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Resumo de economia brasileira contemporanea

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Capítulo 17 A saga dos Heterodoxos a economia Brasileira nos 1985 até 1994. 
 
● A política da nova república elegeu como meta o controle da inflação do 
brasil através de planos econômicos que vamos listar aqui. 
● mas vamos falar um pouco o que​ inflação inercial 
In​flação Inercial​ refere-se à ideia de memória inflacionária, onde o índice atual é a 
inflação​ passada mais a expectativa futura. A inflação se mantém no mesmo 
patamar sem aceleração inflacionária e é decorrente de ​mecanismos de indexação​. 
Estes mecanismos podem ser formais e informais. ​[1] 
● Formais: regras específicas e legais de aumento, a exemplo de aluguéis e 
mensalidades escolares. 
● Informais: quando os agentes são seguidores de preço, ou seja, 
aumentam o preço porque os outros também o fizeram. 
● A inflação inercial ocorre quando os preços de uma economia oferecem 
resistência às políticas de estabilização para atacar as causas primárias da 
inflação, é a chamada memória inflacionária. Essa inflação inercial é 
decorrente de mecanismos de indexação, que reajustam o valor das parcelas 
de contratos pela inflação do período passado, ou seja, mesmo que não 
tenha uma razão do preço aumentar, ele aumenta baseado nessa ​memória 
inflacionária. 
 
As causas da inflação 
A​s causas da hiperinflação no país costumam ser relacionadas ao aumento dos 
gastos públicos durante o governo militar e pela elevação do endividamento externo, 
agravado pela crise mundial derivada do aumento dos preços do petróleo e pela 
retração na taxa de expansão da economia.Na hiperinflação crônica, as causas se 
sucedem e se realimentam. O choque do petróleo pode ter dado início à crise 
hiperinflacionária, mas ela foi intensificada por desvalorizações da moeda, para 
manter o Brasil competitivo (com uma maxidesvalorização em 1979); e pelo 
aumento do dinheiro em circulação para financiar a dívida externa. 
 
Ortodoxo: visava conter a demanda, pela diminuição dos gastos públicos e da 
elevação d as taxas 
de juros, procurando evitar uma fuga dos ativos financeiros. 
 
Heterodoxo: visavam promover a desindexação da economia sem a 
predeterminação de novas regras. (congelamento d e preços, URP, Tablita – 
transferência de renda dos credores para os 
devedores. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Infla%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Indexa%C3%A7%C3%A3o_(economia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Infla%C3%A7%C3%A3o_inercial#cite_note-1
 
 
 
 
Outros pontos que vamos colocar aqui e Choque heterodoxos e reforma 
monetária 
 
1. Choque Heterodoxo 
 Que foi um movimento de congelamento de preços .O plano Cruzado e 
Bresser e Verão seguiram esse plano. 
 
Autor Francisco Lopes. 
 
2 agora o plano do Real foi uma Reforma monetária . Que proponha uma nova 
moeda de indexação. os autores. Autores André lara resende e Pérsio arida. 
 
Fatores que levaram alta de inflação 
Os primeiros anos 80 mostrava que a economia não estava envolvida com atividade 
econômica pois mesmo nos anos 80 sofremos com uma grande recessão que 
poderia abaixar a inflação mas isso não foi o caso mas teve sim outros motivos. 
1. Um dos primeiros fatores o aumento da inflação fatores internos e externos 
como o choque do petróleo em 1973. Choque das taxas de juros 
internacionais começo dos anos 80 , alterações cambiais e quebra da safra. e 
como também dito anteriormente problemas de indexação. 
 
 
A recessão do período 1981/1983 havia contribuindo para o melhor balanço de 
pagamento, reverter o déficit existente na balança comercial e transformá los em 
expressivos superávits , mas não teve efeito na inflação. Os amplos superávits 
comerciais decorrerão uma rápida queda das importações nos anos 1981/83 da 
expansão das exportações no ano de 1984 em função da recuperação da economia 
mundial, da resposta do setor exportador aos incentivos a desvalorização cambial 
do ano anterior e da manutenção do PND II que abriram novas frentes de 
exportação. com isso a economia apresentou um significativo crescimento. 
A nova República iniciou com um quadro de com uma economia em crescimento e 
balanço de transações correntes equilibrado mas a inflação girava em torno de 
200% . Com isso foi natural se elegesse o combate a inflação como fator principal e 
objetivo do governo. 
PND II 
 ​O II Plano Nacional de Desenvolvimento, também chamado II PND (1975 -1979), 
por determinação constitucional havia uma obrigação de todo novo governo lançar 
um plano nacional de desenvolvimento ( podemos fazer uma analogia com o nosso 
atual Plano Plurianual - PPA ), foi um plano econômico ​brasileiro​, lançado no final 
de ​1974​. Foi instituído durante o governo do general ​Ernesto Geisel​ e tinha como 
finalidade estimular a produção de ​insumos​ básicos, ​bens de capital​, alimentos e 
energia​. 
 
Cenário Político 
 
● O Cenário estava conturbado por algumas razões que eram. 
● Pois o presidente Tancredo neves vence as eleições mas morre 38 dias 
depois e assume o seu vice José Sarney. 
● Onde Houve grande mobilização popular para que houvesse uma eleição 
direta mas infelizmente não foi possível e teve as eleições indiretas. Com o 
colégio eleitoral indicava além que a população tinha uma alta expectativa 
para a democracia com sua e liberdade individual. 
● Esse período foi como transição entre a regime militar e a democracia. 
● Também houve pressões para qual o plano seria elaborado para combater a 
inflação ou era o plano Heterodoxo ou Ortodoxo. 
 
