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Capítulo 17 A saga dos Heterodoxos a economia Brasileira nos 1985 até 1994. ● A política da nova república elegeu como meta o controle da inflação do brasil através de planos econômicos que vamos listar aqui. ● mas vamos falar um pouco o que inflação inercial Inflação Inercial refere-se à ideia de memória inflacionária, onde o índice atual é a inflação passada mais a expectativa futura. A inflação se mantém no mesmo patamar sem aceleração inflacionária e é decorrente de mecanismos de indexação. Estes mecanismos podem ser formais e informais. [1] ● Formais: regras específicas e legais de aumento, a exemplo de aluguéis e mensalidades escolares. ● Informais: quando os agentes são seguidores de preço, ou seja, aumentam o preço porque os outros também o fizeram. ● A inflação inercial ocorre quando os preços de uma economia oferecem resistência às políticas de estabilização para atacar as causas primárias da inflação, é a chamada memória inflacionária. Essa inflação inercial é decorrente de mecanismos de indexação, que reajustam o valor das parcelas de contratos pela inflação do período passado, ou seja, mesmo que não tenha uma razão do preço aumentar, ele aumenta baseado nessa memória inflacionária. As causas da inflação As causas da hiperinflação no país costumam ser relacionadas ao aumento dos gastos públicos durante o governo militar e pela elevação do endividamento externo, agravado pela crise mundial derivada do aumento dos preços do petróleo e pela retração na taxa de expansão da economia.Na hiperinflação crônica, as causas se sucedem e se realimentam. O choque do petróleo pode ter dado início à crise hiperinflacionária, mas ela foi intensificada por desvalorizações da moeda, para manter o Brasil competitivo (com uma maxidesvalorização em 1979); e pelo aumento do dinheiro em circulação para financiar a dívida externa. Ortodoxo: visava conter a demanda, pela diminuição dos gastos públicos e da elevação d as taxas de juros, procurando evitar uma fuga dos ativos financeiros. Heterodoxo: visavam promover a desindexação da economia sem a predeterminação de novas regras. (congelamento d e preços, URP, Tablita – transferência de renda dos credores para os devedores. https://pt.wikipedia.org/wiki/Infla%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Indexa%C3%A7%C3%A3o_(economia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Infla%C3%A7%C3%A3o_inercial#cite_note-1 Outros pontos que vamos colocar aqui e Choque heterodoxos e reforma monetária 1. Choque Heterodoxo Que foi um movimento de congelamento de preços .O plano Cruzado e Bresser e Verão seguiram esse plano. Autor Francisco Lopes. 2 agora o plano do Real foi uma Reforma monetária . Que proponha uma nova moeda de indexação. os autores. Autores André lara resende e Pérsio arida. Fatores que levaram alta de inflação Os primeiros anos 80 mostrava que a economia não estava envolvida com atividade econômica pois mesmo nos anos 80 sofremos com uma grande recessão que poderia abaixar a inflação mas isso não foi o caso mas teve sim outros motivos. 1. Um dos primeiros fatores o aumento da inflação fatores internos e externos como o choque do petróleo em 1973. Choque das taxas de juros internacionais começo dos anos 80 , alterações cambiais e quebra da safra. e como também dito anteriormente problemas de indexação. A recessão do período 1981/1983 havia contribuindo para o melhor balanço de pagamento, reverter o déficit existente na balança comercial e transformá los em expressivos superávits , mas não teve efeito na inflação. Os amplos superávits comerciais decorrerão uma rápida queda das importações nos anos 1981/83 da expansão das exportações no ano de 1984 em função da recuperação da economia mundial, da resposta do setor exportador aos incentivos a desvalorização cambial do ano anterior e da manutenção do PND II que abriram novas frentes de exportação. com isso a economia apresentou um significativo crescimento. A nova República iniciou com um quadro de com uma economia em crescimento e balanço de transações correntes equilibrado mas a inflação girava em torno de 200% . Com isso foi natural se elegesse o combate a inflação como fator principal e objetivo do governo. PND II O II Plano Nacional de Desenvolvimento, também chamado II PND (1975 -1979), por determinação constitucional havia uma obrigação de todo novo governo lançar um plano nacional de desenvolvimento ( podemos fazer uma analogia com o nosso atual Plano Plurianual - PPA ), foi um plano econômico brasileiro, lançado no final de 1974. Foi instituído durante o governo do general Ernesto Geisel e tinha como finalidade estimular a produção de insumos básicos, bens de capital, alimentos e energia. Cenário Político ● O Cenário estava conturbado por algumas razões que eram. ● Pois o presidente Tancredo neves vence as eleições mas morre 38 dias depois e assume o seu vice José Sarney. ● Onde Houve grande mobilização popular para que houvesse uma eleição direta mas infelizmente não foi possível e teve as eleições indiretas. Com o colégio eleitoral indicava além que a população tinha uma alta expectativa para a democracia com sua e liberdade individual. ● Esse período foi como transição entre a regime