em branco e o 
preenche em desacordo com as instruções ou ajuste do signatário — comete o crime de 
falsidade ideológica (art. 299, CP). 
2. Apossamento à revelia (ilícita): o agente se apossa (furto, roubo, extravio, etc.) de docu-
mento em branco assinado, preenchendo-o à revelia do legítimo dono — comete crime de 
falsidade material de documento público (art. 297, CP) ou particular (art. 298, CP). 
ABUSO DE PAPEL ASSINADO EM BRANCO: “Falsidade ideológica. Autoria e materialidade 
perfeitamente demonstradas. Versão exculpatória infirmada pela prova pericial e pela 
narrativa da vítima. Constatação de que o texto do documento intitulado ‘declaração e au-
torização de operação bancária’ foi inserido após o lançamento da assinatura do ofendido, 
que assinou folha de papel em branco para determinado fim, tendo a acusada ‘forjado’ o 
documento para eximir-se dos furtos praticados contra a empresa em que era secretária 
há vários anos. Crime caracterizado. Ademais, a acusada já foi condenada pelos furtos co-
metidos contra a vítima, cuja sentença foi mantida por esta C. Câmara, hipótese em que 
também se concluiu que o teor do documento é inverídico.”.14 
1.1. Legislação em Referência 
Furto 
Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Aumento de pena (Repouso noturno) 
§1º. A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. 
Privilegiadora 
§2º. Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituira pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a 
pena de multa. 
Energia elétrica 
§3º. Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor eco-
nômico. 
Qualificadoras 
§4º. A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: 
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; 
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; 
III - com emprego de chave falsa; 
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. 
§5º. A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que 
venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. 
§6º. A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente do-
mesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração. 
 
Apropriação indébita previdenciária 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contri-
buintes, no prazo e forma legal ou convencional: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 
14 TJSP, ApCrim 0007174-89.2015.8.26.0663, Rel. Des. Jaime Ferreira Menino, julgado em 24/10/2017, 3ª Câmara de 
Direito Criminal, DJe 25/10/2017. 
 
Rafael Andrade de Medeiros 7 
ALFACON 
11/04/2018 
DIREITO PENAL 
DUELO DE MESTRES 
§1º. Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
I - recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência so-
cial que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arreca-
dada do público; 
II - recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas con-
tábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços; 
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem 
sido reembolsados à empresa pela previdência social; 
Extinção da punibilidade 
§2º. É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o 
pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à 
previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
Perdão judicial ou substituição por multa 
§3º. É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente 
for primário e de bons antecedentes, desde que: 
I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o paga-
mento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou 
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele es-
tabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajui-
zamento de suas execuções fiscais. 
 
Estelionato 
Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou 
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
Forma privilegiada 
§1º. Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena 
conforme o disposto no art. 155, §2º. 
Formas equiparadas 
§2º. Nas mesmas penas incorre quem: 
Disposição de coisa alheia como própria 
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como pró-
pria; 
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria 
II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada 
de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em 
prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias; 
Defraudação de penhor 
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garan-
tia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado; 
Fraude na entrega de coisa 
IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém; 
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro 
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a 
saúde, ou agrava as consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização 
ou valor de seguro; 
Fraude no pagamento por meio de cheque 
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o 
pagamento. 
Aumento de pena (Estelionato previdenciário) 
§3º. A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de 
direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. 
Aumento de pena (Estelionato contra idoso) 
§4º. Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. 
 
Falsificação de documento público 
 
— “Quanto menos alguém entende, mais quer discordar.” (Getúlio Vargas). 8 
DIREITO PENAL 
DUELO DE MESTRES 
ALFACON 
11/04/2018 
Art. 297. Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público 
verdadeiro: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
Aumento de pena 
§1º. Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, au-
menta-se a pena de sexta parte. 
Documento público por equiparação 
§2º. Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade pa-
raestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comer-
cial, os livros mercantis e o testamento particular. 
Falsificação de dados em carteira de trabalho ou outros documentos previdenciá-
rios 
§3º. Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: 
I - na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer 
prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obri-
gatório; 
II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva 
produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter 
sido escrita; 
III - em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obriga-
ções da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria 
ter constado. 
§4º. Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no §3º, nome do 
segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de 
prestação de serviços. 
 
