Buscar

HISTÓRIA ARQUITETURA - RENASCIMENTO E BARROCO III

Prévia do material em texto

HISTÓRIA DA ARQUITETURA II
Renascimento e Barroco
Prof. Me. Fernanda D'Agostini
2º sem. 2017
O Renascimento
Leonardo não tem muita coisa a dizer da Antiguidade era,
evidentemente, ao mesmo tempo estético e social: estético na
medida em que as formas da arquitetura romana e de sua
decoração agradavam aos artistas e patronos do século XV; social,
na medida em que o estudo do passado romano era acessível
apenas aos “instruídos”. Assim, o artista e o arquiteto que até então
haviam se contentado em aprender seu ofício com os mestres e
desenvolvê-lo conforme a tradição e seus poderes de imaginação,
dedicavam agora sua atenção à arte da Antiguidade, não apenas
porque ela os encantava, mas também porque lhes conferia
distinção social.
(Pevsner, 2002: p.175)
O método da perspectiva estabelecido por 
Brunelleschi é utilizado, no terceiro decênio do século XV, por um grupo 
de artistas que trabalham ao seu lado:
• Donatello (1386 – 1466)
• Masaccio (1401 – 1428)
Tanto Donatello quanto para Masaccio aceitam a perspectiva como 
um meio para encarar com olhos novos e espetáculo do mundo; a emoção 
deste primeiro contato predomina sobre o acabamento da imagem: daí o 
realismo de suas figuras, comparadas ao idealismo dos trezentistas e de 
Ghiberti.
El Tributo
Masaccio
La Cantoria – Santa Maria del Fiore
São Marcos, 1411-1412, 
escultura em mármore, altura 
236 cm, Orsanmichele, em 
Florença
Donatello
No mesmo período se determinavam as relações entre a pesquisa
artística e a literatura. Brunelleschi, Masaccio e Donatello
não deixaram explicações escritas de seu trabalho; ao contrário, depois
de 1430 um literato importante, Leon Battista Alberti (1404 –
1472), entra em contato com os artistas florentinos, ele próprio trabalha
como pintor e como arquiteto, e escreve uma série de tratados
(sobre a pintura e sobre a escultura por volta de 1435; sobre a
arquitetura por volta de 1450). Estes tratados oferecem a primeira
sistematização teórica da nova experiência artística; doravante muitos
artistas escrevem livros para explicar os motivos de seu trabalho: Piero
dela Francesca, Filarete, Francesco di Giorgio, Leonardo da Vinci e
muitos outros no século seguinte.
(Benévolo, 2012: p.421)
Leone Battista Alberti vinha de uma família aristocrática de
Florença. Em nosso contexto, representa um novo tipo de arquiteto.
Brunelleschi e Miguel Ângelo são escultores arquitetos, Giotto
e Leonardo da Vinci são pintores arquitetos. Alberti é o primeiro
dos arquitetos-diletantes, um homem em cuja vida e pensamentos a
arte e a arquitetura representavam exatamente aquele papel previsto
muito mais tarde no tratado de Castiglione.
(Pevsner, 2002: p.187)
[...] Seu Della pintura é o primeiro livro a abordar a arte da pintura com
um espírito renascentista. Toda a primeira parte trata apenas da
geometria e da perspectiva. Seus Dex livro de arquitetura foram
escritos em latim e seguem o modelo de Vitrúvio, o recém descoberto
escritor romano da arquitetura.
(Pevsner, 2002: p.188)
Tratado Re De Aedificatória
Leon Battista Alberti sistematizou 
teoricamente as ideias artísticas do 
período, tanto para a escultura, como 
para a pintura e para a arquitetura.
Em seu trata de dez livros inspirados no 
Vitrúvio estabeleceu o que seriam as 
premissas do urbanismo e da arquitetura 
renascentista.
[...] Mas a medida que a essência da arquitetura foi
considerada como filosofia, matemática (as leis divinas
da ordem e da proporção) e arqueologia (os monumentos da
Antiguidade), o teórico e o diletante passaram a ter novo significado. A
arquitetura romana, tanto no conjunto quanto em seus detalhes,
deveria ser estudada e desenhada a fim de ser apreendida; e logo se
descobriu, com a ajuda de Vitrúvio, que o sistema existente por trás