PLANO CRUZADO. 
O plano cruzado foi uma estratégia que o Governo tentou fazer para tentar controlar 
a inflação que forma medidas como: 
● O congelamento de preços por tempo indeterminado ou seja todos os 
preços como de aluguel tudo que possa imaginar. 
 
● Criação de uma nova moeda que foi o Cruzeiro que cortou alguns 
zeros. Cr$ 1.000,00 = Cz$ 1 
● Os salários foram corrigidos por 6 meses depois foram congelados. 
● Abono salarial: aumento de 8% para todos os assalariados e 16% para 
o salário mínimo. 
● Cadernetas de poupança passaram a ter correção trimestral. 
● Criada uma tabela de conversão diária para contratos prefixados 
(Tablita). 
● A ORTN foi substituída pela OTN, cujo valor nominal foi congelado. 
Além do que a mudança teve um grande apoio popular e teve a criação dos 
fiscais do sarney que a própria população fiscalizava os comércios. 
 
 
● Outro ponto também que podemos destacar que o gatilho correção imediata 
do salário quando a inflação chegasse a 20%. 
 ​Mas tinha algumas distorções que vamos pontuar por aqui. 
 
•Explosão do consumo: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/1974
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ernesto_Geisel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Insumo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bens_de_capital
https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia
 - aumento do poder de compra dos salários (abonos salariais); 
 - despoupança (fim da correção monetária e saques da caderneta de 
poupança). 
•Existia pressão de demanda antes do Plano Cruzado. 
•O nível de utilização de capacidade atingiu 86%, em 1986. 
•Não houve cuidado prévio de alinhamento de preços. 
•Comerciantes começaram a cobrar ágio e surgiu um mercado negro para certos 
produtos. 
•Não era possível controlar os preços de produtos não padronizáveis. 
•Os empresários aprenderam a “maquiar” preços. 
•A economia informal ficou fora do congelamento. 
O recurso de congelamento de preços e extremamente complicado pois se ele for 
temporário os agentes atuam de acordo com sua expectativa do seu final. se ele for 
duradouro, elimina a correção a possibilidade da correção dos desequilíbrios feitos 
de preços relativos. 
 
CRUZADINHO 
Foi implantado era um tímido pacote fiscal que tentava desaquecer o consumo pelo 
imposição de empréstimos compulsórios sobre a gasolina, os automóveis e as 
passagens aéreas internacionais saindo os recursos obtidos devem financiar o 
Plano de metas do governo. 
 
 •Cruzado II 
 objetivo era controlaro déficit público pelo aumento da receita de 4% do PIB, 
com aumento das tarifas e dos impostos indiretos. 
• o congelamento de preços foi abolido e a correção monetária passou a ser mensal. 
•Com expressiva piora das contas externas, foi decretada, em fev/87, moratória dos 
juros externos. 
 
as causas de fracasso do Plano cruzado eram : A duração excessiva do 
congelamento , acúmulo excessivo da demanda e poder de compra do 
consumidor, e os descaso das contas externas. 
 
 
O PLANO BRESSER 
 
•Implementado em junho de 1987. 
•Inflação diagnosticada como inercial e de demanda. 
•Plano híbrido: elementos heterodoxos e ortodoxos. 
•Lado ortodoxo: uso ativo das políticas fiscal e monetária. 
•Lado heterodoxo: congelamento. 
•Aumentos prévios dos preços públicos e tarifas. 
•Decretou um congelamento de salários, preços e aluguéis por 03 meses.COM 
RESIDUO INFLACIONARIO sendo pago em seis parcelas. 
•Criou-se um novo indexador, a URP (Unidade de Referência de Preços), que 
mediria a inflação trimestralmente. 
•O gatilho foi eliminado. 
•Promoveu a redução do déficit público (de 6,7 para 3,5% do PIB) 
•Foi criada uma nova tabela de correção de contratos. 
 
Diferente do plano Cruzado adotou-se uma política monetária fiscal e ativa, 
mantendo a taxa de juros juros ativa para inibir a especulação estoques e o 
aumento de estoques. 
Razões do fracasso. 
 
 •Juros elevados: evitaram a explosão do consumo mas também inibiram os 
investimentos. 
•Falta de apoio popular. 
•Desequilíbrio nos preços relativos (aumentos prévios). 
 
O plano bresser provocou uma queda significativa na produção industrial. Os 
desequilíbrios de preços relativos que geram pressões de custos levaram ao 
reduscrecimeto da inflação. Quando se iniciou a descompressão, voltaram a 
aceleração inflacionária e várias pressões por reposições salariais, inclusive de 
recuperação das perdas de gatilho. mais tarde eles conseguiram a reposição dos 
salários e acabando praticamente com os plano que era baseado no congelamento 
de salários. 
 
O PLANO VERÃO. 
 
 
•Implementado em janeiro de 1989. 
•Programa hibrido: elementos ortodoxos e heterodoxos. 
•Congelamento de preços. 
•Nova reforma monetária: criação do cruzado novo. 
 1 cruzado novo = mil cruzados = 1 dólar 
•Aumentos prévios dos preços públicos e tarifas. 
•Aumento da taxa de juros. 
•Não houve ajuste fiscal (eleições presidenciais).sendo assim aumentou o déficit 
públicos.. 
•Liberalização das importações. 
•A OTN e a URP foram extintas (extinção de todos os mecanismos de 
indexação)​. 
•Fim das correções salariais (livre negociação). 
Criação de uma nova tabela para correção dos contratos 
Foi de curta duração. 
 
