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O Óleo de Lorenzo

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE 
 
 
 
 
 
 
 
KELEN CAROLINA SCHOENEMANN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA: O ÓLEO DE LORENZO 
 Trabalho apresentado a 
 Disciplina de Bioquímica 
 Como requisito para 
 obtenção de créditos ao 
 Prof. Durinézio Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
GUARAPUAVA- PR 
2020 
 
O Óleo de Lorenzo – Resenha 
 
 O Óleo de Lorenzo é um filme que retrata a história real, de um menino chamado Lorenzo que levava uma 
vida normal. O filme inicia na África, onde mostra Lorenzo brincando com os amigos que fez, conhecendo a 
cultura, enfim... era um menino feliz, inteligente, carinhoso. Logo depois, ele juntamente com seus pais retorna 
para os Estados Unidos, onde ele começa a frequentar a escola. Com o tempo o menino começa a ter atitudes 
agressivas, que antes ele não tinha e a professora começa a questionar a mãe de Lorenzo se havia algum 
problema em casa. E com o tempo esses problemas aumentaram cada vez mais, então, seus pais levaram 
Lorenzo a vários especialistas e no fim, ele acaba sendo diagnosticado com ALD (Adrenoleucodistrofia), uma 
doença causada devido a um congênito no metabolismo, que provoca a degeneração do cérebro, acomete o 
sistema nervoso central e as glândulas adrenais (suprarrenais), ela é uma doença genética hereditária 
recessiva, ligada ao cromossomo X (feminino). A mãe que é portadora da doença tem 50% de chance de ter 
um filho que desenvolva os sintomas, a doença só se manifesta em meninos, geralmente em idade de 5 à 10 
anos. 
 
 O médico conversa com os pais e explica que progresso da doença é contínuo e o fim é inevitável... que 
quase sempre as crianças morrem 2 anos após serem diagnosticadas. Os pais, abalados com a notícia, sem 
conseguir digerir a situação pedem mais explicações ao doutor, que por sua vez tenta explicar o que pouco 
sabe, pois era algo muito raro... Ele explicou que Lorenzo tinha muita gordura no sangue, ele tinha uma cadeia 
muito longa de gordura saturada, ácidos graxos formados por 24 a 26 átomos de carbono no organismo, e 
que existe uma enzima que deveria metabolizar essas gorduras, os peroxissomos, mas que nos portadores 
de ALD, essas enzimas eram defeituosas, então elas recolhiam células nervosas e com isso, liquidificavam a 
matéria branca do cérebro. E nos nervos, existe uma substancia que os envolve, chamada de Mielina. O 
doutor usa o exemplo de que ela era como um plástico que envolve um fio elétrico. Sem a Mielina, os nervos 
não conseguem conduzir os impulsos. O que a ALD faz, é descascar a Mielina, corrói elas, causando a 
degeneração do cérebro e, quando isso acontece, o corpo perde suas funções. 
 
 Após a descoberta dessa doença em Lorenzo, seus pais acabam vivenciando o fracasso dos médicos e 
a frustração da falta de medicamentos, eles até se reuniram com outras famílias em uma ONG, que passavam 
pelo mesmo tipo de problema com seus filhos. Mas eles perceberam que os presidentes estavam apenas 
preocupados em como as famílias deveriam aceitar aquilo e lidar com a doença, mas não com as crianças. 
Então decidem começar a estudar e pesquisar sozinhos, na esperança de encontrar alguma substância que 
pudesse amenizar ou conter o avanço da doença, alguma coisa que pudesse retardar o desenvolvimento da 
enzima que estava destruindo o cérebro de Lorenzo, deixando-o cego, deficiente físico, incapaz de engolir e 
de se comunicar. 
 
 Os pais de Lorenzo passavam dias e noites em bibliotecas fazendo um estudo do caso de seu filho, e 
quando constatavam alguma informação relevante, procuram médicos e professores de medicina para discutir 
suas ideias, a fim de encontrar algo que amenizasse o sofrimento de Lorenzo, mas sempre recebiam 
respostas negativas. 
 
 Eles não desistiram, continuaram a estudar, precisavam manipular os ácidos graxos, ou seja, impedir de 
produzir um tipo de gordura, adicionando outro na dieta. Até que o pai de Lorenzo descobriu um óleo extraído 
do azeite de oliva que testado em ratos havia baixado o nível de gordura saturada, mas os médicos e cientistas 
de novo, não os apoiaram. Resolveram agir por conta própria, e tiveram um resultado positivo, o nível de 
gordura reduziu 50% e estabilizou, mas de repente o menino foi piorando, eles faziam outros testes, mas não 
tinham resultados significativos, não saía do 50%. 
 
