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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO PENAL
Crimes contra a Fé Pública
Livro Eletrônico
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Crimes contra a Fé Pública .........................................................................................................................................4
Moeda Falsa – Art. 289 ................................................................................................................................................4
Petrechos para Falsificação de Moeda – Art. 291 ........................................................................................5
Falsificação de Papéis Públicos – Art. 293 ......................................................................................................5
Petrechos de Falsificação – Art. 294 ...................................................................................................................6
Causa de Aumento de Pena – Art. 295 ................................................................................................................6
Falsidade Documental ..................................................................................................................................................6
Falso Reconhecimento de Firma ou Letra – Art. 300 ...............................................................................12
Mapas Mentais ................................................................................................................................................................19
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................20
Gabarito ..............................................................................................................................................................................35
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................36
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
ApresentAção
Olá a todas e todos, eu me chamo Rodrigo Francisconi Costa Pardal e sou professor de 
Direito Penal e Legislação Penal Especial, especialista em Direito Penal pela Universidade de 
Salamanca na Espanha, Mestre e Doutorando em Direito Penal pela PUC/SP. Leciono há mais 
de 10 anos em preparatórios (já lecionei no LFG, Damásio e leciono em diversas pós-gradua-
ções) e agora tenho a honra de colaborar com o Gran na trajetória de vocês.
O objetivo aqui com este material é unir noções doutrinárias e jurisprudência de modo 
que você tenha os pontos mais relevantes para o seu concurso. As páginas a seguir foram fei-
tas cuidadosamente para que você otimize seu estudo e consiga “passear” pelo conteúdo de 
modo dinâmico, mas sem perder a seriedade nos ensinamentos.
Espero ajudar em sua jornada! Conte comigo!
Caso tenha qualquer dúvida estou disponível no Instagram: @profrpardal
Grande abraço e bons estudos!!!
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
MoedA FAlsA – Art. 289
Tipo objetivo
Fabricar: Produzir cédula nova.
Alterar: modificar a moeda existente, aproveitando-se do material da cédula originária.
Qual a amplitude de moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país, professor?
Abrange também moeda estrangeira dotada de curso legal no país de origem e curso co-
mercial no Brasil.
Não pode ser objeto: A moeda retirada de circulação, podendo esta ensejar outros crimes 
como estelionato.
Competência
Justiça Federal (art. 109, IV da CF).
Se a falsificação for grosseira caracteriza estelionato de competência da justiça estadual 
(súmula 73 do STJ).
Consumação
O crime se consuma com a simples contrafação, sendo indiferente se a moeda entrou ou 
não em circulação. Trata-se de crime formal.
Art. 289, § 1º Pune quem importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou intro-
duz na circulação moeda falsa.
E se o sujeito recebe a moeda de boa-fé e depois de saber que é falsa a devolve para cir-
culação, professor?
É punido na figura privilegiada do art. 289, § 2º.
Questão complexa. Como se aferir o dolo neste crime, professor?
a) quantidade de cédulas encontradas, pois quanto maior o número, menor a possibilidade 
de desconhecimento;
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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b) modo de introdução em circulação, como a aquisição de bens de pequeno valor com 
notas de alto valor;
c) existência de outras cédulas de valor menor em poder do agente;
d) reação do réu quando da apreensão das moedas e versão apresentada;
e) local onde estão guardadas as cédulas;
f) evidente dissipação, como gorjetas de cem dólares a carregador de malas em um hotel.
petrechos pArA FAlsiFicAção de MoedA – Art. 291
Trata-se de exemplo de punição de ato preparatório.
É tipo misto alternativo, de conduta variada ou de ação múltipla.
O artigo fala em objeto especialmente destinado à falsificação de moeda. A doutrina criti-
ca a amplitude do tipo (Bitencourt e Magalhães Noronha). Bitencourt exige que o objeto seja 
daqueles que apropriadamente seja usado para falsificar moeda e que no caso concreto tenha 
tido tal finalidade.
O STJ entende que a expressão “especialmente destinado” não se refere a uma caracte-
rística intrínseca ou inerente do objeto. Se assim fosse, só a posse ou guarda de maquinário 
exclusivamente voltado para a fabricação ou falsificação de moedas consubstanciaria o crime, 
o que implicaria a inviabilidade de sua consumação (crime impossível), pois nem mesmo o 
maquinário e insumos utilizados pela Casa de Moeda são direcionados exclusivamente para 
a fabricação de moedas. Tal dicção está relacionada ao uso que o agente pretende dar a esse 
objeto, ou seja, a consumação depende da análise do elemento subjetivo do tipo (dolo), de 
modo que se o agente detém a posse de impressora, ainda que manufaturada visando ao uso 
doméstico, mas com o propósito de a utilizar precipuamente para contrafação de moeda, in-
corre no referido crime (STJ; REsp 1.758.958-SP, Sexta Turma, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, 
por unanimidade, julgado em 11/09/2018, DJe 25/09/2018).
FAlsiFicAção de pApéis públicos – Art. 293
Conduta Básica – art. 293 e Incisos
Fabricar consiste na contrafação. O agente cria materialmente o título ou papel.
Alterar é modificar um título ou papel tornando-o falso.
Objetos materiais:
1. selo, papel selado ou papel destinado à arrecadação de tributo;
2. papel de crédito público que não seja moeda de curso legal;
3. vale postal;
Esse dispositivo foi revogado, aplicando-se o tipo do artigo 36 daLei 6.538/78.
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4. cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabeleci-
mento mantido por entidade de direito público;
5. talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas 
públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável;
6. bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por 
Estado ou por Município:
Sujeito ativo: qualquer pessoa. Se for funcionário público e se valer do cargo a pena é au-
mentada em um sexto (art. 295).
Condutas Equiparadas – Art. 293, § 1º
Supressão de Carimbo ou Sinal de Inutilização – Art. 293, § 2º
O artigo 293, § 3º pune quem usa qualquer dos papéis nos quais foi suprimido o carim-
bo ou sinal.
O artigo 293, § 4º (modalidade privilegiada) pune quem coloca em circulação papéis re-
cebidos de boa-fé. Só haverá o crime se o sujeito coloca em circulação após ter ciência da 
falsidade ou alteração.
petrechos de FAlsiFicAção – Art. 294
Trata-se de punição de ato preparatório da falsificação.
Sujeito ativo: qualquer pessoa. Se for funcionário público e se valer do cargo a pena é au-
mentada em um sexto.
É indispensável que os objetos se prestem a alteração idônea a lesar a fé-pública. É ainda 
necessário que o objeto apreendido se revele especialmente destinado à falsificação dos pa-
péis públicos.
cAusA de AuMento de penA – Art. 295
A pena é aumentada de um sexto se o agente é funcionário público e comete o crime va-
lendo-se da função.
FAlsidAde docuMentAl
Noção de Documento
Conceito: toda peça escrita que condensa graficamente o pensamento de alguém e tem 
relevância jurídica.
Quais são os requisitos que a doutrina e jurisprudência apontam para que um papel possa 
ser considerado um documento?
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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1. Que ele seja escrito. Em razão disso modificações ou montagens em fotografias iso-
ladas não constituem falsidade documental, porque a foto em si não é um documento, pode 
haver, por exemplo, crime contra a honra.
2. O conteúdo deve ter relevância jurídica. Carteira de identidade, carteira de reservista, car-
teira de trabalho, certidão de casamento, contratos em geral, tem relevância jurídica, nota fiscal 
etc. Em suma, deve ter a possibilidade de gerar consequências no plano jurídico.
3. Todo documento deve ter a identificação do responsável por sua elaboração (autoria 
identificada).
4. É a capacidade de por si só fazer prova de seu conteúdo. É o chamado valor probatório. 
Este valor probatório é extraído de leis ou de normas infralegais. No caso de cópia autenticada 
não há crime.