Falsificação de documento particular 
Art. 298. Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento par-
ticular verdadeiro: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
Falsificação de cartão 
Parágrafo único. Para fins do disposto no “caput”, equipara-se a documento particular o 
cartão de crédito ou débito. 
 
Falsidade ideológica 
Art. 299. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, 
ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o 
fim de prejudicar direito, criar, obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente 
relevante: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a 
três anos, e multa, se o documento é particular. 
Aumento de pena 
Parágrafo único. Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do 
cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registo civil, aumenta-se a 
pena de sexta parte. 
 
Peculato 
Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem mó-
vel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito 
próprio ou alheio: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
§1º. Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do di-
nheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio 
ou alheio, valendo-sede facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. 
Peculato culposo 
§2º. Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: 
 
Rafael Andrade de Medeiros 9 
ALFACON 
11/04/2018 
DIREITO PENAL 
DUELO DE MESTRES 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
§3º. No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede a sentença irrecorrí-
vel, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. 
 
Concussão 
Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função 
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 
Excesso de exação 
§1º. Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber inde-
vido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não 
autoriza: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 
§2º. Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevida-
mente para recolher aos cofres públicos: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
 
Corrupção passiva 
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar 
promessa de tal vantagem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
§1º. A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o 
funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo 
dever funcional. 
§2º. Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de 
dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 
Corrupção ativa 
Art. 333. Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-
lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
Parágrafo único. A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, 
o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. 
 
Sonegação de contribuição previdenciária 
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, 
mediante as seguintes condutas: 
I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela 
legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou traba-
lhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; 
II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as 
quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de 
serviços; 
III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou cre-
ditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
Extinção da punibilidade 
§1º. É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contri-
buições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na 
forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
“Perdão judicial ou substituição por multa” 
§2º. É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente 
for primário e de bons antecedentes, desde que: 
I - (VETADO) 
 
— “Quanto menos alguém entende, mais quer discordar.” (Getúlio Vargas). 10 
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DUELO DE MESTRES 
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11/04/2018 
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele es-
tabelecido pela previdência social administrativamente, como sendo o mínimo para o ajui-
zamento de suas execuções fiscais. 
“Diminuição da pena ou substituição por multa” 
§3º. Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultra-
passa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um 
terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. 
§4º. O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos 
mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social. 
1.2. Súmulas 
STJ – Súmula nº 17: “Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é 
por este absorvido.”. 
STJ – Súmula nº 24: “Aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como vítima entidade au-
tárquica da previdência social, a qualificadora do §3º, do art. 171 do Código Penal.”. 
STJ – Súmula nº 42: “Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em 
que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.”. 
STJ – Súmula nº 48: “Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem ilícita processar e julgar 
crime de estelionato cometido mediante falsificação de cheque.”. 
STJ – Súmula nº 62: “Compete à Justiça Estadual processar e julgar o crime de falsa anotação na 
Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, atribuído à empresa privada.”. (SÚMULA ULTRAPAS-
SADA)15 
STJ – Súmula nº 73: “A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, 
o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual.”. 
STJ – Súmula nº 96: “O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da van-
tagem indevida.”. 
STJ – Súmula nº 104: “Compete à Justiça Estadual o processo e julgamento dos crimes de falsifi-
cação e uso de documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino.”. 
STJ – Súmula nº 107: “Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime de estelionato 
praticado mediante falsificação das guias de recolhimento das contribuições previdenciárias, quando 
não ocorrente lesão à autarquia federal.”. 
STJ – Súmula nº 122: “Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes 
conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, ‘a’, do Código de Pro-
cesso Penal.”. 
 
