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Central de Material e Esterilização (CME)

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 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olá, Amigo (a)! 
 
Daremos início a mais uma aula do Curso Completo de Enfermagem para Concursos. 
 
Nesta aula, exploraremos as questões cobradas em concursos que são referentes ao tema 
Central de Material e Esterilização (CME). Esterilização, Desinfecção e Limpeza. 
 
Lembrando que as nossas aulas são elaboradas com materiais atualizados e de fácil 
entendimento. 
 
Desejamos uma ótima aula e muita disciplina . 
 
 
Profº Rômulo Passos 
Profª Raiane Bezerra 
Profª Polyanne Aparecida 
Profª Sthephanie Abreu 
 
 
 
 
 
www.romulopassos.com.br 
 
 - 
 
 4 
1. CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO – CME 
A Central de Material e Esterilização é a unidade funcional destinada ao processamento de produtos 
para a saúde dos serviços de saúde. Ou seja, 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo a ANVISA, uma Central de material de esterilização deve possuir uma cadeia de gestão. 
Na figura abaixo, observamos a estrutura proposta pela ANVISA no que diz respeito à dimensão do 
serviço dentro de uma CME: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC 50/2002, o CME é composto de: 
- área de lavagem e descontaminação; 
- área de preparo de materiais; 
- área de esterilização; 
- área de armazenamento e distribuição de materiais e roupas esterilizados. 
A área física do CME deve permitir o estabelecimento de um fluxo contínuo e unidirecional do artigo 
médico hospitalar, evitando o cruzamento de artigos sujos com os limpos e esterilizados, como também evitar 
que o trabalhador escalado para a área contaminada transite pelas áreas limpas e vice-versa (SOBECC,2009). 
Segundo a RDC nº15/20121, que dispõe sobre os requisitos de boas práticas para o processamento de 
produtos para a saúde, a Central de Material e Esterilização passa a existir duas classificações da CME, confome 
 
1
 ANVISA. RESOLUÇÃO - RDC No- 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012. 
CME é uma Unidade de apoio técnico a todas as unidades assistenciais 
Recepção e 
Processamento 
Limpeza 
Esterilização 
Estocagem 
Guarda 
Desinfecção 
Distribuição 
 - 
 
 5 
definições abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa classificação é realizada conforme o grau de contato do artigo (produto) com o organismo humano 
e indicados métodos com capacidade progressiva de descontaminação e processamento a fim de que sua 
utilização seja realizada com segurança. 
De acordo com a definição clássica de Spaulding, esses produtos para saúde são conhecidos como 
artigos médico-hospitalares e didaticamente podem ser classificados em: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
•é aquela que realiza o processamento de produtos para a saúde não 
críticos, semicríticos e críticos de CONFORMAÇÃO NÃO COMPLEXA 
passíveis de processamento. 
CME 
Classe I 
•é aquela que realiza o processamento de produtos para a saúde não 
críticos, semicríticos e críticos de CONFORMAÇÃO COMPLEXA e NÃO 
COMPLEXA passíveis de processamento. 
CME 
Classe II 
Mas o que são produtos para a saúde, não críticos, semicríticos e críticos? 
•Aquele utilizado em procedimentos de alto risco para desenvolvimento de 
infecções ou que penetra tecidos ou órgãos; 
•Requer esterilização para uso; 
•Exemplos: instrumental cirúrgico, agulhas hipodérmicas, cateteres vasculares, 
pinças de biópsia. 
Artigo 
Crítico 
•Aquele que entra em contato com a pele não íntegra ou com mucosa; 
•Requer desinfecção de alto nível ou esterilização para uso; 
•Exemplos: equipamentos de terapia respiratória e de anestesia, endoscopia. 
Artigo 
semicrítico 
• Utilizado em procedimentos com baixíssimo risco de desenvolvimento de 
infecções associadas ou que entra em contato apenas com pele íntegra; 
•Requer limpeza apenas ou desinfecção de baixo ou médio nível, dependendo 
do risco de transmissão secundária de microrganismos de importância 
epidemiológica; 
•Exemplos: roupas de cama e banho e mobiliário de paciente, paredes e pisos, 
termômetro axilar, diafragma de estetoscópio, aparelhos de pressão. 
Artigo não 
crítico 
Mas, o que são produtos para a saúde de conformação complexa e não complexa? 
 
 - 
 
 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Anvisa normatiza a infraestrutura das CME, de acordo com a classe: CME Classe I e CME Classe II. 
O CME Classe I deve possuir, minimamente, os seguintes ambientes: 
 
 
 
 
 
 
 
O dimensionamento das áreas do CME Classe I deve ser efetuado em função da demanda e dos métodos 
de processamento utilizados. 
O CME Classe I deve possuir, no mínimo, barreira técnica entre o setor sujo e os setores limpos. 
Para esclarecer melhor: 
Barreira técnica: conjunto de medidas comportamentais dos profissionais de saúde visando à prevenção de 
contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o ambiente limpo, na ausência de barreiras físicas; 
O CME Classe II e a empresa processadora2 devem possuir, minimamente, os seguintes ambientes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2
 Empresa especializada para processamento de materiais médico-hospitalares. 
• Produtos para saúde que possuam: 
• Lúmem inferior a cinco milímetros ou 
com fundo cego; 
• Espaços internos inacessíveis para a 
fricção direta; 
• Reentrâncias ou válvulas. 
Produtos para a saúde 
de conformação complexa 
• Produtos para saúde cujas superfícies: 
• Internas e externas podem ser 
atingidas por escovação durante o 
processo de limpeza; 
• e tenham diâmetros superiores a cinco 
milímetros nas estruturas tubulares. 
Produtos para a saúde de 
conformação não complexa 
FIQUE LIGADO  a única diferença da Classe I para a Classe II é que na Classe II ele também 
processa artigos de conformação complexa!! 
I - ÁREA de recepção e limpeza 
(setor sujo); 
II - ÁREA de preparo e 
esterilização (setor limpo); 
III - SALA de desinfecção 
química, quando aplicável 
(setor limpo); 
IV - ÁREA DE MONITORAMENTO 
do processo de esterilização 
(setor limpo); e 
 
V - ÁREA DE ARMAZENAMENTO e 
distribuição de materiais 
esterilizados (setor limpo). 
 
I - ÁREA de recepção e limpeza 
(setor sujo); 
II - ÁREA de preparo e 
esterilização (setor limpo); 
III - SALA de desinfecção química, 
quando aplicável (setor limpo); 
IV - ÁREA DE MONITORAMENTO do 
processo de esterilização (setor 
limpo); e 
 
V - ÁREA DE ARMAZENAMENTO e 
distribuição de materiais 
esterilizados (setor limpo). 
 
 - 
 
 7 
 
 
 
 
Para o CME Classe II e empresa processadora, é obrigatória a separação física da área de recepção e 
limpeza dos produtos para saúde das demais áreas. 
A área para recepção dos produtos para saúde do CME Classe II deve estar localizada dentro da sala de 
recepção e limpeza. 
No CME Classe II, que recebe para processamento instrumental cirúrgico e produtos consignados, deve 
existir uma área exclusiva, dimensionada de acordo com o volume de trabalho desenvolvido, para recepção, 
conferência e devolução destes. 
Os equipamentos destinados à limpeza automatizada devem ser instalados em área que não obstrua a 
circulação da sala de recepção e limpeza, obedecendo às especificações técnicas do fabricante. 
O sistema de climatização da área de limpeza do CME Classe II e da empresa processadora deve 
atender além do disposto nas normatizações pertinentes, os seguintes itens: 
I - Manter temperatura ambiente entre 18º e 22º C; 
II - Garantir vazão mínima de ar total de 18,00 m3/h/m2; 
III - Manter um diferencial de pressão negativo entre os ambientes adjacentes, com pressão diferencial 
mínimade 2,5 Pa; e 
IV - Prover exaustão forçada de todo ar da sala com descarga para o exterior da edificação. 
A Sala de Preparo e Esterilização do CME Classe II e da empresa processadora deve dispor de: 
I - Equipamento para transporte com rodízio, em quantitativo de acordo com o volume de trabalho; 
II - Secadora de produtos para saúde e pistolas de ar comprimido medicinal, gás inerte ou ar filtrado, 
seco e isento de óleo; 
III - Seladoras de embalagens; e 
IV - Estações de trabalho e cadeiras ou bancos ergonômicos com altura regulável. 
O Sistema de Climatização da Sala de Preparo e Esterilização do CME Classe II e da empresa 
processadora deve atender além do disposto nas normatizações pertinentes, os seguintes itens: 
I - Manter temperatura ambiente entre 20 e 24º C; 
II - Garantir vazão mínima de ar total de 18,00 m3/h/m2; 
III - Manter um diferencial de pressão positivo entre os ambientes adjacentes, com pressão diferencial 
mínima de 2,5 Pa. 
 