militar e a democracia. ● Também houve pressões para qual o plano seria elaborado para combater a inflação ou era o plano Heterodoxo ou Ortodoxo. PLANO CRUZADO. O plano cruzado foi uma estratégia que o Governo tentou fazer para tentar controlar a inflação que forma medidas como: ● O congelamento de preços por tempo indeterminado ou seja todos os preços como de aluguel tudo que possa imaginar. ● Criação de uma nova moeda que foi o Cruzeiro que cortou alguns zeros. Cr$ 1.000,00 = Cz$ 1 ● Os salários foram corrigidos por 6 meses depois foram congelados. ● Abono salarial: aumento de 8% para todos os assalariados e 16% para o salário mínimo. ● Cadernetas de poupança passaram a ter correção trimestral. ● Criada uma tabela de conversão diária para contratos prefixados (Tablita). ● A ORTN foi substituída pela OTN, cujo valor nominal foi congelado. Além do que a mudança teve um grande apoio popular e teve a criação dos fiscais do sarney que a própria população fiscalizava os comércios. ● Outro ponto também que podemos destacar que o gatilho correção imediata do salário quando a inflação chegasse a 20%. Mas tinha algumas distorções que vamos pontuar por aqui. •Explosão do consumo: https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/1974 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ernesto_Geisel https://pt.wikipedia.org/wiki/Insumo https://pt.wikipedia.org/wiki/Bens_de_capital https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia - aumento do poder de compra dos salários (abonos salariais); - despoupança (fim da correção monetária e saques da caderneta de poupança). •Existia pressão de demanda antes do Plano Cruzado. •O nível de utilização de capacidade atingiu 86%, em 1986. •Não houve cuidado prévio de alinhamento de preços. •Comerciantes começaram a cobrar ágio e surgiu um mercado negro para certos produtos. •Não era possível controlar os preços de produtos não padronizáveis. •Os empresários aprenderam a “maquiar” preços. •A economia informal ficou fora do congelamento. O recurso de congelamento de preços e extremamente complicado pois se ele for temporário os agentes atuam de acordo com sua expectativa do seu final. se ele for duradouro, elimina a correção a possibilidade da correção dos desequilíbrios feitos de preços relativos. CRUZADINHO Foi implantado era um tímido pacote fiscal que tentava desaquecer o consumo pelo imposição de empréstimos compulsórios sobre a gasolina, os automóveis e as passagens aéreas internacionais saindo os recursos obtidos devem financiar o Plano de metas do governo. •Cruzado II objetivo era controlaro déficit público pelo aumento da receita de 4% do PIB, com aumento das tarifas e dos impostos indiretos. • o congelamento de preços foi abolido e a correção monetária passou a ser mensal. •Com expressiva piora das contas externas, foi decretada, em fev/87, moratória dos juros externos. as causas de fracasso do Plano cruzado eram : A duração excessiva do congelamento , acúmulo excessivo da demanda e poder de compra do consumidor, e os descaso das contas externas. O PLANO BRESSER •Implementado em junho de 1987. •Inflação diagnosticada como inercial e de demanda. •Plano híbrido: elementos heterodoxos e ortodoxos. •Lado ortodoxo: uso ativo das políticas fiscal e monetária. •Lado heterodoxo: congelamento. •Aumentos prévios dos preços públicos e tarifas. •Decretou um congelamento de salários, preços e aluguéis por 03 meses.COM RESIDUO INFLACIONARIO sendo pago em seis parcelas. •Criou-se um novo indexador, a URP (Unidade de Referência de Preços), que mediria a inflação trimestralmente. •O gatilho foi eliminado. •Promoveu a redução do déficit público (de 6,7 para 3,5% do PIB) •Foi criada uma nova tabela de correção de contratos. Diferente do plano Cruzado adotou-se uma política monetária fiscal e ativa, mantendo a taxa de juros juros ativa para inibir a especulação estoques e o aumento de estoques. Razões do fracasso. •Juros elevados: evitaram a explosão do consumo mas também inibiram os investimentos. •Falta de apoio popular. •Desequilíbrio nos preços relativos (aumentos prévios). O plano bresser provocou uma queda significativa na produção industrial. Os desequilíbrios de preços relativos que geram pressões de custos levaram ao reduscrecimeto da inflação. Quando se iniciou a descompressão, voltaram a aceleração inflacionária e várias pressões por reposições salariais, inclusive de recuperação das perdas de gatilho. mais tarde eles conseguiram a reposição dos salários e acabando praticamente com os plano que era baseado no congelamento de salários. O PLANO VERÃO. •Implementado em janeiro de 1989. •Programa hibrido: elementos ortodoxos e heterodoxos. •Congelamento de preços. •Nova reforma monetária: criação do cruzado novo. 1 cruzado novo = mil cruzados = 1 dólar •Aumentos prévios dos preços públicos e tarifas. •Aumento da taxa de juros. •Não houve ajuste fiscal (eleições presidenciais).sendo assim aumentou o déficit públicos.. •Liberalização das importações. •A OTN e a URP foram extintas (extinção de todos os mecanismos de indexação). •Fim das correções salariais (livre negociação). Criação de uma nova tabela para correção dos contratos Foi de curta duração. A política do feijão com arroz rejeitava as políticas