15 “CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. PENAL. DELITO DE FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO. OMIS-
SÃO DE DADOS NA CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL DO EMPREGADO. LESÃO DIRETA A INTE-
RESSE DA UNIÃO. ART. 109, INCISO IV, DA CARTA MAGNA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. A partir do jul-
gamento no CC 127.706/RS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, esta egrégia Terceira Seção pacificou o entendimento 
no sentido de que ‘o sujeito passivo primário do crime omissivo do art. 297, §4º, do Diploma Penal, é o Estado, e, 
eventualmente, de forma secundária, o particular, terceiro prejudicado, com a omissão das informações, referentes 
ao vínculo empregatício e a seus consectários da CTPS. Cuida-se, portanto de delito que ofende de forma direta os 
interesses da União, atraindo a competência da Justiça Federal, conforme o disposto no art. 109, IV, da Constituição 
Federal’ (DJe 9/4/2014). Conflito conhecido para declarar competente o Juízo Federal da 1ª Vara de Cascavel - 
SJ/PR, o suscitado.”. (STJ, CC 145.567/PR, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 27/04/2016, 3ª Seção, 
DJe 04/05/2016). No mesmo sentido: STJ, CC 135.200/SP; AgRg no CC 131.442/RS; CC 127.706/RS. Vide Inf. 
554. 
 
Rafael Andrade de Medeiros 11 
ALFACON 
11/04/2018 
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DUELO DE MESTRES 
STJ – Súmula nº 147: “Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra 
funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função.”. 
STJ – Súmula nº 151: “A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou 
descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens.”. 
STJ – Súmula nº 200: “O Juízo Federal competente para processar e julgar acusado de crime de 
usode passaporte falso é o do lugar onde o delito se consumou.”. 
STJ – Súmula nº 244: “Compete ao foro do local da recusa processar e julgar o crime de estelio-
nato mediante cheque sem provisão de fundos.”. 
STJ – Súmula nº 370: “Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.”. 
STJ – Súmula nº 388: “A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral.”. 
STJ – Súmula nº 442: “É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a 
majorante do roubo.”. 
STJ – Súmula nº 479: “As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados 
por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancá-
rias.”. 
STJ – Súmula nº 511: “É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do 
CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno 
valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.”. 
STJ – Súmula nº 522: “A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é 
típica, ainda que em situação de alegada autodefesa.”. 
STJ – Súmula nº 546: “A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso 
é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando 
a qualificação do órgão expedidor.”. 
STJ – Súmula nº 567: “Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por exis-
tência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a confi-
guração do crime de furto.”. 
STJ – Súmula nº 589: “É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções 
penais praticadas contra a mulher no âmbito das relações domésticas.”. 
STJ – Súmula nº 599: “O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administra-
ção pública.”. 
STF – Súmula nº 28: “O estabelecimento bancário é responsável pelo pagamento de cheque falso, 
ressalvadas as hipóteses de culpa exclusiva ou concorrente do correntista.”. 
STF – Súmula nº 145: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impos-
sível a sua consumação.”. 
STF – Súmula nº 246: “Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de emissão 
de cheque sem fundos.”. 
STF – Súmula nº 521: “O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelio-
nato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu 
a recusa do pagamento pelo sacado.”. 
STF – Súmula nº 554: “O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebi-
mento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.”. 
STF – Súmula Vinculante nº 36: “Compete à Justiça Federal comum processar e julgar civil de-
nunciado pelos crimes de falsificação e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação da 
 
