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1 ANESTÉSICOS GERAIS Letícia Cardoso – 2024.1 O anestésico geral se liga a subunidade β do receptor Aumenta a sensibilidade do receptor ao GABA Aula de Anderson e Goodman ANESTESIA GERAL é a depressão global reversível do sistema nervoso central, resultando na perda da capacidade de percepção e resposta à estímulos externos. Para produzir anestesia geral, a seleção de um determinado fármaco, bem como da sua via de administração, faz-se com base nas suas propriedades farmacocinéticas e nos efeitos secundários esperados no contexto do procedimento diagnóstico ou cirúrgico proposto, considerando, para cada paciente, a idade, a condição médica associada e o uso concomitante de outros medicamentos. A anestesia é dividida em basicamente 3 períodos: pré anestésico, peri anestésico (durante) e pós anestésico. ESTADO ANESTÉSICO Os componentes do estado anestésico incluem: Amnésia Imobilidade frente à estímulos nocivos Atenuação de respostas autonômicas Analgesia Perda da consciência Estágio I: Analgesia ou indução anestésica Estágio II: Excitação Estágio III: Anestesia cirúrgica Estágio IV: Depressão respiratória MECANISMOS MOLECULARES DE ANESTESIA Faz-se necessário a passagem do anestésico pelas membranas celulares para que haja sua ação. Quanto mais lipossolúvel é o anestésico, menor é a dose necessária para atingir esse efeito. Está relacionado ao coeficiente de partição óleo/gás de cada anestésico. 1) Modulação de Canais Iônicos 1.1) Modulação alostérica positiva de receptores GABA A (canal ionotrópico sensível a cloreto) Paciente inicialmente sem amnésia. Delírio, vômito, respiração irregular. Para evitar esse estágio, o anestesista aplica no SNC uma concentração plasmática alta do anestésico + rápido. Retorno da regularidade da respiração. Manejamento do paciente de volta p/ o estágio III através da diminuição da concentração do fármaco. Ação depressora do SNC 2 ANESTÉSICOS GERAIS Letícia Cardoso – 2024.1 Aumenta a sensibilidade do receptor a glicina O anestésico geral se liga a esses canais de cloreto Cetamina, se liga no canal NMDA Bloqueio das correntes induzidas por glutamato Anestésicos inalatórios halogenados ativam os canais K2P Aumenta o efluxo de potássio em neurônios pré e pós sinápticos Age nos canais aumentando a frequência de abertura, bem como o tempo de abertura do canal, resultando em um intenso influxo de Cloreto Hiperpolarização em vários pontos do SNC Potencializa a atividade inibitória! 1.2) Modulação alostérica positiva de receptores de glicina (canais de cloreto) Essa ação farmacológica que configura o relaxamento muscular proveniente da anestesia geral. A glicina modula a atividade dos motoneurônios, porém estes estarão hiperpolarizados, impedindo sua ação. 1.3) Antagonismo não-competitivo de receptores NMDA (canal de glutamato) Por atuar em canais importantes na modulação da dor, esse anestésico também configura estado de analgesia. Fármaco também utilizado no tratamento de pacientes queimados. Inibe a atividade excitatória! 1.4) Ativação canais de K+: K2P (canais de domínio de dois poros) Outros membros da família desses canais são ativados pelo xenônio, N2O e ciclopropano. Os canais pós-sinápticos são importantes para determinar o potencial de repouso da membrana dos neurônios e podem ser o locus molecular pelo qual esses agentes hiperpolarizam os neurônios. POTÊNCIA ANESTÉSICA EM ANESTÉSICO INALATÓRIO CAM: concentração alveolar mínima a pressão de 1 atm. capaz de produzir imobilidade em 50% dos pacientes em procedimentos cirúrgicos. # É influenciada pelo estado nutricional e utilização de outros fármacos pelo paciente. Qual fármaco é o mais potente de acordo com a CAM? O fármaco A é o mais potente! Quanto menor a CAM, maior a potência anestésica do fármaco. Coeficiente de partição sangue/gás – quanto menor, - solubilidade no sangue, alcança pressão parcial + rápido. Coeficiente de partição óleo/gás – quanto maior, + lipossolúvel, + rápido atravessa membrana celular. Ação depressora do SNC (medula espinhal) Ação depressora do SNC (supra espinhal e espinhal) Estado de hiperpolarização, inativando os neurônios. Inibição da síntese, liberação e captação de neurotransmissores. A 0,16% B 1,70% C 