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Professara: Tatiana Salazar Processos Industriais– aula 3 2 Processos de obtenção do aço Quanto a matéria-prima Gusa (Bessemar, Thomas, LD e Siemens-Martin) Sucata de aço (Siemens-Martin, Forno elétrico a arco) Ferro Esponja (Forno eletrico a arco) Quanto a fonte de energia Autógenos (conversores); Não autógenos (Forno a arco ou indução); Processos Industriais– aula 3 3 Ferro Gusa versus Aço Elemento Quimico Composição gusa Composição Aço C 3,50 a 4,50 % 0,008 a 2,11% Mn 0,50 a 2,50 0,50 % Si 0,50 a 4,00 % 0,25 % P 0,05 a 2,00 % < 0,05 % S 0,20 % < 0,05 % Processos de obtenção do aço Processos Industriais– aula 3 4 Transformação de ferro gusa em aço Processos de obtenção do aço A produção do aço líquido se dá através da oxidação controlada das impurezas presentes no gusa líquido e na sucata. Este processo é denominado refino do aço e é realizado em uma instalação conhecida como aciaria. O refino do aço normalmente é realizado em batelada pelos seguintes processos: - Aciaria a oxigênio – Conversor LD (carga predominantemente líquida). - Aciaria elétrica – Forno elétrico a arco – FEA (carga predominantemente sólida). Processos Industriais– aula 3 O gusa líquido deve ser transportado para aciaria com o mínimo de perdas de calor. Este transporte é realizado pelo carro torpedo, que possibilita, a dessulfuração em instalação própria, através da injeção de CaC2 e gás inerte, submergido por uma lança. Transporte do gusa líquido para a aciaria Processos Industriais– aula 3 Dessulfuração do gusa em carro torpedo 3FeS + 2CaO + CaC2 3CaS + 2CO + 3Fe Processos Industriais– aula 3 Definição ACIARIA – é uma unidade dentro de uma usina siderúrgica com a função de produzir aços em forma de produtos semi-acabados (tarugos, lingotes, placas, etc...) Nesta unidade da fábrica, a matéria prima é transformada em aço através de um processo metalúrgico envolvendo calor. Processos Industriais– aula 3 8 Responsável por cerca 60% (540 milhões ton/ano) da produção de aço líquido mundial, a tecnologia continua a ser a mais importante rota para a produção de aço, particularmente, chapas de aço de alta qualidade. Processo industrial teve início em 1952, quando o oxigênio tornou-se industrialmente barato. A partir daí o crescimento foi explosivo. Permite elaborar uma enorme gama de tipos de aços, desde o baixo carbono aos média-liga. Aciaria - Conversor LD Processos de obtenção do aço Processos Industriais– aula 3 a grande produtividade; custos mais baixos nas instalações em comparação com outras aciarias; nenhum consumo de combustível; consumo de refratários e mão de obra menor Vantagens do processo LD Processos Industriais– aula 3 Rapidez da transformação do gusa em aço; Reaproveitamento da sucata de recirculação (gerada dentro da própria usina) que corresponde a 23% do aço bruto; Comparando com a aciaria S-M, o investimento inicial é da ordem de 40% e o custo operacional, 50% menor. Vantagens do processo LD Processos Industriais– aula 3 Transformar o ferro gusa Liquido (1350º C) em aço ATRAVÉS DA OXIDAÇAO DO CARBONO Definição processo LD Processos Industriais– aula 3 Ferro gusa Aço C -- (3,0 a 4,5%) 0,1 % Temp = 1350ºC Temp = 1650 ºC Mn = 0,4 % Mn = 1,0 % (adicionado) Oxig = 0,005 Oxig = 0,20 % (absorve) Fe = 94,5% Fe = 99,2% Características antes e depois do Refino Processos Industriais– aula 3 Conversor LD - combinado Esquema de limpeza dos gases TUBOS DE SOPRO DE GÁS INERTE COIFA COLETORA DE GÁS Processos Industriais– aula 3 Por cima – através de uma lança suspensa da boca do conversor; Combinados - normalmente injetando oxigênio por cima através da lança e o gás inerte, pelo fundo do conversor, através de tubos, para agitar o banho. Os resultados seriam reações mais rápidas e completas, menor teor de FeO na escória, menor quantidade de inclosões, quando comparado com o LD convencional. Introdução do oxigênio Processos Industriais– aula 3 Descrição do conversor O conversor LD, é um recipiente de forma cilíndrica montado em munhões, capaz de girar completamente em torno de um eixo horizontal, a carcaça de aço tem a base de forma côncava, uma seção cilíndrica intermediária e uma seção cônica onde está o canal de vazamento que permite a separação do aço e da escória. Uma coifa coletora de gás, refrigerada a água, é instalada exatamente acima da boca do conversor, na posição vertical Processos Industriais– aula 3 Calha de carga Panela de gusa Exaustão de gases Conversor Lança de oxigênio Sub-Lança de temperatura e carbono Silo de adições Panela de aço Pote de escória Equipamentos Processos Industriais– aula 3 CONVERSOR LD Processos Industriais– aula 3 CONVERSOR LD Processos Industriais– aula 3 Convetedor Refratários • Óxidos básicos: CaO e MgO • Consumo: 2 a 10 kg/t • Regiões de desgate critícas: – Linha de escória: erosão – Fundo: impacto da carga Prolongamento da vida do refratário – Uso de projeção de massa para reparos a quente; 1 vez por turno – Uso “slag splashing”: ao término de cada corrida Equipamentos Processos Industriais– aula 3 Lança ˃ Objetivo: injetar a máxima vazão de oxigênio sem alterações operacionais como + projeções de metal/escória para fora do conversor, + desgaste acentuado do revestimento, + baixo