— “Quanto menos alguém entende, mais quer discordar.” (Getúlio Vargas). 12 
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11/04/2018 
Caderneta de Inscrição e Registro (CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador (CHA), ainda que ex-
pedidas pela Marinha do Brasil.”. 
1.3. Teses de Jurisprudência 
1.3.1. Crimes Contra a Administração Pública 
1. “O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes cometidos contra a Administração Pú-
blica, ainda que o valor seja irrisório, porquanto a norma penal busca tutelar não somente o pa-
trimônio, mas também a moral administrativa.”. (STJ – Jus. em Teses nº 57) 
2. “Os advogados dativos, nomeados para exercer a defesa de acusado necessitado nos locais onde 
não existe Defensoria Pública, são considerados funcionários públicos para fins penais, nos ter-
mos do art. 327 do Código Penal.”. (STJ – Jus. em Teses nº 57) 
3. “A elementar do crime de peculato se comunica aos coautores e partícipes estranhos ao serviço 
público.”. (STJ – Jus. em Teses nº 57) 
4. “A consumação do crime de peculato-apropriação (art. 312, caput, 1ª parte, do Código Penal) 
ocorre no momento da inversão da posse do objeto material por parte do funcionário público.”. 
(STJ – Jus. em Teses nº 57) 
5. “A consumação do crime de peculato-desvio (art. 312, caput, 2ª parte, do CP) ocorre no momento 
em que o funcionário efetivamente desvia o dinheiro, valor ou outro bem móvel, em proveito 
próprio ou de terceiro, ainda que não obtenha a vantagem indevida.”. (STJ – Jus. em Teses nº 57) 
6. “A reparação do dano antes do recebimento da denúncia não exclui o crime de peculato doloso, 
diante da ausência de previsão legal, podendo configurar arrependimento posterior, nos termos 
do art. 16 do CP.”. (STJ – Jus. em Teses nº 57) 
7. “Compete à Justiça Federal o julgamento do crime de peculato se houver possibilidade de utili-
zação da prova do referido delito para elucidar sonegação fiscal consistente na falta de declara-
ção à Receita Federal do recebimento dos valores indevidamente apropriados.”. (STJ – Jus. em 
Teses nº 57) 
8. “Não há bilateralidade entre os crimes de corrupção passiva e ativa, uma vez que estão previstos 
em tipos penais distintos e autônomos, são independentes e a comprovação de um deles não 
pressupõe a do outro.”. (STJ – Jus. em Teses nº 57) 
9. “No crime de corrupção passiva, é indispensável haver nexo de causalidade entre a conduta do 
servidor e a realização de ato funcional de sua competência.”. (STJ – Jus. em Teses nº 57) 
10. “O crime de corrupção passiva praticado pelas condutas de ‘aceitar promessa’ ou ‘solicitar’ é 
formal e se consuma com a mera solicitação ou aceitação da vantagem indevida.”. (STJ – Jus. em 
Teses nº 57) 
11. “O crime de corrupção ativa é formal e instantâneo, consumando-se com a simples promessa ou 
oferta de vantagem indevida.”. (STJ – Jus. em Teses nº 57) 
12. “Não há flagrante quando a entrega de valores ocorre em momento posterior a exigência, pois o 
crime de concussão é formal e o recebimento se consubstancia em mero exaurimento.”. (STJ – 
Jus. em Teses nº 57) 
13. “Comete o crime de extorsão e não o de concussão, o funcionário público que se utiliza de vio-
lência ou grave ameaça para obter vantagem indevida.”. (STJ – Jus. em Teses nº 57) 
14. “A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-
se pela prevenção do juízo federal do lugar da apreensão dos bens. (Súmula nº 151, STJ)”. (STJ – 
Jus. em Teses nº 81). 
 