A política do feijão com arroz rejeitava as políticas heterodoxas era uma 
política ortodoxias progressistas onde adotava medidas gradualistas 
paliativas, suspensão dos reajustes do funcionalismo público Suspensão no 
aumento dos preços administrados. 
Para evitar a hiperinflação, o governo tentou um acordo com empresários e 
trabalhadores para aplicação de um redutor dos prefixos dos reajustes.mas mesmo 
assim o preço da inflação continuava alta e por isso eles adotaram o plano verão. 
PORQUE FRACASSOU ? 
 
•Os juros elevados não foram capazes de conter o movimento de antecipação do 
consumo, movido pelo temor de explosão de preços após o fim do congelamento. 
•Falta de apoio popular. 
•Desequilíbrio nos preços relativos (aumentos prévios). 
•Extinção dos indexadores 
 
•​CENÁRIO POLÍTICO 
•(1989) Eleições diretas: Collor X Lula 
•Governo Fernando Collor de Mello (març/1990-out/1992) 
 - (1991) Denúncias de corrupção e irregularidades 
 - (1992) CPI – “Esquema PC” 
“Caras pintadas” - Impeachment – Renúncia – 
 Assume o vice, Itamar Franco 
 
ABERTURA COMERCIAL E PRIVATIZAÇÕES 
 
NOVA POLÍTICA INDUSTRIAL. 
 
 
● Houve uma nova política econômica para assim abrir o comercio brasileiras 
•Mudanças nos objetivos em relação às políticas anteriores 
•As principais estratégias utilizadas foram: 
•​Exposição das empresas à competição internacional (abertura comercial e 
privatização) 
•​Atuação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social) priorizando investimentos de modernização da estrutura produtiva 
existente 
A reestruturação da produção (terceirização de atividades; implantação de 
programas de qualidade e produtividade 
 
A abertura da economia brasileira intensificou-se a partir de 1990. O 
esgotamento do modelo de substituição de importações e a crescente 
desregulamentação dos mercados internacionais contribuíram para uma 
reestruturação da economia brasileira, influenciada pela redução das tarifas 
de importação e eliminação de várias barreiras não tarifárias. 
A abertura provocou uma profunda reestruturação industrial no Brasil, trazendo 
benefícios para os consumidores pela maior disponibilidade de bens e serviços, com 
melhores preços e tecnologia, embora com impactos negativos sobre o nível de 
emprego. A abertura brasileira se deu em condições particulares, sem que os 
fatores de competitividade sistêmica fossem adaptados, o que provocou um desafio 
exemplar para os produtores locais. Estes, ao contrário dos concorrentes 
internacionais, foram prejudicados com tributação e juros elevados, carência de 
infra-estrutura e excessiva burocracia 
Apesar das distorções decorrentes da concessão de incentivos que acabavam 
privilegiando alguns setores, houve um avanço na qualidade das exportações 
brasileiras no período. Ou seja, aumentou a participação de setores da indústria 
pesada em relação ao total das exportações, ao mesmo tempo que se reduziu a 
participação dos setores intensivos em recursos naturais e mão-de-obra. 
 
 
 
 
 
Abertura comercial Brasileira 
para abrir comércio internacional do Brasil teve alguns impedimentos iniciais que 
foram. 
•Início da década de 1980 
•Endividamento externo e necessidade de superávits comerciais 
•Lei do Similar Nacional: principal instrumento de contenção das importações 
•Licenças especiais para importação (CACEX- Carteira de Comércio Exterior do 
Banco do Brasil) 
•Final dos anos 1980: percepção de que esse modelo deveria ser revisto 
•Atraso tecnológico em relação aos padrões internacionais 
•Utilização de métodos administrativos e gerenciais superados 
•Crise fiscal do Estado e a falta de investimentos em infra-estrutura (energia, 
telecomunicações, transportes e portos) 
• Em 1988 (governo Sarney): Brasil inicia o processo de abertura comercial 
•1990 (gov. Collor): intensificação desse processo 
•Tarifa nominal média de importação passou de 40% em 1990 para 13% em 1995 
 
 
O principal instrumento de contenção das importações durante os anos 1980 foram 
medidas não tarifárias, dentre as quais se destacava a Lei do Similar Nacional, que 
listava alguns produtos cuja importação era proibida. Além disso, havia os 
Programas Especiais de Importação e licenças de importação. Todo o processo 
importador era conduzido pela Carteira de Comércio Exterior (Cacex), do Banco do 
Brasil, no que se refere aos aspectos regulatórios e operacionais. Paralelamente ao 
controle das importações, o governo implementou um projeto de promoção de 
exportações. 
Em função do quadro de instabilidade, reinante praticamente durante toda a década 
de 1980, grande parte dos setores da economia brasileira encontrava-se em atraso 
tecnológico em comparação com os padrões internacionais. Esse atraso se 
manifestava tanto na obsolescência das máquinas e equipamentos quanto nos 
métodos administrativos gerenciais e nas relações capital-trabalho 
A carência de investimentos na década de 1980 refletia-se na precariedade dos 
serviços de infra-estrutura econômica, principalmente nas áreas de energia, 
telecomunicações, transportes e portos. A crise fiscal do Estado também repercutia 
na qualidade insuficiente do sistema educacional básico e na ausência de 
desenvolvimento de programas de treinamentoprofissional especializado. Essa 
carência, além de gerar ineficiências e custos elevados, dificultava a adaptação da 
força de trabalho a padrões tecnológicos mais avançados. 
 
Do ponto de vista dos níveis de utilização da capacidade instalada, os dados 
mostram que a ocupação se dava em nível satisfatório somente em alguns 
segmentos industriais exportadores e produtores de bens intermediários básicos. Os 
demais setores operam com ociosidade elevada, em especial o segmento de bens 
de capital, o que implicava pressões de custo na estrutura produtiva e atraso 
tecnológico. 
 