 Os pais de Lorenzo estavam cada vez mais desesperados, mas não desistiram, e com muita pesquisa, 
descobriram um óleo feito da mistura dos dois ácidos graxos insaturados, o oleico (C18) e o erúcico (C22), 
cujo metabolismo se sobrepõe ao dos saturados, evitando assim o seu acúmulo, então juntos diminuiriam os 
efeitos da doença. 
 
 Porém foi uma luta, porque para chegarem nessa mistura, eles estudaram dentre muitas, uma pesquisa 
que haviam feito com ratos, e o óleo Erucico era tóxico para eles, acabava matando-os. Então, era necessário 
muito cuidado, pois tinham que aplicar uma quantidade certa daquele óleo para não matar Lorenzo, e eles 
conseguiram... descobriram como evitar os efeitos catastróficos da ALD, a camada de mielina não era mais 
atingida pelo organismo. 
 
 
 
 Em um momento do filme, o pai de Lorenzo diz para a esposa que o tratamento não seria mais útil para o 
seu filho, pois já era tarde, e que serviria para os filhos de outras pessoas. Lorenzo realmente não voltou ao 
seu estado normal, as lesões no sistema nervoso central deixaram sequelas permanentes nele, mas fizeram 
com que a doença paralisasse, e com o tempo teve melhoras significativas, ele recobrou sua consciência, 
movimentava os dedos, se comunicava com o piscar dos olhos, enfim... O filme terminou com várias crianças 
falando que estavam usando o óleo de Lorenzo, e que seguindo o tratamento, os sintomas não apareciam. 
 
 Na vida real, os pais de Lorenzo, Augusto e Michaela Odone, criaram em 1989 o “Projeto Mielina”, uma 
fundação sem fins lucrativos que tenta concentrar esforços nos estudos das doenças relacionadas à mielina 
(doenças desmielinizantes), como a adrenoleucodistrofia. Com o passar do tempo e o avanço da Medicina 
com a ciência, descobriram mais sobre essa doença, e hoje já sabemos que a ALD é uma doença genética 
hereditária do gene da mãe (X), e que os sintomas começam a se apresentar ao perder a capacidade de 
realizar movimentos, falar, e se alimentar. Surgem ainda problemas de visão, como o estrabismo. Essa doença 
compromete o metabolismo dos lipídeos, pois há a deficiência da enzima ligase acil-CoA gordurosa que 
transporta ácidos graxos para a matriz peroxossimal. Isso resulta no acúmulo de ácidos graxos de cadeia 
longa. 
 
 Na ALD neonatal, tanto meninos quanto meninas podem ser afetados. A doença ocorre nos primeiros 
meses de vida e pode provocar convulsões, deformações faciais, retardo mental, disfunção adrenal, 
deterioração neurológica, degeneração da retina, hipertrofia hepática e musculatura fraca. 
 
 Já a ALD clássica ou infantil é considerada a forma mais grave da doença. Tal modalidade da doença surge 
entre os 4 e os 10 anos, disfunção adrenal, provocando demência severa, perda de visão, da audição, da fala 
e da memória. 
 
 A ALD adulta surge no final da adolescência ou início da vida adulta e pode ser controlada por décadas. Ela 
provoca dificuldade para caminhar, deterioração neurológica, disfunção erétil, disfunção adrenal e 
incontinência urinária. 
 
 Há ainda a ALD entre mulheres, que é ainda mais rara, e mais leve. Provoca perda de equilíbrio e 
coordenação, além de fraqueza ou até paralisia nas pernas. 
 
 Ainda não existe cura para a Adrenoleucodistrofia. O tratamento paraamenizar os efeitos e avanço da 
doença é realmente a administração do Óleo de Lorenzo e também hormônios. E em alguns casos, pode ser 
indicado o transplante de medula óssea. . 
 
 Mas além da ALD existe outras doenças ligadas ao peroxissomo, que como já citei acima, ocorre devido à 
ausência ou deformidade estrutural das enzimas- que são responsáveis pela produção de peróxido de 
hidrogênio, por exemplo, que podem causar doenças metabólicas, envolvendo diversos órgãos, e muitas 
vezes são fatais no desenvolvimento humano. Sendo assim, as mesmas podem ser causadas por dois 
motivos, dois grupos: 
 
 
Doenças do grupo 1: 
 
 Nessas doenças, os peroxissomos são produzidos em menor quantidade e as células perdem a capacidade 
de transferir enzimas típicas dos peroxissomos para seu interior, ou seja, suas proteínas não são importadas 
e degradadas no citoplasma. Como consequência, o peroxissomo fica vazio, e é constituído apenas pela 
membrana. Por esse motivo, a maioria das atividades peroxissomais se tornam deficientes. Das doenças 
peroxissomais do grupo 1, podemos citar: Síndrome de Zellweger e Condrodisplasia Puntata Rizomélica. 
 