Rafael Andrade de Medeiros 13 
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DUELO DE MESTRES 
15. “Configura crime de contrabando (art. 334-A do CP) a importação não autorizada de arma de 
pressão por ação de gás comprimido ou por ação de mola, independentemente do calibre.”. (STJ 
– Jus. em Teses nº 81). 
16. “A importação não autorizada de cigarros ou de gasolina constitui crime de contrabando, insus-
cetível de aplicação do princípio da insignificância.”. (STJ – Jus. em Teses nº 81). 
17. “A importação clandestina de medicamentos configura crime de contrabando, aplicando-se, ex-
cepcionalmente, o princípio da insignificância aos casos de importação não autorizada de pe-
quena quantidade para uso próprio.”. (STJ – Jus. em Teses nº 81). 
18. “Para a caracterização do delito de contrabando de máquinas programadas para exploração de 
jogos de azar, é necessária a demonstração de fortes indícios (e/ou provas) da origem estran-
geira das máquinas ou dos seus componentes eletrônicos e a entrada, ilegalmente, desses equi-
pamentos no país.”. (STJ – Jus. em Teses nº 81). 
19. “É desnecessária a constituição definitiva do crédito tributário na esfera administrativa para a 
configuração dos crimes de contrabando e de descaminho.”. (STJ – Jus. em Teses nº 81). 
20. “Quando o falso se exaure no descaminho, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido, 
como crime-fim, condição que não se altera por ser menor a pena a este cominada. (Tese julgada 
sob o rito do art. 543-Cdo CPC/73 – TEMA 933)”. (STJ – Jus. em Teses nº 81). 
21. “O crime de sonegação de contribuição previdenciária, previsto no art. 337-A do CP, não exige 
dolo específico para a sua configuração.”. (STJ – Jus. em Teses nº 81). 
22. “O crime de sonegação de contribuição previdenciária é de natureza material e exige a constitui-
ção definitiva do débito tributário perante o âmbito administrativo para configurar-se como con-
duta típica.”. (STJ – Jus. em Teses nº 81). 
23. “O delito de sonegação de contribuição previdenciária não exige qualidade especial do sujeito 
ativo, podendo ser cometido por qualquer pessoa, particular ou agente público, inclusive prefei-
tos.”. (STJ – Jus. em Teses nº 81). 
24. “O crime de falso, quando cometido única e exclusivamente para viabilizar a prática do crime de 
sonegação de contribuição previdenciária, é por este absorvido, consoante diretrizes do princí-
pio penal da consunção.”. (STJ – Jus. em Teses nº 81). 
1.3.2. Estelionato 
1. “Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido. 
(Súmula nº 17, STJ)”. (STJ – Jus. em Teses nº 84) 
2. “O princípio da insignificância é inaplicável ao crime de estelionato quando cometido contra a 
administração pública, uma vez que a conduta ofende o patrimônio público, a moral administra-
tiva e a fé pública, possuindo elevado grau de reprovabilidade.”. (STJ – Jus. em Teses nº 84) 
3. “Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime de estelionato praticado mediante 
falsificação das guias de recolhimento das contribuições previdenciárias, quando não ocorrente 
lesão à autarquia federal. (Súmula nº 107, STJ)”. (STJ – Jus. em Teses nº 84) 
4. “O delito de estelionato previdenciário (art. 171, §3º do CP), praticado pelo próprio beneficiário, 
tem natureza de crime permanente uma vez que a ofensa ao bem jurídico tutelado é reiterada, 
iniciando-se a contagem do prazo prescricional com o último recebimento indevido da remune-
ração.”. (STJ – Jus. em Teses nº 84) 
5. “O delito de estelionato previdenciário, praticado para que terceira pessoa se beneficie indevi-
damente, é crime instantâneo com efeitos permanentes, iniciando-se a contagem do prazo pres-
cricional a partir da primeira parcela do pagamento relativo ao benefício indevido.”. (STJ – Jus. 
em Teses nº 84) 
 