Espécies de Falsidade
A falsidade documental possui duas espécies: falsidade material e ideológica.
Costuma-se dizer que a diferença é que na falsidade material o falso é na forma do docu-
mento, enquanto na falsidade ideológica, o falso é no conteúdo.
Primeiro critério:
Na falsidade material, o vício recai sobre a exterioridade do documento; na falsidade ideológica, 
sobre o sentido das declarações que o documento devia conter. A falsidade material incide sobre a 
integridade física do papel escrito, procurando deturpar suas características originais por meio de 
emendas ou rasuras. Na falsidade ideológica há uma mentira reduzida a escrito (Sylvio do Amaral).
Segundo critério:
A falsidade ideológica é cometida pelo autor ostensivo e declarado do documento; contudo, se 
quem o escreve é pessoa diversa daquela a quem no texto se atribui a autoria, temos falsidade 
material. Na falsificação material, o autor se esconde necessariamente debaixo da identidade de 
outrem porque este outro e não o autor, é quem tem legitimidade para produzir o documento. Na 
falsidade ideológica, o agente declara sua verdadeira identidade, pois tem capacidade para redigir o 
documento em seus devidos termos”. Em suma, na falsidade material o sujeito não tem atribuição 
para elaborar o documento, já na falsidade ideológica, ele tem referida atribuição. (Sylvio do Amaral).
EXEMPLO 1
Sujeito fabrica espelho de RG e monta o documento. Trata-se de falsidade material.
EXEMPLO 2
Sujeito pega um espelho verdadeiro de RG de terceiro e troca a fotografia, inserindo uma sua. 
Trata-se de falsidade material.
EXEMPLO 3
Sujeito vai a seu médico de confiança e pede que ele elabore um atestado dizendo que está 
doente, quando em verdade não está. Trata-se de falsidade ideológica.
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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EXEMPLO 4
Sujeito quer que seja elaborado atestado médico dizendo que está doente para justificar falta 
em seu emprego. Diante disso, vai até uma praça pública e um sujeito utilizando um carimbo 
de um médico e a assinatura deste e preenche o atestado, passando-se pelo médico. Trata-se 
de falsidade material.
Apenas existe falsidade ideológica quando o documento é totalmente verdadeiro quan-
to à forma, sendo falso exclusivamente o conteúdo. Portanto, a falsidade material absorve a 
ideológica.
Falsificação do Selo ou Sinal Público – Artigo 296
Forma do caput:
1. Fabricar
2. Alterar
I – selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município;
Obs.: � Não confundir com o art. 293, I que envolve a falsificação de selo destinado a controle 
tributário.
II – selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público de 
tabelião:
§ 1º Modalidades Equiparadas
I – Pune quem faz uso do selo ou sinal falsificado – deve saber que o selo ou sinal é falso;
II – Pune quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em pro-
veito próprio ou alheio;
III – Pune quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros 
símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública.
§ 2º Causa de Aumento - Sexta Parte - agente é funcionário público e comete o crime valendo-se 
do cargo
Falsificação de Documento Público – Artigo 297
Trata-se de falsidade material. Salvo nas hipóteses dos §§ 3º e 4º que tratam de falsidade 
ideológica.
Trata-se de falsificação envolvendo documento público
Documento Público – quando elaborado por funcionário público, no desempenho de suas 
funções e de acordo com as formalidades legais.
EXEMPLO
 RG, Reservista, CNH, Título de Eleitor, Passaporte.
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
Falsificar: Consiste em elaborar, em criar, um documento falso. Sendo também conhecida 
como contrafação.No exato instante em que o documento fica pronto ele já é falso (no todo ou 
em parte – dependo o que o falsário fez no caso concreto). Logo, a tentativa é possível quando 
o sujeito inicia a confecção de um documento falso, mas é impedido de finalizá-lo.
Alterar: Essa segunda conduta típica tem como premissa a pré-existência de um documen-
to verdadeiro finalizado, sobre o qual recai a conduta do agente que modifica algum ou alguns 
de seus dizeres, ou algum de seus elementos componentes.
EXEMPLO
Trocar a fotografia do RG que era verdadeiro. Nessa modalidade o crime se consuma no 
momento da alteração – esta modalidade é chamada de mutatio veritatis.
A falsificação é crime que deixa vestígio, devendo ser verificada por exame pericial. Con-
tudo, o STJ surpreendentemente admitiu a prova da materialidade por outros meios sem fazer 
qualquer ressalva (AgRg no AResp 875722/RS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, j. 
13/11/2017).
Quando a falsificação é grosseira, temos crime impossível, e o fato é considerado atípico. 
Falsificação Grosseira: aquela que pode ser percebida por toda e qualquer pessoa.
Particular pode cometer falsificação de documento público? Claro que sim, ele pode alterar 
documento público, tornando-o falso ou criar um documento público falso.
Consumação: O crime se consuma com a falsificação ou alteração, ainda que não se obte-
nha a finalidade almejada. Trata-se, portanto, de crime formal.
Art. 297, § 1º Aumenta-se a pena em um sexto na hipótese em que o sujeito é funcionário público e 
comete o crime valendo-se de sua função.
§ 2º Documento público por Equiparação:
a) Emanados de entidade paraestatal;
b) Livros empresariais;
c) Ações das sociedades empresárias;
d) Testamento particular (ou hológrafo) e
e) Títulos ao portador ou transmissíveis por endosso (cheque, nota promissória, duplicata etc.).
Falsificação de Documento Particular – Artigo 298
As condutas típicas são as mesmas. Trata-se de falsidade material.
Alteram-se objeto material (documento particular) e a pena.
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
Documento particular: Não há conceito específico, tal obtém-se por negativa. É aquele 
não reconhecível, nem mesmo por equiparação, como público. Ainda que emitido por funcio-
nário público, terá caráter particular sempre que não se enquadre entre os de atribuição do 
funcionário.
Cuidado: O registro e o reconhecimento de firma não transformam o documento em públi-
co. Ele continua sendo particular.
Em relação a consumação e tentativa aplicam-se as mesmas regras do artigo 297. A fal-
sificação se consuma quando o documento falso fica pronto e a alteração ocorre quando se 
completa a modificação visada.
Documento particular por equiparação: A Lei 12.737 (Lei Carolina Dieckmann) de 30 de 
novembro de 2012 equiparou a documento particular os cartões de crédito e de débito (artigo 
298, parágrafo único do CP).
Falsidade Ideológica – Artigo 299
Também conhecida como falsidade intelectual, moral ou ideal.
Pressuposto: A falsidade ideológica pressupõe que o documento seja totalmente verdadei-
ro quanto a forma e que apenas o conteúdo seja falso.
Penas: O artigo 299 prevê pena diferente, conforme seja a falsidade ideológica de documen-
to público (reclusão de 01 a 05 anos e multa) ou particular (reclusão de 01 a 03 anos multa).
O crime consiste em “omitir em documento público ou particular declaração que dele deve-
ria constar, ou inserir ou fazer inserir (falsidade mediata) em qualquer deles declaração falsa 
ou diversa da que devia constar a fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade 
sobre fato juridicamente relevante”.
A falsidade ideológica possui elemento subjetivo expresso (dolo específico) no tipo por-
que só se configura quando presente uma das finalidades descritas no texto legal: “prejudicar 
direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante”.
Particular pode praticar falsidade ideológica em documento público, professor?
Pode sim, perfeitamente, ele pode fazer o funcionário público autorizado inserir declaração 
falsa em documento público. Portanto, é possível na conduta de “fazer inserir”.
Consumação: Trata-se de crime formal que se consuma com a falsificação, ou seja, mes-
mo que o agente não atinja o fim que almejava.