 
 
 
A empresa processadora não poderá utilizar a desinfecção química líquida por imersão como 
processo de desinfecção. 
As leitoras de indicadores biológicos e as seladoras térmicas devem ser calibradas, 
no mínimo, anualmente. 
 - 
 
 8 
A Sala de Desinfecção Química deve conter bancada com uma cuba para limpeza e uma cuba para 
enxágue com profundidade e dimensionamento que permitam a imersão completa do produto ou 
equipamento, mantendo distanciamento mínimo entre as cubas de forma a não permitir a transferência 
acidental de líquidos. 
O Sistema de Climatização da Sala de Desinfecção Química deve atender além do disposto nas 
normatizações pertinentes, os seguintes itens: 
I - Garantir vazão mínima de ar total de 18,00 m3/h/m2; 
II - Manter um diferencial de pressão negativo entre os ambientes adjacentes, com pressão diferencial 
mínima de 2,5 Pa; e 
III - Prover exaustão forçada de todo ar da sala com descarga para o exterior da edificação. 
O ar de reposição pode ser proveniente dos ambientes vizinhos, exceto da área suja. 
A Sala de Armazenamento e Distribuição deve possuir: 
I - Equipamento de transporte com rodízio; 
II - Escadas, se necessário; e 
III - Prateleiras ou cestos aramados. 
O armazenamento de produtos para saúde deve ser centralizado em local exclusivo e de acesso 
restrito, não podendo ocorrer em área de circulação, mesmo que temporariamente. 
As prateleiras devem ser constituídas de material não poroso, resistente à limpeza úmida e ao uso de 
produtos saneantes. 
A RDC 307/20023 aborda os requisitos mínimos para funcionamento das CME, entre eles é relevante 
citar que: a CME deve existir quando houver centro cirúrgico, centro obstétrico e/ou ambulatorial, 
hemodinâmica, emergência de alta complexidade e urgência. 
 
 
 
 
 
De acordo com essa RDC, a CME deve ser composta pelas seguintes áreas: 
 Sala composta de área para recepção, descontaminação e separação de materiais; 
 Área para lavagem de materiais; 
 Sala composta para recepção de roupa limpa; 
 Área para preparo de materiais e roupa limpa; 
 Área para esterilização química líquida; 
 Sub-unidade para esterilização química gasosa - área de comando - salade esterilização - sala ou 
área de depósito de recipientes de ETO - sala de aeração - área de tratamento do gás; 
 Sala de armazenagem e distribuição de materiais e roupas esterilizadas; 
 Área para armazenagem e distribuição de material esterilizado e materiais descartáveis; 
A CME simplificada só pode existir como apoio técnico a procedimentos que não exijam ambiente 
cirúrgico para sua realização. Neste caso, pode-se dispensar a toda a CME, inclusive os ambientes de apoio, em 
 
3
 ANVISA. Resolução - RDC Nº 307/2002. 
A unidade pode se localizar fora do Estabelecimento de Assistência à Saúde. 
 - 
 
 9 
favor dessa. Será composta por sala de lavagem e descontaminação e sala de esterilização e estocagem de 
material esterilizado. 
 
RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012 
 
 
 
 
 
 
RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012 
Definições do Art.4 
 
I- barreira técnica 
conjunto de medidas comportamentais dos profissionais de saúde 
visando à prevenção de contaminação cruzada entre o ambiente 
sujo e o ambiente limpo, na ausência de barreiras físicas; 
II- carga de maior desafio 
carga utilizada na qualificação de desempenho dos equipamentos, 
cujo desafio represente o pior cenário na rotina do serviço; 
III- centro de material e esterilização - CME 
unidade funcional destinada ao processamento de produtos para 
saúde dos serviços de saúde; 
IV - centro de material e esterilização de 
funcionamento centralizado 
unidade de processamento de produtos para saúde que atende a 
mais de um serviço de saúde do mesmo gestor; 
IV - centro de material e esterilização de 
funcionamento centralizado 
unidade de processamento de produtos para saúde que atende a 
mais de um serviço de saúde do mesmo gestor; 
V - consultório individualizado 
serviço de atendimento individualizado funcionalmente 
independente de um serviço de saúde; 
VI - controle de qualidade do processamento dos 
produtos para saúde 
avaliação sistemática e documentada da estrutura e do processo 
de trabalho e avaliação dos resultados de todas as etapas do 
processamento de produtos para saúde; 
VI - controle de qualidade do processamento dos 
produtos para saúde 
avaliação sistemática e documentada da estrutura e do processo 
de trabalho e avaliação dos resultados de todas as etapas do 
processamento de produtos para saúde; 
VII - data limite de uso do produto esterilizado 
 
prazo estabelecido em cada instituição, baseado em um plano de 
avaliação da integridade das embalagens, fundamentado na 
resistência das embalagens, eventos relacionados ao seu 
manuseio (estocagem em gavetas, empilhamento de pacotes, 
dobras das embalagens), condições de umidade e temperatura, 
segurança da selagem e rotatividade do estoque armazenado; 
 
VIII - desinfecção de alto nível 
processo físico ou químico que destrói a maioria dos 
microrganismos de artigos semicríticos, inclusive micobactérias e 
fungos, exceto um número elevado de esporos bacterianos; 
O Art.4 da RDC 15 de 2012 é um assunto muito cobrado em prova, em algumas situações a resposta é a 
própria definição na íntegra. Então vamos colocar logo abaixo uma tabela com todas as 29 definições 
existentes nesse artigo. 
 - 
 
 10 
 
IX - desinfecção de nível intermediário 
 
processo físico ou químico que destrói microrganismos 
patogênicos na forma vegetativa, micobactérias, a maioria dos 
vírus e dos fungos, de objetos inanimados e superfícies; 
X - detergentes 
 
produto destinado a limpeza de artigos e superfícies por meio da 
diminuição da tensão superficial, composto por grupo de 
substâncias sintéticas, orgânicas, líquidas ou pós solúveis em água 
que contêm agentes umectantes e emulsificantes que suspendem 
a sujidade e evitam a formação de compostos insolúveis ou 
espuma no instrumento ou na superfície; 
 
XI - embalagem para esterilização de produtos 
para saúde 
 
invólucro que permite a entrada e saída do ar e do agente 
esterilizante e impede a entrada de microorganismos: 
XII - lavadora ultrassônica 
 
equipamento automatizado de limpeza que utiliza o princípio da 
cavitação, em que ondas de energia acústica propagadas em 
solução aquosa rompem os elos que fixam a partícula de sujidade 
à superfície do produto; 
XIII - limpeza 
 
remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas, redução da carga 
microbiana presente nos produtos para saúde, utilizando água, 
detergentes, produtos e acessórios de limpeza, por meio de ação 
mecânica (manual ou automatizada), atuando em superfícies 
internas (lúmen) e externas, de forma a tornar o produto seguro 
para manuseio e preparado para desinfecção ou esterilização; 
XIV - pré-limpeza remoção da sujidade visível presente nos produtos para saúde; 
XV - produtos para saúde críticos 
são produtospara a saúde utilizados em procedimentos invasivos 
com penetração de pele e mucosas adjacentes, tecidos 
subepteliais, e sistema vascular, incluindo também todos os 
produtos para saúde que estejam diretamente conectados com 
esses sistemas; 
XVI - produtos para saúde semi-críticos 
produtos que entram em contato com pele não íntegra ou 
mucosas íntegras colonizadas; 
XVII - produtos para saúde não-críticos 
produtos que entram em contato com pele íntegra ou não entram 
em contato com o paciente; 
XVIII - produtos para saúde passíveis de 
processamento 
produto para saúde fabricado a partir de matérias primas e 
conformação estrutural, que permitem repetidos processos de 
limpeza, preparo e desinfecção ou esterilização, até que percam a 
sua eficácia e funcionalidade; 
XIX - produto para saúde crítico de conformação 
complexa 
produtos para saúde que possuam lúmem inferior a cinco 
milímetros ou com fundo cego, espaços internos inacessíveis para 
a fricção direta, reentrâncias ou válvulas; 
 
XX - produto para saúde de conformação não 
complexa 
 
 
produtos para saúde cujas superfícies internas e externas podem 
ser atingidas por escovação durante o processo de limpeza e 
tenham diâmetros superiores a cinco milímetros nas estruturas 
tubulares; 
 - 
 
 11 
XXI - processamento de produto para saúde 
conjunto de ações relacionadas à pré-limpeza, recepção, limpeza, 
secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, 
desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição para 
as unidades consumidoras; 
XXII - qualificação da instalação 
evidência documentada, fornecida pelo fabricante ou distribuidor, 
de que o equipamento foi entregue e instalado de acordo com as 
suas especificações; 
XXIII - qualificação de operação 
evidência documentada, fornecida pelo fabricante ou distribuidor, 
de que o equipamento, após a qualificação da instalação, opera 
dentro dos parâmetros originais de fabricação; 
XXIV - qualificação de desempenho 
evidência documentada de que o equipamento, após as 
qualificações de instalação e operação, apresenta desempenho 
consistente por no mínimo 03 ciclos sucessivos do processo, com 
parâmetros idênticos, utilizando-se pelo menos a carga de maior 
desafio, determinada pelo serviço de saúde; 
 