— “Quanto menos alguém entende, mais quer discordar.” (Getúlio Vargas). 14 
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6. “Aplica-se a regra da continuidade delitiva (art. 71 do CP) ao crime de estelionato previdenciário 
praticado por terceiro, que após a morte do beneficiário segue recebendo o benefício regular-
mente concedido ao segurado, como se este fosse, sacando a prestação previdenciária por meio 
de cartão magnético todos os meses.”. (STJ – Jus. em Teses nº 84) 
7. “A devolução à Previdência Social da vantagem percebida ilicitamente, antes do recebimento da 
denúncia, não extingue a punibilidade do crime de estelionato previdenciário, podendo, eventu-
almente, caracterizar arrependimento posterior, previsto no art. 16 do CP.”. (STJ – Jus. em Teses 
nº 84) 
8. “O ressarcimento integral do dano no crime de estelionato, na sua forma fundamental (art. 171, 
caput, do CP), não enseja a extinção da punibilidade, salvo nos casos de emissão de cheque sem 
fundos, em que a reparação ocorra antes do oferecimento da denúncia (art. 171, §2º, VI, do CP).”. 
(STJ – Jus. em Teses nº 84) 
9. “O delito de estelionato é consumado no local em que se verifica o prejuízo à vítima.”. (STJ – Jus. 
em Teses nº 84) 
10. “Compete ao foro do local da recusa processar e julgar o crime de estelionato mediante cheque 
sem provisão de fundos. (Súmula nº 244, STJ)”. (STJ – Jus. em Teses nº 84) 
11. “A emissão de cheques pré-datados, como garantia de dívida e não como ordem de pagamento à 
vista, não constitui crime de estelionato previsto no art. 171, §2º, VI, do CP, uma vez que a maté-
ria deixa de ter interesse penal quando não há fraude, conforme a Súmula nº 246, STF.” . (STJ – 
Jus. em Teses nº 84) 
12. “O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não 
obsta ao prosseguimento da ação penal. (Súmula nº 554, STF)”. (STJ – Jus. em Teses nº 84) 
13. “A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelio-
nato, da competência da Justiça Estadual. (Súmula nº 73, STJ)”. 
1.4. Questões 
1. (CESPE/2017) Dada a relevância do objeto jurídico tutelado, não se admite o princípio da insig-
nificância nos crimes contra a fé pública. 
2. (VUNESP/2016) O princípio da insignificância, causa supralegal de exclusão da tipicidade, não 
se aplica ao crime de moeda falsa. 
3. (PGR/2015) Ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal já consolidaram o entendimento 
de que é inaplicável o princípio da insignificância aos crimes de moeda falsa, em que objeto de 
tutela da norma a fé pública e a credibilidade do sistema financeiro, não sendo determinante para 
a tipicidade o valor posto em circulação. 
4. (VUNESP/2014) Imagine que Pedro, ilicitamente, guarda consigo tintas, papéis e um aparelho 
capaz de fabricar moeda falsa. Tal conduta. 
a) configura crime assimilado ao de moeda falsa (CP, art. 290). 
b) configura o crime de moeda falsa (CP, art. 289). 
c) não configura crime algum, por ausência de previsão legal. 
d) não configura crime algum, por se tratar de mero ato preparatório. 
e) configura o crime de petrechos para falsificação de moeda (CP, art. 291). 
5. (CESPE/2012) Se um indivíduo adquirir, gratuitamente, maquinismo para falsificar moedas e 
alcançar o seu intento, então, nesse caso, ele responderá pelo crime de moeda falsa em concurso 
com o delito de petrechos para falsificação de moeda. 
6. (VUNESP/2015) Suponha que Felisberto, 25 anos, estudante de direito, pague uma compra no 
valor de R$ 150,00 com duas cédulas falsas de R$ 100,00, das quais conhece a falsidade, e que, 
 
Rafael Andrade de Medeiros 15 
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dois dias após o pagamento, se arrependa, procure o dono do estabelecimento comercial e pague 
com moeda verdadeira. 
Acerca dos “Crimes contra a Fé Pública” e os institutos penais, julgue o item considerando a ju-
risprudência do Superior Tribunal de Justiça. 
Nesse caso hipotético, pode-se afirmar que Felisberto poderá responder criminalmente por mo-
eda falsa, mas fará jus à redução de pena, referente ao arrependimento posterior. 
7. (CESPE/2016) Caracteriza falsificação de documento particular a alteração de: 
a) Testamento particular. 
b) Ações de sociedade comercial. 
c) Título ao portador ou transmissível por endosso. 
d) Nota fiscal. 
e) Livros mercantis. 
8. (CESPE/2015) Gustavo, funcionário público estadual, com o objetivo de obter vantagem patri-
monial ilícita para si, utilizou papel-moeda grosseiramente falsificado para efetuar pagamento de 
compras de alto valor em um supermercado. 
Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correspondente à figura típica do delito pra-
ticado por Gustavo: 
a) Estelionato. 
b) Moeda falsa. 
c) Crime assimilado ao de moeda falsa. 
d) Fraude no comércio. 
e) Concussão. 
9. (CESPE/2014) Com intenção de praticar um crime de estelionato contra uma instituição finan-
ceira, Helena entregou para Agnaldo uma folha de papel em branco com sua assinatura para que 
este lavrasse uma simples declaração. No entanto, ao preencher a folha em branco, Agnaldo la-
vrou uma procuração e a levou ao Cartório do 1.º Ofício de Notas, Registro Civil e Protestos do DF 
para reconhecimento de firma. Muito atarefado, Caio, tabelião substituto, esqueceu-se de conferir 
se Helena possuía cartão de autógrafos na serventia e reconheceu sua firma, sem a presença da 
subscritora do documento, e sem que constasse naquele estabelecimento o respectivo cartão de 
autógrafos.Considerando-se que até o momento a procuração não tenha sido utilizada por Agnaldo, é correto 
afirmar que: 
a) Helena e Caio não praticaram qualquer crime, porém, Agnaldo perpetrou o crime de falsifica-
ção de documento particular. 
b) Helena e Caio não praticaram qualquer crime, porém, Agnaldo perpetrou o delito de falsidade 
ideológica. 
c) Helena praticou crime de tentativa de estelionato; Agnaldo, de falsidade de documento parti-
cular; e Caio, de falso reconhecimento de firma. 
d) Helena não praticou crime; Agnaldo praticou falsidade ideológica; e Caio cometeu o delito de 
falso reconhecimento de firma. 
e) Helena não praticou crime; Agnaldo praticou falsificação de documento particular; e Caio co-
meteu o delito de falso reconhecimento de firma. 
10. (FUNCAB/2016) Preencher uma folha de cheque em branco, sem autorização do titular da conta 
bancária vinculada, e almejando sua utilização irregular no futuro para a aquisição fraudulenta 
de bens, constitui crime de: 
a) Estelionato tentado. 
b) Falsa identidade. 
c) Falsidade ideológica. 
d) Falsificação de documento público. 
 