heterodoxas era uma política ortodoxias progressistas onde adotava medidas gradualistas paliativas, suspensão dos reajustes do funcionalismo público Suspensão no aumento dos preços administrados. Para evitar a hiperinflação, o governo tentou um acordo com empresários e trabalhadores para aplicação de um redutor dos prefixos dos reajustes.mas mesmo assim o preço da inflação continuava alta e por isso eles adotaram o plano verão. PORQUE FRACASSOU ? •Os juros elevados não foram capazes de conter o movimento de antecipação do consumo, movido pelo temor de explosão de preços após o fim do congelamento. •Falta de apoio popular. •Desequilíbrio nos preços relativos (aumentos prévios). •Extinção dos indexadores •CENÁRIO POLÍTICO •(1989) Eleições diretas: Collor X Lula •Governo Fernando Collor de Mello (març/1990-out/1992) - (1991) Denúncias de corrupção e irregularidades - (1992) CPI – “Esquema PC” “Caras pintadas” - Impeachment – Renúncia – Assume o vice, Itamar Franco ABERTURA COMERCIAL E PRIVATIZAÇÕES NOVA POLÍTICA INDUSTRIAL. ● Houve uma nova política econômica para assim abrir o comercio brasileiras •Mudanças nos objetivos em relação às políticas anteriores •As principais estratégias utilizadas foram: •Exposição das empresas à competição internacional (abertura comercial e privatização) •Atuação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) priorizando investimentos de modernização da estrutura produtiva existente A reestruturação da produção (terceirização de atividades; implantação de programas de qualidade e produtividade A abertura da economia brasileira intensificou-se a partir de 1990. O esgotamento do modelo de substituição de importações e a crescente desregulamentação dos mercados internacionais contribuíram para uma reestruturação da economia brasileira, influenciada pela redução das tarifas de importação e eliminação de várias barreiras não tarifárias. A abertura provocou uma profunda reestruturação industrial no Brasil, trazendo benefícios para os consumidores pela maior disponibilidade de bens e serviços, com melhores preços e tecnologia, embora com impactos negativos sobre o nível de emprego. A abertura brasileira se deu em condições particulares, sem que os fatores de competitividade sistêmica fossem adaptados, o que provocou um desafio exemplar para os produtores locais. Estes, ao contrário dos concorrentes internacionais, foram prejudicados com tributação e juros elevados, carência de infra-estrutura e excessiva burocracia Apesar das distorções decorrentes da concessão de incentivos que acabavam privilegiando alguns setores, houve um avanço na qualidade das exportações brasileiras no período. Ou seja, aumentou a participação de setores da indústria pesada em relação ao total das exportações, ao mesmo tempo que se reduziu a participação dos setores intensivos em recursos naturais e mão-de-obra. Abertura comercial Brasileira para abrir comércio internacional do Brasil teve alguns impedimentos iniciais que foram. •Início da década de 1980 •Endividamento externo e necessidade de superávits comerciais •Lei do Similar Nacional: principal instrumento de contenção das importações •Licenças especiais para importação (CACEX- Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil) •Final dos anos 1980: percepção de que esse modelo deveria ser revisto •Atraso tecnológico em relação aos padrões internacionais •Utilização de métodos administrativos e gerenciais superados •Crise fiscal do Estado e a falta de investimentos em infra-estrutura (energia, telecomunicações, transportes e portos) • Em 1988 (governo Sarney): Brasil inicia o processo de abertura comercial •1990 (gov. Collor): intensificação desse processo •Tarifa nominal média de importação passou de 40% em 1990 para 13% em 1995 O principal instrumento de contenção das importações durante os anos 1980 foram medidas não tarifárias, dentre as quais se destacava a Lei do Similar Nacional, que listava alguns produtos cuja importação era proibida. Além disso, havia os Programas Especiais de Importação e licenças de importação. Todo o processo importador era conduzido pela Carteira de Comércio Exterior (Cacex), do Banco do Brasil, no que se refere aos aspectos regulatórios e operacionais. Paralelamente ao controle das importações, o governo implementou um projeto de promoção de exportações. Em função do quadro de instabilidade, reinante praticamente durante toda a década de 1980, grande parte dos setores da economia brasileira encontrava-se em atraso tecnológico em comparação com os padrões internacionais. Esse atraso se manifestava tanto na obsolescência das máquinas e equipamentos quanto nos métodos administrativos gerenciais e nas relações capital-trabalho A carência de investimentos na década de 1980 refletia-se na precariedade dos serviços de infra-estrutura econômica, principalmente nas áreas de energia, telecomunicações, transportes e portos. A crise fiscal do Estado também repercutia na qualidade insuficiente do sistema educacional básico e na ausência de desenvolvimento de programas de treinamentoprofissional especializado. Essa carência, além de gerar ineficiências e custos elevados, dificultava a adaptação da força de trabalho a padrões tecnológicos mais avançados. Do ponto de vista dos