rendimento metálico, + baixa eficiência energética. ˃ Corpo da lança: 3 tubos concêntricos (fluxo de oxigênio e água de refrigeração) ˃ Bico: + Material: cobre eletrolítico de alta condutividade térmica + Projeto: 3 furos com seção convergente/divergente para obter jato supersonico. Equipamentos Processos Industriais– aula 3 Sub-Lança ˃ Função: medir a temperatura e o teor de carbono durante o sopro; ˃ Objetivo: atingir, ao final do sopro, as faixas de temperatura e teor de carbono;objetivadas, sem necessidade de resopro; ˃ Resultado: menor tempo de corrida (maior produtividade) Equipamentos Processos Industriais– aula 3 Seqüência de operação – Conversor LD Carregamento de sucata; Carregamento do gusa liquido; Inicio do sopro de oxigênio e adição do fundente; tomada de temperatura e composição; Vazamento do aço – (adições); Vazamento da escória. Processos Industriais– aula 3 Seqüência de operação do conversor LD Processos Industriais– aula 3 Operação Tempo em min Carga 8 Sopro de Oxigênio 18 Tomada de temperatura e comp. quimica 5 Vazamento do aço 6 Retirada da escória 3 Processos Industriais– aula 3 Matérias- primas – Conversor LD 1. Gusa líquido Constitui a parte predominante da carga metálica, +/- (70%) sendo o seu conteúdo térmico, em termos de composição química e temperatura responsável pela quase totalidade do fornecimento de calor ao processo. Processos Industriais– aula 3 A composição típica de um ferro gusa utilizado como carga em um conversor é: Composição Quantidade em % C 3,0 a 4,5 Si 0,4 a 6,0 Mn 0,6 a 0,8 S Máx 0,05 P Máx 0,15 Processos Industriais– aula 3 A proporção de gusa líquido na carga do conversor depende: Composição (%Si) – capacidade térmica e formação de escória Temperatura Qualidade do aço a ser produzido (elementos residuais) Qualidade da carga sólida (densidade e tamanho) Qualidade da cal Dimensões do conversor (efeito da perda térmica) • Pequenos (~ 30 t): 85 – 90% • Grandes (300 t): 70% % de gusa impacta diretamente no custo Alta %, custo mais alto Processos Industriais– aula 3 2. Sucata A utilização de material refrigerante na carga do conversor “LD” é imprescindívelpara o controle de temperatura do aço no final de sopro. 3. Cal A adição de cal é então necessária para neutralizar os óxidos ácidos formados nas reações de oxidação que, de outra maneira, atacariam violentamente o revestimento básico do conversor e para obtenção de um índice de basicidade (CaO/SiO2) adequado, imprescindível a uma boa dessulfuração e desfosforação. O consumo da Cal é de aproximadamente de 58 kg/ton aço. Matérias- primas – Conversor LD Processos Industriais– aula 3 4. Fundente A função mais importante do fundente é baixar o ponto de fusão da escória, outra função importante também é a sua influencia sobre a viscosidade da escória; a diminuição dessa viscosidade facilita a impregnação da cal pela escória. A fluorita, constituída basicamente de fluoreto de cálcio (Ca F2), é utilizada como fundente, 2 Ca F2 + Si O2 Ca O + SiF4 Matérias- primas – Conversor LD Processos Industriais– aula 3 5. Oxigênio O processo LD utiliza oxigênio de elevada pureza. O valor mínimo aconselhável é de 99% de O2, sendo ideal valores na faixa de 99,7 a 99,8% com restante constituído de argônio e cerca de 50 ppm de Nitrogênio. É importante a altura da lança em relação ao banho metálico. Lanças muito próximas do banho permitem que haja oxidação direta do ferro no banho, também o oposto faz aumentar em muito o teor de FeO na escória. Ambos os extremos resultam em menores rendimentos metálicos e enfatizam a importância do controle da altura da lança que deve ser de 0,8 a 1,0 m do banho. Matérias- primas – Conversor LD Processos Industriais– aula 3 6. Ferro-ligas e desoxidantes Os ferros-ligas e desoxidantes são materiais utilizados para acertos de composição química do aço na panela. É necessário e fundamental que os rendimentos das adições dos ferros-ligas sejam os mais elevados possíveis, e este rendimento depende de vários fatores, sendo os principais, a oxidação do banho e a quantidade de escória que cai na panela. Uma operação bastante eficiente é quando esta adição é feita na panela de vazamento com injeção de gás argônio sob pressão pelo fundo. Matérias- primas – Conversor LD Processos Industriais– aula 3 INJEÇÃO DE GÁS INERTE ADIÇÕES DE DESOXIDANTE Processos Industriais– aula 3 1. Efervescentes ------------- > 200 ppm de O2 2. Semi-acalmado ------------- 100 ppm < x < 200 ppm 3. Acalmado --------------------- < 100 ppm de O2 Classificação dos aços em relação ao teor de oxigênio Processos Industriais– aula 3 Classificação dos aços em relação ao teor de oxigênio Processos Industriais– aula 3 3. Aços acalmados são aços totalmente desoxidados, apresentam teor de oxigênio abaixo de 100 p.p.m. 2. Aços semi-acalmados são aqueles em que se procurou combinar as vantagens da boa superfície dos aços efervescentes, com a redução de segregação. Para tal, a efervescência foi interrompida, através da adição de alumínio. Devido a desoxidação aço apresenta um teor de oxigênio entre 100 e 200 p.p.m..São utilizados na fabricação de chapas grossas para a construção naval. Classificação dos aços em relação ao teor de oxigênio
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