Falsidade ideológica e termo inicial da prescrição:
A falsidade ideológica é crime formal e instantâneo, cujos efeitos podem se protrair no 
tempo. A despeito dos efeitos que possam, ou não, gerar, ela se consuma no momento 
em que é praticada a conduta. Diante desse contexto, o termo inicial da contagem do 
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
prazo da prescrição da pretensão punitiva é o momento da consumação do delito e não 
o da eventual reiteração de seus efeitos (STJ; Terceira Seção; RvCr 5.233/DF; Rel. Min. 
Reynaldo Soares da Fonseca; Dje 25/05/2020).
Art. 299, Parágrafo único. Causa de aumento:
A pena é aumentada de um sexto se o crime for praticado por funcionário público prevalecendo-se 
de suas funções ou se a falsificação envolve assentamento de registro civil.
JURISPRUDÊNCIA
1. Inserção falsa em declaração de estado de pobreza: O entendimento do Superior Tri-
bunal de Justiça é no sentido de que a mera declaração de estado de pobreza para fins 
de obtenção dos benefícios da justiça gratuita não é considerada conduta típica, diante 
da presunção relativa de tal documento, que comporta prova em contrário” (STJ, AgRg no 
RHC 43.279/SP, DJe 19/12/2016).
2. Inserção falsa em petição inicial: Já se sedimentou na doutrina e na jurisprudência o 
entendimento de que a petição apresentada em Juízo não caracteriza documento para 
fins penais, uma vez que não é capaz de produzir prova por si mesma, dependendo de 
outras verificações para que sua fidelidade seja atestada. 3. A indicação de endereço 
incorreto em petição inicial para fins de alteração da competência para processar e julgar 
determinada ação não caracteriza o crime previsto no artigo 299 do Código Penal, pois a 
veracidade do domicílio poderá ser objeto de verificação. Precedentes” (STJ, RHC 70.596/
MS, DJe 09/09/2016).
3. Inserção falsa em currículo lattes: O STJ decidiu que a inserção de informação falsa 
em currículo Lattes também não caracteriza o crime de falsidade ideológica porque, tra-
tando-se de página eletrônica em que o usuário insere informações apenas mediante o 
uso de login e senha, não é possível certificar a identidade de quem faz a inserção. Por 
isso, não se trata de um documento eletrônico, assim considerado aquele integrante de 
página ou sítio na rede mundial de computadores que possa ter sua autenticidade aferida 
por assinatura digital (Informativo 610 do STJ).
4. Declaração falsa em pedido de residência provisória. Continuidade normativo típica: 
A Lei n. 6.815/1980 foi expressamente revogada pela Lei n. 13.445/2017. No entanto, 
a conduta de fazer declaração falsa em processo de transformação de visto, de regis-
tro, de alteração de assentamentos, de naturalização, ou para a obtenção de passaporte 
para estrangeiro, laissez-passer ou, quando exigido, visto de saída, prevista no art. 125, 
XIII, da Lei n. 6.815/1980, não deixou de ser crime no Brasil com a revogação da referida 
lei, não havendo que sefalar em abolitio criminis, mas subsume-se agora ao art. 299 do 
Código Penal. Operou-se, na espécie, o princípio da continuidade normativa típica (STJ; 
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
Quinta Turma; AgRg no AREsp 1.422.129/SP; Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca; j. 
05/11/2019).
5. Inserção e ME ou EPP: As sucessivas revisões dos quantitativos máximos de receita 
bruta para enquadramento como ME ou EPP, da Lei Complementar n. 123/2006, para 
fazer frente à inflação, não descaracterizam crimes de inserção de informação falsa em 
documento público, para fins de participação em procedimento licitatório, cometidos 
anteriormente (STJ, AREsp 1.526.095-RJ, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por una-
nimidade, julgado em 08/06/2021).
FAlso reconheciMento de FirMA ou letrA – Art. 300
Trata-se de uma hipótese específica de falsidade ideológica, de modo que seria desneces-
sária esta previsão.
Firma é a assinatura, por extenso ou abreviada.
Letra é o manuscrito integral da pessoa que também subscreve o documento.
O reconhecimento é aposto no próprio documento no qual se encontra a firma ou letra, nor-
malmente por meio de preenchimento de carimbos. Qualquer modalidade de reconhecimento 
(autêntico, semi-autêntico, por semelhança ou indireto) está abarcada neste crime.
Trata-se de crime próprio, vez que apenas pode ser praticado por quem tem atribuição para 
reconhecer como verdadeira firma ou letra de outrem. São eles: tabelião de notas, oficial do 
Registro Civil, dentre outros.
O “reconhecimento” de firma por quem não tem fé pública não constitui o crime em apreço, 
mas o delito de falsidade de documento público ou particular (artigos 297 e 298 do CP), carac-
terizando, portanto, falsidade material.
Consumação: É crime formal que se consuma com o remate da atestação (fórmula do 
reconhecimento) independentemente da devolução do documento ao apresentante. Desne-
cessário o prejuízo efetivo ou que seja dado ao documento o fim almejado.
Pena – A pena é alterada se o documento é público ou particular (um a cinco anos se pú-
blico ou um a três anos se particular).
Certidão ou Atestado Ideologicamente Falso – Artigo 301
Consiste em outra modalidade específica de falsidade ideológica.
Crime próprio: Trata-se de crime próprio de funcionário público. Só ele pode atestar ou 
certificar, em razão da função, qualquer fato ou circunstância.
Atestar é afirmar ou provar algo em caráter oficial.
Certificar é afirmar, convencer da verdade ou da certeza de algo, também com cará-
ter público.
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
Cuidado: é necessário que se trate de atestado ou certidão originais, pois caso contrário há 
o crime do artigo 297 do CP.
O fato ou circunstância que se atesta ou certifica deve ser inerente ou atinente à pessoa a 
quem se destina o atestado ou a certidão. Ademais, deve ter o atestado ou certificação aptidão 
para que a pessoa obtenha o que é almejado.
EXEMPLOS
Atestar boa conduta para alguém se candidatar a cargo público, certificar que alguém já serviu 
como jurado para isentá-lo do júri.
Consumação: trata-se de crime formal que se consuma quando o agente encerra o atesta-
do ou certidão, não sendo necessária sua entrega ao destinatário.
Artigo 301, parágrafo primeiro: O artigo 301, parágrafo primeiro trata de hipótese de falsidade ma-
terial que pode ser praticada por qualquer pessoa
Art. 301, parágrafo segundo. Forma qualificada: O artigo 301, parágrafo segundo traz forma qualifi-
cada se há fim de lucro. Nesta hipótese aplica-se também pena de multa.
Falsidade de Atestado Médico – Artigo 302
Sujeito ativo: é crime próprio, cujo sujeito ativo é apenas o médico.
Trata-se de dispositivo imoral com pena menor que não se justifica. Se um cidadão que 
não o médico pratica falsidade ideológica a pena é maior, se o médico o faz abusando de sua 
prerrogativa, a pena é consideravelmente reduzida.
Consumação: o delito se consuma com a entrega do atestado, vez que a conduta típica é 
“dar atestado”.
Art. 302, Parágrafo único. Se houver finalidade de lucro, aplica-se também a multa.
Reprodução ou Adulteração de Selo ou Peça Filatélica – Artigo 303
Este tipo foi revogado pelo artigo 39 da Lei 6.538/78 que estabeleceu pena menor tanto 
para quem reproduz ou altera como para quem faz uso.
Uso de Documento Falso – Artigo 304
Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados a que se referem os artigos 297 
a 302 do CP.
A doutrina salienta que o crime de uso de documento falso é um crime remetido ou vas-
salo, porque para a sua tipificação se faz necessária à remissão a outros tipos penais que são 
aqueles dos artigos 297 a 302 do CP. Quando for efetuada denúncia pelo crime de uso de docu-
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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mento falso, é necessário que o MP faça a combinação com um destes dispositivos. Exemplo: 
artigo 304 c/c artigo 299.