ABERTURA COMERCIAL NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO 
 
 •​As discussões a respeito da abertura englobam indagações relativas ao ritmo e à 
seqüência 
•Primeira onda: Chile, 1956; Brasil, 1961 (Falharam por dificuldades no balanço de 
pagamentos) 
•Segunda onda: década de 1970; Chile, 1973; Argentina, 1976; México, 1977; 
Venezuela, 1979 (Todas as iniciativas, exceto a do Chile, foram abortadas por conta 
da crise da dívida externa nos anos 1980) 
•Terceira onda: segunda metade da década de 1980 (Brasil inicia sua reforma 
comercial em 1988 - governo Sarney) 
Os Planos Collor I e II. 
•Cruzado novo substituído pelo cruzeiro 
•​Confisco/Bloqueio dos depósitos à vista e das aplicações financeiras por 18 
meses (NC$ 50.000,00 = US$ 1.200,00) 
•(50% dos depósitos à vista; 80% das aplicações de overnight e fundos de curto 
prazo e 1/3 dos depósitos em poupança) 
•Corte dos gastos públicos (redução do déficit público) 
•Reforma administrativa: fechamento de órgãos públicos e demissão de 
funcionários. 
•(inflação baixou de 80% ao mês para algo em torno de 10% nos meses seguintes; 
mas volta a acelerar ao longo do ano – 20%). 
 
Fernando Collor de Mello assumiu o governo nesse contexto econômico em 1990, 
adotando, na seqüência, dois planos de estabilização, Planos Collor I e Collor II. 
Ambos implicaram retração da atividade econômica como resultado direto das 
medidas fiscais e monetárias adotadas. O Plano Collor I, de março de 1990, 
combinava confisco dos depósitos à vista e aplicações financeiras com prefixação 
da correção dos preços e salários, câmbio flutuante, tributação ampliada sobre as 
aplicações financeiras e a chamada “reforma administrativa”, que implicou o 
fechamento de inúmeros órgãos públicos e demissão de grande quantidade de 
funcionários. 
O quadro fiscal era de tal gravidade que o presidente adotou um programa de 
drástica redução da dívida interna, de corte nos gastos públicos e de aumento da 
receita fiscal. 
 
PLANO COLLOR II 
•Congelamento de preços e salários 
•Contração monetária e fiscal 
•Resultado: forte recessão no período 1990-92 (queda de quase 10% do PIB, 
aumento do desemprego e queda dos salários reais) 
 
Outro plano de estabilização, o Plano Collor II, foi adotado em janeiro de 1991, em 
situação de desespero devido à aceleração da inflação. Mais uma vez lançava-se 
mão de congelamento de preços e salários e da unificação das datas base de 
reajustes salariais, além de novas medidas de contração monetária e fiscal. 
 
 A conjugação dessas tentativas de combate à inflação com a reestruturação que se 
vislumbrava fez com que o período 1990-1992 fosse marcado por forte recessão — 
com queda de quase 10% no PIB —, pelo aumento do desemprego e pela queda 
dos salários reais e da massa salarial. A precariedade do Plano Collor II, aliada ao 
desgaste do governo com os efeitos do confisco ocorrido no plano anterior, assim 
como às crescentes denúncias de corrupção, acabaram por determinar o 
impeachment de Collor em outubro de 1992. 
 
PRIVATIZAÇÕES. 
Com a criação do Programa Nacional de Desestatização (PND), em 1990 9 , o 
processo de privatizações foi intensificado, tornando-se parte integrante das 
reformas econômicas do governo. Inicialmente, sessenta e oito empresas foram 
incluídas no Programa, quantidade que foi se alterando no decorrer do tempo, com 
a entrada de novas empresas e a exclusão de outras. 
 
O BNDES teve função importante no PND, pois foi designado gestor do Fundo 
Nacional de Desestatização (FND). Suas principais atribuições estavam 
relacionadas à licitação e à contratação dos prestadores de serviços que atuariam 
no PND, ou seja, dos consultores e auditores encarregados de realizar as 
avaliações econômico-financeiras, propostas de modelo de venda e auditoria do 
processo de venda de cada empresa. 
 
•​Razões alegadas para as privatizações 
•Crise fiscal do Estado (falta de recursos para novos investimentos) 
•Busca de um novo modelo de desenvolvimento 
•Ineficiência das estatais 
•Reduzir a dívida pública (fornecendo novos recursos) 
•Ajudar a manter o equilíbrio externo (entrada de novos recursos externos – 
investimentos diretos) 
 
Collor / Itamar Franco (1990-1994) 
•Setor industrial: 33 empresas federais foram privatizadas – siderurgia, 
petroquímica e fertilizantes 
 
 FHC (1994-2002) 
•Prestadoras de serviços públicos (transportes, energia e telecomunicações) 
Haviam sido desestatizadas 18 empresas dos setores de siderurgia, fertilizantes e 
petroquímica, gerando uma receita de US$ 4 bilhões. Dessas privatizações, quatro 
ocorreram durante o ano de 1991 e 14 em 1992. De início, o PND concentrou 
esforços na venda de estatais produtivas, pertencentes a setores anteriormente 
considerados estratégicos para o desenvolvimento do país e que, por isso, 
permaneciam nas mãos do Estado. O incentivo à compra foi realizado mediante a 
aceitação, em grande escala, das chamadas ​moedas de privatização ​10 , títulos 
representativos da dívida pública federal. 
 
A partir de 1995, conferiu-se maior prioridade às privatizações. Criou-se o CND, e a 
privatização das estatais que atuam no segmento industrial foi praticamente 
concluída. O escopo do PND foi ampliado com as concessões de serviços públicos 
à iniciativa privada. Essas concessões incluíam os setores de eletricidade e as 
áreas de transportes e telecomunicações, o que acrescentaria aos objetivos do PND 
a melhoria da qualidade dos serviços públicos, por meio do aumento dos 
investimentos a serem realizados pelos novos controladores. 
 