XXV - rastreabilidade 
capacidade de traçar o histórico do processamento do produto 
para saúde e da sua utilização por meio de informações 
previamente registradas; 
XXVI - resíduos de serviços de saúde 
são todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços 
de saúde, públicos ou privados, que por suas características, 
necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou 
não tratamento prévio à sua disposição final; 
XXVII - representante legal 
pessoa física investida de poderes legais para praticar atos em 
nome da pessoa jurídica; 
XXVIII - responsável técnico – RT 
profissional de nível superior legalmente habilitado, que assume 
perante a vigilância sanitária a responsabilidade técnica pelo 
serviço de saúde ou pela empresa processadora, conforme 
legislação vigente; 
XXIX - unidades satélites 
são unidades dos serviços de saúde que realizam uma ou mais 
etapas do processamento de produtos para saúde, localizadas fora 
da estrutura física do CME e subordinadas a este em relação aos 
procedimentos operacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 
 
 12 
RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS 
 
Vamos ver na íntegra a Seção II da RDC n° 15 de 2012 com os seus devidos artigos. São apenas 3 artigos. 
Por isso, leia com atenção: 
Art. 27 Todas as etapas do processamento de produtos para saúde devem ser realizadas por 
profissionais para os quais estas atividades estejam regulamentadas pelos seus conselhos de classe. 
Art. 28 A CME e a empresa processadora devem possuir um Profissional Responsável de nível superior, 
para a coordenação de todas as atividades relacionadas ao processamento de produtos para a saúde, de 
acordo com competências profissionais definidas em legislação especifica. 
Parágrafo único. O responsável pelo CME Classe II deve atuar exclusivamente nesta unidade durante 
sua jornada de trabalho. 
Art. 29 Os profissionais da CME e da empresa processadora devem receber capacitação específica e 
periódica nos seguintes temas: 
I - classificação de produtos para saúde; 
II - conceitos básicos de microbiologia; 
III - transporte dos produtos contaminados; 
IV - processo de limpeza, desinfecção, preparo, inspeção, acondicionamento, embalagens, esterilização, 
funcionamento dos equipamentos existentes; 
V - monitoramento de processos por indicadores químicos, biológicos e físicos; 
VI - rastreabilidade, armazenamento e distribuição dos produtos para saúde; 
VII - manutenção da esterilidade do produto. 
A Resolução do COFEN nº 527/16 fixa e estabelece parâmetros para o Dimensionamento do Quadro de 
Profissionais de Enfermagem nas Unidades Assistenciais das Instituições de Saúde e Assemelhados e para o 
dimensionamento de pessoal de Enfermagem (Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares ) e em uma Central de 
Material, deve se considerar os serviços: Expurgo, Preparo, Esterilização, Distribuição e Arsenal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSAMENTO DO MATERIAL 
 
O fluxo no CME deve ser prático e contínuo, por isso a equipe e o material deverão seguir um 
fluxograma unidirecional, ou seja, a direção é de uma região contaminada para uma limpa. A estrutura física 
dos Estabelecimentos de Assistência à Saúde e as legislações sanitárias são questões de extrema importância e 
podem ser designadas como elementos essenciais para a dinâmica de funcionamento do CME, pois uma 
planta física adequada proporcionará um fluxo unilateral, que é exigido pelas leis sanitárias. 
 
Essas aulas escritas (PDF) são atualizadas mensalmente - se for imprimir, 
faça isso apenas das aulas que estiver acompanhando, pois o material é 
ATUALIZADO E AMPLIADO MENSALMENTE. 
 - 
 
 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSPEÇÃO, PREPARO E ACONDICIONAMENTO DOS PRODUTOS PARA SAÚDE. 
Os materiais enviados para processamento na Central de Materiais e Esterilização (CME) da instituição 
devem ser passíveis de limpeza e desinfecção ou esterilização é imprescindível que seja feita uma avaliação 
dessas condições para proceder ao processamento do artigo. Artigos que possuam em suas características 
componentes que não possam ser submetidos às etapas do reprocessamento devem ser recusados pelo setor. 
Exemplos desses artigos: 
• Artigos com componentes em madeira (ex. instrumentais cirúrgicos, espátulas, palitos entre outros); 
• Artigos que não possuam registro no Ministério da Saúde na classe de artigo médico hospitalar (ex. 
luvas cortadas, pedaços de plástico, tampas diversas). 
Veja abaixo os artigos da RDC n° 15, e as orientações sobre esse processo de inspeção, preparo e 
acondicionamento dos produtos: 
Art. 76 A limpeza dos produtos para saúde, seja manual ou automatizada, deve ser avaliada por meio da 
inspeção visual, com o auxílio de lentes intensificadoras de imagem, de no mínimo oito vezes de aumento, 
complementada, quando indicado, por testes químicos disponíveis no mercado. 
Art. 77 O CME e a empresa processadora devem utilizar embalagens que garantam a manutenção da 
esterilidade do conteúdo, bem como a sua transferência sob técnica asséptica. 
SOBECC, 2009 
FLUXOGRAMA DOS ARTIGOS - CME 
UNIDADES 
CONSUMIDORAS 
CME 
UNIDADES 
FORNECEDOR 
Recepção de 
artigos sujos 
Recepção de roupas 
Recepção de 
artigos limpos 
Limpeza e secagem 
dos artigos 
Preparo e 
acondicionamento 
Esterilização 
Armazenamento de 
artigos processados 
Distribuição de artigos 
limpos e esterilizados 
Nobre amigo(a), a aula não está chata. Pensamento positivo, você vai conseguir! 
 
 - 
 
 14 
Art. 78 As embalagens utilizadas para a esterilização de produtos para saúde devem estar regularizadas 
junto à Anvisa, para uso especifico em esterilização. 
Art.79 Não é permitido o uso de embalagens de papel kraft, papel toalha, papel manilha, papel jornal e 
lâminas de alumínio, assim como as embalagens tipo envelope de plástico transparente não destinadas ao uso 
em equipamentos de esterilização. 
Art. 80 A selagem de embalagens tipo envelope deve ser feita por termoseladora ou conforme 
orientação do fabricante. 
Art. 81 Não é permitido o uso de caixas metálicas sem furos para esterilização de produtos para saúde. 
Art. 82 O CME que utiliza embalagem de tecido de algodão, deve possuir um plano contendo critérios 
de aquisição e substituição do arsenal de embalagem de tecido mantendo os registros desta movimentação. 
 
Parágrafo único. Não é permitido o uso de embalagens de tecido de algodão reparadas com remendos 
ou cerzidas e sempre que for evidenciada a presença de perfurações, rasgos, desgaste do tecido ou 
comprometimento da função de barreira, a embalagem deve ter sua utilização suspensa. 
Art. 83 É obrigatória a identificação nas embalagens dos produtos para saúde submetidos à esterilização 
por meio de rótulos ou etiquetas. 
Art. 84 O rótulo dos produtos para saúde processados deve ser capaz de se manter legível e afixado nas 
embalagens durante a esterilização, transporte, armazenamento, distribuição e até o momento do uso. 
Art. 85 O rótulo de identificação da embalagem deve conter: 
I - nome do produto; 
II - número do lote; 
III - data da esterilização; 
IV - data limite de uso; 
V - método de esterilização; 
VI - nome do responsável pelo preparo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os dias são inseridos novos vídeos potenciais nas disciplinas deste curso Completo 
de Enfermagem para Concursos. 
 
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MONITORIZAÇÃO E VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO 
 
Monitorar o processo requer etapas, são elas: 
 Qualificação operacional no momento da instalação; 
 Controle rotineiro do equipamento; 
 Checagem da função do equipamento após consertos, reformas, grandes mudanças no tipo de carga 
e/ou embalagens. 
Todos os procedimentos executados, bem como as condições dos ciclos, disposição das cargas, tipos de 
artigos e embalagens, devem fazer parte de um relatório. Ao término do processo deverão ser feitas 
recomendações com os relatórios checados pelo Controle de Infecção Hospitalar da Instituição. 
O controle rotineiro das cargas e dos esterilizadores é de vital importância para a qualidade do 
processamento. Este controle será feito por: 
Novamente veremos a RDC n° 15 com os seus respectivos artigos a respeito da monitorização do 
processo de esterilização dos artigos, para revisarmos a legislação vigente sobre o assunto: 
Art. 96 O monitoramento do processo de esterilização deve ser realizado em cada carga em pacote 
teste desafio com integradores químicos (classes 5 ou 6), segundo rotina definida pelo próprio CME ou pela 
empresa processadora. 
Art. 97 O monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a 
cada ciclo de esterilização. 
Art. 98 No monitoramento do processo de esterilização dos produtos para saúde implantáveis deve ser 
adicionado um indicador biológico, a cada carga. 
Parágrafo único. A carga só deve ser liberada para utilização após leitura negativa do indicador 
biológico. 
Art. 99 O monitoramento do processo de esterilização com indicador biológico deve ser feito 
diariamente, em pacote desafio disponível comercialmente ou construído pelo CME ou pela empresa 
processadora, que deve ser posicionado no ponto de maior desafio ao processo de esterilização, definido 
durante os estudos térmicos na qualificação de desempenho do equipamento de esterilização. 
Art. 100 A área de monitoramento do processamento de produtos para saúde deve dispor de sistema 
para guarda dos registros dos monitoramentos. 
 