O próprio artigo 304 prevê que a pena para quem fizer uso será a mesma prevista para o 
falsário, o que dependerá de ser público ou particular o documento, de ser o falso material ou 
ideológico, ou ainda de se tratar de falsificação de atestado ou de atestado médico. Exemplo: 
quem usa um atestado médico materialmente falso incorre no artigo 304 c/c artigo 301, §1º.
O artigo 304 contém um crime acessório, porque a configuração do delito de uso de docu-
mento falso pressupõe a ocorrência de um crime anterior, qual seja, o crime de falsificação de 
documento ou atestado. Também se chama este crime de “norma penal em branco ao revés.”
Sujeito ativo: pode ser qualquer pessoa, exceto o próprio autor da falsificação, porque a 
jurisprudência e a doutrina firmaram entendimento de que o uso posterior pelo próprio falsário 
constitui pós-fato impunível, ou seja, o falsário só responde pelo crime que primeiro se consu-
mou, que é a falsificação.
A conduta típica é “fazer uso” e significa que o agente visando fazer prova do conteúdo do 
documento o apresenta efetivamente a alguém o tornando acessível para manuseio.
O PULO DO GATO
EXEMPLOS
Se a polícia cumprindo uma ordem de busca e apreensão encontra um documento falso na 
gaveta da casa de alguém ou em uma blitz encontra o RG no bolso de alguém em uma revista 
pessoal não se configura o crime de uso.
Obs.: � Apenas quando se trata de CNH, Bitencourt entende que o simples porte caracteriza o 
crime, embora a exibição se dê apenas por solicitação da autoridade de trânsito. Neste 
caso, portar equivaleria a fazer uso.
JURISPRUDÊNCIA
Falso e uso – conflito aparente de normas.
STJ: A teor da jurisprudência desta Corte, o uso de documento falsificado (CP, art. 304) 
deve ser absorvido pela falsificação do documento público (CP, art. 297), quando prati-
cado por mesmo agente, caracterizando o delito de uso post factum não punível, ou seja, 
mero exaurimento do crime de falso, não respondendo o falsário pelos dois crimes,em 
concurso material (STJ; HC 371623 / AL; Rel. Min. Ribeiro Dantas; Quinta Turma; DJe 
18/08/2017). Portanto, para o STJ, o uso fica absorvido pelo falso.
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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Supressão de Documento – Artigo 305
Conduta:
Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento 
público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor.
Há pena diversa se o documento é público (reclusão de 02 a 06 anos e multa) ou particular 
(reclusão de 01 a 05 anos e multa).
Trata-se de crime comum que qualquer pessoa pode praticar.
Destruir é eliminar, demolir, queimar, rasgar.
Suprimir significa fazer desaparecer o documento sem que tal represente destruição ou 
ocultação (exemplo: riscar o documento, tornando-o ilegível ou cobri-lo com uma camada 
de tinta).
Ocultar é esconder ou tirar da disponibilidade de outrem o documento.
O objeto material é o documento verdadeiro, público ou particular.
Não há crime se o fato é praticado envolvendo cópia de documento cujo original pode ser 
encontrado facilmente em repartição pública, pois nesse caso não está prejudicada a prova do 
fato ou relação jurídica de que trata o documento.
A lei não distingue a espécie de benefício, podendo ser econômico ou moral.
Consumação: O crime se consuma com a destruição, supressão ou ocultação do 
documento.
Destruição ou supressão parcial: E se houver destruição ou supressão parcial? O crime é 
considerado tentado se as partes faltantes ou obscurecidas não impedirem a compreensão do 
documento.
Falsa Identidade – Artigo 307
Conceito: Sujeito se identifica ou identifica terceiro de maneira falsa para obter vantagem, 
em proveito próprio ou alheio ou para causar dano a outrem.
Predomina a ideia de que a falsa identidade se relaciona a identidade física da pessoa 
(Bento de Faria), mas há posição no sentido de que engloba todas as qualidades, como estado 
civil, profissão etc. (Mirabete).
Não há crime se o agente se limitar a oculta sua identidade sem substituir-se à outra pes-
soa. Igualmente não há crime se o sujeito silencia sobre a falsa identidade que lhe é imputada.
A vantagem pode ser patrimonial, social, moral (ex: sujeito que se apresenta para exame de 
habilitação no fazendo-se passar por seu pai).
Trata-se de crime subsidiário expresso, conforme estabelece seu preceito secundário. As-
sim, se constituir crime mais grave, o sujeito responde pelo delito mais grave, afastando-se o 
delito de falsa identidade.
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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O crime se consuma quando o agente imputa a si ou a terceiro a falsa identidade, indepen-
dentemente da obtenção da vantagem. A tentativa é possível.
Responde por este crime aquele que fornece nome falso para autoridade a fim de esconder 
seu passado criminoso? O STF, após mudança jurisprudencial, passou a considerar tal conduta 
crime, vez que a autodefesa não daria o direito de ocultar maus antecedentes (RE 640.139). 
Nesse sentido também entende o STJ segundo a súmula 522.
Uso como Próprio de Documento de Identidade Alheio ou Cessão de Documen-
to Próprio ou Alheio para Outrem – Artigo 308
Conduta: O sujeito usa documento alheio como se fosse seu ou cede documento seu ou de 
terceiro para que outro utilize.
Importante notar que o documento aqui é verdadeiro.
Consumação e tentativa: Na modalidade de “usar” o delito se consuma com o uso e Mira-
bete entende que não se admite tentativa, ou o agente usou e o crime se consumou, ou não 
usou e não se iniciou a execução. Já na modalidade “ceder” o delito se consuma com a cessão 
e Mirabete entende que é possível a tentativa pela possibilidade de se interromper a conduta. 
Bitencourt tem o mesmo entendimento acerca da tentativa.
É crime subsidiário expresso (artigo 308, preceito normativo secundário).
Fraude de Lei sobre Estrangeiro – Artigos 309 e 310
Adulteração de Sinal Identificador de Veículo Automotor – Artigo 311
O crime consiste em adulterar ou remarcar número de chassis ou qualquer sinal identifica-
dor de veículo automotor, componente ou equipamento. Além dos chassis, o texto legal abran-
ge o número do motor, o número do câmbio, bem como a numeração do chassis marcada em 
janelas ou outras locais do veículo.
O STF e o STJ entendem que placa é sinal identificador de veículo nos termos dos artigos 
114 e 115 do CTB de modo que a eventual troca das placas configura o crime em apreço.
Conforme mencionado na aula anterior fixou-se o entendimento de que placas são sinais 
identificadores de veículo e que, portanto, a sua adulteração configura o crime do artigo 311.
Discute-se, entretanto, se tal delito resta configurado quando se trata de adulteração su-
perficial e transitória, por exemplo, com a colocação de fita isolante para modificar um dos 
números da placa. Quando o artigo 311 entrou em vigor em 1996, o entendimento inicial é de 
que apenas as modificações permanentes configuravam o delito, mas a jurisprudência foi se 
modificando devido as consequências práticas das condutas e atualmente se entende que 
nestas hipóteses também há o delito tal como na hipótese de fita adesiva (STJ, HC 407.207/
SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, Dje 21/09/2017)
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
STJ:
A conduta de adulterar placa de veículo semirreboque é formalmente atípica.
O art. 311, caput, do Código Penal prevê como crime apenas a adulteração de sinal identi-
ficador de veículo automotor. Por sua vez, a redação do art. 96, inciso I, do Código de Trân-
sito Brasileiro, expressamente, diferencia os veículos automotores dos veículos semirre-
boques. Desse modo, constata-se que a conduta de adulterar placa de semirreboque é 
formalmente atípica, pois não se amolda à previsão do art. 311, caput, do Código Penal 
(STJ; RHC 98.058/MG; Rel. Min. Laurita Vaz; Sexta Turma; Dje 07/10/2019).
Fraudes em Certames de Interesse Público – Artigo 311 – A (Lei 12.550/11)
Criou-se um novo capítulo apenas para este crime, trata das “Fraudes em certames de in-
teresse público”.