6,00% 3 ANESTÉSICOS GERAIS Letícia Cardoso – 2024.1 ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS Moléculas pequenas lipofílicas; Induzem rápida perda da consciência; Usados como medicação pré anestésica – em associação – ou como monoterapia: anestesia iv total (infusão contínua); Podem induzir depressão respiratória no pós operatório. Possuem duração de ação curta quando administrado em bolus. Farmacocinética # Dose intravenosa em bolo direcionamento para tecidos altamente perfundidos e lipofílicos do cérebro e medula espinhal rápida anestesia. # Os níveis sanguíneos caem rapidamente depois redistribuição do fármaco, com sua saída do SNC de volta para o sangue difunde-se então para os tecidos menos perfundidos, como os músculos e as vísceras e, em uma taxa mais lenta, para o tecido adiposo, que é pouco perfundido mas altamente hidrofóbico. # Após a redistribuição, os níveis sanguíneos do anestésico caem de acordo com a taxa metabólica(fígado), quantidade e lipofilia do fármaco armazenado nos compartimentos periféricos. Assim, as meias-vidas dos anestésicos parenterais são “sensíveis ao contexto” de cada fármaco. # Com os anestésicos iv, o despertar do paciente após finalização da anestesia é mais lento que os inalatórios, contudo cada paciente tem sua variação individual. Líquidos voláteis; Éteres de hidrocarbonetos halogenados; Pequena janela terapêutica; Bom controle de plano anestésico; São mais tóxicos; Via expiratória é a predominante de eliminação; Não comumente causam depressão respiratória no pós operatório, uma vez que não há reserva desse medicamento no corpo frequentemente. Farmacocinética # Gás inspirado alvéolo sangue arterial SNC ( além de outros tecidos e metabolismo) sangue venoso alvéolo expiração. (espelho de profundidade anestésica) # se redistribuem entre os tecidos (ou entre o sangue e o gás) até que ocorra equilíbrio (FASE DE MANUTENÇÃO ANESTÉSICA) pressão parcial do gás anestésico é igual nos dois tecidos. Em outras palavras, o equilíbrio é o ponto no qual não há mais qualquer captação final de anestésico a partir dos alvéolos para o sangue. # Quando uma pessoa respirou um anestésico inalatório por tempo suficientemente longo para que todos os tecidos estejam equilibrados, a pressão parcial do anestésico em todos os tecidos será igual à sua pressão parcial no gás inspirado. Entretanto, é importante observar que a concentração em cada tecido será diferente, porque os anestésicos inalatórios são mais solúveis em alguns tecidos (p. ex., gordura) do que em outros (p. ex., sangue). Mecanismos de Ação Ativação canais K2P Alosterismo positivo de GABA A e glicina São contraindicados para grávidas, podendo causar má formação congênita; Maioria é contraindicado em situações onde já há o aumento da pressão intracraniana. 4 ANESTÉSICOS GERAIS Letícia Cardoso – 2024.1 EFEITOS HEMODINÂMICOS DA ANESTESIA GERAL. O efeito fisiológico mais proeminente da indução anestésica é uma redução da pressão arterial sistêmica. As causas incluem ação vasodilatadora direta, depressão do miocárdio, ou ambas; um embotamento do controle barorreceptore uma diminuição generalizada no tônus simpático central. Mesmo os anestésicos com tendências hipotensivas mínimas em condições normais (p. ex., o etomidato e a cetamina) devem ser usados com cautela em vítimas de traumatismo. EFEITOS RESPIRATÓRIOS DA ANESTESIA GERAL. A ventilação deve geralmente ser assistida ou controlada, ao menos por algum período, durante a cirurgia; já que quase todos os anestésicos gerais reduzem ou eliminam o impulso ventilatório e os reflexos que mantêm essa desobstrução perde-se o reflexo do vômito e o estímulo à tosse fica embotado. O tônus do esfincter esofágico inferior reduz-se e regurgitação passiva e a ativa podem ocorrer. A escolha da conduta em relação às vias respiratórias baseia-se no tipo de procedimento e nas características do paciente. HIPOTERMIA. Durante a cirurgia, os pacientes comumente desenvolvem hipotermia (temperatura corporal < 36 ºC). As razões para a hipotermia incluem a baixa temperatura ambiente, a exposição das cavidades corporais, os líquidos intravenosos frios, a alteração do controle termorregulatório e a redução da taxa metabólica. Os anestésicos gerais