Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE PEDAGOGIA NÁDIA CRISTINA DA SILVA COSTA OS DESAFIOS E PROGRESSOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO INFANTIL AMAPÁ 2019 NÁDIA CRISTINA DA SILVA COSTA OS DESAFIOS E PROGRESSOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO INFANTIL Trabalho de pré-projeto apresentado como exigência da disciplina PPE- Pré-Projeto Orientador: AMAPÁ 2019 LINHA DE PESQUISA: Práticas Educativas TEMA: Educação Inclusiva TÍTULO: Os desafios e progressos da educação inclusiva no ensino infantil 1. INTRODUÇÃO Nos dias atuais ainda existe muitos desafios encontrados para que a educação inclusiva realmente aconteça, mas que com muitos esforços as escolas passaram a adotar um ensino voltado para as necessidades apresentadas pelos educandos, buscando superar os desafios e repassar um processo de ensino-aprendizagem igualitário e eficiente, que realmente seja inclusivo. 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA A sociedade vem passando por grandes transformações que foram ocasionadas pelas inovações, consequências da globalização que trouxe inúmeros desafios e também progressos em todas as áreas. Essas mudanças são significativas quando se relaciona com a educação, principalmente com a educação voltada para a inclusão. Algumas escolas já passaram a se preparar para atender alunos deficientes sem distinção, oferecendo um ensino acolhedor e que desenvolva as suas potencialidades, mas que apesar de todos os progressos, ainda existe muitos desafios a serem superados. A falta de recursos, estruturas e profissionais preparados ainda são os maiores desafios quando se trata de inclusão. São problemas que geram transtornos aos alunos e dificultam o processo de ensino-aprendizagem. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) toda e qualquer criança tem direito a frequentar a escola, sem distinção e separação. Porém, quando se trata de educação infantil é necessário que a escola possa oferecer um ensino de qualidade, que acolha e desenvolva as potencialidades desse aluno desde os primeiros anos escolares. Entretanto, são diversos problemas encontrados que necessitam ser superados, as escolas precisam de recursos que sejam suficientes para desenvolver um ensino igualitário, e as mesmas precisam lutar para que se tornem escolas inclusiva, como reforça Mantoan: "cabe à escola encontrar respostas educativas para as necessidades de seus alunos e exigir dela uma transformação" (1997, p.15). Ou seja, para que o aluno seja realmente aceito, todos devem juntos lutar pela inclusão, um trabalho em conjunto da escolas, família, alunos e toda comunidade escolar. É na escola que as boas práticas devem ser aperfeiçoadas, por isso que a criança deve iniciar sua vida escolar com um ensino fortalecedor, que mostre os caminhos certos a serem seguidos. A criança deve receber um ensino que seja voltado para as suas necessidades, visto que ela deve se sentir acolhida e abraçada, independentemente das suas peculiaridades e dificuldades de aprendizagem, e é na educação infantil que essa relação de confiança e aceitação com a escola deve ser iniciada, formando cidadãos compromissados e que valorizem e respeitem as diferenças. Porém, posturas precisam ser revistas, as escolas devem buscar oferecer aos educandos em geral, principalmente os que apresentam delimitações, um ambiente propício e acolhedor, que permita que os alunos deficientes possam ter o mesmo ensino que os demais colegas ditos como “normais”, ensino esse que deve ocorrer preferencialmente nas salas de aulas regulares. Dessa forma, gerou-se a seguinte problematização para o desenvolvimento da pesquisa: De que forma a educação inclusiva é desenvolvida no ensino infantil? 2. LEVANTAMENTO DO REFERÊNCIAL DA PESQUISA As mudanças são significativas em meio a sociedade, a globalização trouxe inúmeras transformações que ocorreram e ocorrem em todos os setores, principalmente quando se trata da discussão sobre a educação inclusiva, que se tornou um assunto que passa por sérias reflexões dentro e fora do contexto escolar. A educação é uma grande ferramenta de transformação, dando possibilidades para que as pessoas consigam superar seus próprios desafios e alcançar suas metas, por isso que deve ser voltada para todos, sem distinção, possibilitando um processo de ensino-aprendizagem eficiente e inclusivo, conforme ensina o psicólogo Jean Piaget (1985, p.32), “educar é adaptar o indivíduo ao meio social ambiente”. Muitos desafios ainda existem, mas se for analisado, muitas barreiras já foram superadas e o progresso é significativo, a educação é transformadora e amplia as relações, dando diversas possibilidade, por isso que é na educação infantil que a criança passa a conhecer suas delimitações e potencialidades. De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (Brasil): Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. (BRASIL, 1998, p. 23) A maioria das escolas já reconhecem seu papel frente a inclusão e buscam por alternativas que visem o bem-estar dos discentes, sem separação, mas sim focando no progresso individual. A legislação brasileira (LDBEN9394/94) assegura às crianças com qualquer tipo de necessidades especiais que possam se socializar, aprimorar, desenvolver suas capacidades individuais e sua inteligência emocional. Mas é preciso que sejamos conhecedores das leis que amparam as pessoas com deficiência dentro e fora do contexto escolar. Mas apesar de todos esses avanços, ainda existem diversas escolas que não oferecem salas de aulas regulares para alunos com necessidades educativas especiais, ou