Cola eletrônica: Antes da novel Lei, a “cola eletrônica” (utilização de aparelho transmissor 
e receptor em prova), uma das formas mais corriqueiras de fraudar os certames de interesse 
público, foi julgada atípica pelos Tribunais Superiores (havia quem entendesse que se tratava 
de estelionato). O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Inquérito n. 1.145, decidiu que a 
referida fraude não se enquadraria nos tipos penais em vigor, em face do princípio da reserva 
legal e da proibição de aplicação da analogia in malam partem. (Cf. Informativo STF n. 453, 
de 18 e 19 de dezembro de 2006). No mesmo sentido o Superior Tribunal de Justiça (Recurso 
Ordinário em Habeas Corpus n. 7376/SC, Sexta Turma, Relator Ministro Fernando Gonçalves). 
Com a nova lei a conduta pode caracterizar o crime em tela se houver divulgação ou utilizaçãode conteúdo sigiloso.
Conduta:
Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a 
credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:
I – concurso público;
Obs.: � Cuidado: A lei se refere a concurso público para seleção de servidores e não ao concur-
so da Lei 8.666/93 que é modalidade de procedimento licitatório.
II – avaliação ou exame públicos;
III – processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou
IV – exame ou processo seletivo previstos em lei,
Sujeito ativo: Qualquer pessoa que tenha acesso ao conteúdo sigiloso relacionado ao cer-
tame. Se o crime é praticado por funcionário público aumenta-se a pena em um terço (artigo 
311-A, § 3º).
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
O caput exige elemento subjetivo especial consistente em beneficiar a si ou a outrem, ou 
de comprometer a credibilidade do certame.
O artigo 311-A, § 1º pune quem permite ou facilita o acesso a conteúdo sigiloso referido no 
caput. Aqui não há elemento subjetivo especial.
O § 2º prevê qualificadora se da ação ou omissão resulta dano à administração pública.
O dano não precisa ser necessariamente patrimonial. O dispositivo deve ser interpretado 
com cautela, sob pena de a qualificadora incidir sempre (ex.: se a fraude é descoberta e a prova 
é anulada pode não haver dano)
A qualificadora somente é cabível no caso de dano à administração pública, de sorte que, 
se a fraude ocorreu em vestibular de universidade privada, por exemplo, tendo sido a seleção 
anulada por conta do crime, mesmo assim não haverá a incidência do § 2º por se tratar de 
dano à instituição privada.
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MAPAS MENTAIS
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CEBRASPE/SEFAZ-CE/AUDITOR-FISCAL JURÍDICO DA RECEITA ESTADUAL/2021) 
Com relação aos crimes contra a fé pública e a administração pública, julgue o item a seguir.
A mesma pena aplicada ao falsificador de selo destinado a controle tributário também se apli-
ca à pessoa que utilizar o selo sabendo que ele foi alterado por terceiro.
002. (VUNESP/PREFEITURA DE GUARUJÁ-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2021) Os crimes 
cujas sanções são aumentadas por terem sido cometidos, respectivamente, com o fim de lu-
cro e por funcionário público que comete o crime prevalecendo-se do cargo são:
a) uso de documento falso; supressão de documento.
b) falsidade de atestado médico; falsidade ideológica.
c) falsificação de papéis públicos; fraudes em certames de interesse público.
d) petrechos de falsificação; reprodução ou alteração de selo ou peça filatélica.
e) falso reconhecimento de firma ou letra; falsidade material de atestado ou certidão.
003. (CEBRASPE/PG-DF/ANALISTA JURÍDICO/DIREITO E LEGISLAÇÃO/2021) Relativamen-
te aos crimes contra a administração pública e contra a fé pública, julgue o item subsequente.
O funcionário público é o sujeito ativo tanto em crimes de supressão de documento público 
quanto nos de extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento, em benefício próprio 
ou alheio.
004. (FUNDATEC/GHC-RS/ADVOGADO/2021) Conforme dicção do Código Penal e entendi-
mento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, assinale a alternativa INCORRETA sobre os 
crimes contra a fé pública e contra a administração pública.
a) O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública.
b) Para efeitos penais, considera-se funcionário público quem, embora transitoriamente ou 
sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. Equipara-se a funcionário pú-
blico quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para 
empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica 
da Administração Pública.
c) O crime de falsificação de documento público compreende o ato de falsificar, no todo ou 
em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro, incorrendo nas mes-
mas penas quem insere ou faz inserir em documento contábil, ou qualquer outro documento 
relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou 
diversa da que deveria ter constado.
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
d) A omissão, em documento público ou particular, de declaração que dele deveria constar, 
ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa, diversa da que devia ser escrita, com o fim de 
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, con-
figura o crime de falsidade ideológica.
e) A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em 
razão da qualificação do órgão expedidor.
005. (CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2021) Com rela-
ção aos crimes contra a fé pública, julgue o item que se segue.
O indivíduo foragido do sistema carcerário que utiliza carteira de identidade falsa perante a 
autoridade policial para evitar ser preso pratica o crime de falsa identidade.
006. (CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2021) Com rela-
ção aos crimes contra a fé pública, julgue o item que se segue.
O crime de moeda falsa é incompatível com o instituto do arrependimento posterior.
007. (CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2021) No que con-
cerne aos crimes previstos na parte especial do Código Penal, julgue o item subsequente.
Em se tratando do crime de falsidade ideológica, o prazo prescricional se reinicia com a even-
tual reiteração de seus efeitos.
008. (CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2021) Em uma abordagem duran-
te blitz de rotina em rodovia federal, o policial constatou alteração no chassi do veículo que 
estava sendo fiscalizado. Questionado pelo policial, o condutor ofereceu-lhe grande quantia 
em dinheiro para que fosse liberado de imediato.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.
A adulteração grosseira do chassi do veículo não caracteriza crime impossível.
009. (CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2021) Em uma abordagem duran-
te blitz de rotina em rodovia federal, o policial constatou alteração no chassi do veículo que 
estava sendo fiscalizado. Questionado pelo policial, o condutor ofereceu-lhe grande quantia 
em dinheiro para que fosse liberado de imediato.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.
A remarcação do chassi com o mesmo número original do veículo caracteriza crime contra a 
fé pública e infração administrativa de trânsito.
010. (CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2021)Em uma abordagem duran-
te blitz de rotina em rodovia federal, o policial constatou alteração no chassi do veículo que 
estava sendo fiscalizado. Questionado pelo policial, o condutor ofereceu-lhe grande quantia 
em dinheiro para que fosse liberado de imediato.
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.
A remarcação de novo número no chassi e a falsificação do certificado de registro do veículo 
caracterizam crime único de falsificação de documento público.
011. (CEBRASPE/TCE-RJ/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/DIREITO/2021) No que se 
refere aos crimes em espécie, julgue o item que se segue.
No crime de falsidade ideológica, a forma material do documento é inalterada, sendo falso 
apenas o conteúdo nele inserido.
012. (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE PINDORAMA-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2020) 
Falsificar, no todo ou em parte, documento emanado de entidade paraestatal, as ações de so-
ciedade comercial e o testamento particular configura o crime de
a) falsificação de documento público.
b) falsificação de documento particular.
c) falsidade ideológica.
d) falsidade material de atestado ou certidão.
e) falsificação do selo ou sinal público.
013. (AV MOREIRA/PREFEITURA DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ-PI/PROCURADOR MU-
NICIPAL/2020) Marque a alternativa em que consta um crime contra a fé pública.
a) Apologia ao crime.
b) Constituição de milícia privada.
c) Formação de quadrilha.
d) Incitação ao crime.
e) Moeda falsa.
014. (CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FORMAÇÃO/3ª TUR-
MA/1ª PROVA/2020) Ainda com relação a aspectos legais que concernem aos procedimen-
tos policiais, julgue o item seguinte.