RESULTADO DAS PRIVATIZAÇÕES. 
•De 1991 até 2002, as privatizações e concessões totalizaram US$ 70,52 bilhões. A 
participação do capital estrangeiro foi de 59,7% e veio, principalmente, de EUA, 
Espanha, Portugal e Itália. 
As desestatizações do governo federal tiveram início com a venda da siderúrgica 
Usiminas por US$ 2,31 bilhões, em leilão realizado na Bolsa de Valores do Rio de 
Janeiro, em outubro de 1991. 
 No período imediatamente posterior à criação do PND, em 1991 e 1992, os 
resultados das privatizações já foram consideráveis. Haviam sido desestatizadas 18 
empresas dos setores de siderurgia, fertilizantes e petroquímica, gerando uma 
receita de US$ 4 bilhões. Dessas privatizações, quatro ocorreram durante o ano de 
1991 e 14 em 1992. De início, o PND concentrou esforços na venda de estatais 
produtivas, pertencentes a setores anteriormente considerados estratégicos para o 
desenvolvimento do país e que, por isso, permaneciam nas mãos do Estado. 
 O incentivo à compra foi realizado mediante a aceitação, em grande escala, das 
chamadas moedas de privatização 10 , títulos representativos da dívida pública 
federaL 
Com a venda das participações minoritárias que o governo detinha em outras 28 
empresas, gerou-se uma receita adicional da ordem de US$ 3,327 bilhões — 
elevando para US$ 37,78 bilhões o montante arrecadado dentro do PND. 
 
PRINCIPAIS CRÍTICAS ÀS PRIVATIZAÇÕES. 
•Desmantelamento do patrimônio público 
•Receita obtida acabou sendo utilizada no pagamento da dívida do governo em 
função da política econômica baseada em altas taxas de juros 
•Aceitação das chamadas “moedas podres” 
 
Significado de ​Moeda Podre​. É o nome dado aos títulos da dívida pública sem 
liquidez. Estes títulos são negociados no mercado com grande desconto (deságio) 
em relação ao seu valor nominal (face). 
Constata-seque a vulnerabilidade externa decorrente do crescente déficit em conta 
corrente no balanço de pagamentos e a sua contrapartida representada pelo 
aumento da poupança externa têm financiado o consumo e não o investimento, 
numa combinação de déficits em conta corrente e contas públicas, com destaque 
para o peso do componente juros do déficit público. 
 
Na área fiscal, todo o esforço de arrecadação, que fez com que a carga tributária 
bruta crescesse de 26% do PIB em 1993 para 30,3% em 2000, vinha sendo 
consumido pela conta dos juros reais, que representava, em média, cerca de 4,6% 
do PIB ao ano. Isso porque o endividamento público, somente em nível federal, que 
era de R$ 60 bilhões no início do Plano Real, já supera, em novembro de 2001, o 
montante de R$ 626 bilhões. Com a prática de juros elevados, dificilmente esse 
custo pode reduzir-se substancialmente no curto prazo 
A persistência de uma combinação de elevado passivo externo e crescimento da 
dívida interna continuou a pautar o debate entre os defensores do livre mercado e 
os que apontavam a necessidade de maior intervenção estatal, nos âmbitos da 
coordenação e articulação de políticas de desenvolvimento para a superação dos 
entraves. 
 
GOVERNO DO ITAMAR FRANCO E O PLANO REAL. 
Com o impeachment do Collor que assumiu a presidência foi o seu vice Itamar 
franco. ue foi o governo dele que implantou a Plano Real que estabilizou a 
economia não usaram a questão de congelamento mas sim uma reforma tributária 
que teve três fases que vamos listar aqui. 
A nova moeda começou a ser arquitetada no governo de Itamar Franco, pela equipe 
do ex-presidente e então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. 
 
·​Fase 1: Ajuste fiscal; 
O ajuste fiscal visava equacionar o desequilíbrio orçamentário para os próximos 
anos e impedir anos que daí decorrem pressões inflacionárias. Esse ajuste baseia 
em três elementos principais: corte despesa, aumento dos impostos e diminuição 
das transferências do governo. Programa de Ação Imediata (PAI): determinava um 
corte desgaste da ordem de gasto de 7 bilhões. concentrado nas despesas de 
investimento pessoal. 
Foi criado também um novo imposto como conhecido um imposto do cheque novos 
tributos (IPMF) onde pegava na transição corrente de uma alíquota 0,25% . Mas o 
problema desse imposto foi a formação de efeito ​cascata ​( incide sobre todas as 
etapas do processo produtivo) onde desestimula a intermediação financeira e 
aumenta as taxas de juros. 
- combate à sonegação 
 - acordo da dívida externa. 
•Fundo Social de Emergência (FSE): 
-15% da arrecadação de todos os impostos da União onde seria arrecadado 15% 
de todos os impostos e colocado nesse fundo. Todas as medidas foram de caráter 
temporários. 
 
