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INSTITUTO BRASILEIRO DE MEDICINA DE REABILITAÇAO
ENGENHARIA DE PRODUÇAO 
Carlos Eduardo Silva Gois
IMPLANTAÇAO DA TECNOLOGIA BIM 
RIO DE JANEIRO 
2020
Carlos Eduardo Silva Gois 
IMPLANTAÇAO DA TECNOLOGIA BIM 
Trabalho apresentado no curso de Engenharia do Instituto Brasileiro De Medicina De Reabilitação
Orientador: ARTUR JOSE MACEDO DE OLIVEIRA
RIO DE JANEIRO
2020
Metodologia BIM ( Building Information Modeling )
Sobre a metodologia pode ser uma filosofia de trabalho que integra arquitetos, engenheiros e construtores (AEC) na elaboração de um modelo virtual preciso, que gera uma base de dados que contém tanto informações topológicas como os subsídios necessários para orçamento, cálculo energético e previsão de insumos e ações em todas as fases da construção. A representação do modelo BIM é também uma representação digital e deve possuir uma visão 3D, mas não é somente isso. Além do 3D, o BIM possui uma série de outras informações.
Criado na década de 70 já se sentia a necessidade de agregar informações as linhas desenhadas nos softwares de desenho assistido por computador (CAD), desenvolvidos cerca de 20 anos antes para auxiliar no desenvolvimento de projetos relacionados a redes elétricas. permitiu que os projetos e documentos então elaborados em papel, passassem a ser elaborados através da utilização de sistemas computacionais, os chamados CAD (Computer Aided Design ou Desenho Assistido por Computador), e funcionou como uma espécie de chave para as novas discussões de facilitações tecnológicas que viriam.
A invenção da metodologia BIM teve como motivação a melhoria no desempenho e na velocidade em que os projetos poderiam ser desenvolvidos. Com o uso da computação suprindo a necessidade de agilidade na concepção de projetos, percebeu-se então a oportunidade de armazenar informações importantes da edificação nos projetos, como material a ser usado, componentes e orientações para execução e manutenção do empreendimento, durante todo seu ciclo de vida. Surgia aí o motivo para criação e também a essência do conceito BIM.
A aplicação do método BIM abrange não apenas para os profissionais projetistas envolvidos na fase de projetos de um empreendimento, mas também os envolvidos no processo de planejamento, execução e gerenciamento, além dos investidores do empreendimento, público ainda não frequente mas deveria ser nas palestras e eventos sobre BIM. Falaremos mais tarde sobre esta perspectiva. O cenário de todas as obras serem pensadas com o conceito BIM é mais iminente do que parece. Em países como Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Finlândia, Noruega e Estados Unidos da América já exigem o uso do BIM em projetos custeados pelo governo. No Brasil, o presidente Michel Temer, sancionou o DECRETO DE 5 DE JUNHO DE 2017 , que instituiu o Comitê Estratégico de Implementação do Building Information Modelling – CE-BIM, com a finalidade de propor a estratégia nacional para disseminação do Building Information Modelling – BIM. 
De acordo com Santos (2009), com o BIM é possível criar um modelo digital integrado que abrange todo o ciclo de vida da edificação, e envolve a modelagem das informações do edifício. O projetista alimenta o modelo com as informações de cada elemento durante todo o processo de projeto. Ao final, é possível visualizar o modelo com todas as suas características estabelecidas. Vantagens do uso do BIM Usualmente fala-se de modelos em 3D que incorporam as três dimensões do espaço. Pode-se ainda, incorporar outras dimensões no modelo (LEUSIN, 2007). Um exemplo disto é o modelo em 4D que incorpora o tempo como variável na representação para a execução. Um dos benefícios dessa incorporação é a facilidade no planejamento da obra. Podemos incorporar outras dimensões no modelo, com a denominação N-D, incorporando informações sobre execução, uso e manutenção. Desta maneira, analisa-se opções construtivas, automação de suprimentos e manutenção
A tecnologia BIM possui varias modelagem De qualquer maneira, é preciso a definição de padrões de modelagem dependendo de cada uso do BIM. Desde os padrões mais simples para BIM 3D, aos mais complexos para BIM 5D, 6D, etc., por exemplo.
