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Quadro comparativo – verminoses Características Doenças Agente etiológico Hábitat Patogenias e sintomas Diagnóstico Profilaxia Transmissão Tratamento Giardíase Giardia intestinalis No intestino delgado dos hospedeiros os cistos se alojam, e os trofozoítos no intestino grosso Diarreia, má absorção intestinal (destroem as microvilosidades, superfícies de absorção), cólicas, dores abdominais e pedra de peso Parasitológico: fezes formadas (pesquisa de cistos) e fezes diarreicas (pesquisa de cistos e trofozoítos) Imunológico: Elisa e imunofluorescência Molecular: pesquisa de DNA do parasito nas fezes do hospedeiro Higiene pessoal, higiene com alimentos, saneamento básico, ingerir água tratada ou fervida e tratamento dos doentes Ingestão de água e alimentos contaminados com os cistos do parasito Tinidozol, Secnidazol, Furazolidona, Abendazol, Metronidazol Amebíase Patogênicos: Entamoeba histolytica e Entamoeba dispar Não patogênicos: Entamoeba hartmani, E. coli, e Endolimax nana Os cistos habitam o intestino delgado e estômago dos hospedeiros, e os trofozoítos a luz do intestino grosso Colites, cólicas intestinais, diarreias muco sanguinolentas, febre e dores abdominais Complicações: perfuração intestinal e peritonite, apendicite e ameboma Amebíase extra intestinal: na amebíase hepática, há dor, febre e hepatomegalia, outros órgãos também podem ter amebíase Parasitológico: fezes formadas (pesquisa de cistos) e fezes líquidas (pesquisa de cistos e trofozoítos) Imunológico: Elisa e Rifi (imunofluorescência) Higiene pessoal, higiene com alimentos, saneamento básico, ingerir água tratada ou fervida e tratamento dos doentes Ingestão de água e alimentos contaminados com os cistos do parasito Secnidazol, Metronidazol Toxoplasmose Toxoplasmose gondii Os taquizoítos são encontrados em líquidos orgânicos, secreções mucosas e excreções. Os bradizoítos são encontrados nos tecidos musculares esqueléticos e cardíaco, tecido nervoso e retina, e os oocistos são encontrados no intestino de jovens felinos Toxoplasmose congênita ou pré-natal: partos precoces ou abortos espontâneos, no primeiro trimestre, no segundo trimestre pode haver abortos, a criança pode nascer prematura ou e/ou com anomalias, e no terceiro trimestre a criança pode nascer sem sintomas e patogenias ou com toxoplasmose Toxoplasmose pós-natal: ganglionar ou febril, ocular, cutânea, cérebro espinhal ou meningo-encefálica e generalizada, a mais grava, a qual compromete todo o organismo Sorológico: Elisa – Detenção de anticorpos no soro do paciente IgM: fase aguda (doente) IGg: fase crônica (não está doente, mas possui o toxoplasma, quanto mais anticorpos, melhor) Não ingerir carne crua ou carne mal passada, não ingerir leite in natura, realizar pré-natal em gestantes, higiene com alimentos, higienizar as mãos após manipular gatos de até seis meses Ingestão de carne pouco cozida ou crua (90%), ingestão de leite não pasteurizado, ingestão de frutas e verduras mal higienizadas, transmissão congênita e transplantes (muito raro) Medicamentos são indicados apenas para pacientes em fase aguda da doença, e os sintomas que serão tratados. O parasito não morre após medicação Teníase e Cisticercose Teníase: Taenia solium (porco) e Taenia saginata (vaca) Cisticercose: Cysticercus cellulosae (larva da solium) Cysticercus bovis (larva da saginata) Teníase: os vermes adultos vivem no intestino delgado do hospedeiro. Cisticercose: as larvas são encontradas nos tecidos musculares, cardíacos, subcutâneos e nos olhos Teníase: na maioria das vezes, é assintomática, mas o indivíduo pode ter dores abdominais, náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso e aumento de apetite Cisticercose (neurocisticercose): convulsões, hipertensão craniana, dores de cabeça, crises epilépticas e distúrbios visuais Teníase: Parasitológico: detecção de ovos e proglotes do parasito nas fezes do hospedeiro Cisticercose: Imunológico: Elisa e Rifi Radiológicos (mais caros, permitem visualizar a larva): radiografias, ressonâncias, ultrassonografia e tomografia Teníase: Não ingerir carne crua ou mal passada, inspeção de carnes em açougues e frigoríficos, salgamento e defumação de carnes e tratamento dos portadores Cisticercose: higiene pessoal e com alimentos, ingerir água tratada ou fervida, saneamento básico, construção de fossas sépticas na zona rural, controle e tratamento da teníase Teníase: ingestão de carne crua ou mal passada contendo larvas de Taenia, que posteriormente se torna um verme adulto Cisticercose: ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos de Taenia solium. Os ovos se tornam no máximo larvas nos tecidos. A Cisticercose humana causada por ingestão de ovos de T. saginata não ocorre ou é extremamente rara Teníase: Niclosamida e Praziquantel Cisticercose: Praziquantel Enterobiose Enterobius vermiculares Machos e fêmeas vivem no ceco e no apêndice, as fêmeas repletas de ovos são encontradas na região perianal, fazendo a oviposição. Em hospedeiras (mulheres) podem ser encontrados vermes na vagina, útero e bexiga A maioria dos casos são assintomáticos, mas o indivíduo pode ter prurido anal noturno, o que causa nervosismo, enterite catarral (inflamação do intestino, catarro nas fezes). Mulheres podem ter também vaginite, ovarite e salpingite Clínico: prurido anal noturno Laboratorial: exame de fezes e swab anal (método de Grahan) *Método da fita cefolane adesiva transparente para a colheita de ovos Tratamento de todas as pessoas parasitadas, corte rente das unhas, roupas de dormir e de cama não devem ser repetidas nem sacodidas, devem ser enroladas e lavadas em água fervente Ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos do parasito e inalação de ovos Piperazina, Mebendazol, Albendazol e Ivermectina Ascaridíase Ascaris lumbricoides (humano) e Ascaris sunn (suínos) Intestino delgado do homem, podendo se aderir a mucosa com auxílio dos lábios ou migrar pela luz intestinal Os sintomas são dor ou desconforto abdominal, náuseas, vômitos, diarreia ou presença de sangue nas fezes, cansaço excessivo e presença de vermes nas fezes. Patogenias por larvas: Infecção de baixa intensidade: geralmente sem alterações Infecções maciças: lesões hepáticas e pulmonares, manifestações alérgicas, febre, bronquite pneumonia-Síndrome de Loeffler, tosse, podendo ser sanguinolenta e conter larvas Patogenias por vermes adultos: Infecções de baixa intensidade: sem alteração Infecções médias e maciças: *Ação tóxica: reação entre antígenos parasitários e anticorpos alergizantes do hospedeiro, causando edema, urticária, convulsões epileptiformes e etc *Ação espoliadora: consumo de grande quantidade de proteínas, carboidratos, lipídeos e vitaminas A e C por parte dos vermes, levando o hospedeiro (principalmente crianças) à subnutrição e ao depauperamento físico e mental Clínico: difícil de ser feito, sintomas semelhantes aos de outras parasitoses Laboratorial: pesquisa de ovos nas fezes Técnicas: sedimentação espontânea e centrifugação Higiene ao manipular alimentos, higiene pessoal, lavar sempre as mãos após utilizar sanitários, ingerir apenas água tratada ou fervida, saneamento básico e tratamento dos doentes Ingestão de água e alimentos contaminados com ovos. Poeira e insetos podem veicular ovos Piperazina, Mebendazol, Albendazol e Ivermectina É interessante ressaltar que, a Ascaridíase é mais frequente em áreas tropicais, acomete 30% da população mundial, especialmente crianças, e que os fatores socioeconômicos e culturais contribuem para o agravamento dos casos, assim como a expansão desordenada das cidades sem o saneamento adequado e satisfatório e falta de higiene. A alta produção de ovos pelas fêmeas, viabilidade infectante, pobreza, hábito de defecar no solo, temperatura elevada e alta umidade explicam a prevalência alta dessa parasitose.
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