diminuem o ponto de regulação da temperatura central a partir do qual a vasoconstrição termorregulatória é ativada para a defesa contra a perda de calor. Além do mais, a vasodilatação produzida pela anestesia geral ou regional sobrepuja a vasoconstrição periférica induzida pelo frio, redistribuindo desse modo o calor dos compartimentos centrais do corpo para os periféricos, o que leva a um declínio da temperatura central. NÁUSEAS E VÔMITOS. As náuseas e os vômitos do período pós-operatório, que continuam sendo problemas importantes após a anestesia geral, são causados por uma ação dos anestésicos sobre a zona quimiorreceptora do gatilho e sobre o centro dos vômitos no tronco cerebral, que são modulados por serotonina (5- HT), histamina, acetilcolina e dopamina. Os antagonistas do receptor 5-HT3 de serotonina, ondassetrona e dolassetrona são muito eficazes em suprimir as náuseas e os vômitos. OUTROS FENÔMENOS PÓS-OPERATÓRIOS E DA RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA. À medida que o sistema nervoso simpático retoma o seu tônus, é comum a ocorrência de hipertensão e taquicardia intensificadas pela dor. Em todos os tipos de anestesia e cirurgia a função pulmonar reduz-se no pós-operatório, podendo ocorrer hipoxemia. Vários sinais neurológicos, como delírio, espasticidade, hiperreflexia e sinal de Babinski, frequentemente manifestam-se no paciente que está saindo da anestesia. Os calafrios pós-anestésicos frequentemente ocorrem devido a hipotermia central. Interessante! Uma pequena dose de meperidina (12,5 mg) diminui a temperatura a partir da qual os calafrios se desencadeiam e interrompe eficazmente sua atividade. 5 ANESTÉSICOS GERAIS Letícia Cardoso – 2024.1 Interessante! O uso de propofol como agente de indução e do fármaco anti-inflamatório não esteroide cetorolaco como substituto para os opioides pode diminuir a incidência e a gravidade das náuseas e dos vômitos. Além de o cetorolaco realizar analgesia sem depressão respiratória. QUEM É MAIS POTENTE? Halotano ou N2O? O N2O se solubiliza pouco no sangue, logo ele consegue alcançar uma pressão parcial mais rápida de gás. Já o halotano se solubiliza mais no sangue, alcançando uma pressão parcial mais lentamente. Mesmo assim o halotano é mais potente que o N2O por ser um gás muito solúvel em gorduras, ou seja, é transportado em maior velocidade pelas membranas. Além disso as propriedades farmacocinéticas e dinâmicas do halotano contribuem para esse efeito. Ele possui como propriedade intrínseca permitir efluxo maior de K+, tornando-o muito potente – CAM baixa O óxido nitroso sozinho permite apenas um estado de sedação, enquanto que o halotano permite uma anestesia geral completa. TIOPENTAL X DURAÇÃO DE EFEITO O tiopental sódico é um fármaco extremamente lifofílico, com isso se acumula muito em tecidos adiposos e possuem um EFEITO CUMULATIVO longo após finalizar a sua infusão. Por esse motivo não é muito usado atualmente. No seu lugar, é usado o propofol, que é mais lipofílico que o tiopental, entretando este possui vias extra hepáticas de eliminação, tornando sua depuração muito rápida. Esse gráfico diz sobre a influência do tempo de infusão na meia vida do fármaco. 6 ANESTÉSICOS GERAIS Letícia Cardoso – 2024.1 HALOTANO Fluothane ® ENFLURANO Etrane ® ISOFLURANO Forane ® / Isothane ® CAM 0,77% 1,70% 1,15% Óleo/Gás 224 98,5 90,8 Sangue/Gás 2,3 1,19 1,4 Indução Anestésica Indução em 7-10min Retorno imediato Indução em 7-10min Retorno em 7-10min Indução em < 10min Retorno em ± 20 min Características clínicas Usos: manutenção da anestesia geral, especialmente em crianças (não irritante, odor semelhante ao clorofórmio, sabor adocicado). Não inflamável, não explosivo, sensível à luz; Apresenta ação relaxante muscular, mas pode não ser suficiente. Uso prolongado leva a acúmulo no tecido adiposo. Metabólito ác trifluoroacético tóxico. Usos: manutenção de anestesia geral, também indução. Odor agradável, não inflamável, não explosivo. Apresenta ação relaxante muscular. É POUCO USADO. Usos: manutenção da anestesia geral, também indução. Odor desagradável, não inflamável, não explosivo. Induz relaxamento muscular (mais potente que o halotano). Mais usado em pacientes hepatopatas pois só 0,25% é metabolizado no