seja, nem tudo que vemos em inúmeras leis que existem no nosso pais é realmente colocado em prática. Como nos diz Stainback (1999): Se realmente desejamos uma sociedade justa e igualitária, em que todas as pessoas tenham valor igual e direitos iguais, precisamos reavaliar a maneira como operamos em nossas escolas, para proporcionar aos alunos com deficiências as oportunidades e as habilidades para participar da nova sociedade que está surgindo. (STAINBACK, 1999, p.29) A escola deve ser a partida para a mudança, para os avanços e progressos que a sociedade precisa, ainda existem muitas dificuldades estruturais, metodológicas e profissionais, mas com o trabalho em equipe é possível superar todas as barreiras e possibilitar aos aluno deficientes uma aprendizagem efetiva, que realmente atenda às suas necessidades educativas. A escola inclusiva busca a educação de qualidade não apenas para pessoas com deficiência. Combate à exclusão das mais diversas formas (MARTINS, 2008, p. 102). Dentre os principais desafios que se constitui em uma barreira de impedimento de acesso à escola pelos alunos com necessidades educacionais especiais tem relação com os diversos componentes da dimensão escolarização, dentre eles está o já citado falta de preparo do próprio educador. O professor é a peça chave desse processo, dele que deve partir a iniciativa de elaborar metodologias diversificadas e dinâmicas, criar espaços propícios para a inclusão, apesar da falta de apoio dos órgãos públicos. É um trabalho do docente em parceria com a gestão escolar e familiares dos educandos. Segundo afirma com Ferreira (2013, p. 74): De acordo com o projeto pedagógico a escola organiza seu trabalho;garante apoio administrativo, técnico e científico às necessidades da Educação inclusiva; planeja suas ações; possibilita a existência de propostas curriculares diversificadas e abertas; flexibiliza seu funcionamento; atende à diversidade do alunado; estabelece redes de apoio, que proporcionam a ação de profissionais especializados, para favorecer o processo educacional. É na sala de aula que acontece a concretização do projeto pedagógico - elaborado nos diversos níveis do sistema educacional. Vários fatores podem influenciar a dinâmica da sala de aula e a eficácia do processo de ensino e aprendizagem. Planejamentos que contemplem regulações organizativas diversas, com possibilidades de adequações ou flexibilizações têm sido uma das alternativas mais discutidas como opção para o rompimento com estratégias e práticas limitadas e limitantes. Como em todas as novas inovações, com a educação inclusiva não é diferente, para que a mesma possa ir se ajustando às necessidades é necessário que aja uma flexibilização que possam contribuir de forma significativa na sua organização didática. Já que as adaptações não podem ser seguir em um plano paralelo, separado ou fora da realidade. Segundo Blanco (2010, p. 23): O desafio, agora, é avançar para uma maior valorização da diversidade sem ignorar o comum entre os seres humanos. Destacar muito o que nos diferencia pode conduzir à intolerância, à exclusão ou a posturas fundamentalistas que limitem o desenvolvimento das pessoas e das sociedades, ou, que justifiquem, por exemplo, a elaboração de currículos paralelos para as diferentes culturas, ou para pessoas com necessidades educacionais especiais. Incluir é valorizar as diferenças e aceitar que todas as pessoas possuem as suas delimitações e necessitam ser aceitam como realmente são, e nas escolas não deve haver conflitos, deve ser um ponto de apoio e valorização. É neste contexto que as escolas que se propõem a atender os alunos com necessidades educacionais especiais podem contribuir de forma efetiva com a inclusão destes alunos, que possam frequentar o ensino regular normalmente, e permanecer criando as condições de acolhimento para aqueles que ainda estão fora da instituição, e prepara-los para que possam frequentar o ensino regular. 3. REFERÊNCIAS BLANCO, R. A atenção à diversidade na sala de aula e as adaptações do currículo. In: COLL, C.; MARQUESI, A.; PALÁCIOS, J. e cols. Desenvolvimento psicológico e educação: Transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. v.3. Ed. Porto Alegre: ARTMED, p. 290-308, 2010. BRASIL. Lei. nº 4.024/61 de 20 de dezembro de 1961. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. In: BREJON, Moysés (Org). Estrutura e funcionamento do ensino de 1º e 2º graus. 20. ed. São Paulo: pioneira, 1988. FERREIRA, Maria Elisa Caputo Ferreira. Aspectos de Intervenção na Área da Educação Física Escolar e a Política Inclusiva. São Paulo: Melhoramentos, 2013. FERNANDES, S. F. Fundamentos para Educação Especial. Curitiba: IBPEX, Curitiba, 2007. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? -2.ed. –São Paulo: Moderna, 2006 – (Cotidiano escolar: ação docente) p.15- 30. MARTINS, Lúcia de Araújo Ramos. Aspectos históricos da educação de pessoas com deficiência: da marginalização à busca pela educação inclusiva. Natal: EDUFRN, 2008. SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 2012. TEZANI, Thaís Cristina Rodrigues. Formação de professores para a educação inclusiva: algumas perspectivas. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, Salvador, v.12, n.20, p.447-458, Jul/Dez., 2010. Disponível em: http://www.uneb.br/revistada faeeba /files /2011/05/numero20.pdf. Acesso em: 15 de maio de 2018. UNESCO (1994) Guidelines for inclusión: Ensuring Access to Education for All. París: UNESCO Disponível em: http://unesco.org/educacion/inclusive) Acessado em 14 de maio de 2018. http://unesco.org/educacion/inclusive
Compartilhar