Para que o crime de falsidade ideológica se configure, é necessário que o objeto da conduta 
seja a inserção de declarações falsas em documentos públicos, não se configurando esse tipo 
penal no caso de documentos particulares.
015. (FUNDATEC/PREFEITURA DE SANTO AUGUSTO-RS/ADVOGADO/2020) Sobre os cri-
mes contra a fé pública, previstos no Código Penal (Decreto-Lei n. 2.848/1940), assinale a 
alternativa correta.
a) Aquele que fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar ma-
quinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de 
moeda responde pelo delito de moeda falsa.
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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b) O agente público que falsifica, no todo ou em parte, documento emanado de entidade pa-
raestatal, incorre no delito de falsificação de documento público, aumentando-se a pena de 
sexta parte.
c) O cartão de crédito é equiparado a documento público para fins do delito de falsificação de 
documento público.
d) Omitir, em documento particular, declaração que dele devia constar, com o fim de prejudicar 
direito de terceiro, enquadra-se como delito de falsificação de documento particular.
e) Aquele que usa, como próprio, documento alheio ou se atribui falsa identidade comete deli-
tos apenados com detenção e multa, ainda que se constituam elementos de crime mais grave.
016. (CEBRASPE/SEFAZ-AL/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2020) Com relação 
a aspectos do direito penal, julgue o item a seguir.
Caracteriza crime contra a fé pública a venda, no exercício de atividade comercial, de mercado-
ria em que tenha sido aplicado selo falsificado que se destina a controle tributário.
017. (QUADRIX/CRO-DF/FISCAL I/2020) À luz do Código Penal brasileiro, julgue o item.
O cirurgião‐dentista que obtém para si vantagem ilícita, em prejuízo de seu paciente, induzindo-
‐o a erro, mediante artifício, comete o crime de falsidade ideológica.
018. (CEBRASPE/SEFAZ-AL/AUDITOR DE FINANÇAS E CONTROLE DE ARRECADAÇÃO DA 
FAZENDA ESTADUAL/2020) Com relação a aspectos do direito penal, julgue o item a seguir.
Auditor que, no intuito de obter vantagem econômica, inserir, no banco de dados da secretaria 
de fazenda local, informações falsas em relação a dívida de determinado contribuinte terá co-
metido o crime de falsidade ideológica.
019. (CEBRASPE/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/DIREITO/2020) A conduta de quem faz de-
claração falsa de estado de pobreza para fins de obtenção dos benefícios da justiça gratuita 
em ação judicial é considerada
a) atípica.
b) crime de falsa identidade.
c) crime de falsidade ideológica
d) crime de falsificação de documento público.
e) crime de falsificação de documento particular.
020. (EJUD-PI/TJ-PI/JUIZ LEIGO/2019/ADAPTADA) João é nascido em abril de 1948 e de-
clara, por vergonha de sua idade, num documento público, perante uma repartição pública 
estadual, que tem 57 anos de idade. conforme as normas ortográficas atuais: Por receio de 
descobrirem que sua declaração é falsa, João guarda o documento sem provocar, com isso, 
qualquer consequência. Considerando o caso descrito, assinale a alternativa CORRETA:
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
a) João cometeu o crime previsto no Art. 297 do Código Penal (falsificação de documen-
to público).
b) João cometeu o crime previsto no Art. 298 do Código Penal (falsificação de documento 
particular).
c) João cometeu o crime previsto no Art. 299 do Código Penal (falsidade ideológica).
d) João cometeu o crime previsto no Art. 301 do Código Penal (certidão ou atestada ideologi-
camente falso).
e) João não cometeu crime algum.
021. (VUNESP/TJ-AL/NOTÁRIO E REGISTRADOR/REMOÇÃO/2019) A inserção de declara-
ção falsa em documento público ou particular com o fim de prejudicar direito, criar obrigação 
ou alterar a verdade de fato juridicamente relevante configura
a) crime de favorecimento pessoal.
b) crime de sonegação de documento.
c) crime de falsidade Ideológica.
d) crime de falsidade material.
022. (CONSULPAM/PREFEITURA DE RESENDE-RJ/MÉDICO PSIQUIATRA/2019) Emitir um 
atestado médico falso, tendo como justificativa uma patologia inexistente é considerado:
a) É crime determinadamente expresso no Código Penal Brasileiro, com previsão de pena e até 
mesmo de multa, trazendo, também, à baila, a devida responsabilidade penal.
b) Ato médico sem implicações éticas ou legais, visto que é procedimento corriqueiro na prá-
tica da profissão.
c) Falta administrativa que implica sanções aplicáveis pelos hospitais, mas sem implicações 
éticas ou legais.
d) Infração ética segundo o código de ética médica em vigor, porém sem outras implica-
ções legais.
023. (FAFIPA/CREA-PR/AGENTE PROFISSIONAL/ADVOGADO/2019) Sobre o delito de frau-
de em certames de interesse público, é INCORRETO afirmar que:
a) Nas mesmas penas do delito de fraude em certames de interesse público incorre quem per-
mite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações sobre 
concurso público; avaliação ou exame públicos; processo seletivo para ingresso no ensino 
superior; exame ou processo seletivo previstos em lei.
b) Ser a fraude em certames de interesse público cometida por funcionáriopúblico não é cau-
sa de aumento de pena.
c) Constitui fraude em certame de interesse público divulgar, indevidamente, com o fim de be-
neficiar outrem, conteúdo sigiloso de processo seletivo para ingresso no ensino superior.
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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d) Constitui fraude em certame de interesse público divulgar, indevidamente, em benefício pró-
prio, conteúdo sigiloso de processo seletivo para ingresso no ensino superior.
e) Constitui fraude em certame de interesse público divulgar, indevidamente, em benefício pró-
prio, conteúdo sigiloso de avaliação ou exames públicos.
024. (CETREDE/PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE-CE/PROCURADOR MU-
NICIPAL/2019) Marque a opção CORRETA quanto aos crimes contra a fé pública.
a) Há concurso material de crimes quando o falsificador, posteriormente, usa o documento 
falsificado que se esgota nessa conduta.
b) Caracteriza-se crime de falsificação de documentos públicos, quando apenas se falsificar, 
no todo, documento público.
c) Para efeitos penais, não se equiparam a documento público o emanado de entidade paraes-
tatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os 
livros mercantis e o testamento particular.
d) Caracteriza crime de falsidade ideológica, omitir, em documento público ou particular, de-
claração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da 
que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre 
fato juridicamente relevante.
e) Configura-se crime de moeda falsa, aquele que falsificar, fabricando ou alterando papel de 
crédito público que não seja moeda de curso.
025. (VUNESP/PREFEITURA DE FRANCISCO MORATO-SP/AUDITOR-FISCAL/2019) O 
dentista, funcionário público, que, no exercício de sua função pública, emite atestado falso, 
em favor do amigo, certificando consulta inexistente, para abono de falta no trabalho, pratica 
o crime de
a) certidão ou atestado ideologicamente falso (art. 301, do CP).
b) falsidade de atestado médico (art. 302, do CP).
c) falsidade material de atestado ou certidão (art. 301, parágrafo 1º, do CP).
d) prevaricação (art. 319, do CP).
e) corrupção passiva (art. 317, do CP).
026. (IBADE/PREFEITURA DE VILHENA-RO/FISCAL DE ITBI/2019) Consoante o nosso có-
digo penal, são considerados crimes contra a fé pública previstos nos Arts. 289 a 337, além 
de falsificação do selo ou sinal público; reconhecer como verdadeira, no exercício da função 
pública, firma ou letra que não o seja do próprio. Também são considerados crimes contra a 
fé pública:
a) estabelecer produção agropecuária; falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou 
alterar o teor da certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que 
habilita alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou 
qualquer outra vantagem.