fígado. Efeitos Adversos Efeitos cardiovasculares: hipotensão grave podendo levar à falência circulatória, arritmias leves, sensibiliza o miocárdio as catecolaminas. Efeitos centrais: aumenta pressão intracraniana, diminui metabolismo cerebral. Outros efeitos: diminui fluxo renal, relaxamento da musculatura uterina, hipertermia maligna*, má formação congênita. Efeitos centrais: aumento pressão intracraniana, diminui metabolismo cerebral, indução de convulsões. Outros efeitos: diminui fluxo renal, relaxamento da musculatura uterina, hipertermia maligna. Efeitos cardiovasculares: diminui consumo O2 pelo miocárdio. Estabilidade cardíaca melhor que o halotano. Efeitos centrais: aumento fluxo sanguìneo, diminui metabolismo cerebral. Outros efeitos: diminui fluxo renal, relaxamento da musculatura uterina. *HIPERTERMIA MALIGNA: Aumenta sensibilidade do receptor rianodina extravasamento de cálcio aumento das contrações musculares aumento da temperatura, seguido de taquicardia, hipertensão e rigidez muscular. 1# Interromper anestésico imediatamente! 2# Administrar Dantroleno, relaxante muscular 7 ANESTÉSICOS GERAIS Letícia Cardoso – 2024.1 SEVOFLURANO Sevorane ® DESFLURANO Suprane ® ÓXIDO NITROSO CAM 1,71% 6,0% 104% Óleo/Gás 53,4 16,7 1,4 Sangue/Gás 0,60 0,42 0,47 Indução Anestésica Rápida indução em 5min Retorno em 7min Rápida indução em 2 min Retorno em 10 min Rápida indução – anestésico incompleto Rápido retorno Características clínicas / Farmacocinética Usos: indução e manutenção da anestesia geral, especialmente em crianças. Apresenta odor agradável, não irritante, não inflamável. Reage com CO2, causando explosões e queimaduras nas vias aéreas. Apresenta ação relaxante muscular. Usos: manutenção de anestesia geral, geralmente em associado com um anestésico intravenoso. Não inflamável, não explosivo. Causa irritação das vias aéreas (tosse, salivação e broncoespasmo). Apresenta ação relaxante muscular. Usos: indução de analgesia e sedação em procedimentos odontológicos e como suplemento para outros anestésicos. Não irritante, não inflamável. Mecanismo de ação: antagonismo não competitivo de receptores NMDA. Potenteanalgésico (ativação de receptores opióides e α- adrenérgicos) e sedativo. Propriedades intrínsecas que não permitem um efluxo tão grande de K+. Efeitos Adversos Efeitos centrais: aumento pressão intracraniana, aumento metabolismo cerebral, delírios em crianças. Efeitos centrais: aumento pressão intracraniana, diminui metabolismo cerebral. Efeitos cardiovasculares e respiratórios: discretos. Contra-indicado para pacientes com hipertensão pulmonar Efeitos centrais: aumenta pressão intracraniana. Outros efeitos: hipóxia na retirada**, risco de anemia. **HIPÓXIA NA RETIRADA: O N2O por alcançar a pressão parcial muito rápido, há muitas moléculas no SNC durante a anestesia. Logo, ao retirar a oferta do gás, todas essas moléculas ocupam um grande volume no alvéolo, impedindo o oxigênio de entrar. Nesse momento pode ocorrer a hipóxia. 1# Oferta de O2 ao paciente por 10 min antes de ligar o óxido nitroso. 2# Liga o óxido nitroso junto ao O2. 3# Desliga o óxido nitroso e deixa o O2 por mais 10 min. 8 ANESTÉSICOS GERAIS Letícia Cardoso – 2024.1 MECANISMO DE AÇÃO DOS INALATÓRIOS ANESTESIA BALANCEADA Associação de fármacos e técnicas com intuito de potencializar os efeitos gerais (analgesia, sedação, depressão central e relaxamento muscular). Outros Fármacos: Benzodiazepínicos: medicação pré-anestésica com efeitos sedativo e amnésico, início lento de ação e produzem um platô de depressão do SNC abaixo do efeito anestésico real, pode causar amnésia anterógrada e prolongam o tempo de recuperação pós-operatório. Analgésicos Opióides: adjuvantes a anestesia (efeitos cardioproteror, sedativo e analgésico), podem causar rigidez da parede torácica e depressão respiratória prolongamento da respiração assistida no pós- operatório. 