 
·​·Fase 2: Indexação completa da economia; 
Para primeiro falar da segunda fase precisamos falar um pouco densixeção e 
indexação 
Desindexação é um termo do campo da Economia. Dizemos que a economia de um 
país está indexada quando estão sendo aplicados mecanismos de reajuste de 
preços – inclusive sobre salários e aluguéis – para reduzir os efeitos negativos de 
um cenário de alta ​i​nflação​. Ocorre desindexação quando esses mecanismos são 
retirados. 
https://maisretorno.com/blog/termos/i/inflacao
https://maisretorno.com/blog/termos/i/inflacao
•Parte heterodoxa do Plano. 
•Quando há hiperinflação, os preços passam a seguir diariamente os movimentos 
de outra moeda, em geral o dólar. 
•Introdução da URV (Unidade Real de Valor), em 27 de maio de 1994. 
Outra medida adotada pelo Plano Real foi a implantação da Unidade Real de Valor 
(URV), que funcionava como uma espécie de moeda virtual associada à cotação do 
dólar comercial do dia anterior. 
A compra dos produtos acontecia da seguinte forma: os preços eram marcados na 
prateleira com um valor URV, mas quando chegava no caixa o valor era convertido 
para a moeda circulante na época: o cruzeiro real. A paridade entre o cruzeiro real e 
a URV era atualizada diariamente por meio de uma nota emitida pelo Banco Central 
(BACEN), que depois era encaminhada para mídia, até ser divulgada para o povo. 
 
Para ilustrar melhor como a venda dos produtos acontecia, imagine que no mercado 
o preço de um quilo de arroz estivesse por 1 URV e quando a pessoa chegasse ao 
caixa ela tivesse que pagar o equivalente a CR$ 895,03. Assim, os valores variam 
conforme a comparação de moedas existente no dia. 
•Objetivo de eliminar a parte inercial da inflação através de uma super-indexação da 
economia. 
•Desindexação voluntária, diferente do congelamento. 
•A URV teria a função de unidade de conta. 
•O cruzeiro real continuava com a função meio de pagamento. 
•Permitiu alinhamento dos preços relativos, ao contrário do congelamento. 
 
Fase 3: Reforma monetária. 
Então, por fim, a terceira e última fase do plano econômico foi o lançamento oficial 
do Real, em 1° de julho de 1994. Na época, todos deveriam converter os seus 
Cruzeiros Reais (CR$) para o Real. Nesse sentido, a conversão determinada pelo 
governo era de R$ 1,00 para cada CR$ 2.750,00.O sucesso econômico do 
lançamento do Real foi tão grande que a moeda conseguiu se consolidar por quase 
três décadas. E para um país que havia passado por tantas trocas monetárias em 
tão pouco tempo, essa consolidação foi uma grande conquista. 
VALORIZAÇÃO CAMBIAL 
O fator mais relevante para o plano real e o governo do itamar foi a valorização 
cambial em contexto no qual o grau de abertura para o exterior tinha aumentado 
significamente e estado tinha reservas. Com manutenção da taxa do real o 
excesso de liquidez internacional o fluxo de capital externo se manteve. E o Banco 
central deixou o câmbio flutuar, o'que provocou uma grande valorização da taxa de 
câmbio. 
•A combinação juros altos e câmbio valorizado produziu resultados devastadores na 
economia: 
 - recessão; 
 - desemprego; 
 - déficit em transações correntes; 
 -aumento da dívida externa como proporção do PIB. 
IMPACTOS E PROBLEMAS DO PLANO REAL 
(ajudou a controlar a inflação, mas provocou o surgimento dos déficits comerciais a 
partir de 1995 e o país ficou dependente da atração de capitais de curto prazo 
(especulativo) 
•​Juros elevados (âncora monetária) 
(Ajudou a controlar a inflação a e garantia a valorização cambial através da atração 
de capitais especulativos, mas reduzia a taxa de crescimento da economia e 
aumentava o tamanho da dívida pública 
•​Aumentou a vulnerabilidade externa da economia brasileira. 
 
•Rápida queda da taxa de inflação (40% a.m. antes do plano e, em agosto de 2004, 
3% a.m.) 
•Grande crescimento da demanda e da atividade econômica Fatores que explicam o 
aumento da demanda apesar das altas taxas de juros: 
•Aumento do poder aquisitivo da população de baixa renda pis eles deixaram de 
pagar imposto inflacionário 
•Demanda reprimida nos anos anteriores 
•“Despoupança” em decorrência da ilusão monetária 
 
 
Problemas com o Plano Real: a questão externa 
Os superávits comerciai s do país eram utilizadas para compensar os déficits na 
Balança de 
Serviços, o que mantinha o saldo em Transações Correntes relativamente 
equilibrado. Com a 
deterioração da balança comercial, voltaram os déficits em Transaçõe s Correntes. 
Isso pode não ser um 
problema a curto prazo, enquanto o'país possui reservas suficientes ou houver um 
entrada de recursos 
externos para financiá-lo. O problema é que se vai acumula ndo uma d ívida 
externa que no futuro 
pressionará a remessa d e juros e que em algum momento deverá pagar. 
 
 
 
VULNERABILIDADE EXTERNA 
•Resultado da combinação câmbio sobrevalorizado e juros elevados. 
•Os juros elevados atraiam capitais especulativos. 
•Os déficits na balança comercial eram financiados pela entrada de recursos 
externos. 
•Crises internacionais: Ásia e Rússia. 
•Os credores internacionais passaram a retirar recursos do país. 
•O Brasil recorre ao FMI (1998). 
•Em janeiro de 1999, o governo é obrigado a desvalorizar o real. 
A desvalorização não trouxe o retorno da inflação 
 
 
GOVERNO DO FHC. 
O sucesso do plano real no combate a inflação, o contexto favorável da demanda e 
o crescimento do poder aquisitivo de baixa renda, no final de 1994 possibilitou que 
O Fernando Henrique Cardoso pode se eleger. 
CENÁRIO POLÍTICO • (1994) FHC x Lula • 
 