 
 A Síndrome cérebro-hepato-renal de Zellweger (CHRS), é uma doença rara que tem caráter genético 
autossômico recessivo, no qual afeta os genes que codificam as proteínas responsáveis pela síntese e 
montagem dos peroxissomos. É caracterizada pela interferência no crescimento da bainha de mielina e na 
ausência ou redução de peroxissomos nas células do fígado, cérebro e rins. Consequentemente, o indivíduo 
terá extrema fraqueza muscular, aparência facial característica, calcificação nas articulações e cistos renais. 
Logo, não ocorrerão as reações oxidativas características da organela necessárias para sua sobrevivência, 
levando-o à morte. A maioria das crianças com essa doença, morrem no primeiro ano de vida. 
 
 
 
 
 A Condrodisplasia Puntata Rizomélica, é também de caráter genético autossômico recessivo. A 
prevalência do tipo Rizomélico está estimada de 1 em 100.000. Corresponde a um grupo heterogêneo de 
displasias, caracterizado por calcificações puntiformes da cartilagem, frequentemente associadas a 
encurtamento dos membros, catarata, patologia da coluna, fissuras coronais em corpos vertebrais, alterações 
do sistema nervoso, deficiência mental e do crescimento. 
 
 O diagnóstico é baseado em radiologias, no pré-natal -quando a mutação causadora já tiver sido identificada 
na família- e pode ser confirmado pela análise molecular. Seu principal diagnóstico diferencial é a síndrome 
de Zellweger. O tratamento é inexistente, e na maioria dos casos, a criança morre nos primeiros 10 dias de 
vida. 
 
 
Doenças do grupo 2: 
 
 Nessas doenças, a estrutura do peroxissomo é intacta; o que ocorre é por defeito de uma simples enzima 
peroxissomal, a qual resulta no acúmulo de substratos e na falta de seus respectivos produtos. Alguns 
exemplos das doenças peroxissomais do grupo 2 são: Adrenoleucodistrofia (que é a doença referente ao 
filme assistido e já comentado), síndrome de Zellweger, Hiperoxalúria tipo I, Acatalassemia e a Doença de 
Refsum. 
 
 A Síndrome de Zellweger (cérebro-hepatorrenal), é uma doença onde a criança não consegue transferir 
as enzimas para o interior do peroxissomo, o que causará um problema na metabolização dos lipídeos, então 
ele terá uma hipotonia, ou seja, os músculos, a postura muscular fica enfraquecida. Essa criança não terá 
forças pra sustentar o corpo, causando anomalias faciais e cranianas, terá prejuízos na visão e audição, 
convulsões frequentes, Hepatomegalia, que é quando o fígado fica grande, também aparecerá formações de 
cistos renais, deficiência na deglutição e apneia (respiração), geralmente não sobrevivem mais que 1 ano de 
idade. 
 
 A Hiperoxalúria tipo I, é uma doença metabólica autossômica recessiva e rara. É resultante da deficiência 
da enzima hepática peroxissomal que degrada alanina glioxilato aminotransferase (AGT), a qual transforma 
glioxilado em glicina. Essa deficiência resulta no aumento da concentração de glioxilato, o qual é convertido 
em oxalato, que em grande quantidade, leva a uma insuficiência renal. Pode causar também hipertensão, 
defeitos de condução cardíaca e limitação da mobilidade articular. 
 
 A ausência de actividade da AGT pode ser confirmada por biópsia hepática. O seu tratamento requer a 
ingestão de líquidos de forma que, o indivíduo mantenha uma excreção urinária acima dos 3L/1,73m2/dia, 
suplementação com piridoxina (coenzima da AGT) e alcalinização da urina. 
 
 A Acatalassemia, se caracteriza pela deficiência no gene que codifica a formação da enzima catalase. É 
uma doença autossômica recessiva rara, consideravelmente benigna e assintomática, mas que em alguns 
casos, pode associar-se a infecções periodontais, ulcerações orais e gangrena, tais como, aterosclerose e 
diabete mellitus. 
 