9 ANESTÉSICOS GERAIS Letícia Cardoso – 2024.1 TIOPENTAL PROPOFOL Características Gerais / Farmacocinética Derivado do ác. Barbitúrico; Solução aquosa alcalina – adm. iv (outra via pode causar necrose tecidual pelo seu ph); Hipnose em 30 segundos; Após dose em bolus, retorno em 5 min ≠ dose em infusão - Não é comumente utilizado durante toda a cirurgia pelo seu efeito cumulativo. Reduz metabolismo cerebral. Mecanismo de Ação: ativa sistema GABA (influxo Cl). Solução aquosa a 1%; Possui lecitina do ovo como sç de emulsificação – cuidado em alérgicos e reações cruzadas; Mais lipofílico que o tiopental; Hipnose em 40 segundos em bolus, e é usado também durante toda a cirurgia pois seu metabolismo extra-hepático permite uma redistribuição mais rápida; Mecanismo de Ação: ativa sistema GABA (influxo Cl). Metabolismo Metabolismo hepático lento, hipnose, muito lipossolúvel. Metabolismo hepático e pulmonar. # Insuficiência hepática e renal não modifica o metabolismo do propofol Idade > 50 anos diminui a eliminação. Características Clínicas Indução da hipnose na anestesia Anticonvulsivante Diminuição da pressão intracraniana Proteção cerebral Indução de anestesia Sedação consciente Manutenção da hipnose na anestesia venosa total Antiemético Efeitos Adversos Deprime o SNC dose dependente (doses maiores ou longas) Depressão cardiovascular Depressão respiratória Amnésia anterógrada Porfiria 1# No sist. Respiratório o Tiopental dessensibiliza os quimiorreceptores centrais, o paciente entra em um quadro de apnéia, a elevação de CO2 não irá ser compensada. Porém esse efeito dura pouco e o paciente já está intubado. Deprime o SNC dose dependente (doses maiores ou longas) Depressão cardiovascular Depressão respiratória Flebite (ardor) na infusão Amnésia anterógrada 1# A longo prazo o propofol dessensibiliza receptor β1. 2# Síndrome de infusão do propofol (SIPR): Caracterizada por insuficiência cardíaca, rabdomiólise, acidose metabólica, insuficiência renal, hipercalemia, hipertrigliceridemia e hepatomegalia. Depressão bulbar direta Depressão bulbar direta e no músculo cardíaco Choque Broncoespasmo Porfiria e coproporfiria Depressão respiratória Choque Insuficiência cardíaca Estados hipovolêmicos 10 ANESTÉSICOS GERAIS Letícia Cardoso – 2024.1 MIDAZOLAM – pré anestésico ETOMIDATO CETAMINA Características Gerais / Farmacocinética É extremamente solúvel ph<4; Possui caráter hipnótico; Meia-vida curta, quando adm em dose normal, levando a um mínimo efeito residual; Sedação em 2 min; Adm. IV Estabilidade cardiovascular; Desibinição cortical – movimentos mioclônicos (receptores GABA responsáveis pelo controle do movimento e postura podem ser dessensibilizados durante a cirurgia); Ação de início rápido e de curta duração; Inibe transitoriamente a enzima 11-β- hidroxilase (enzima adrenal); Mecanismo de Ação: ativa sistema GABA (influxo Cl). Adm. via IV ou IM Inibição do NST núcleo do trato solitário – região que controla nosso sist. cardiovascular Mantém reflexos protetores; Rápida depuração, adequada para infusão contínua; Mecanismo de Ação: antagonismo NMDA e de canais de Na+ (anestesia dissociativa – dissocia o córtex-tálamo-sistema límbico). Metabolismo Metabolismo hepático. Metabolismo hepático. Metabolismo hepático. Características Clínicas Indução da hipnose na anestesia Sedação consciente Manutenção da hipnose na anestesia venosa total Anticonvulsivante Relaxante muscular Paciente com doença cardiovascular significativa Anestesia de pacientes em choque proveniente de trauma # Não inibe a resposta simpática a laringoscopia e à intubação. Infusão subanalgésica durante a anestesia geral Pacientes com dor crônica resistente aos opioides nos quais o manejo da dor pós-operatória provavelmente é difícil Pacientes sob risco de hipotensão e broncoespasmo # Não inibe a resposta simpática a laringoscopia e à intubação. Efeitos Adversos Depressão miocárdica Depressão respiratória Diminuição da pressão arterial Diminuição da resistência vascular sistêmica Aumento discreto da frequência cardíaca # Reversão: Flumazenil IV Diminui metabolismo cerebral, fluxo sanguíneo cerebral Diminui pressão intracraniana- mantém pressão de perfusão cerebral Náuseas e vômitos Propriedades anticonvulsivantes Deprime região adrenal, inibindo momentaneamente a lib. de cortisol (doses maiores ou infusão contínua) Depressão miocárdica Vasodilatação cerebral Aumenta metabolismo cerebral, pressão intracraniana # Não deprime sist. respiratório, pode até ser broncodilatadora. 11 ANESTÉSICOS GERAIS Letícia Cardoso – 2024.1
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