Os modelos computacionais (ou virtuais) são desenvolvidos com os mesmos objetivos dos físicos, servindo para simulação, complementação e/ou validação de cálculos matemáticos. Aos modelos computacionais voltados à construção civil deu-se o nome de Modelo Integrado ou Modelo BIM. Uma das vantagens dos virtuais é a sua capacidade de ser relativamente fácil a sua reconstrução ou remodelagem, oferecendo a seus usuários mais condições de simulação e, consequentemente mais informações. Por exemplo, é possível trocar uma solução estrutural de concreto armado por uma em aço e analisar seus impactos. Modelos BIM são a chave para que o BIM seja realizado com sucesso. Servem como base de dados para a modelagem da informação a ser utilizada pela equipe de projetos colaborativa, para criar soluções e tomadas de decisão. Para fixar o entendimento do modelo BIM, pode-se compará-lo a um software ou a uma planilha eletrônica. Quando necessita-se realizar cálculos precisos e que envolvam várias operações com dados distintos, utiliza-se um software de desenvolvimento de planilha eletrônica onde é realizada uma programação para que os cálculos sejam feitos automaticamente assim que novos dados sejam inseridos. Por exemplo, programamos uma planilha eletrônica para cálculos de viabilidade de empreendimentos, e a cada novo cenário previsto, são inseridos novos dados na planilha (no modelo de cálculo), e este realiza os cálculos de forma que podemos retirar novas informações sobre o novo cenário. Um modelo BIM tem a mesma função de uma planilha eletrônica, no entanto é desenvolvido em software específico para a construção civil, facilitando sua programação e o input de dados. Modelos BIM 3D, 4D, 5D, 6D nD Com relação às dimensões de um modelo, essas se referem a como ele está programado e, consequentemente, aos tipos de informação que serão dele retiradas. Um modelo computacional contendo as informações espaciais e qualidade do projeto (pilares, vigas, lajes, paredes, portas, janelas, tubulações etc.) é um modelo 3D. Dele será possível extrair informações sobre a compatibilização espacial do projeto, as especificações de materiais e acabamentos, quantitativo de materiais, soluções para revestimento, entre outros. Ao programar um modelo BIM para receber informações de prazo (produtividade das equipes de produção, número de equipes e sequência construtiva), esse receberá o nome de modelo BIM 4D. Dele serão retiradas informações sobre o cronograma da obra, como início e término de cada atividade, configurações espaciais a cada etapa da execução, lead time e ritmo de produção, por exemplo. Ainda, um modelo BIM programado para receber informações de custo dos serviços (custo de materiais, mão de obra e equipamentos, despesas indiretas e bônus, etc.), receberá o nome de modelo BIM 5D. A partir desse, será possível retirar diversas informações, entre elas o custo das atividades da obra e as curvas ABC. Quando se deseja obter informações sobre o uso da edificação, então programa-se um modelo a ser chamado de modelo BIM 6D. Esse recebe informações sobre a validade dos materiais, os ciclos de manutenção, o consumo de água e energia elétrica, entre outros. O modelo BIM 6D contendo essas informações poderá ser usado para extrair informações de custos de operação e manutenção da edificação. Quanto mais dimensões tiver o modelo, maiores serão os tipos de informações possíveis de serem modeladas a partir deles, tornando as tomadas de decisão mais complexas e acertadas. Por exemplo, utilizando um modelo BIM 5D em um processo BIM 5D, as decisões durante a fase de projetos dependerão também da validação do custo da solução, ou seja, uma solução de laje proposta para uma construção, além de ser compatível 3D (adequa-se ao espaço e ao escopo) e 4D (o prazo para sua execução é compatívelao prazo total de execução da obra), deverá ser compatível ao custo da obra. Caso não esteja adequando a alguma dessas dimensões, essa solução precisará ser revista. Como visto, mais importante que programar um modelo BIM 3D, 4D ou 5D, é conseguir usá-los em um processo BIM 3D, 4D ou 5D. A equipe colaborativa varia de acordo com a dimensão do modelo, pois, se for utilizado um modelo BIM 4D em um processo BIM 4D, é importante que o engenheiro de planejamento esteja presente à equipe, assim, ele ajudará nas decisões. O que agrega valor ao projeto não é o modelo, e sim o BIM.
Referencias bibliográficas 
http://www.gpsustentavel.ufba.br/documentos/livro_entendendo_bim.pdf
http://maisengenharia.altoqi.com.br/bim/tudo-o-que-voce-precisa-saber/
https://www.anparq.org.br/dvd-enanparq/simposios/173/173-739-1-SP.pdf

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