2 – MÉTODOS DE LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO. 
 
Para darmos início aos nossos estudos sobre métodos de esterilização e desinfecção, limpeza, fique 
atento a alguns conceitos. 
Entendamos inicialmente que o CME constitui um ambiente de trabalho que apresenta riscos 
ocupacionais, que expõem os profissionais da saúde a fluidos corpóreos veiculadores de micro-organismos, 
substâncias orgânicas e inorgânicas contaminadas. Por isso, há a importância da utilização de equipamentos 
de proteção individual (EPI). O uso de EPI neste setor diminui o risco de contato direto da pele e mucosas 
com qualquer material contaminado e os produtos químicos necessários ao processo. 
Os conceitos abaixo são os mais cobrados sobre esse tema. Observe os sublinhados para entender a 
diferença entre os conceitos: 
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Limpeza é a remoção mecânica de sujidade em objetos inanimados ou superfícies, imprescindível antes 
da execução de processos de desinfecção e/ou esterilização. 
Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de micro-organismos num 
ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção. 
Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de micro-organismos ou 
removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos 
ou desinfetantes. Portanto, é a destruição de micro-organismos existentes nas camadas superficiais ou 
profundas da pele, mediante a aplicação de um agente germicida de baixa causticidade, hipoalergênico e 
passível de ser aplicado em tecido vivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Degermação: Vem do inglês degermation, ou desinquimação, e significa a diminuição do número de 
micro-organismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão. Ou seja, É a remoção de 
detritos e impurezas depositados sobre a pele (superficiais). Sabões e detergentes sintéticos, graças a sua 
propriedade de umidificação, penetração, emulsificação e dispersão, removem mecanicamente a maior parte 
da flora microbiana existente nas camadas superficiais da pele, também chamada flora transitória. 
Fumigação: é a dispersão sob forma de partículas, de agentes desinfectantes como gases, líquidos ou 
sólidos. 
Desinfecção é processo físico ou químico que elimina a maioria dos microrganismos patogênicos de 
objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos, podendo ser de baixo, médio ou alto 
nível. 
• Desinfecção de baixo nível: processo físico ou químico que elimina bactérias vegetativas, alguns 
vírus e fungos, de objetos inanimados e superfícies, sem atividade contra micobactérias ou esporos 
bacterianos. 
• Desinfecção de médio nível: processo físico ou químico que elimina bactérias vegetativas, 
micobactérias, maioria dos vírus e fungos, de objetos inanimados e superfícies. 
• Desinfecção de alto nível: processo físico ou químico que destrói todos os microrganismos de 
objetos inanimados e superfícies, exceto um número elevado de esporos bacterianos. 
Esterilização: é processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas 
vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos. Toda 
esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos. 
Esterilizantes: são meios físicos (calor, filtração, radiações, etc) capazes de matar os esporos e a forma 
vegetativa, isto é, destruir todas as formas microscópicas de vida. 
Germicidas: são meios químicos utilizados para destruir todas as formas microscópicas de vida e são 
designados pelos sufixos "cida" ou "lise", como por exemplo, bactericida, fungicida, virucida, bacteriólise etc. 
Os detergentes sintéticos não-iônicos praticamente são destituídos de ação germicida. Sabõese 
detergentes sintéticos aniônicos exercem ação bactericida contra micro-organismos muito frágeis 
como o Pneumococo, porém, são inativos para Stafilococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e 
outras bactérias Gram negativas. Consequentemente, sabões e detergentes sintéticos (não iônicos e 
aniônicos) devem ser classificados como degermantes, e não como antissépticos. 
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LIMPEZA 
Limpeza é a remoção mecânica de sujidade em objetos inanimados ou superfícies, imprescindível antes 
da execução de processos de desinfecção e/ou esterilização. 
Métodos e equipamentos de limpeza utilizados em superfícies fixas: 
- Limpeza manual molhada consiste em espalhar uma solução de detergente no piso e esfregar com 
escova ou esfregão, empurrar com rodo a solução suja para o ralo, enxaguar várias vezes com água limpa, em 
sucessivas operações de empurrar com o rodo para o ralo. 
- Limpeza seca é utilizada para retirada de sujidade, pó ou poeira através de vassoura (varredura seca) 
e/ou aspirador. A limpeza com vassoura só é aconselhável em áreas não críticas descobertas, como 
estacionamentos, pátios, etc.; e, nas áreas não críticas cobertas, se for necessária a limpeza seca, esta deve ser 
feita com aspirador. 
- Limpeza com máquina de lavar tipo enceradeira a vácuo ou automática é usada para limpeza de pisos 
com máquinas que possuem tanque para soluções de detergente, o qual é dosado diretamente; diminui o 
esforço e risco para o trabalhador. 
- Limpeza manual úmida é realizada com a utilização de rodos, mops, panos ou esponjas umedecidos 
em solução detergente, com posterior enxágue com pano umedecido em água limpa. Mais adotada para 
paredes, mobiliários e equipamentos de grande porte; no caso de pisos, é utilizado o mesmo procedimento 
com pano e rodo. O procedimento, além de requerer muito esforço do profissional, submete-o ao risco de 
contaminação. Os panos e mops utilizados na limpeza deverão ser encaminhados e lavados na lavanderia e 
guardados secos, como medida de higiene e conservação. 
Segundo disposições da ANVISA4, os tipos de produtos químicos utilizados em limpeza de superfícies 
fixas são os seguintes: 
1. Produtos alvejantes - geralmente à base de cloro, buscam, além de algum efeito desinfetante, o 
clareamento de determinados pisos. 
2. Produtos desincrustantes e enzimáticos - tem em sua formulação enzimas que facilitam a remoção 
de sujidades. São mais utilizados para a limpeza de artigos e não de superfícies, pois os objetos precisam nele 
ficar submersos por um período de tempo. 
3. Produtos desinfetantes - utilizados na presença de matéria orgânica visível em qualquer superfície e 
em locais e instalações que possam constituir risco de contaminação para pacientes e funcionários, devido 
 
4 Programa do Controle de Infecção Hospitalar (ANVISA, 2000). 
 
Na rotina, os termos antissépticos, desinfetantes e germicidas são empregados como sinônimos, 
fazendo que não haja diferenças absolutas entre desinfetantes e antissépticos. Entretanto, 
caracterizamos como antisséptico quando a empregamos em tecidos vivo e desinfetante quando a 
utilizamos em objetos inanimados. 
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presença frequente de descarga de excreta, secreção ou exsudação de material orgânico. Exemplos: 
banheiros, expurgos e qualquer local em que tenha ocorrido eliminação de matéria orgânica. Segundo a 
Portaria nº 15/88 do Ministério da Saúde, os princípios ativos permitidos para a desinfecção das superfícies 
fixas são: fenólicos; quaternários de amônio; compostos orgânicos e inorgânicos liberadores de cloro ativo; 
iodo e derivados; álcoois e glicóis; biguanidas; outros princípios ativos, desde que atendam a legislação 
pertinente. Para lactários, os princípios ativos mais adequados, devido à sua baixa toxicidade, são: compostos 
inorgânicos e orgânicos liberadores de cloro ativo; hipoclorito de sódio, lítio e de cálcio. 
4. Produtos tensoativos e detergentes - são os produtos que contêm necessariamente em sua 
formulação substâncias que têm a finalidade de limpar através da redução da tensão superficial (umectação), 
dispersão e suspensão da sujeira. 
Com base nas recomendações da Sobbec (2013) e RDC ANVISA 15/2012, a limpeza de artigos pode ser 
realizada por método manual (com uso de água, detergente e acessórios de limpeza), embora, para produtos 
de conformação simples (não complexa), seja preferível o método automatizado de jato sob pressão, que 
propicia agilidade, uniformidade e monitoramento do processo, além de reduzir a exposição dos profissionais 
a riscos ocupacionais biológicos. 
Nenhum produto para a saúde pode ser desinfetado ou esterilizado sem que antes seja adequadamente 
limpo. A presença de resíduos orgânicos (sangue, soro, secreções, fezes, fragmentos de tecidos, biofilmes de 
elevada carga microbiana) e inorgânicos (minerais, gesso resinas e produtos químicos) compromete a 
eficiência do processamento de diversas formas, em especial atuando como barreira física e impedindo a ação 
do agente desinfetante e esterilizante. 
A secagem completa dos produtos, manual ou automatizada, deve ser garantida, pois a umidade 
residual favorece o crescimento microbiano, interfere nos processos de esterilização, dilui os desinfetantes e 
causa manchas na superfície dos produtos para a saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sempre que for estudar, utilize o filtro inteligente do site, afim de ter o direcionamento para 
cada concurso e não perder tempo estudando o que não será cobrado no concurso almejado. 
 