— “Quanto menos alguém entende, mais quer discordar.” (Getúlio Vargas). 16 
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e) Falsificação de documento particular. 
11. (TRT4R/2016) O trabalhador que insere declaração falsa, em sua Carteira de Trabalho e Previ-
dência Social, para fazer prova, para fins de aposentadoria, incorre nas penas previstas para o 
crime de falsificação de documento público. 
12. (CESPE/2013) Crime de falsificação de documento público, quando cometido por funcionário 
público, admite a modalidade culposa — hipótese em que a pena é reduzida. 
13. (FCC/2008) No que concerne aos delitos de falsidade documental, NÃO se equiparam ao docu-
mento público: 
a) os títulos ao portador. 
b) as declarações assinadas por particular com firma reconhecida. 
c) os testamentos particulares. 
d) os títulos transmissíveis por endosso. 
e) os livros mercantis. 
14. (VUNESP/2016) A falsificação de cartão de crédito ou débito, nos termos do Código Penal (CP): 
a) Equipara-se à falsificação de selo ou sinal público. 
b) É considerada crime apenas se dela decorrer efetivo prejuízo. 
c) Equipara-se à falsificação de documento público. 
d) É fato atípico. 
e) Equipara-se à falsificação de documento particular. 
15. (CESPE/2015) A fabricação de aparelho destinado à falsificação de moeda é fato criminoso, as-
sim como a fabricação de objeto destinado à confecção de documentos particulares falsos. 
16. (CESPE/2017) Caracteriza crime de falsidade ideológica a conduta consistente em: 
a) Omitir que está empregado ao preencher cadastro público para obtenção de benefício social. 
b) Trocar a foto do documento de identificação por outra, própria, mais recente. 
c) Fingir que é outra pessoa para obter algum benefício, como o ingresso em evento privado. 
d) Utilizar o título de eleitor do irmão que se encontre em viagem para votar em seu lugar. 
e) Alterar por conta própria o nome que consta na carteira nacional de habilitação. 
17. (CESPE/2009) No crime de falsidade ideológica, o documento é materialmente verdadeiro, mas 
seu conteúdo não reflete a realidade, seja porque o agente omitiu declaração que dele deveria 
constar, seja porque nele inseriu ou fez inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser es-
crita. 
18. (VUNESP/2016) Aquele que falsifica documento público e em seguida o utiliza responde pela 
falsificação e pelo uso, em concurso material. 
19. (CESPE/2016) A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, 
ainda que em situação de alegada autodefesa. 
20. (CESPE/2013) Silas, maior e capaz, foi abordado por policiais militares e, ao ser questionado 
acerca do documento de identificação, apresentou, como sendo seu, o único documento que car-
regava, um título de eleitor, autêntico, pertencente a terceira pessoa. Nessa situação hipotética: 
a) Silas praticou o crime de falsidade ideológica. 
b) Configurou-se o delito de uso de documento falso. 
c) A conduta de Silas ajusta-se ao crime de uso de documento de identidade alheio. 
d) A conduta de Silas foi atípica, pois ele exibiu o documento apenas por exigência dos policiais. 
21. (CESPE/2008) Renato, valendo-se de fraude eletrônica. Conseguiu subtrair mais de R$ 3.000,00 
da conta bancária de Ernane por meio de sistema de internet banking da Caixa Econômica Fede-
ral. Nessa situação, Renato responderá por crime de estelionato. 
 