1º Mandato de FHC • (1995-1998) 
Características do 1º Mandato: 
• ​Consolidação do Plano Real na busca pela estabilização, apesar de um 
cenário externo bastante desfavorável (Crises financeiras internacionais) 
 •​ Amplo conjunto de reformas econômicas; 
• Profundos desequilíbrios externo e fiscal. 
• Antecedentes (1994) 
• Tentativa de controle da demanda por meio de imposição de restrição ao crédito 
(redução nos prazos de financiamentos de consórcios e bancários entre outros) 
• ​Introdução de restrições à entrada de capital estrangeiro para evitar maiores 
pressões sobre o câmbio (valorizações cambiais) e implementou o sistema de 
mini bandas cambiais (R$ 0,84 a R$ 0,86) 
 • Redução das reservas. 
A PARTIR DE 1995: 
• Forte retração da atividade econômica em função da política de juros altos 
adotada 
Após 1995 para fazer a frente as perdas das reservas que o país vinha sofrendo, foi 
ampliado o controle de demanda interna,principalmente com restrições ao crédito e 
elevadas do crédito elevação das taxas de juros. Também buscaram alguns 
incentivos como os​ Aditamento de contrato de Câmbio. 
• ​Para evitar uma apreciação (valorização) cambial, recorreu se à política de 
esterilização, com o consequente aumento da dívida pública. 
Outro ponto importante decorre a política cambial. No período imediato 
pós-real,como o governo deixou o câmbio flutuar deixou recursos externos entrar 
então houve uma depreciação da taxa de câmbio.Novo regime quando os recursos 
voltaram para impedir outra apreciação os novos recursos voltaram em reserva. 
Para evitar os novos impactos monetário expansionista recorre às esterilização. 
Grande aumento da inadimplência com a quebra de dois grandes bancos privados 
(Nacional é um deles) Crise não se espalha devido à atuação do BC como 
emprestador de última instância e iniciando um processo de reestruturação 
financeira ​(PROER) 1​998- Pacote de ajuda do FMI. 
A Crise do México :​ País com estabilização baseada na âncora cambial. 
Como o país apresentava profundos desequilíbrio s macroeconômicos aos quais se 
somou um 
quadro político conturbado em 1994, o s investidores estrangeiros passaram a 
apostar n a desvalorização 
da moeda mexicana, provocando o'ataque contra ela. O governo foi obrigado a 
deixar a moeda 
desvalorizar-se e recorrer a um pacote de ajuda internacional no FMI e a uma série 
de governos, para atender a fuga de recursos 
 
O SETOR BANCÁRIO PÓS PLANO REAL (1994) 
• Com o controle da inflação, os bancos passaram a ter dificuldades 
 • Perda da receita inflacionária 
• Como resposta à perda inflacionária: Expandiu as operações de crédito e Elevou 
as tarifas cobradas sobre serviços bancários 
Elevação da taxa de inadimplência Vários bancos passam a apresentar 
prejuízos e mostraram-se insolventes (Banco Nacional e Banco Econômico – 10 
maiores bancos do país) Dificuldades dos bancos estatais (Destaque para o Banco 
do Brasil, Banespa e Banerj) (intervenção do Bacen no Banespa e Banerj no final de 
1994) 
• Ampla reestruturação do sistema financeiro 
 • Estímulo à entrada dos bancos estrangeiros 
• Privatização dos bancos estaduais 
• I​nstituição do PROER (Programa de Estímulo à Reestruturação e 
Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional) ​com fusões e transferências 
acionárias e abertura para os bancos estrangeiros aumentando a solidez do 
sistema. Até dez/1997 (até a transferência do Bamerindus) o Proer tinha liberado 
mais de R$ 20 bilhões . 
 
• Ampliação dos poderes do Banco Central para intervir em qualquer instituição • 
Criação do FGC (Fundo de Garantia de Créditos): seguro-depósito 
• As empresas de auditoria contábil passam a ser obrigadas a informar o Bacen em 
caso de irregularidades nas instituições financeiras 
• Adequação do sistema financeiro nacional às condições do Acordo da Basiléia 
(definia os limites mínimos de capital para a constituição de um banco) 
• Resultado dessas transformações foi a Diminuição no número de instituições 
financeiras (junh/1994 = 273 instituições financeiras - dez/1998 = 233 instituições 
financeiras) 
• Aumento da participação dos bancos estrangeiros (junh/1994 = 19 bancos com 
controle estrangeiro - dez/1998 = 36 bancos com controle estrangeiro • 
 