Os temas na enfermagem e SUS são atualizados rapidamente. Por isso, fique atento (a) às 
atualizações do site. Isso é uma rotina nossa! 
 
Utilize o fórum para contato direto com a equipe de professores do site a fim de sanar todas as 
suas dúvidas, esse recurso é essencial para a sua preparação. 
 
Temos algumas provas e questões comentadas das principais bancas de concurso na 
enfermagem neste curso. Estamos semanalmente ampliando isso para lhe oferecer sempre o 
conteúdo atualizado e abrangente para sua aprovação de todas as bancas. 
 
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DESINFECÇÃO 
Desinfecção é processo físico ou químico que elimina a maioria dos microrganismos patogênicos de 
objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos, podendo ser de baixo, médio ou alto 
nível. 
 Desinfecção de baixo nível: processo físico ou químico que elimina bactérias vegetativas, alguns 
vírus e fungos, de objetos inanimados e superfícies, sem atividade contra micobactérias ou 
esporos bacterianos. 
 Desinfecção de médio nível: processo físico ou químico que elimina bactérias vegetativas, 
micobactérias, maioria dos vírus e fungos, de objetos inanimados e superfícies. 
 Desinfecção de alto nível: processo físico ou químico que destrói todos os microrganismos de 
objetos inanimados e superfícies, exceto um número elevado de esporos bacterianos. 
Vamos descrever, no quadro abaixo, os principais desinfetantes hospitalares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS UTILIZADOS OS DESINFETANTES HOSPITALARES 
Álcool (etílico e 
Isopropílico) 
 mecanismo de ação: induz à desnaturação de proteínas e à inibição da produção do 
metabolismo essencial para a rápida divisão celular; 
 espectro de ação: são bactericidas, tuberculocidas, fungicidas e virulicidas; mas não são 
esporicidas; 
 concentração de uso: álcool etílico a 70% em peso; 
 indicação de uso: desinfecção de nível intermediário de artigos e superfícies com tempo 
de exposição de 10 minutos na concentração indicada. Ex.: ampolas de vidros, 
termômetros retal e oral, estetoscópios, superfícies externas de equipamentos metálicos, 
camas, macas, colchões, bancadas etc. 
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Fenólicos 
 mecanismo de ação: inativação do sistema enzimático e perda de metabólitos essenciais 
pela parede celular; 
 espectro deação: bactericida, fungicida, virulicida (HIV) e tuberculicida; 
 concentração: são encontradas em concentrações de 1 a 7%; sendo a de 5% a mais 
utilizada; 
 uso: desinfecção de superfícies e artigos metálicos e de vidro em nível médio, ou 
intermediário e baixo, com tempo de exposição de 10 minutos para superfícies e de 30 
minutos para artigos, na concentração indicada pelo fabricante; 
 atenção: não são recomendados para artigos que entram em contato com o trato 
respiratório, alimentos, berçário, nem com objetos de látex, acrílico e borrachas. Pelo 
efeito residual são ativos na presença de matéria orgânica. 
Quaternários de 
Amônia 
 são indicados para desinfecção de superfícies em berçários e unidades de manuseio de 
alimentos: 
 mecanismos de ação: inativação de enzimas produtoras de energia, desnaturação de 
proteínas celulares e ruptura de membrana celular; 
 espectro de ação: fungicida, bactericida, virulicida; 
 concentração de uso: recomendada pelo fabricante; 
 indicação: desinfecção de baixo nível: tempo de exposição de 30 minutos, na 
concentração indicada pelo fabricante. 
Compostos inorgânicos 
liberadores de cloro 
ativo (Hipoclorito de 
sódio/cálcio/lítio) 
 promove desinfecção de nível médio. 
 mecanismos de ação: inibição de reação enzimática básica da célula, desnaturação de 
proteína e inativação de ácidos nucléicos; expectro de ação: virulicida, bactericida, 
microbactericida e esporicida para um grande número de esporos; 
 concentração de uso: 0,02 a 1%, dependendo da indicação de uso; 
 indicação: desinfecção de lactários, cozinhas, depósitos de água, material de inaloterapia 
e oxigenoterapia na concentração de 0,02% e tempo de contato de 60 min. Desinfecção 
de superfície de unidade de diálise, hemodiálise, banco de sangue, laboratórios na 
concentração de 1% por 10 minutos; 
 observação: o uso é limitado pela presença de matéria orgânica, capacidade corrosiva e 
descolorante, não devendo ser usado em metais e mármore. 
Solução de Iodo 
 espectro de ação: bactericida, tuberculicida, fungicida, virulicida, não esporicida; 
 concentração de uso: álcool iodado a 0,5% e tempo de contato de 10 minutos; 
 indicação: na desinfecção de nível intermediário. Ampolas de vidro, estetoscópio, 
otoscópio, superfícies externas de equipamentos, partes metálicas de incubadora etc; 
 recomendações: após o tempo de contato, removê-lo friccionando álcool, para evitar os 
efeitos corrosivos do iodo. As soluções devem ser acondicionados em frascos escuros, 
fechados e guardados em locais frescos; 
 efeito residual de 2 a 4 horas; 
 ação neutralizada pela presença de matéria orgânica. 
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Segundo a ANVISA5, o glutaraldeído é o agente mais utilizado na desinfecção, na concentração de 2% e 
por um período de exposição de 30 minutos. 
Não danifica metais, borracha, lentes e outros materiais, podendo ser utilizado na desinfecção de 
endoscópios e aparelhos com lentes. 
O enxágue do material pode ser feito em água corrente potável, a secagem com uma compressa ou 
toalha macia, ou com ar comprimido, acondicionado em recipiente desinfetado e guardado até o próximo uso. 
Ao manipular o glutaraldeído, o funcionário deve usar luva de borracha, óculos e máscara. 
O uso mais difundido do glutaraldeído é na desinfecção de artigos semicríticos e instrumentos sensíveis 
ao calor. Não deve ser usado na limpeza de superfícies pelo seu teor tóxico e fator econômico. 
 
 
 
 
 
 
ESTERILIZAÇÃO 
 
Esterilização é o processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, ou seja, bactérias na 
forma vegetativas e esporuladas, fungos e vírus, mediante a aplicação de agentes físicos e químicos. 
Entretanto, considerando o comportamento dos micro-organismos em um meio de cultura e sobre ação de 
um agente esterilizante, o processo de esterilização assume um entendimento mais complexo. 
Sendo assim, esterilização é o processo pelo qual os micro-organismos são mortos a tal ponto que não 
seja mais possível detectá-los no meio de cultura padrão no qual previamente haviam proliferado. 
Os métodos de esterilização podem ser físicos e químicos. Dentre os físicos há o calor, sob a forma 
úmida e seca, a radiação e a filtração. Dentre os métodos químicos, há os agentes químicos sob a forma líquida 
e gasosa. Nas instituições de saúde, os métodos de esterilização disponíveis rotineiramente são o calor, sob a 
forma úmida e seca, e os agentes químicos. 
 
5
 ANVISA, 2000, p. 13. 
Glutaraldeído 
 promove desinfecção de alto nível; 
 mecanismos de ação: altera o DNA, RNA e síntese protéica; 
 espectro de ação: bactericida, fungicida, microbactericida e esporicida; 
 concentração: 2% por 30 minutos; 
 indicação: endoscópios de fibra ótica de alto risco (enxaguar com água estéril); artigos 
não descartáveis, metálicos ou corrosivos por hipoclorito; instrumental termo-sensível; 
equipamentos de aspiração etc.; 
 recomendações: materiais demasiadamente porosos como os de látex podem reter o 
glutaraldeído, caso não haja bom enxágue. 
 Apresenta atividade germicida em presença de matéria orgânica, entretanto, materiais 
colocados no glutaraldeído sem limpeza prévia apresentam impregnação de sangue e 
secreções pela formação de precipitados, dificultando a limpeza de maneira especial. O 
produto deve ser manipulado em local arejado e com uso de EPI. 
“Está estudando? Deixe o celular no silencioso. Concentre-se!” 
 
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Os processos de esterilização por calor úmido (autoclaves) e calor seco (estufas) são os mais cobrados 
em provas de concursos. 
 