 O diagnóstico pode ser feito mediante exames de laboratório, onde a atividade da catalase nos eritrócitos 
aparece reduzida, o sangue em contato com a água oxigenada se torna marrom, e o mesmo, não produz as 
típicas bolhas de oxigênio. O tratamento consiste na erradicação de possíveis infecções e intervenções 
periodontais adequadas para evitá-las. 
 
 A Doença de Refsum é uma doença neurológica, autossômica recessiva rara, resultante da deficiência de 
uma enzima chamada Fitol- CoA- Hidroxilase, que por vez, é incapaz de catalisar o ácido fitânico (produto do 
metabolismo de gorduras), acumulando-o nos tecidos celulares e no plasma. Este acúmulo dá início a morte 
celular dos astrócitos (células da neuroglia cerebral), ativando assim, a rota de apoptose mitocondrial. 
 
 Os primeiros sintomas começam na infância ou na adolescência, onde o indivíduo pode apresentar 
degeneração cerebelar, neuropatia periférica, retinite pigmentosa, catarata já na infância, cegueira noturna, 
lesões nos nervos, Ictiose (pele seca ou escamosa), fraqueza na mão e nos pés, movimentos espasmódicos 
(convulsões), alterações ósseas e cutâneas – sintoma bem característico dessa síndrome- ataxia (problema 
no equilíbrio), dificuldades na audição, anosmia (perda do olfato), entre outros. 
 
 O tratamento se dá por uma dieta pobre em alimentos que contenham ácido fitânico e fitol, com restrição 
por exemplo de laticínios, peixes, vegetais verdes, enfim... E a plasmaférese (feito por uma máquina) faz uma 
transfusão de plasma quando esse ácido fica muito alto no sangue. É importante também, que o indivíduo 
mantenha seu peso normal, pois a perca do mesmo, acarretará na liberação do ácido fitânico armazenado no 
tecido do corpo, aumentando os sintomas associados a doença. 
 
 Mas, voltando ao contexto do filme, foi falado muito sobre os ácidos graxos ou ácidos gordos como também 
são conhecidos, que são compostos por cadeias de carbono com uma carboxila na extremidade. É uma 
molécula de natureza anfipática, por exemplo, os de cadeias longas são predominantemente hidrofóbicos, 
sendo portanto altamente insolúveis em água. O que podemos relacionar com a composição do Óleo de 
Lorenzo. 
 
 Temos como um dos componentes o óleo oleico, que é ácido graxo monoinsaturado de cadeia longa, ou 
seja, possui uma instauração, uma ligação dupla entre os carbonos. É formado por 18 átomos de carbono 
(C18H34O2), ômega 9; presente, em grande quantidade em substâncias como óleo e gorduras. Este ácido 
contribui para o nosso metabolismo com importante atuação na síntese dos hormônios. Ele é obtido a partir 
da hidrólise de gordura animal e alguns óleos vegetais, tais como: azeite de oliva, óleo de canola, óleo de 
amendoim, dentre outros. Para a obtenção da pureza adequada de ácido oleico, é necessário destila-lo mais 
de uma vez e fragmentar até atingir uma concentração superior a 95%. 
 
 Já o óleo Erucico, o outro componente do Óleo de Lorenzo, também é um ácido graxo monoinsaturado de 
cadeia longa (uma ligação dupla entre os carbonos), mas é formada por 22 átomos de carbono (C22H42O2),Ômega 9; ele é encontrado principalmente através da Colza Canadense, uma planta, e que ao contrário do 
ácido oleico, ele é tóxico para o consumo humano, por isso a importância da cautela no seu uso, sendo assim 
necessária a quantidade adequada para compor o óleo de Lorenzo. 
 
