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Índice 1 Introdução No âmbito do presente trabalho, irei abordar sobre as estratégias de gestão de conflitos laborais no contexto da melhoria do clima organizacional, os conflitos estão presentes em todos os ambientes, quer nas organizações ou não, pois sempre que houver a convivência entre um grupo de pessoas, inevitavelmente haverá divergências de ideias, objectivos, entre outros factores. Diante disso se torna importante estudar e conhecer este assunto, que algumas organizações ainda não conhecem, embora que seja de estrema importância para uma boa gestão de pessoas Um dos desafios que se coloca às organizações, prende-se com a gestão de conflitos e a produção de resultados. Este tema permite às organizações garantir um nível de competitividade face ao mercado cada vez mais exigente. 2 Estratégias de gestão de conflitos laborais no contexto da melhoria do clima organizacional Perante cada tipo de conflito as partes envolvidas vão assumir estratégias, as quais vão orientar a forma como vão lidar com os conflitos, mas à medida que se vai caminhando no sentido da resolução de conflitos estas estratégias poderão mudar, como refere McIntyre (2007, p. 298). “De acordo com a estratégia adoptada e uma vez que começa o conflito, haverá um dos quatro resultados possíveis: 1) uma parte ganha, e o rival perde; 2) o rival é que ganha, e a outra parte perde; 3) chega-se a um compromisso e ambas as partes perde até a um certo ponto para ganharem noutros, e; 4) ambas as partes procuram uma solução integrativa em que cada parte acaba por ganhar” (McIntyre, 2007, cita os autores Caetano & Vala, 2002; Rahim, 1991). De acordo com o resultado obtido no final do conflito, as estratégias que permitem enfrentar um desafio podem ser classificadas em “Ganhar-Perder”, “Perder- Perder” e “Ganhar - Ganhar”. Na estratégia “Ganhar-Perder”, uma das partes alcança o objectivo pretendido e a outra não, uma das partes é mais poderosa que a outra e através do seu poder impõe-se à outra, ou seja. Perder-perder: esta estratégia não satisfaz ninguém, pois ninguém ganha objectivamente. Nesta situação o objectivo é impedir que a outra parte ganhe. Ganhar-ganhar: permite encontrar a melhor solução para as partes, criando um clima de confiança e de respeito mútuo. É a estratégia mais eficaz porque implica uma negociação que garanta uma solução benéfica para os implicados Resultados dos Conflitos O conflito quando ocorre pode trazer as partes envolvidas resultados, que podem ser positivos ou construtivos e resultados negativos ou destrutivos dependendo da intensidade do conflito ou ainda da forma como o conflito está a ser gerido. Para Navarro (2002,citado por Chiavenato 2002) o conflito pode proporcionar resultados construtivos ou efeitos positivos e resultados destrutivos ou indesejáveis: Resultados Construtivos O conflito desperta sentimento e estimula energias , o conflito leva às pessoas a ficarem atentas, esforçadas e acesas. Esta estimulação de energia produz curiosidade e 3 interesses em descobrir melhores meios de realizar tarefas e novas abordagens na solução dos problemas. O conflito fortalece o sentimento de identidade, quando um grupo entra em conflito ele se torna mais coeso, ligado e mais bem identificado com seus objectivos e interesses. A coesão geralmente aumenta a motivação pelo desempenho da tarefa do grupo. Se o grupo ganhar, seus membros se tornam mais motivados para trabalhar em equipa. O conflito desperta a atenção para os problemas , geralmente, o conflito é um meio de chamar atenção para os problemas existentes. O conflito testa a balança de poder, o conflito pode levar a aplicação dos recursos ajustando diferenças de poder entre as partes envolvidas. Resultados Destrutivas ou Indesejáveis do Conflito O conflito desencadeia sentimento de frustração, hostilidades e ansiedades , como as partes envolvidas vêem seus esforços bloqueados pelas outras, face a pressa para ganhar, a atmosfera criada gera um clima, stress, frustração e hostilidade que pode prejudicar o julgamento e a habilidade no desempenho das tarefas, como também afectar o bem-estar das pessoas envolvidas. O conflito aumenta a coesão grupal, com o aumento da coesão aumenta a pressão social para que as pessoas se conformem com os objectivos do grupo ou das partes envolvidas, isso diminui a liberdade