MÉTODOS FÍSICOS 
 
Esterilização por vapor 
O vapor quente sob pressão é o método mais usado para esterilização de 
materiais médico-hospitalares do tipo crítico. É não tóxico, de baixo custo e esporicida. 
Por esses motivos, deve ser usado para todos os itens que não sejam sensíveis ao calor e 
à umidade. O calor úmido destrói os micro-organismos por coagulação e desnaturação 
irreversíveis de suas enzimas e proteínas estruturais. Este tipo de processo é realizado 
em autoclaves. 
As autoclaves podem ser divididas segundo os tipos abaixo: 
Gravitacional - O vapor é injetado forçando a saída do ar. A fase de secagem é limitada uma vez que não 
possui capacidade para completa remoção do vapor. Sua desvantagem é que pode apresentar umidade ao 
final pela dificuldade de remoção do ar. As autoclaves verticais são mais indicadas para laboratórios. Na 
venturi, o ar é removido através de uma bomba. A fase de secagem é limitada uma vez que não possui 
capacidade para completa remoção do vapor. Sua desvantagem é que pode apresentar umidade pelas 
próprias limitações de remoção do ar do equipamento. 
Alto vácuo - Introduz vapor na câmara interna sob alta pressão com ambiente em vácuo. É mais seguro 
que o gravitacional devido a alta capacidade de sucção do ar realizada pela bomba de vácuo. 
Como vantagens do calor úmido, é possível considerar o rápido aquecimento e a penetração do calor 
em artigos têxteis e a destruição de esporos microbianos em um curto período de exposição. Ele também é 
um processo econômico, de fácil controle de qualidade e não deixa resíduos tóxicos nos materiais submetidos 
ao processo de esterilização. 
Em relação às desvantagens do calor úmido, podemos citar o efeito deletério sobre alguns materiais, 
particularmente aqueles que são intolerantes ao calor (produtos termossensíveis). Dependendo do material 
utilizado na fabricação dos artigos, o calor úmido poderá promover um efeito de corrosão e podem também 
ocorrer danos em fibras ópticas. Outra limitação é a não esterilização de óleos e pós, por serem impermeáveis 
ao vapor, os quais devem ser esterilizados por calor seco ou radiação. 
 
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR SECO 
 
A esterilização pelo calor seco é feita em estufas elétricas equipadas com termostato e ventilador, a fimde promover um aquecimento mais rápido, controlado e uniforme dentro da câmara. A circulação de ar 
quente e o aquecimento dos materiais se faz de forma lenta e irregular, requerendo longos períodos de 
exposição e temperatura mais elevada do que o vapor saturado sob pressão para se alcançar a esterilização. 
Este processo deve se restringir a artigos que não possam ser esterilizados pelo vapor saturado sob 
pressão, pelo dano que a umidade pode lhes causar ou quando são impermeáveis, como vaselina, óleos e pós. 
As estufas são usadas para esterilizar materiais ¨secos¨, como vidraria, principalmente as de precisão, 
seringas, agulhas, pós, instrumentos cortantes, gases vaselinadas, gases furacinadas, óleos, vaselina, etc. 
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A esterilização acontece quando a temperatura no interior da estufa atinge de 160 ºC a 170ºC, durante 
1 a 2 horas (dependendo do equipamento)6, ocorrendo destruição de microorganismos, inclusive os esporos. 
Deve-se salientar que a temperatura precisa permanecer constante por todo esse tempo, evitando-se abrir a 
porta da estufa antes de vencer o tempo. 
Atualmente, a indicação para a esterilização por meio de calor seco é a esterilização de óleos e pós. 
Todavia, para a maioria dos serviços de saúde no Brasil, esses produtos são facilmente adquiridos já 
esterilizados. A ANVISA não recomenda a utilização de estufas em serviços de saúde. 
 
Guarda suas vantagens na capacidade de penetração do calor e na não corrosão dos 
metais e dos instrumentos cortantes, sendo porém um método que exige maior tempo de 
exposição para alcançar seus objetivos, por oxidação dos componentes celulares. Abaixo, 
alguns exemplos de temperatura e respectivo tempo de exposição necessário: 
 
Temperatura Tempo 
171°C 60 minutos 
160°C 120 minutos 
149°C 150 minutos 
141°C 180 minutos 
121°C 12 horas 
 
MÉTODOS FÍSICO-QUÍMICOS 
De forma geral, os métodos físico-químicos são processos realizados com baixas temperaturas. A 
esterilização a baixa temperatura é requerida para materiais termo sensíveis e/ou sensíveis à umidade. O 
método ideal não existe e todas as tecnologias têm limitações. 
Óxido de etileno 
É quase que exclusivamente utilizado para esterilização de equipamentos que não 
podem ser autoclavados. A efetividade do processo depende da concentração do gás, da 
temperatura, da umidade e do tempo de exposição. Age por alcalinização de proteínas, 
DNA e RNA. As desvantagens para sua aplicação são o tempo necessário para efetivar o 
processo, o custo operacional e os possíveis riscos aos pacientes e aos profissionais 
envolvidos. Apresenta potencial carcinogênico e mutagênico, genotoxicidade, podendo 
alterar sistema reprodutor e nervoso e, ainda, causar sensibilização aos profissionais 
envolvidos no processo, devendo haver supervisão médica constante nos mesmos. 
 
Radiação ionizante 
Método extremamente caro de esterilização, tendo sido usado para tecidos 
destinados a transplantes, drogas, entre outros. Para outros artigos, perde para o óxido 
de etileno, justamente devido a seu custo. As vantagens do processo estão em permitir 
aos produtos serem tratados na sua embalagem de transporte e também no fato dos 
prestadores de serviço possuírem irradiadores de grande porte, onde pallets inteiros 
 
6
 Alguns autores relatam que o tempo necessário para esterilização por meio de estufa varia entre duas a uma hora, quando em 
temperaturas de 160 º C a 170º C, respectivamente. 
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são processados ao mesmo tempo sem a necessidade de desconfigurar a carga, e os produtos não necessitam 
retornar ao fabricante inicial para serem reembalados. Nesta condição, podem ser despachados diretamente 
para o consumidor final reduzindo substancialmente os custos de logística. 
 
 
 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
Meu amigo (a), o foco e disciplina nos estudos o levará a aprovação, então vamos ver algumas 
questões importantes a respeito do tema abordado! 
 
1. (UFSM-RS/2013) Considerando a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 15/2012 - ANVISA, assinale a 
alternativa correta quanto a Central de Material e Esterilização. 
a) Deve ser composta de área comum para separação de materiais, recepção e lavagem e descontaminação. 
b) Quando pertencente a estabelecimentos de saúde que não realizam atividades cirúrgicas, necessita de área 
de tratamento de gás. 
c) Na área de descontaminação, não há necessidade de barreira física como nas demais áreas. 
d) Na área de estocagem, o acesso deve ser ilimitado. 
e) Pode ficar localizada fora do estabelecimento de assistência à saúde. 
 COMENTÁRIOS: 
Vamos analisar os itens da questão: 
a) O item encontra-se incorreto, uma vez que a CME deve ser composta de áreas diferentes para 
separação de materiais, recepção e lavagem e descontaminação. A composição da CME é a seguinte: 
 área de recepção e limpeza (setor sujo); 
 área de prepraro e esterilização (setor limpo); 
 sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo); 
 área de monitoramento do processo de esterilização e área de armazenamento; 
 distribuição de materiais esterilizados (setor limpo). 
b) O item encontra-se incorreto. Na RDC 307/02 vem expresso que nas CME simplificadas o setor de 
tratamento de gás é dispensado. 
c) O item está claramente incorreto, pois deve existir, no mínimo, barreira técnica entre o setor sujo e os 
setores limpos. 
d) Item errado. Como vimos anteriormente, o armazenamento de produtos para saúde deve ser 
centralizado em local exclusivo e de acesso restrito, não podendo ocorrer em área de circulação, mesmo que 
temporariamente. 
e) Item correto De acordo com a RDC 307/02, as unidades de CME podem estar localizadas fora dos 
Estabelecimentos de Atenção à Saúde (EAS). 
 
 
 
Portanto, o gabarito desta questão é a letra E. 
 
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2. (AL-MT/FGV/2013) De acordo com as normas de boas práticas da ANVISA para o processamento de 
produtos para a saúde, assinale a afirmativa correta. 
a) O CME Classe II é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e 
críticos de conformação não complexa, passíveis de processamento. 
b) Os produtos para a saúde classíficados como críticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de 
desinfecção de alto nível, após a limpeza. 
c) As leitoras de indicadores biológicos e as seladoras térmicas devem ser calibradas, no mínimo, duas vezes ao 
ano. 
d) Os produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia, poderão ser submetidos à 
desinfecção com a utilização de saneantes a base de aldeídos. 
e) Os produtos para saúde classificados como semicriticos são aqueles que entram em contato com pele não 
íntegra ou mucosas íntegras colonizadas. 
COMENTÁRIOS: 
Segundo a RDC nº15/20127, que dispõe sobre os requisitos de boas práticas para o processamento de 
produtos para a saúde a Central de Material e Esterilização, passa a existir duas classificações da CME, 
confome definições abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora, vamos compreender a diferença entre artigos não críticos, críticos e semicríticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7
 ANVISA. RESOLUÇÃO - RDC No- 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012. 
•é aquela que realiza o processamento de produtos para a saúde não 
críticos, semicríticos e críticos de CONFORMAÇÃO NÃO COMPLEXA 
passíveis de processamento. 
CME 
Classe I 
•é aquela que realiza o processamento de produtos para a saúde não 
críticos, semicríticos e críticos de CONFORMAÇÃO COMPLEXA e NÃO 
COMPLEXA passíveis de processamento. 
CME 
Classe II 
•Aquele utilizado em procedimentos de alto risco para desenvolvimento de 
infecções ou que penetra tecidos ou órgãos; 
•Requer esterilização para uso; 
•Exemplos: instrumental cirúrgico, agulhas hipodérmicas, cateteres vasculares, 
pinças de biópsia. 
Artigo 
Crítico•Aquele que entra em contato com a pele não íntegra ou com mucosa; 
•Requer desinfecção de alto nível ou esterilização para uso; 
•Exemplos: equipamentos de terapia respiratória e de anestesia, endoscopia. 
Artigo 
semicrítico 
• Utilizado em procedimentos com baixíssimo risco de desenvolvimento de 
infecções associadas ou que entra em contato apenas com pele íntegra; 
•Requer limpeza apenas ou desinfecção de baixo ou médio nível, dependendo 
do risco de transmissão secundária de microrganismos de importância 
epidemiológica; 
•Exemplos: roupas de cama e banho e mobiliário de paciente, paredes e pisos, 
termômetro axilar, diafragma de estetoscópio, aparelhos de pressão. 
Artigo não 
crítico 
 - 
 