 Também foi citado durante o filme sobre colesterol, que é um tipo de gordura que faz parte da estrutura das 
células do cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração. Ele é essencial para o funcionamento 
destas células. É importante para a formação de hormônios de vitamina D e até ácidos biliares, que ajudam 
na digestão das gorduras da alimentação. O colesterol é anfipático, com um grupo hidroxila (OH) ligado ao 
C3 da cabeça polar e uma “corpo” apolar que é o núcleo esteroide junto à cadeia lateral que está ligada ao 
C17 do anel de cinco carbonos, formando uma estrutura em bastão. O colesterol no sangue circula ligado a 
lipoproteínas chamadas de colesterol bom (HDL) e colesterol ruim (LDL). O excesso de LDL é que está 
associado às doenças cardíacas. O excesso de LDL (colesterol ruim) causa doenças vasculares porque se 
deposita, sem dar sintomas, na parede interna das artérias e gradualmente vai formando uma placa chamada 
ateroma. Estes ateromas vão obstruindo gradualmente as artérias e podem acabar causando Infarto agudo 
do miocárdio e AVC. Cerca de 70% do colesterol no sangue vem do fígado e apenas 30% vêm da alimentação. 
Depois de passar pela circulação sanguínea, o colesterol precisa ser removido novamente pelo fígado para 
formar bile. Os níveis de colesterol no sangue dependem, portanto, principalmente da capacidade do fígado 
em removê-lo. Isso varia de pessoa para pessoa. 
 Para finalizar, foi citado ainda, os triglicerídeos, chamados assim porque eles são triésteres (possuem 
três grupos da função orgânica éster) derivados da glicerina. Eles são a reserva de energia do corpo humano. 
Eles têm a função de fornecer "combustível" para os músculos. Quando os triglicérides não são usados como 
forma de energia, passam a ser armazenados no tecido adiposo, como gordura. 
 Os triglicérides entram no organismo de duas formas, pela alimentação e pela produção do próprio corpo. 
Assim como o colesterol, todos temos triglicérides e não há problema com isso, pelo contrário, mas em 
quantidades muito altas, os triglicérides estão relacionados a um maior risco cardiovascular, obesidade, 
esteatose hepática (gordura no fígado) e pancreatite, dentre outros. 
 
 
Referências: 
 
O ÓLEO DE LORENZO. Direção e Produção de George Miller; 30 de Dezembro de 1992; Disponível em: 
https://www.filmesonlinegratisbr.com/o-oleo-de-lorenzo-dublado-online/. Acesso em 24 de maio de 2020. 
 
TODA MATÉRIA. Ácidos Graxos. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/acidos-graxos/. Acesso 
em 24 de maio de 2020. 
 
https://www.infoescola.com/quimica/hidroxila/
https://www.filmesonlinegratisbr.com/o-oleo-de-lorenzo-dublado-online/
https://www.todamateria.com.br/acidos-graxos/
MUITOS SOMOS RAROS. Adrenoleucodistrofia. Disponível em: 
https://muitossomosraros.com.br/doencas%20raras/geneticas/anomalias-congenitas-ou-de-manifestacao-
tardia/adrenoleucodistrofia/. Acesso em 24 de maio de 2020. 
 
ARAÚJO, Heloisa Sobreiro. O óleo de Lorenzo. Bioquímica para enfermagem. Disponível em: 
https://sites.google.com/site/bioquimicaparaenfermagem/filmes-didaticos/oleo-de-lorenzo. Acesso em 24 de 
maio de 2020. 
 
PASSEI DIRETO. Óleo de Lorenzo. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/5766591/oleo-
deLorenzo. Acesso em 24 de maio de 2020. 
 
BERTULLUCCI, Marcello. 10 Coisas que Você Precisa Saber sobre o Colesterol. Sociedade Brasileira de 
Endocrinologia e Metabologia. Disponível em: https://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-
sobre-o-colesterol/. Acesso em 26 de maio de 2020. 
 
PASSEI DIRETO. Doenças peroxissomais. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/41874388/doencas-
peroxissomais-peroxissomos. Acesso em 26 de maio de 2020. 
 
MOREIRA, Anderson. Doenças peroxissômicas. Youtube. Disponível em: https://youtu.be/vAj9PXWiStc. Acesso em 
26 de maio de 2020. 
 
VALDIGEM, Bruno. Triglicérides: o que é, valores e sintomas. Minha vida. Disponível em: 
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/triglicerides. Acesso em 26 de maio de 2020. 
 
 
https://muitossomosraros.com.br/doencas%20raras/geneticas/anomalias-congenitas-ou-de-manifestacao-tardia/adrenoleucodistrofia/
https://muitossomosraros.com.br/doencas%20raras/geneticas/anomalias-congenitas-ou-de-manifestacao-tardia/adrenoleucodistrofia/
https://sites.google.com/site/bioquimicaparaenfermagem/filmes-didaticos/oleo-de-lorenzo
https://www.passeidireto.com/arquivo/5766591/oleo-deLorenzo
https://www.passeidireto.com/arquivo/5766591/oleo-deLorenzo
https://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-o-colesterol/
https://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-o-colesterol/
https://www.passeidireto.com/arquivo/41874388/doencas-peroxissomais-peroxissomos
https://www.passeidireto.com/arquivo/41874388/doencas-peroxissomais-peroxissomos
https://youtu.be/vAj9PXWiStc
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/triglicerides

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