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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b) falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor da certidão ou de ates-
tado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilita alguém a obter cargo público, 
isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem; obrigar seus 
funcionários a praticar esporte de risco.
c) dirigir embriagado; falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor 
da certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilita al-
guém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer 
outra vantagem.
d) falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor da certidão ou de ates-
tado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilita alguém a obter cargo público, 
isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem.
e) falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor da certidão ou de ates-
tado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilita alguém a obter cargo público, 
isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem; fixar padrões de 
comportamento ou vestuário em solenidades privadas.
027. (CONSULPAM/PREFEITURA DE VIANA-ES/PROCURADOR/2019) Código Penal, julgue 
os itens a seguir:
I – Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à 
circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois 
anos, e multa.
II – Falsificar, fabricando-a, alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no 
país. Pena: reclusão, de três a doze anos, e multa. Se o tipo penal ocorrer no estrangeiro: Pena 
(reclusão, de cinco a quinze anos).
III – Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de 
pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva 
ser pago: Pena: detenção, de um a seis meses, ou multa.
Está CORRETO o que se diz:
a) I e III.
b) Apenas II.
c) Apenas I.
d) I, II e III.
028. (METROCAPITAL SOLUÇÕES/PREFEITURA DE NOVA ODESSA-SP/PROCURADOR JU-
RÍDICO/2019) Falsificar recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecada-
ção de rendas públicas constitui o crime previsto no artigo 293 do Código Penal, isto é:
a) Falsificação de selo ou sinal público.
b) Falsificação de documento público.
c) Falsificação de papéis públicos.
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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d) Falsidade ideológica.
e) Crime assimilado ao de moeda falsa.
029. (IDIB/CREMERJ/ADVOGADO/2019) Assinale abaixo a tipificação prevista no Código Pe-
nal para o crime de falsidade ideológica:
a) Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de ates-
tado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, 
isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem.
b) Ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou 
particular verdadeiro, de que não podia dispor.
c) Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inse-
rir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar 
direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.
d) Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou 
alheio, ou para causar dano a outrem.
030. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/CONSULTOR TÉCNICO JURÍDICO/2019) Configu-
ra o crime de falsificação de documento público o ato de
a) reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja.
b) alterar documento público verdadeiro.
c) destruir, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público verda-
deiro, de que não podia dispor.d) omitir, em documento público, declaração que dele devia constar, com o fim de alterar a 
verdade sobre fato juridicamente relevante.
e) dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso.
031. (CEBRASPE/TCE-RO/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/DIREITO/2019) De acordo 
com o Código Penal, é tipificado como crime de falsificação de documento público a
a) adulteração de cartão de crédito ou de débito.
b) alteração em livros mercantis de sociedade empresarial.
c) inserção de declaração diversa da que deveria ser escrita em documento público.
d) certificação falsa, na função pública, de fato que habilite alguém a obter cargo público.
e) falsificação de marcas, siglas ou símbolos identificadores de órgãos da administra-
ção pública.
032. (CEBRASPE/TCE-RO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS/2019) 
Considerando a jurisprudência do STJ e do STF e a legislação a respeito de crimes contra a fé 
pública, assinale a opção correta.
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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a) Utilização de papel-moeda grosseiramente falsificado configura crime de moeda falsa; ad-
mite-se, no entanto, a aplicação do princípio da insignificância caso sejam grosseiramente 
falsificadas cédulas de pequeno valor.
b) Crime de falsidade material de documento público se consuma com a efetiva utilização do 
documento público falsificado e a ocorrência de prejuízo.
c) Há previsão de modalidade culposa para crime de falsidade ideológica de documento públi-
co ou particular
d) A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial em situação de autode-
fesa não é considerada criminosa.
e) Compete à justiça federal comum processar e julgar civil denunciado pelo crime de uso de 
documento falso quando se tratar de falsificação da caderneta de inscrição e registro expedida 
pela Marinha do Brasil.
033. (FCC/TJ-AL/JUIZ SUBSTITUTO/2019) Quanto aos crimes contra a fé pública,
a) compete à Justiça Estadual comum processar e julgar civil denunciado pelos crimes de fal-
sificação e de uso de documento público falso quando se tratar de Carteira de Habilitação de 
Amador, ainda que expedida pela Marinha do Brasil.
b) há sempre concurso entre os crimes de falsificação de documento público e estelionato, 
segundo entendimento do sumulado do Superior Tribunal de Justiça.
c) configura crime de falsificação de documento particular o ato de falsificar, no todo ou em 
parte, testamento particular, duplicata e cartão bancário de crédito ou débito.
d) atípica a conduta de, em situação de autodefesa, atribuir-se falsa identidade perante autori-
dade policial.
e) inadmissível proposta de suspensão condicional do processo no crime de falsidade ideoló-
gica de assentamento de registro civil.
034. (FCC/MPE-MT/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2019) De acordo com o or-
denamento jurídico e o posicionamento dos tribunais superiores acerca dos crimes contra a 
fé pública,
a) não comete o delito de falsa identidade (art. 307) do Código Penal aquele que, conduzido 
perante a autoridade policial, atribui a si falsa identidade com o intuito de ocultar seus antece-
dentes, tendo em vista o princípio da autodefesa.
b) assim como nos demais crimes não patrimoniais em geral, os delitos contra a fé pública são 
incompatíveis com o instituto do arrependimento posterior, dada a impossibilidade material de 
haver reparação do dano causado ou a restituição da coisa subtraída.
c) a conduta do agente que altera, em parte, testamento particular, é tipificada como falsifica-
ção de documento particular.
d) tanto o charlatanismo (art. 283), quanto o curandeirismo (art. 284), são classificados no 
Código Penal como crimes contra a fé pública.
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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e) fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à falsificação 
de qualquer papel público constitui contravenção penal.
035. (VUNESP/PREFEITURA DE CERQUILHO-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) Assinale 
a alternativa correta.
a) Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou resti-
tuída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena 
será reduzida de um a dois terços.
b) Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na sentença 
e compreende o acréscimo decorrente da continuação.
c) A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, mas 
subsistem os efeitos secundários da condenação.
d) A pena para o crime de quem faz uso de selo público falsificado, destinado a autenticar atos 
oficiais de Município, é de reclusão de um a quatro anos e multa e é aumentada em um terço 
se o agente é funcionário público.
e) A divulgação indevida praticada por funcionário público, com o fim de beneficiar a si ou a ou-
trem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de exame ou processo 
seletivo previstos em lei com danos à Administração Pública é punível com reclusão de dois a 
seis anos de reclusão e multa
036. (FCC/TRF-4ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FE-
DERAL/2019) Ronaldo, dono de um minimercado situado na cidade de Florianópolis, recebeu 
em seu estabelecimento, de boa-fé e como verdadeira, uma nota de R$ 100,00 de um cliente 
para pagamento de uma compra. No dia seguinte, Ronaldo tomou conhecimento de que a nota 
recebida é falsa, mas, mesmo assim, ele a restituiu à circulação. Neste caso, Ronaldo
a) não cometeu qualquer infração penal.
b) cometeu crime de moeda falsa e está sujeito à pena de detenção, de 6 meses a 2 anos, e multa.
c) cometeu crime de moeda falsa e está sujeito à pena de reclusão, de 3 a 12 anos, e multa, 
sem qualquer benefício.
d) cometeu crime de moeda falsa e está sujeito à pena de reclusão, de 3 a 12 anos, e multa, que 
será reduzida de 1/6 a 1/3 em razão da boa-fé quando do recebimento da cédula.
e) cometeu crime de moeda falsa e está sujeito à pena de reclusão, de 3 a 12 anos, e multa, 
mas o Magistrado poderá lhe conceder o perdão judicial.