níveis de utilização da capacidade instalada, os dados mostram que a ocupação se dava em nível satisfatório somente em alguns segmentos industriais exportadores e produtores de bens intermediários básicos. Os demais setores operam com ociosidade elevada, em especial o segmento de bens de capital, o que implicava pressões de custo na estrutura produtiva e atraso tecnológico. ABERTURA COMERCIAL NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO •As discussões a respeito da abertura englobam indagações relativas ao ritmo e à seqüência •Primeira onda: Chile, 1956; Brasil, 1961 (Falharam por dificuldades no balanço de pagamentos) •Segunda onda: década de 1970; Chile, 1973; Argentina, 1976; México, 1977; Venezuela, 1979 (Todas as iniciativas, exceto a do Chile, foram abortadas por conta da crise da dívida externa nos anos 1980) •Terceira onda: segunda metade da década de 1980 (Brasil inicia sua reforma comercial em 1988 - governo Sarney) Os Planos Collor I e II. •Cruzado novo substituído pelo cruzeiro •Confisco/Bloqueio dos depósitos à vista e das aplicações financeiras por 18 meses (NC$ 50.000,00 = US$ 1.200,00) •(50% dos depósitos à vista; 80% das aplicações de overnight e fundos de curto prazo e 1/3 dos depósitos em poupança) •Corte dos gastos públicos (redução do déficit público) •Reforma administrativa: fechamento de órgãos públicos e demissão de funcionários. •(inflação baixou de 80% ao mês para algo em torno de 10% nos meses seguintes; mas volta a acelerar ao longo do ano – 20%). Fernando Collor de Mello assumiu o governo nesse contexto econômico em 1990, adotando, na seqüência, dois planos de estabilização, Planos Collor I e Collor II. Ambos implicaram retração da atividade econômica como resultado direto das medidas fiscais e monetárias adotadas. O Plano Collor I, de março de 1990, combinava confisco dos depósitos à vista e aplicações financeiras com prefixação da correção dos preços e salários, câmbio flutuante, tributação ampliada sobre as aplicações financeiras e a chamada “reforma administrativa”, que implicou o fechamento de inúmeros órgãos públicos e demissão de grande quantidade de funcionários. O quadro fiscal era de tal gravidade que o presidente adotou um programa de drástica redução da dívida interna, de corte nos gastos públicos e de aumento da receita fiscal. PLANO COLLOR II •Congelamento de preços e salários •Contração monetária e fiscal •Resultado: forte recessão no período 1990-92 (queda de quase 10% do PIB, aumento do desemprego e queda dos salários reais) Outro plano de estabilização, o Plano Collor II, foi adotado em janeiro de 1991, em situação de desespero devido à aceleração da inflação. Mais uma vez lançava-se mão de congelamento de preços e salários e da unificação das datas base de reajustes salariais, além de novas medidas de contração monetária e fiscal. A conjugação dessas tentativas de combate à inflação com a reestruturação que se vislumbrava fez com que o período 1990-1992 fosse marcado por forte recessão — com queda de quase 10% no PIB —, pelo aumento do desemprego e pela queda dos salários reais e da massa salarial. A precariedade do Plano Collor II, aliada ao desgaste do governo com os efeitos do confisco ocorrido no plano anterior, assim como às crescentes denúncias de corrupção, acabaram por determinar o impeachment de Collor em outubro de 1992. PRIVATIZAÇÕES. Com a criação do Programa Nacional de Desestatização (PND), em 1990 9 , o processo de privatizações foi intensificado, tornando-se parte integrante das reformas econômicas do governo. Inicialmente, sessenta e oito empresas foram incluídas no Programa, quantidade que foi se alterando no decorrer do tempo, com a entrada de novas empresas e a exclusão de outras. O BNDES teve função importante no PND, pois foi designado gestor do Fundo Nacional de Desestatização (FND). Suas principais atribuições estavam relacionadas à licitação e à contratação dos prestadores de serviços que atuariam no PND, ou seja, dos consultores e auditores encarregados de realizar as avaliações econômico-financeiras, propostas de modelo de venda e auditoria do processo de venda de cada empresa. •Razões alegadas para as privatizações •Crise fiscal do Estado (falta de recursos para novos investimentos) •Busca de um novo modelo de desenvolvimento •Ineficiência das estatais •Reduzir a dívida pública (fornecendo novos recursos) •Ajudar a manter o equilíbrio externo (entrada de novos recursos externos – investimentos diretos) Collor / Itamar Franco (1990-1994) •Setor industrial: 33 empresas federais foram privatizadas – siderurgia, petroquímica e fertilizantes FHC (1994-2002) •Prestadoras de serviços públicos (transportes, energia e telecomunicações) Haviam sido desestatizadas 18 empresas dos setores de siderurgia, fertilizantes e petroquímica, gerando uma receita de US$ 4 bilhões. Dessas privatizações, quatro ocorreram durante o ano de 1991 e 14 em 1992. De início, o PND concentrou esforços na venda de estatais produtivas, pertencentes a setores anteriormente considerados estratégicos para o desenvolvimento do país e que, por isso, permaneciam nas mãos do Estado. O incentivo à compra foi realizado mediante a aceitação, em grande escala, das chamadas moedas de privatização 10 , títulos