Rafael Andrade de Medeiros 17 
ALFACON 
11/04/2018 
DIREITO PENAL 
DUELO DE MESTRES 
22. (CESPE/2009) A fraude eletrônica para transferir valores de conta bancária por meio do internet 
banking constitui crime de estelionato. 
23. (CESPE/2008) Considere que Daniel, penalmente capaz, tenha subtraído um talonário de che-
ques em branco e que tenha utilizado uma de suas cártulas para adquirir mercadorias no comér-
cio. Nessa situação, a conduta de Daniel caracteriza delito de estelionato. 
24. (CESPE/2008) A fraude elementar do estelionato não é somente a fraude empregada para indu-
zir alguém a erro, mas também a que serve para manter um erro preexistente. 
25. (CESPE/2015) Paulo emitiu cheque pré-datado como garantia de dívida contraída com Renato. 
Renato descobriu, ao tentar descontar o cheque, antes de exigível a dívida, que o emitente não 
possuía fundos para honrá-lo. Nessa situação, Paulo praticou delito de estelionato na modalidade 
específica conhecida como fraude no pagamento por meio de cheque. 
26. (CESPE/2017) Maria não informou ao INSS o óbito de sua genitora e continuou a utilizar o cartão 
de benefício de titularidade da falecida pelo período de dez meses. Nessa situação, Maria praticou 
estelionato de natureza previdenciária, classificado, em decorrência de sua conduta, como crime 
permanente, de acordo com o entendimento do STJ. 
27. (CESPE/2017) Com base no entendimento do Superior Tribunal de Justiça, aplica-se a regra do 
concurso material de delitos a crime de estelionato previdenciário cometido por um só agente 
após o óbito do segurado, tendo esse agente efetuado saques mensais de prestações previdenci-
árias por meio de cartão magnético. 
28. (CESPE/2017) Com base no entendimento do Superior Tribunal de Justiça, em se tratando de 
crime de estelionato cometido contra a administração pública, não se aplica o princípio da insig-
nificância, pois a conduta que ofende o patrimônio público, a moral administrativa e a fé pública 
possui elevado grau de reprovabilidade. 
29. (CESPE/2017) Com base no entendimento do Superior Tribunal de Justiça, extingue-se a puni-
bilidade do delito de estelionato previdenciário se o agente devolver a vantagem ilícita recebida 
à Previdência Social antes do recebimento da denúncia. 
 
 
 
 
 
1.5. Gabaritos 
1. Errado 
2. Correto 
3. Correto 
4. Letra E 
5. Errado 
6. Errado 
7. Letra D 
8. Letra A 
9. Letra B 
10. Letra D 
11. Correto 
12. Errado 
13. Letra B 
14. Letra E 
15. Errado 
16. Letra A 
17. Correto 
18. Errado 
19. Correto 
20. Letra C 
21. Errado 
22. Errado 
23. Correto 
24. Correto 
25. Errado 
26. Errado 
27. Errado 
28. Correto 
29. Errado 
	Sumário
	1. Dos Crimes Contra a Fé Pública e da Falsidade Documental
	1.1. Legislação em Referência
	1.2. Súmulas
	1.3. Teses de Jurisprudência
	1.3.1. Crimes Contra a Administração Pública
	1.3.2. Estelionato
	1.4. Questões
	1.5. Gabaritos

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