037. (INSTITUTO ACESSO/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA/2019) Marque a alternativa cor-
reta do ponto de vista legal.
a) No crime de estupro, aumenta-se a pena de metade se resultar a gravidez da vítima.
b) Luiz, delegado de polícia civil, lotado em uma determinada delegacia de polícia, deixou, por 
indulgência, de responsabilizar o inspetor Amâncio após tomar conhecimento de que este teria 
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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praticado uma determinada infração. Nesse contexto, pode-se afirmar que o delegado prati-
cou, em tese, o crime de condescendência criminosa.
c) No crime de incêndio, aumenta-se a pena em dois terços se o delito for praticado em galeria 
de mineração.
d) Aquele que dolosamente retém documento de identidade de terceira pessoa responde pelo 
delito de supressão de documento.
e) No crime de Falsa Identidade, o agente não apresenta nenhumdocumento de identidade 
para se identificar.
038. (INSTITUTO ACESSO/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA/2019) No dia 09/07/2017, Hen-
rique foi parado em uma fiscalização da Operação Lei Seca. Após solicitar a Carteira Nacional 
de Habilitação (CNH) de Henrique, o policial militar que participava da operação suspeitou do 
documento apresentado. Procedeu então à verificação na base de dados do DETRAN e con-
firmou a suspeita, não encontrando o número de registro que constava na CNH, embora as 
demais informações (nome e CPF), a respeito de Henrique, estivessem corretas. Questionado 
pelo policial, Henrique confessou que havia adquirido o documento com Marcos, seu vizinho, 
que atuava como despachante, tendo pago R$ 2.000,00 pelo documento. Afirmou ainda que 
sequer havia feito prova no DETRAN. Acrescente-se que, durante a instrução criminal, ficou 
comprovado que, de fato, Henrique obteve o documento de Marcos, sendo este o autor da 
contrafação. Além disso, foi verificado por meio de perícia judicial que, no estado em que se 
encontra o documento, e em face de sua aparência, pode iludir terceiros como se documento 
idôneo fosse. Logo, pode-se afirmar que a conduta de Henrique se amolda ao crime de
a) falsificação de documento público, previsto no caput do art. 297 do Código Penal.
b) uso de documento falso, previsto no art. 304 do Código Penal.
c) falsa identidade, previsto no art. 307 do Código Penal.
d) falsidade ideológica, previsto no caput art. 299 do Código Penal.
e) falsificação de documento particular, previsto no caput do art. 298 do Código Penal.
039. (INSTITUTO CONSULPLAN/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA/2019) No 
crime de falsa identidade (art. 307 do CP), cujo tipo prevê uma hipótese de “dolo específico”, é 
possível a desistência voluntária (art. 15 do CP) quando, apesar da realização da conduta, não 
se implementou a especial finalidade à qual estava orientada a conduta.
040. (VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/INSPETOR FISCAL DE RENDAS/CONHE-
CIMENTOS GERAIS/2019) Assinale a alternativa correta, no que tange às penas, e conse-
quentemente ao desvalor, das figuras típicas dos arts. 297, 298 e 299 do CP.
a) A falsificação material de documento público (CP, art. 297, caput) é punida com o mesmo 
rigor que a falsidade ideológica de documento público (CP, art. 299, caput).
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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b) A falsificação material de documento público (CP, art. 297, caput) é punida com o mesmo 
rigor que a falsificação material de documento particular (CP, art. 298, caput).
c) A falsidade ideológica de documento público (CP, art. 299, caput) é punida com o mesmo 
rigor que a falsidade ideológica de documento particular (CP, art. 299, caput).
d) A falsidade ideológica de documento público (CP, art. 299, caput) é punida com o mesmo 
rigor que a falsificação material de documento particular (CP, art. 298, caput).
e) Não se pune a falsidade ideológica de documento particular, por ausência de expressa pre-
visão legal.
041. (CEBRASPE/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/PROCURADOR MUNICIPAL/2019) Juan 
González, estrangeiro, enfermeiro, residente havia dois anos em Boa Vista – RR, apresentava-
-se como médico no Brasil e atendia pacientes gratuitamente em um posto de saúde da rede 
pública municipal, embora não fosse funcionário público. Seu verdadeiro objetivo com essa 
prática era retirar medicamentos do local e revendê-los para obter lucro.
Em razão de denúncia anônima a respeito do desvio de medicamentos, Juan, portando caixas 
de remédios retiradas do local, foi abordado em seu automóvel por policiais logo após ter 
saído do posto e foi, então, conduzido à delegacia. Para que seu verdadeiro nome não fosse 
descoberto, Juan identificou-se à autoridade policial como Pedro Rodríguez, buscando, assim, 
evitar o cumprimento de mandado de prisão expedido por ter sido condenado pelo crime de 
moeda falsa no Brasil.
Questionado sobre a propriedade do veículo no qual se encontrava no momento da aborda-
gem, Juan informou tê-lo comprado de uma pessoa desconhecida, em Boa Vista. Durante a 
investigação policial, verificou-se que o veículo havia sido furtado por outra pessoa no Brasil 
e que a placa estava adulterada. Verificou-se, ainda, que a placa identificava um veículo regis-
trado no país de origem de Juan e em seu nome, embora Juan tivesse alegado ter adquirido o 
veículo já com a referida placa.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Juan não deverá responder pelo crime de adulteração de sinal identificador de veículo automo-
tor, visto que deverá responder pelo crime de receptação, que, por ser preexistente, absorve o 
referido delito.
042. (CEBRASPE/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/PROCURADOR MUNICIPAL/2019) Juan 
González, estrangeiro, enfermeiro, residente havia dois anos em Boa Vista – RR, apresentava-
-se como médico no Brasil e atendia pacientes gratuitamente em um posto de saúde da rede 
pública municipal, embora não fosse funcionário público. Seu verdadeiro objetivo com essa 
prática era retirar medicamentos do local e revendê-los para obter lucro.
Em razão de denúncia anônima a respeito do desvio de medicamentos, Juan, portando caixas 
de remédios retiradas do local, foi abordado em seu automóvel por policiais logo após ter 
saído do posto e foi, então, conduzido à delegacia. Para que seu verdadeiro nome não fosse 
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Crimes contra a Fé Pública
DIREITO PENAL
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descoberto, Juan identificou-se à autoridade policial como Pedro Rodríguez, buscando, assim, 
evitar o cumprimento de mandado de prisão expedido por ter sido condenado pelo crime de 
moeda falsa no Brasil.
Questionado sobre a propriedade do veículo no qual se encontrava no momento da aborda-
gem, Juan informou tê-lo comprado de uma pessoa desconhecida, em Boa Vista. Durante a 
investigação policial, verificou-se que o veículo havia sido furtado por outra pessoa no Brasil 
e que a placa estava adulterada. Verificou-se, ainda, que a placa identificava um veículo regis-
trado no país de origem de Juan e em seu nome, embora Juan tivesse alegado ter adquirido o 
veículo já com a referida placa.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Juan deverá responder pelo crime de falsa identidade por ter se apresentado como Pedro 
Rodríguez perante autoridade policial, uma vez que a tentativa de evitar a prisão em razão do 
mandado expedido não é considerada exercício de autodefesa que exclua o referido crime.
043. (IESES/TJ-SC/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/REMOÇÃO/2019) 
A respeito dos crimes de falsidade documental constantes do Capítulo III, Título X, da Parte 
Especial do Código Penal, é INCORRETO afirmar:
a) Ambos os delitos de falsificação de documento público e de falsificação de documento 
particular, respectivamente artigos 297 e 298 do Código Penal, são comuns, dolosos e de ação 
penal pública incondicionada.
b) O delito de falsificação de cartão de crédito, quando realizado para a prática de estelionatos, 
fica absorvido pelo delito do art. 171 do Código Penal, por ser crime-meio, conforme Súmula 
17 do Superior Tribunal de Justiça.
c) Os títulos ao portador ou transmissíveis por endosso e os livros mercantis de sociedades 
empresárias equiparam-se, para fins penais, a documento público.
d) O delito de falso

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