 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos aos itens da questão: 
a) Como vimos, a CME II realiza processamento de artigos de conformação complexa e não complexa. 
Dessa forma, o item encontra-se errado. 
b) Os produtos para a saúde classíficados como críticos devem ser submetidos ao processo de 
esterilização. Item errado. 
c) As leitoras de indicadores biológicos e as seladoras térmicas devem ser calibradas, no mínimo, 
anualmente, e não duas vezes ao ano como dizia a questão. Item errado. 
d) Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia, não poderão ser submetidos 
à desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de saneantes a base de aldeídos. 
Portanto, item errado. 
e) Os produtos para saúde classificados como semicriticos são aqueles que entram em contato com pele 
não íntegra ou mucosas íntegras colonizadas. Item corretíssimo. 
 
 
 
3. (Prefeitura de Duque de Caxias-RJ/IDECAN/2014) De acordo com a Resolução RDC nº 15/2012 – ANVISA, o 
CME (Centro de Material e Esterilização) que realiza o processamento de produtos para a saúde não críticos, 
semicríticos e críticos de conformação não complexa, passíveis de processamento, é o 
a) primário 
b) da classe I 
c) da classe II 
d) secundário. 
e) de nível básico. 
COMENTÁRIOS: 
Segundo a RDC nº15/2012*, que dispõe sobre os requisitos de boas práticas para o processamento de 
produtos para a saúde a Central de Material e Esterilização, passa a existir duas classificações da CME, 
confome definições abaixo: 
 
 
 
O gabarito da questão, portanto, é a letra E. 
 
 - 
 
 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*
 ANVISA. RESOLUÇÃO - RDC No- 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012. 
 
4. (HU-UFGD/EBSERH/Instituto AOCP/2014) No Centro de Material e Esterilização, o conjunto de medidas 
comportamentais dos profissionais de saúde visando à prevenção de contaminação cruzada entre o ambiente 
sujo e o ambiente limpo, na ausência de barreiras físicas, é chamado de 
a) barreira técnica. 
b) procedimento operacional. 
c) área semi-crítica. 
d) comportamento crítico. 
e) padrão de área 
COMENTÁRIOS: 
De acordo com a RDC nº 15/2012, barreira técnica: Conjunto de medidas comportamentais dos 
profissionais de saúde visando à prevenção de contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o ambiente 
limpo, na ausência de barreiras físicas; 
 
 
 
5. (Conjunto Hospitalar Sorocaba-CHS/CETRO/2014) Em relação aos conhecimentos de enfermagem na 
Central de Material e Esterilização (CME) e a RDC nº 15/2012, analise as assertivas abaixo. 
I. Na sala de desinfecção química, o enxágue dos materiais deve ser realizado com água que atenda aos 
padrões de potabilidade definidos em normatização específica. 
II. O CME deve realizar a monitorização dos parâmetros indicadores de efetividade dos desinfetantes para 
artigo semicrítico, como concentração, pH ou outros, no mínimo uma vez por semana. 
III. É proibido o uso de autoclave gravitacional de capacidade superior a 100 litros. 
IV. É permitido alteração dos parâmetros estabelecidos na qualificação de operação e de desempenho 
de qualquer ciclo dos equipamentos de esterilização sob supervisão técnica. 
V. O monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de 
esterilização. 
É correto o que se afirma em: 
a) II e IV, apenas. 
b) I, III e V, apenas. 
c) II, IV e V, apenas. 
•é aquela que realiza o processamento de produtos para a saúde não 
críticos, semicríticos e críticos de CONFORMAÇÃO NÃO COMPLEXA 
passíveis de processamento. 
CME 
Classe I 
•é aquela que realiza o processamento de produtos para a saúde não 
críticos, semicríticos e críticos de CONFORMAÇÃO COMPLEXA e NÃO 
COMPLEXA passíveis de processamento. 
CME 
Classe II 
Visto isto, concluímos que o gabarito é a letra B. 
 
Portanto, o gabarito é a letra A. 
 
 - 
 
 28 
d) I e V, apenas. 
e) II e V, apenas. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos analisar cada item para chegarmos à assertiva CORRETA: 
Item I. Correto. Verifique que o Art. 87 da RDC nº 15 está na íntegra: Na sala de desinfecção química o 
enxágue dos produtos para saúde deve ser realizado com água que atenda aos padrões de potabilidade 
definidos em normatização específica. 
Item II. Incorreto. De acordo com o Art. 90 da RDC nº 15, o CME deve realizar a monitorização dos 
parâmetros indicadores de efetividade dos desinfetantes para artigo semicrítico, como concentração, pH ou 
outros, no mínimo 1 vez ao dia, antes do inicio das atividades. 
Item III. Correto. Art. 91 na íntegra, é proibido o uso de autoclave gravitacional de capacidade superior a 
100 litros. CORRETO 
Item IV. Incorreto. Segundo o Art. 94, não é permitido à alteração dos parâmetros estabelecidos na 
qualificação de operação e de desempenho de qualquer ciclo dos equipamentos de esterilização. Verifique a 
norma não especifica se pode com a supervisão técnica, e veta a permissão. 
Item V. Correto. Isso mesmo! Olha o Art. 97: o monitoramento do processo de esterilização com 
indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de esterilização. 
 
 
Essa questão era a própria documentação da norma. Portanto, indicamos que após a realização dessa 
aula, leia novamente toda a norma para que fixe ainda mais o conteúdo. 
 
6. (HUPES-UFBA/EBSERH/IADES/2014) De acordo com o grau de risco de aquisição de infecções, os artigos 
hospitalares são classificados em críticos, semicríticos e não críticos. A esse respeito, assinale a alternativa que 
indica artigos críticos. 
a) Inaladores e termômetros. 
b) Máscaras de ambu e PVC. 
c) Cânula endotraqueal e comadres. 
d) Endoscópio do trato digestivo e artroscópio. 
e) Instrumental cirúrgico e tubos de látex. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos ver alguns exemplos, assim na hora da prova você irá lembrar as imagens de cada classificação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, o gabarito é a letra B. 
 
ARTIGOS CRÍTICOS 
ARTIGOS SEMI CRÍTICOS 
ARTIGOS NÃO CRÍTICOS 
 - 
 
 29 
Portanto, segundo a classificação de Spaulding, os artigos críticos são instrumental cirúrgico e tubos de 
látex. 
 
 
Essa questão foi passível de anulação, pois alguns tubos de látex (ex.: o látex do circuito da nebulização – 
artigo semicrítico) não entrarão em contato com vasos sanguíneos e nem com tecidos corporais internos. Por 
outro lado, alguns tubos de látex terão contato com tecidos corporais internos e/ou vasos sanguíneos (ex.: o 
látex de alguns tipos de drenos – artigos críticos). 
Todavia, pela organização das alternativas, a melhor resposta foi realmente a letra E. Precisamos ter 
sabedoria na hora da prova para assinalarmos a “melhor resposta”. Se errarmos, fazermos o recurso 
embasado para tentar anular a questão mal elaborada/errada . Isso faz parte do jogo, infelizmente! 
 
7. (HUAC-UFCG/COMPROV/2014) Sobre os requisitos de boas práticas para o processamento de produtos 
para saúde, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) Produtos para saúde classificados como semicríticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de 
desinfecção de alto nível, após a limpeza. 
b) São considerados produtos para saúde semicríticos: produtos que entram em contato com pele não íntegra 
ou mucosas íntegras colonizadas. 
c) O monitoramentodo processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de 
esterilização. 
d) Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia, poderão ser submetidos à 
desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de saneantes a base de aldeídos. 
e) As leitoras de indicadores biológicos e as seladoras térmicas devem ser calibradas, no mínimo, anualmente. 
COMENTÁRIOS: 
 Itens A e B. CORRETOS. Segundo a ANVISA, artigo semi-crítico é aquele que entra em contato com a pele 
não íntegra ou com mucosa. Requer desinfecção de alto nível ou esterilização para uso. Exemplos: 
equipamentos de terapia respiratória e de anestesia, endoscopia. 
 Item C. CORRETO. Isso mesmo, é o artigo da RDC na íntegra. 
 Item D. INCORRETO. Fique atento a esse item porque essa foi uma inovação da RDC n° 15 de 2012, art. 
13º, parágrafo único. Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia, NÃO poderão 
ser submetidos à desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de saneantes à base de 
aldeídos. 
 Item E. CORRETO. As leitoras de indicadores biológicos e as seladoras térmicas devem ser calibradas, no 
mínimo, anualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
O gabarito é a letra E. 
 