representativos da dívida pública federal. A partir de 1995, conferiu-se maior prioridade às privatizações. Criou-se o CND, e a privatização das estatais que atuam no segmento industrial foi praticamente concluída. O escopo do PND foi ampliado com as concessões de serviços públicos à iniciativa privada. Essas concessões incluíam os setores de eletricidade e as áreas de transportes e telecomunicações, o que acrescentaria aos objetivos do PND a melhoria da qualidade dos serviços públicos, por meio do aumento dos investimentos a serem realizados pelos novos controladores. RESULTADO DAS PRIVATIZAÇÕES. •De 1991 até 2002, as privatizações e concessões totalizaram US$ 70,52 bilhões. A participação do capital estrangeiro foi de 59,7% e veio, principalmente, de EUA, Espanha, Portugal e Itália. As desestatizações do governo federal tiveram início com a venda da siderúrgica Usiminas por US$ 2,31 bilhões, em leilão realizado na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, em outubro de 1991. No período imediatamente posterior à criação do PND, em 1991 e 1992, os resultados das privatizações já foram consideráveis. Haviam sido desestatizadas 18 empresas dos setores de siderurgia, fertilizantes e petroquímica, gerando uma receita de US$ 4 bilhões. Dessas privatizações, quatro ocorreram durante o ano de 1991 e 14 em 1992. De início, o PND concentrou esforços na venda de estatais produtivas, pertencentes a setores anteriormente considerados estratégicos para o desenvolvimento do país e que, por isso, permaneciam nas mãos do Estado. O incentivo à compra foi realizado mediante a aceitação, em grande escala, das chamadas moedas de privatização 10 , títulos representativos da dívida pública federaL Com a venda das participações minoritárias que o governo detinha em outras 28 empresas, gerou-se uma receita adicional da ordem de US$ 3,327 bilhões — elevando para US$ 37,78 bilhões o montante arrecadado dentro do PND. PRINCIPAIS CRÍTICAS ÀS PRIVATIZAÇÕES. •Desmantelamento do patrimônio público •Receita obtida acabou sendo utilizada no pagamento da dívida do governo em função da política econômica baseada em altas taxas de juros •Aceitação das chamadas “moedas podres” Significado de Moeda Podre. É o nome dado aos títulos da dívida pública sem liquidez. Estes títulos são negociados no mercado com grande desconto (deságio) em relação ao seu valor nominal (face). Constata-seque a vulnerabilidade externa decorrente do crescente déficit em conta corrente no balanço de pagamentos e a sua contrapartida representada pelo aumento da poupança externa têm financiado o consumo e não o investimento, numa combinação de déficits em conta corrente e contas públicas, com destaque para o peso do componente juros do déficit público. Na área fiscal, todo o esforço de arrecadação, que fez com que a carga tributária bruta crescesse de 26% do PIB em 1993 para 30,3% em 2000, vinha sendo consumido pela conta dos juros reais, que representava, em média, cerca de 4,6% do PIB ao ano. Isso porque o endividamento público, somente em nível federal, que era de R$ 60 bilhões no início do Plano Real, já supera, em novembro de 2001, o montante de R$ 626 bilhões. Com a prática de juros elevados, dificilmente esse custo pode reduzir-se substancialmente no curto prazo A persistência de uma combinação de elevado passivo externo e crescimento da dívida interna continuou a pautar o debate entre os defensores do livre mercado e os que apontavam a necessidade de maior intervenção estatal, nos âmbitos da coordenação e articulação de políticas de desenvolvimento para a superação dos entraves. GOVERNO DO ITAMAR FRANCO E O PLANO REAL. Com o impeachment do Collor que assumiu a presidência foi o seu vice Itamar franco. ue foi o governo dele que implantou a Plano Real que estabilizou a economia não usaram a questão de congelamento mas sim uma reforma tributária que teve três fases que vamos listar aqui. A nova moeda começou a ser arquitetada no governo de Itamar Franco, pela equipe do ex-presidente e então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. ·Fase 1: Ajuste fiscal; O ajuste fiscal visava equacionar o desequilíbrio orçamentário para os próximos anos e impedir anos que daí decorrem pressões inflacionárias. Esse ajuste baseia em três elementos principais: corte despesa, aumento dos impostos e diminuição das transferências do governo. Programa de Ação Imediata (PAI): determinava um corte desgaste da ordem de gasto de 7 bilhões. concentrado nas despesas de investimento pessoal. Foi criado também um novo imposto como conhecido um imposto do cheque novos tributos (IPMF) onde pegava na transição corrente de uma alíquota 0,25% . Mas o problema desse imposto foi a formação de efeito cascata ( incide sobre todas as etapas do processo produtivo) onde desestimula a intermediação financeira e aumenta as taxas de juros. - combate à sonegação - acordo da dívida externa. •Fundo Social de Emergência (FSE): -15% da arrecadação de todos os impostos da União onde seria arrecadado 15% de todos os impostos e colocado nesse fundo. Todas as medidas foram de caráter temporários. ··Fase 2: Indexação completa da economia; Para primeiro falar da segunda fase precisamos falar um pouco densixeção e indexação Desindexação é um termo do