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FACULDADE DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
BACHARELADO EM PSICOLOGIA
QUEVIN HARRISON FERREIRA DOS SANTOS
Sistema Único de Saúde (SUS): a difícil construção de um sistema universal na sociedade brasileira
	Muitos foram os desafios para a criação do Sistema Único de Saúde, e hoje felizmente é possível afirmar que todo brasileiro, mesmo aqueles que se opõem ao SUS, já teve contato com ele em algum momento da sua vida.
	Grande maioria da população brasileira depende exclusivamente dos serviços ofertados pelo sistema e engana-se aquele que acredita que o SUS resume-se apenas à assistência médico-hospitalar. 
	Serviços como ação de controle de epidemias e endemias, ações de vigilância sanitária de alimentos, cosméticos, medicamentos, ações de vigilância ambiental, garantindo uma boa qualidade da água, do solo e do ar são promovidas através do Sistema Único de Saúde, proporcionando uma melhor qualidade de vida para toda a população, sem exceção.
	O SUS alcançou reconhecimento nacional e internacional com a erradicação da poliomielite e sarampo, com o controle da AIDS e de outras doenças crônicas como hipertensão e diabetes, beneficiando milhões de brasileiros.
	Muitos autores afirmam que o SUS é o maior sistema de saúde do mundo, mesmo que o Brasil gaste menos percentualmente, contudo é o sistema que contém a mais extensa rede de serviços e maior cobertura populacional.
	Existem alguns impasses que influenciam em como as pessoas enxergam o Sistema Único de Saúde. As experiências negativas como a insuficiência de recursos e a má qualidade de serviços prestados, reforçam o senso comum de que o SUS é inferior e destinado aos mais pobres.
	É importante salientar que a oferta de serviços não deve ser vista como favor ou dádiva, mas sim, fruto da luta política e social em favor da dignidade da vida de cada cidadão. Todavia a mídia com notícias em tom sensacionalista problematizam ainda mais os impasses que o sistema de saúde brasileiro enfrenta, não promovendo o senso crítico dos cidadãos.
	O movimento pela Reforma Sanitária Brasileira advoga que saúde é direito inalienável de todo cidadão e deve ser garantido pelo Estado, este deve garantir o acesso universal e equitativo a ações e serviços de prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde.
	Um dos princípios do SUS é a universalidade, como citado acima e para alcançar esse princípio, é necessário que haja a ampliação da cobertura de ações e serviços, tornando-os acessíveis a toda população através da eliminação de barreiras socioeconômicas e socioculturais.
	A equidade, ou seja, a necessidade de tratar desigualmente os desiguais implica a redistribuição e redefinição da oferta de ações e serviços de modo a se priorizar a atenção aos grupos sociais cuja as condições de vida e saúde sejam mais precárias.
	Outro princípio do SUS é a integralidade. Este princípio está relacionado à condição integral, e não parcial, de compreensão do ser humano. Ou seja: o sistema de saúde deve estar preparado para ouvir o usuário, entendê-lo inserido em seu contexto social e, a partir daí, atender às demandas e necessidades desta pessoa. 
	O conhecimento acerca dos determinantes sociais também é importante para que se cumpram os princípios e diretrizes do sistema, como por exemplo, através do desenvolvimento de ações que contemplem a intersetorialidade e participação social.
	O “sistema” de saúde brasileiro, estruturado ao longo do século XX, teve como marca a separação da Saúde Pública e assistência médico- hospitalar. O reconhecimento do direito à saúde, a construção de um relativo consenso em torno da necessidade de se desencadear uma mudança na direcionalidade da Política de Sáude e a aprovação dos princípios e diretrizes na Constituição Federal foram os primeiros passos importantíssimos para a concretização do SUS.
	Atualmente o SUS se apresenta com uma arena permanente de conflitos e enfrentamentos, fazendo com que este seja difundido com o “SUS pobre para pobres” através da ação da mídia. Desta maneira, o SUS formal e democrático parecem ficções para a maioria da população.
	Diante esse fato, é imprescindível o avanço na análise objetiva dos problemas e desafios enfrentados pelo Sistema Único de Saúde, buscando superar o debate meramente ideológico e preconceituoso que impedem o avanço do SUS.
	É possível citar também, outros motivos que são impasses para o avanço do Sistema Único de Saúde, como por exemplo, o subfinanciamento, má gestão, infraestruturas deficientes em recursos, leitos, serviços e equipamentos hospitalares, prejudicando a sua credibilidade, e má organização de redes regionalizadas e hierarquizadas de serviços de saúde, resultando na baixa efetividade da atenção básica.

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