individual, fazendo com que o grupo perca eficácia quanto ao seu desempenho. O conflito desvia energia para ele mesmo, grande parte de energia gerada pelo conflito e dirigida é gasta nele mesmo, em oposição a energia que poderia ser aplicada na realização de um trabalho produtivo. Assim vencer um conflito torna se um objectivo mais importante do que trabalhar com eficácia. Os Cinco Estilos de Gestão de Conflitos Laborais Rahim (1983, citado por Dimas e tal., 2005, p. 10), caracteriza os cinco estilos de gestão de conflitos numa organização que se destaca: Estilo “Integração” tem como finalidade encontrar uma solução benéfica para ambas as partes, através da partilha de informação. 4 Estilo “Acomodação” tem como finalidade a satisfação dos objectivos de uma parte. Estilo “Dominar” tem como finalidade a estratégia de ganha-perde, em que os objectivos de uma parte são considerados prioritários perante os da outra parte. Estilo “Evitamento” tem como finalidade a fuga ou negação do conflito, um meio de adiamento da resolução do conflito ou até um meio de fuga perante uma situação ameaçadora; Estilo “Compromisso” tem como finalidade procurar uma solução aceitável para ambas as partes, sendo que cada uma das partes abdica de algo. O Planeamento como Ferramenta na Resolução de Conflitos Laborais Os conflitos funcionais podem ajudar a melhorar o desempenho do grupo de forma construtiva. Demitrius (2000) mostra três tipos de planeamento que tem como objectivo o estabelecimento de um programa de manutenção preventiva que pode ser desempenhado pela organização na administração preventiva de conflitos que são eles: Planeamento Técnico: Existem algumas fontes na empresas que tendem a gerar conflitos como a recursos de mão-de-obra, programações e execuções de programações. Planeamento de Integração: Sabemos que conviver em grupo é uma das maiores dificuldades do ser humano, quanto mais pessoas convivendo entre si, mais probabilidade de conflitos, choques de interesses, ansiedades, frustrações, luta pelo poder, status quo, hábitos, são causas de conflitos. Processo do planeamento: Para se planear como administrar conflito é necessário primeiro criar um processo sequenciado, de como funcionará cada planeamento e em que fase será implantada, portanto é importante analisar como será feito e quem participará deste processo, pois obter o comprometimento pessoal das pessoas neste processo é de vital importância. 5 Conclusão A causa do conflito é proveniente da divergência de interesses e a finalidade da gestão do conflitos não é esquecer ou fazer desaparecer essa causa, mas sim resolve-lo e soluciona-lo, pois se esquecermos ou deixarmos passar em vão, significa que estaremos a adiar o conflito sem chegando na sua resolução. Pode se concluir ainda, que o tipo de estilo de gestão de conflitos laborais, mais usado pela Escola, é geralmente o estilo de integração ou seja colaboração, na qual a estratégia mais usada é a estratégia de Ganha-Ganha. O conflito quando ocorre pode trazer as partes envolvidas resultados, que podem ser positivos ou construtivos e resultados negativos ou destrutivos dependendo da intensidade do conflito ou ainda da forma como o conflito está a ser gerido. 6 Referências bibliográficas Chiavenato, I. (2002). Recursos Humanos (7.ª ed.). Editoras Atlas. São Paulo: Edição Compacta. Dimas, I., Lourenço, P. & Miguez, J. (2005). Conflitose Desenvolvimento nos Grupos e Equipas de Trabalho: uma abordagem integrada. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. Dimitrius, J. (2000). Decifrar pessoas: como entender e prever o comportamento humano. São Paulo: Alegro. McIntyre, S. (2007). Como as pessoas gerem o conflito nas organizações: Estratégias individuais negociais, análise psicológica. Recuperado em http://crars.org.br/artigos_interna/gestao-de-conflitos-transformando-conflitos- organizacionais-em-oportunidades-41.html. Rahim, M. A. (1985). A Strategy for Managing Conflict in Complex Organizations: Human Relations. 38 (1), 81-89. Rahim, M.A. (1992). Managing conflict in organizations. New York: Praeger. http://crars.org.br/artigos_interna/gestao-de-conflitos-transformando-conflitos-organizacionais-em-oportunidades-41.html http://crars.org.br/artigos_interna/gestao-de-conflitos-transformando-conflitos-organizacionais-em-oportunidades-41.html
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