campo da Economia. Dizemos que a economia de um país está indexada quando estão sendo aplicados mecanismos de reajuste de preços – inclusive sobre salários e aluguéis – para reduzir os efeitos negativos de um cenário de alta inflação. Ocorre desindexação quando esses mecanismos são retirados. https://maisretorno.com/blog/termos/i/inflacao https://maisretorno.com/blog/termos/i/inflacao •Parte heterodoxa do Plano. •Quando há hiperinflação, os preços passam a seguir diariamente os movimentos de outra moeda, em geral o dólar. •Introdução da URV (Unidade Real de Valor), em 27 de maio de 1994. Outra medida adotada pelo Plano Real foi a implantação da Unidade Real de Valor (URV), que funcionava como uma espécie de moeda virtual associada à cotação do dólar comercial do dia anterior. A compra dos produtos acontecia da seguinte forma: os preços eram marcados na prateleira com um valor URV, mas quando chegava no caixa o valor era convertido para a moeda circulante na época: o cruzeiro real. A paridade entre o cruzeiro real e a URV era atualizada diariamente por meio de uma nota emitida pelo Banco Central (BACEN), que depois era encaminhada para mídia, até ser divulgada para o povo. Para ilustrar melhor como a venda dos produtos acontecia, imagine que no mercado o preço de um quilo de arroz estivesse por 1 URV e quando a pessoa chegasse ao caixa ela tivesse que pagar o equivalente a CR$ 895,03. Assim, os valores variam conforme a comparação de moedas existente no dia. •Objetivo de eliminar a parte inercial da inflação através de uma super-indexação da economia. •Desindexação voluntária, diferente do congelamento. •A URV teria a função de unidade de conta. •O cruzeiro real continuava com a função meio de pagamento. •Permitiu alinhamento dos preços relativos, ao contrário do congelamento. Fase 3: Reforma monetária. Então, por fim, a terceira e última fase do plano econômico foi o lançamento oficial do Real, em 1° de julho de 1994. Na época, todos deveriam converter os seus Cruzeiros Reais (CR$) para o Real. Nesse sentido, a conversão determinada pelo governo era de R$ 1,00 para cada CR$ 2.750,00.O sucesso econômico do lançamento do Real foi tão grande que a moeda conseguiu se consolidar por quase três décadas. E para um país que havia passado por tantas trocas monetárias em tão pouco tempo, essa consolidação foi uma grande conquista. VALORIZAÇÃO CAMBIAL O fator mais relevante para o plano real e o governo do itamar foi a valorização cambial em contexto no qual o grau de abertura para o exterior tinha aumentado significamente e estado tinha reservas. Com manutenção da taxa do real o excesso de liquidez internacional o fluxo de capital externo se manteve. E o Banco central deixou o câmbio flutuar, o'que provocou uma grande valorização da taxa de câmbio. •A combinação juros altos e câmbio valorizado produziu resultados devastadores na economia: - recessão; - desemprego; - déficit em transações correntes; -aumento da dívida externa como proporção do PIB. IMPACTOS E PROBLEMAS DO PLANO REAL (ajudou a controlar a inflação, mas provocou o surgimento dos déficits comerciais a partir de 1995 e o país ficou dependente da atração de capitais de curto prazo (especulativo) •Juros elevados (âncora monetária) (Ajudou a controlar a inflação a e garantia a valorização cambial através da atração de capitais especulativos, mas reduzia a taxa de crescimento da economia e aumentava o tamanho da dívida pública •Aumentou a vulnerabilidade externa da economia brasileira. •Rápida queda da taxa de inflação (40% a.m. antes do plano e, em agosto de 2004, 3% a.m.) •Grande crescimento da demanda e da atividade econômica Fatores que explicam o aumento da demanda apesar das altas taxas de juros: •Aumento do poder aquisitivo da população de baixa renda pis eles deixaram de pagar imposto inflacionário •Demanda reprimida nos anos anteriores •“Despoupança” em decorrência da ilusão monetária Problemas com o Plano Real: a questão externa Os superávits comerciai s do país eram utilizadas para compensar os déficits na Balança de Serviços, o que mantinha o saldo em Transações Correntes relativamente equilibrado. Com a deterioração da balança comercial, voltaram os déficits em Transaçõe s Correntes. Isso pode não ser um problema a curto prazo, enquanto o'país possui reservas suficientes ou houver um entrada de recursos externos para financiá-lo. O problema é que se vai acumula ndo uma d ívida externa que no futuro pressionará a remessa d e juros e que em algum momento deverá pagar. VULNERABILIDADE EXTERNA •Resultado da combinação câmbio sobrevalorizado e juros elevados. •Os juros elevados atraiam capitais especulativos. •Os déficits na balança comercial eram financiados pela entrada de recursos externos. •Crises internacionais: Ásia e Rússia. •Os credores internacionais passaram a retirar recursos do país. •O Brasil recorre ao FMI (1998). •Em janeiro de 1999, o governo é obrigado a desvalorizar o real. A desvalorização não trouxe o retorno da inflação GOVERNO DO FHC. O sucesso do plano real no combate a inflação, o contexto favorável da demanda e o crescimento do poder aquisitivo de baixa renda, no final de 1994 possibilitou que O Fernando Henrique Cardoso pode se eleger. CENÁRIO POLÍTICO • (1994) FHC x Lula • 1º Mandato de FHC • (1995-1998) Características do 1º Mandato: • Consolidação do Plano Real na busca pela estabilização, apesar de um cenário externo bastante desfavorável (Crises financeiras internacionais) • Amplo conjunto de reformas econômicas; • Profundos desequilíbrios externo e fiscal. • Antecedentes (1994) • Tentativa de controle da demanda por meio de imposição de restrição ao crédito (redução nos prazos de financiamentos de consórcios e bancários entre outros) • Introdução de restrições à entrada de capital estrangeiro para evitar maiores pressões sobre o câmbio (valorizações cambiais) e implementou o sistema de mini bandas cambiais (R$ 0,84 a R$ 0,86) • Redução das reservas. A PARTIR DE 1995: • Forte retração da atividade econômica em função da política de juros altos adotada Após 1995 para fazer a frente as perdas das reservas que o país vinha sofrendo, foi ampliado o controle de demanda interna,principalmente com restrições ao crédito e elevadas do crédito elevação das taxas de juros. Também buscaram alguns incentivos como os Aditamento de contrato de Câmbio. • Para evitar uma apreciação (valorização) cambial, recorreu se à política de esterilização, com o consequente aumento da dívida pública. Outro ponto importante decorre a política cambial. No período imediato pós-real,como o governo deixou o câmbio flutuar deixou recursos externos entrar então houve uma depreciação da taxa de câmbio.Novo regime quando os recursos voltaram para impedir outra apreciação os novos recursos voltaram em reserva. Para evitar os novos impactos monetário expansionista recorre às esterilização. Grande aumento da inadimplência com a quebra de dois grandes bancos privados (Nacional é um deles) Crise não se espalha devido à atuação do BC como emprestador de última instância e iniciando um processo de reestruturação financeira (PROER) 1998- Pacote de ajuda do FMI. A Crise do México : País com estabilização baseada na âncora cambial. Como o país apresentava profundos desequilíbrio s macroeconômicos aos quais se somou um quadro político conturbado em 1994, o s investidores estrangeiros passaram a apostar n a desvalorização da moeda mexicana, provocando o'ataque contra ela. O governo foi obrigado a deixar a moeda desvalorizar-se e recorrer a um pacote de ajuda internacional no FMI e a uma série de governos, para atender a fuga de recursos O SETOR BANCÁRIO PÓS PLANO REAL (1994) • Com o controle da inflação, os bancos passaram a ter dificuldades • Perda da receita inflacionária • Como resposta à perda inflacionária: Expandiu as operações de crédito e Elevou as tarifas cobradas sobre serviços bancários Elevação da taxa de inadimplência Vários bancos passam a apresentar prejuízos e mostraram-se insolventes (Banco Nacional e Banco Econômico – 10 maiores bancos do país) Dificuldades dos bancos estatais (Destaque para o Banco do Brasil, Banespa e Banerj) (intervenção do Bacen no Banespa e Banerj no final de 1994) • Ampla reestruturação do sistema financeiro • Estímulo à entrada dos bancos estrangeiros • Privatização dos bancos estaduais • Instituição do PROER (Programa de Estímulo à Reestruturação e Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional) com fusões e transferências acionárias e abertura para os bancos estrangeiros aumentando a solidez do sistema. Até dez/1997 (até a transferência do Bamerindus) o Proer tinha liberado mais de R$ 20 bilhões . • Ampliação dos poderes do Banco Central para intervir em qualquer instituição • Criação do FGC (Fundo de Garantia de Créditos): seguro-depósito • As empresas de auditoria contábil passam a ser obrigadas a informar o Bacen em caso de irregularidades nas instituições financeiras • Adequação do sistema financeiro nacional às condições do Acordo da Basiléia (definia os limites mínimos de capital para a constituição de um banco) • Resultado dessas transformações foi a Diminuição no número de instituições financeiras (junh/1994 = 273 instituições financeiras - dez/1998 = 233 instituições financeiras) • Aumento da participação dos bancos estrangeiros (junh/1994 = 19 bancos com controle estrangeiro - dez/1998 = 36 bancos com controle estrangeiro • CONSIDERAÇÕES SOBRE O SETOR BANCÁRIO • Diferentemente dos outros setores no Brasil onde predominam as empresas de capital estrangeiro, os principais bancos no país são de capital nacional. • Concentração Bancária (2018) 5 MAIORES BANCOS (Oligopólio-Falta de Concorrência + juros elevados) detinham 81,2% dos ativos do segmento bancário comercial • Bancarização • (2000) 63,7 milhões de contas correntes ou seja no Brasil tem uma oligarquia de Bancos e temos na população poucas contas correntes por vários fatores como um grande desemprego informal e um exemplo 2º Mandato• (1997) Substituição do IPMF pela CPMF (Contribuicão Provisória sobre Movimentação Financeira) • (1998) Reforma Previdenciária (institui o fator previdenciário)-substitui o tempo de serviço pelo tempo de contribuição;. • (2000) Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) A Lei de Responsabilidade Fiscal, oficialmente Lei Complementar nº 101, é uma lei complementar brasileira que visa impor o controle dos gastos da União, estados, Distrito Federal e municípios, condicionando-os à capacidade de arrecadação de