Buscar

RESENHA CRÍTICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

RESENHA CRÍTICA: OBRA: APRENDENDO A VIVER.
AUTOR: LUCIUS ANEU SÊNECA
 ÉLIDA CALIXTO ¹ 
A obra sob comento, trata-se de autoria de Lucius Aneu Sêneca, nascido em Córdobra, Espanha, este considerado um dos mais celebres filósofos e escritores. Teve toda sua educação em Roma, pautado na retórica e filosofia, onde tornou-se membro do Senado Romano, sendo posteriormente nomeado questor (magistrado da Justiça Criminal). Em 65 d.C, Sêneca pôs fim a vida, cortando os pulsos na frente de amigos e de sua esposa, Pompéia Paulina, que cometeu o mesmo ato que seu amado.
No escrito, Sêneca trata a vida como uma preciosidade, traz suas concepções acerca dos mais diversos assuntos, como politica e preceitos morais, que são enviadas a um determinado ‘’destinatário”, o qual o autor nomeava de Lucilo. Todavia, pairam dúvidas quanto a este, pois não se sabe de fato se ele existiu ou foi apenas fruto da imaginação do filosofo com o intuito de expandir a sua trajetória filosófica.
A obra divide-se em vinte e nove epístolas escritas nos últimos anos de vida do autor, em que este defende seus ideais de um modo bem divertido e dotado de uma sabedoria admirável.
É feita uma análise sobre o tempo, mais precisamente uma ligação a máxima do ‘’Carpe Diem’’, isto é, viver mais o presente, colher o dia, preocupa-se menos com o futuro e esquecer o passado. Intitula-se o tempo como o bem mais precioso do homem, o qual ninguém pode tomar. 
Em seguimento, define-se a solidão não como algo maléfico, mas algo necessário, pois é na solidão que é possível se encontrar, é na solidão que se faz o crescimento, o conhecimento. O fim (a velhice) é o prazer, é o ápice da sabedoria, é a gratidão de viver, mesmo sabendo que o fim está mais perto do que se possa imaginar.
Da futilidade das meias – medidas, têm –se uma alerta de coisas que aparentemente belas, tornam-se fúteis e capazes de sugar a realidade, o que se precisa viver e fazer, de tirar a vigilância quanto a coisas de veras mais passiveis de importância. A questão não é viver muito, mas viver pouco, porém bem, diga-se, aproveitando o que realmente é válido para a construção de uma vida sã.
Retrata ainda que não adianta buscar um lindo lugar a fim de se desprender dos problemas - a realidade é que, onde quer que se vá, o que atormenta, o quão angustia, irá junto. Ou seja, não importa o lugar, pode ser o mais belo e magnífico, que se tornará o mais horrendo se o ânimo não existir.
O autor aborda a questão de não se deixar iludir por qualquer pessoa, nem aquelas serenas e cheias de amor, que aparentemente desejam o bem, pois no fundo, desejam o mal. O progresso da vida está em ter o domínio sobre si e a mente, de modo que seja possivel, antes de tudo, encontrar a felicidade em si, para depois encontra-la nas coisas e nas pessoas.
Salutar se faz a abordagem sobre a brevidade da vida, onde o apego a coisas supérfluas, o tempo depositado em coisas vãs, constituem-se em um emaranhado de desperdícios sobre o verdadeiro sentido que é viver e aproveitar a vida em toda a sua plenitude.
Trazendo a tona as emoções que assolam o homem, os desejos, as vontades, e as preces, é feito um tratamento quanto a tais. O ser se perfaz apenas em pedir, e raras vezes, agradecer. Só se torna saciável com o muito, o pouco de nada vale. Avarento seria (e é) o homem.
A morte não é tida como uma tristeza, mas um fim que se deve esperar com alegria. É não se apegar as coisas terrenas, de forma a aproveitar cada momento como se fosse o último. Assim como se deve estar preparado para vida, deve-se estar preparado para a morte.
Por outro lado, frisa-se que é sábio e vantajoso ter ao lado aqueles que visem os mesmos propósitos, que sejam idealistas, que anseiem pelo crescimento, isto é, manter do lado sempre às boas companhias, que se deve prezar com todo o zelo.
Juntamente com esse pensamento, o autor ainda trata Do mesmo modo, descreve aquele que se encontra no ócio, esta uma característica de um procrastinador, que espera alçar o sucesso, que de certo será falho. A sabedoria concretiza-se em saber agir de modo que não se propague a evolução do ser – mas sim, que os outros notem tal evolução. O recolhimento se idealiza em um processo de autoconhecimento, de evolução, de conhecer a si mesmo.
Nesse diapasão, analisa ainda o modo de conduzir a vida, como e com quem se deve viver e seguir. Avalia com ênfase que o que prevalece é a qualidade de vida e não a sua duração.
Em síntese, considero esta obra como algo que deveria ser um livro de cabeceira, haja vista a tamanha preocupação e reflexão que o filosofo fazem sobre a vida – fato este que serve para quem quer e busca uma vida intensa, sábia e feliz. São ensinamentos que devem ser aplicados ao nosso cotidiano, principalmente no que tange as nossas relações sociais.
1- ÉLIDA CALIXTO – Estudante de Direito do Centro Universitário Doutor Leão Sampaio – 8° Período.

Outros materiais