dos estilos da Antiguidade baseava-se nas ordens, isto é, nas
proporções relativas às colunas e entablamentos dórico, jônico,
coríntio, compósito e toscano.[...]
(Pevsner, 2002: p.188)
I – O Delineamento II – A Matéria 
III – A Construção 
IV – Edifícios para fins universais 
V – Edifícios para fins particulares 
VI – O Ornamento 
VII – O Ornamento de edifícios sagrados 
VIII – O Ornamento de edifícios públicos profanos 
IX – O Ornamento de edifícios privados
X – O Restauro das obras 
Tratado Re De Aedificatória
Tratado Re De Aedificatória
Em relação a cidade:
Não estabelecia diferenças relevantes entre
as cidades do mundo clássico e aquelas
surgidas na Idade Média, nem contrapunha
os novos critérios racionalizados de
planejamento da Renascença aos
tradicionais tardo-medievais.
Concebia a cidade como uma “grande casa”,
ainda que de natureza composta, além da
necessidade de conciliar finitude e mutação:
a cidade deveria ser dotada de determinado
número de “moradias de reserva” às
exigências de seu crescimento.
Tratado Re De Aedificatória
Em relação a cidade:
Enunciava as regras universais da cidade quanto à sua situação ou localização,
assim como a relação à sua área, seus limites e suas “aberturas”: passagens e
meios de comunicação que se constituiriam na dimensão chave da cidade, ao
mesmo tempo em que seu modo de divisão – vias de circulação intra e
extraurbana, praças, pontes e portos.
Tratado Re De Aedificatória
Em relação a cidade:
Sua teoria urbana demonstrou-
se possível em cidades
pequenas, como por exemplo,
Pienza e Urbino, porém
ineficaz em cidades médias
como Mantova e Ferrara e
desastrosa em grandes
cidades como Roma e Milano,
já que ali aplicadas acabaram
rompendo a coerência e o
equilíbrio dos conjuntos
precedentes.
Urbino
Tratado Re De Aedificatória
Em relação a cidade:
“Todos os edifícios devem estar alinhados, ter continuidade e 
mesma altura.”
“Deve-se prever espaços públicos.”
“A perspectiva de uma praça representa as proporções 
matemáticas da praça, a forma perfeita de circular 
apresentada na igreja central e a regularidade dos pequenos 
palácios ao redor.”
Tratado Re De Aedificatória
Em relação a arquitetura:
Para Alberti a arquitetura era um sistema ordenador e um 
instrumento de função social.
A princípio a arquitetura foi a busca humana por proteção e 
permanência, que foi modificada segundo seu entorno e 
suas próprias necessidades.
Tratado Re De Aedificatória
Em relação a arquitetura:
“A partir de la arquitectura fundar a traves 
de ella um nuevo orden, uma nueva ciudad
um nuevo cosmos tomarla como 
controladora del universo, para lograr um 
mundo racional y arqmonico a partir de la
razon”
Tratado Re De Aedificatória
Em relação a arquitetura:
Para Alberti a beleza girava entorno de um 
número do qual era a derivação da natureza 
entre os números pares e ímpares, a relação: 
proporções da largura do edifício com sua altura 
e distribuição, da planta e sua funcionalidade, 
sendo a união desses três elementos a 
verdadeira beleza.
Palácio 
Rucellai
Palácio 
Rucellai
Palácio 
Rucellai
Igreja S. Francesco
Rimini
Igreja S. Francesco
Rimini
Sant’Andrea de Mantua
Sant’Andrea 
de Mantua
Sant’Andrea de Mantua
	Número do slide 1
	Número do slide 2
	Número do slide 3
	Número do slide 4
	Número do slide 5
	Número do slide 6
	Número do slide 7
	Número do slide 8
	Número do slide 9
	Número do slide 10
	Número do slide 11
	Número do slide 12
	Número do slide 13
	Número do slide 14
	Número do slide 15
	Número do slide 16
	Número do slide 17
	Número do slide 18
	Número do slide 19
	Número do slide 20
	Número do slide 21
	Número do slide 22
	Número do slide 23
	Número do slide 24
	Número do slide 25
	Número do slide 26
	Número do slide 27
	Número do slide 28
	Número do slide 29

Continue navegando