tributos desses entes políticos • IMPLANTAÇÃO DE LIMITES DE GASTOS COM PESSOAL PARA AS TRÊS ESFERAS DO GOVERNO; CRITÉRIOS DE TRANSPARÊNCIA E CONTROLE DOS GASTOS PÚBLICOS, LIMITES AO ENDIVIDAMENTO E PENALIZAÇÕES AOS GESTORES PÚBLICOS QUE NÃO CUMPRIREM A LEI. (1999-2002) • (2001) Profunda queda na taxa de crescimento econômico (4,36% em 2000 para 1,31% em 2001) Pressão cambial (crise argentina, ataque ao World Trade Center, crise da NASDAQ) e a crise energética (racionamento de energia)ato de FHC GOVERNO LULA (2003-2010). •CENÁRIO POLÍTICO •(2002) José Serra x Lula •(2006) Geraldo Alkmin x Lula •(2003-2006) 1º Mandato de Lula •(2007-2010) 2º Mandato de Lula Profunda instabilidade econômica (pressões cambiais e aceleração da inflação) + Desconfiança em relação ao novo governo “crise eleitoral” Mudança significativa do discurso do PT já durante a campanha para viabilizar a eleição e garantir a governabilidade do país (Abandono do discurso de “ruptura drástica” para a ideia de uma “transição lúcida”) •Características do 1º Mandato: •Consolidação da estabilização,com melhorias na situação fiscal e, especialmente, na situação externa, mas ainda com taxas de crescimento econômico relativamente baixas. -Antonio Palocci (ex prefeito de Ribeirão Preto) no Ministério da Fazenda (até março/2006 e então substituído por Guido Mantega) e Henrique Meirelles (Presidente do BC) -Decisões importantes depois da posse: -Manutenção do sistema de metas inflacionárias e a revisão dessas metas a partir da manutenção do processo de elevação de juros iniciado no final do governo FHC. -Elevação da meta de superávit primário.Sendo assim houve uma melhora na questão fiscal. Expansão do consumo das famílias (expansão das transferências às pessoas por meio dos programas assistenciais, melhoras no mercado de trabalho e expansão do crédito para pessoa física devido a estabilidade da economia, crédito consignado) 2007-2010) 2º MANDATO DE LULA •Características do 2º Mandato: •Maiores taxas de crescimento econômico, exceto em 2009 (crise do subprime nos EUA) Prioridade é a retomada do crescimento econômico •(2007) PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) • Conjunto de ações e metas para investimento em infraestrutura pelo setor público e privado. • (2007) PDP (Programa de Desenvolvimento Produtivo) – nova política industrial Implementação desses planos se mostrou de extrema complexidade e várias dificuldades foram surgindo (marco regulatório) e sendo assim, avançaram pouco. •(2008) Brasil alcança o chamado “grau de investimento” (investment grade) –capacidade de pagamento da dívida •O sucesso das exportações de commodities intensivas em recursos naturais contribuíram para uma significativa valorização cambial. Maldição dos recursos naturais” fenômeno em que países com ampla disponibilidade de recursos naturais acabam não se desenvolvendo e vivem da venda de seus recursos naturais” ou da “Doença Holandesa” em que o sucesso nas exportações de commodities provoca a valorização cambial e o desaparecimento de setores industriais mais intensivos em conhecimento e tecnologia. *Doença Holandesa – anos 70, com a descoberta de gás e petróleo no Mar do Norte. A grande entrada de dólares provocada pelas exportações desses produtos valorizou a moeda holandesa e provocou um grande aumento das exportações e perda de competitividade do setor industrial do país, com a destruição da indústria nacional. •(2007-2008) Extremamente favoráveis (taxas de crescimento econômico em elevação, inflação sob controle apesar de sua elevação em função do próprio crescimento, melhoria dos indicadores fiscais e acúmulo de reservas. •Crise do mercado imobiliário norte-americano (2008) Forte retração do crescimento econômico mundial. 2009 – PIIGS Apesar do forte impacto, o país estava mais preparado para enfrentar a crise: -O sistema financeiro nacional era mais robusto (possuía ampla carteira de títulos públicos) e havia passado por uma ampla reestruturação durante o governo FHC; -Menor presença de bancos estrangeiros e menor dependência de funding externo. -Forte presença de bancos públicos (BB,CEF e BNDES) - Elevado nível de reservas. Além disso, contribuíram para atenuar os impactos da crise internacional: -Lançamento do programa de financiamento habitacional Minha Casa, Minha Vida (visava financiar a construção de milhão de novas moradias até 2010). -Situação fiscal mais favorável, o que permitiu que o governo utilizasse a política fiscal para estimular a economia (redução de impostos, tal como o IPI dos automóveis, eletrodomésticos, material de construção, entre outros) FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA A MELHORIA DO GRAU DE CONCENTRAÇÃO DE RENDA. •O fim das elevadas taxas de inflação e seus efeitos negativos sobre a renda dos mais pobres; •A melhoria dos indicadores educacionais, com significativa ampliação do acesso à educação básica e também do ensino superior; • O aumento dos benefícios previdenciários, em função da politica de valorização do salário mínimo desde 1995; •As transferências de renda do governo (Bolsa Família, Vale Gás e Bolsa Alimentação do gov FHC, mas consolidado e largamente ampliada através do Bolsa Família)
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