CONSIDERAÇÕES SOBRE O SETOR BANCÁRIO 
• Diferentemente dos outros setores no Brasil onde predominam as empresas de 
capital estrangeiro, os principais bancos no país são de capital nacional. • 
Concentração Bancária (2018) 5 MAIORES BANCOS (Oligopólio-Falta de 
Concorrência + juros elevados) detinham 81,2% dos ativos do segmento bancário 
comercial 
• Bancarização • (2000) 63,7 milhões de contas correntes ou seja no Brasil tem uma 
oligarquia de Bancos e temos na população poucas contas correntes por vários 
fatores como um grande desemprego informal e um exemplo 
2º Mandato• (1997) ​Substituição do IPMF pela CPMF (Contribuicão Provisória sobre 
Movimentação Financeira) 
• (1998) Reforma Previdenciária (institui o fator previdenciário)-substitui o tempo de 
serviço pelo tempo de contribuição;. 
 •​ (2000) Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) 
A Lei de Responsabilidade Fiscal, oficialmente Lei Complementar nº 101, é uma lei 
complementar brasileira que visa impor o controle dos gastos da União, estados, 
Distrito Federal e municípios, condicionando-os à capacidade de arrecadação de 
tributos desses entes políticos 
• IMPLANTAÇÃO DE LIMITES DE GASTOS COM PESSOAL PARA AS TRÊS 
ESFERAS DO GOVERNO; CRITÉRIOS DE TRANSPARÊNCIA E CONTROLE DOS 
GASTOS PÚBLICOS, LIMITES AO ENDIVIDAMENTO E PENALIZAÇÕES AOS 
GESTORES PÚBLICOS QUE NÃO CUMPRIREM A LEI. (1999-2002) 
• (2001) Profunda queda na taxa de crescimento econômico (4,36% em 2000 para 
1,31% em 2001) Pressão cambial (crise argentina, ataque ao World Trade Center, 
crise da NASDAQ) e a crise energética (racionamento de energia)ato de FHC 
GOVERNO LULA (2003-2010). 
•CENÁRIO POLÍTICO 
•(2002) José Serra x Lula 
•(2006) Geraldo Alkmin x Lula 
•(2003-2006) 1º Mandato de Lula 
•(2007-2010) 2º Mandato de Lula 
P​rofunda instabilidade econômica (pressões cambiais e aceleração da 
inflação) 
 + 
Desconfiança em relação ao novo governo “crise eleitoral” 
Mudança significativa do discurso do PT já durante a campanha para 
viabilizar a eleição e garantir a governabilidade do país (Abandono do 
discurso de “ruptura drástica” para a ideia de uma “transição lúcida”) 
•Características do 1º Mandato: 
•Consolidação da estabilização,com melhorias na situação fiscal e, especialmente, 
na situação externa, mas ainda com taxas de crescimento econômico relativamente 
baixas. 
-​Antonio Palocci (ex prefeito de Ribeirão Preto) no Ministério da Fazenda (até 
março/2006 e então substituído por Guido Mantega) e Henrique Meirelles 
(Presidente do BC) 
-​Decisões importantes depois da posse: 
-​Manutenção do sistema de metas inflacionárias e a revisão dessas metas a partir 
da manutenção do processo de elevação de juros iniciado no final do governo FHC. 
-​Elevação da meta de superávit primário.Sendo assim houve uma melhora na 
questão fiscal. 
Expansão do consumo das famílias 
(expansão das transferências às pessoas por meio dos programas assistenciais, 
melhoras no mercado de trabalho e expansão do crédito para pessoa física devido a 
estabilidade da economia, crédito consignado) 
2007-2010) 2º MANDATO DE LULA 
•Características do 2º Mandato: 
•Maiores taxas de crescimento econômico, exceto em 2009 (crise do subprime nos 
EUA) 
 Prioridade é a retomada do crescimento econômico 
•(2007) PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) 
• Conjunto de ações e metas para investimento em infraestrutura pelo setor público 
e privado. 
• (2007) PDP (Programa de Desenvolvimento Produtivo) – nova política industrial 
Implementação desses planos se mostrou de extrema complexidade e 
várias dificuldades foram surgindo (marco regulatório) e sendo assim, 
avançaram pouco. 
•(2008) Brasil alcança o chamado “grau de investimento” (investment 
grade) –capacidade de pagamento da dívida 
•O sucesso das exportações de commodities intensivas em recursos 
naturais contribuíram para uma significativa valorização cambial. 
Maldição dos recursos naturais” ​fenômeno em que países com ampla 
disponibilidade de recursos naturais acabam não se desenvolvendo e vivem da 
venda de seus recursos naturais” ou da “​Doença Holandesa” ​em que o sucesso 
nas exportações de commodities provoca a valorização cambial e o 
desaparecimento de setores industriais mais intensivos em conhecimento e 
tecnologia. 
*Doença Holandesa – anos 70, com a descoberta de gás e petróleo no Mar do 
Norte. A grande entrada de dólares provocada pelas exportações desses produtos 
valorizou a moeda holandesa e provocou um grande aumento das exportações e 
perda de competitividade do setor industrial do país, com a destruição da indústria 
nacional. 
•(2007-2008) Extremamente favoráveis (taxas de crescimento econômico 
em elevação, inflação sob controle apesar de sua elevação em função do 
próprio crescimento, melhoria dos indicadores fiscais e acúmulo de 
reservas. 
•Crise do mercado imobiliário norte-americano (2008) 
 Forte retração do crescimento econômico mundial. 
2009 – PIIGS 
 
Apesar do forte impacto, o país estava mais preparado para enfrentar a crise: 
-O sistema financeiro nacional era mais robusto (possuía ampla carteira de títulos 
públicos) e havia passado por uma ampla reestruturação durante o governo FHC; 
-Menor presença de bancos estrangeiros e menor dependência de funding externo. 
-Forte presença de bancos públicos (BB,CEF e BNDES) 
- Elevado nível de reservas. 
Além disso, contribuíram para atenuar os impactos da crise internacional: 
-Lançamento do programa de financiamento habitacional Minha Casa, Minha Vida 
(visava financiar a construção de milhão de novas moradias até 2010). 
-​Situação fiscal mais favorável, o que permitiu que o governo utilizasse a 
política fiscal para estimular a economia (redução de impostos, tal como o 
IPI dos automóveis, eletrodomésticos, material de construção, entre 
outros) 
 
FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA A MELHORIA DO GRAU DE 
CONCENTRAÇÃO DE RENDA. 
 
•O fim das elevadas taxas de inflação e seus efeitos negativos sobre a renda dos 
mais pobres; 
•A melhoria dos indicadores educacionais, com significativa ampliação do acesso à 
educação básica e também do ensino superior; 
• O aumento dos benefícios previdenciários, em função da politica de valorização 
do salário mínimo desde 1995; 
•As transferências de renda do governo (Bolsa Família, Vale Gás e Bolsa 
Alimentação do gov FHC, mas consolidado e largamente ampliada através do Bolsa 
Família)

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