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Caso de Homicídio na Direção de Veículo

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DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
Caso Concreto 8
Descrição
(OAB) Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista extremamente qualificado, guiava seu automóvel tendo Madalena, sua namorada, no banco do carona. Durante o trajeto, o casal começa a discutir asperamente, o que faz com que Caio empreenda altíssima velocidade ao automóvel. Muito assustada, Madalena pede insistentemente para Caio reduzir a marcha do veículo, pois àquela velocidade não seria possível controlar o automóvel. Caio, entretanto, respondeu aos pedidos dizendo ser perito em direção e refutando qualquer possibilidade de perder o controle do carro. Todavia, o automóvel atinge um buraco e, em razão da velocidade empreendida, acaba se desgovernando, vindo a atropelar três pessoas que estavam na calçada, vitimando-as fatalmente. Realizada perícia de local, que constatou o excesso de velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que relataram à autoridade policial o diálogo travado entre o casal, Caio foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de homicídio na modalidade de dolo eventual, três vezes em concurso formal. Realizada Audiência de Instrução e Julgamento e colhida a prova, o Ministério Público pugnou pela pronúncia de Caio, nos exatos termos da inicial. Na qualidade de advogado de Caio, chamado aos debater orais, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal
pertinente ao caso: 
a) Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em favor de seu
constituinte? R: na modalidade imperícia, porque agiu caio em clara hipótese de culpa consciente, uma vez que previa o resultado, mas se dizia e se acreditava como hábil a evita -la, pedindo, portanto, a desclassificação para a conduta do art. 302 do CTB.
 b) Qual pedido deveria ser realizado? R:
c) Caso Caio fosse pronunciado, qual recurso poderia ser interposto e a quem a peça de interposição deveria ser dirigida?
(OAB) Assinale a alternativa CORRETA à luz da doutrina referente ao Tribunal do Júri.
a) São princípios que informa o Tribunal do Júri: a plenitude de defesa, o sigilo
das votações, a soberania dos veredictos e a competência exclusiva para
julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
b) A natureza jurídica da pronúncia (em que o magistrado se convence da
existência material do fato criminoso e de indícios suficientes de autoria) é de
decisão interlocutória mista não terminativa;
c) O rito das ações de competência do Tribunal do Júri se desenvolve em duas
fases: judicium causae e judicium accusacionis. O judicium accusacionis se inicia
com a intimação das partes para indicação das provas que pretendem produzir e
tem fim com o trânsito em julgado da decisão do Tribunal do Júri;
d) Alcançada a etapa decisória do sumário da culpa, o juiz poderá exarar quatro
espécies de decisão, a saber: pronúncia, impronúncia, absolvição sumária e
condenação.

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