Esse item pode ser cobrado em prova utilizando outra frequência, por isso lembre-se que é 
ANUALMENTE! 
Nesses termos, o gabarito é a letra D. 
 
 - 
 
 30 
8. (HU-UFMS/ EBSERH/Instituto AOCP/2014) No que se refere ao fluxo do material no interior da Central de 
Material Esterilização (CME), assinale a alternativa que corresponda à sequência correta recomendada. 
a) Acondicionamento – Limpeza – Seleção – Esterilização – Distribuição. 
b) Limpeza – Seleção – Esterilização – Acondicionamento – Distribuição. 
c) Seleção – Acondicionamento – Limpeza – Esterilização – Distribuição. 
d) Limpeza – Seleção – Acondicionamento – Esterilização – Distribuição. 
e) Seleção – Limpeza – Acondicionamento – Esterilização – Distribuição. 
 
COMENTÁRIOS: 
 No que se refere ao fluxo do material no interior da Central de Material Esterilização (CME), segue um 
esquema para facilitar a sua compreensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo a figura acima que representa a orientação da SOBECC de 2009, teremos o seguinte fluxo: 
Recepção (Seleção entre artigos sujos, roupas ou artigos limpos0  Limpeza e secagem dos artigos sujos 
 Acondicionamento  Esterilização  Distribuição 
 
 
9. (Prefeitura de Ituporanga-SC/IOBV/2014) Em relação às atribuições e atividades na área de lavagem e 
descontaminação da Central Material Esterilizado (CME) está INCORRETO: 
a) Preparar empacotar ou acondicionar os materiais e roupas a serem esterilizados. 
b) Receber conferir e anotar a quantidade e espécie do material recebido. 
c) Proceder a limpeza do material. 
d) Verificar o estado de conservação do material. 
FLUXOGRAMA DOS ARTIGOS - CME 
UNIDADES 
CONSUMIDORAS 
CME 
UNIDADES 
FORNECEDOR 
Recepção de 
artigos sujos 
Recepção de roupas 
Recepção de 
artigos limpos 
Limpeza e secagem 
dos artigos 
Preparo e 
acondicionamento 
Esterilização 
Armazenamento de 
artigos processados 
Distribuição de artigos 
limpos e esterilizados 
Amigo(a), essa foi tranquila, portanto o gabarito é a letra E. 
 - 
 
 31 
COMENTÁRIOS: 
Essa questão é tranquila. 
 
Pois preparar empacotar ou acondicionar os materiais e roupas a serem esterilizados é competência da 
área de preparo de material e não da área de lavagem e descontaminação. 
 
10. (Prefeitura de Espera Feliz-MG/IDECAN/2014) A Resolução COFEN nº 424/2012 normatiza as atribuições 
dos profissionais de enfermagem em Centro de Material e Esterilização (CME) e em empresas processadoras 
de produtos para saúde. De acordo com o art. 1º, o qual dispõe o que cabe aos Enfermeiros Coordenadores, 
Chefes ou Responsáveis por Centro de Material e Esterilização (CME), ou por empresa processadora de 
produtos para saúde, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) No quadro de pessoal da Central de Material Esterilizado não é necessário a presença do profissional 
enfermeiro. 
b) Atualizar-se, continuamente, sobre as inovações tecnológicas relacionadas ao processamento de produtos 
para saúde. 
c) Orientar e supervisionar as unidades usuárias dos produtos para saúde quanto ao transporte e 
armazenamento dos mesmos. 
d) Propor e utilizar indicadores de controle de qualidade do processamento de produtos para saúde sob sua 
responsabilidade. 
e) Promover capacitação, educação permanente e avaliação de desempenho dos profissionais que atuam no 
CME, ou na empresa processadora de produtos para saúde. 
COMENTÁRIOS: 
 Vejamos o que diz o art. 1º da Resolução COFEN nº 424/2012: 
 Cabe aos Enfermeiros Coordenadores, Chefes ou Responsáveis por Centro de Material e Esterilização 
(CME), ou por empresa processadora de produtos para saúde: 
 I - Planejar, coordenar, executar, supervisionar e avaliar todas as etapas relacionadas ao processamento 
de produtos para saúde: recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, 
desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição para as unidades consumidoras; 
II - Participar da elaboração de Protocolo Operacional Padrão (POP) para as etapas do processamento de 
produtos para saúde, com base em referencial científico atualizado e normatização pertinente. Os Protocolos 
devem ser amplamente divulgados e estar disponíveis para consulta; 
III - Participar da elaboração de sistema de registro (manual ou informatizado) da execução, 
monitoramento e controle das etapas de limpeza e desinfecção ou esterilização, bem como da manutenção e 
monitoramento dos equipamentos em uso no CME; 
IV - Propor e utilizar indicadores de controle de qualidade do processamento de produtos para saúde, 
sob sua responsabilidade; 
V - Avaliar a qualidade dos produtos fornecidos por empresa processadora terceirizada, quando for o 
caso, de acordo com critérios preestabelecidos; 
VI - Acompanhar e documentar, sistematicamente, as visitas técnicas de qualificação da operação e do 
desempenho de equipamentos do CME, ou da empresa processadora de produtos para saúde; 
O gabarito da questão é a letra A 
 
 - 
 
 32 
VII - Definir critérios de utilização de materiais que não pertençam ao serviço de saúde, tais como prazo 
de entrada no CME, antes da utilização; necessidade, ou não, de reprocessamento, entre outros; 
VIII - Participar das ações de prevenção e controle de eventos adversos no serviço de saúde, incluindo o 
controle de infecção; 
IX - Garantir a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), de acordo com o ambiente de 
trabalho do CME, ou da empresa processadora de produtos para saúde; 
X - Participar do dimensionamento e da definição da qualificação necessária aos profissionais para 
atuação no CME, ou na empresa processadora de produtos para saúde; 
XI - Promover capacitação, educação permanente e avaliação de desempenho dos profissionais que 
atuam no CME, ou na empresa processadora de produtos para saúde; 
XII - Orientar e supervisionar as unidades usuárias dos produtos para saúde, quanto ao transporte e 
armazenamento dos mesmos; 
XIII - Elaborar termo de referência, ou emitir parecer técnico relativo à aquisição de produtos para saúde, 
equipamentos e insumos a serem utilizados no CME, ou na empresa processadora de produtos para saúde; 
XIV - Atualizar-se, continuamente, sobre as inovações tecnológicas relacionadas ao processamento de 
produtos para saúde. 
 
Pois “não é permitido o funcionamento de central de material e esterilização sem a presença do 
enfermeiro". 
 
11. (HUCAM-UFES/EBSERH/Instituto AOCP/2014/) O processo físico ou químico que destrói a maioria dos 
micro-organismos de artigos semicríticos, inclusive micobactérias e fungos, exceto um número elevado de 
esporos bacterianos é chamado de: 
a) esterilização. 
b) assepsia.c) descontaminação. 
d) desinfecção de alto nível. 
e) limpeza terminal. 
 
COMENTÁRIO 
Vamos retomar o conceito, pois dessa forma você não vai esquecer: Desinfecção de alto nível: processo 
físico ou químico que destrói todos os microrganismos de objetos inanimados e superfícies, exceto um número 
elevado de esporos bacterianos. 
 
 
 
12. (Prefeitura de Ibiporã-PR/AOCP/2011) O processo que destrói microrganismos, patogênicos ou não, dos 
artigos, com exceção de esporos bacterianos, por meios físicos ou químicos é chamado de 
a) Desinfecção. 
b) Limpeza. 
c) Detergente Enzimático. 
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A 
Logo, o gabarito é a letra D. 
 
 - 
 
 33 
d) Esterilização. 
e) Assepsia. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos retomar os conceitos: 
Limpeza é a remoção mecânica de sujidade em objetos inanimados ou superfícies, imprescindível antes 
da execução de processos de desinfecção e/ou esterilização. 
Esterilização é o processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, ou seja, bactérias na 
forma vegetativa e esporuladas, fungos e vírus, mediante a aplicação de agentes físicos e químicos. 
Desinfecção é processo físico ou químico que elimina a maioria dos microrganismos patogênicos de 
objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos, podendo ser de baixo, médio ou alto 
nível. 
 Desinfecção de baixo nível: processo físico ou químico que elimina bactérias vegetativas, alguns vírus e 
fungos, de objetos inanimados e superfícies, sem atividade contra micobactérias ou esporos bacterianos. 
 Desinfecção de médio nível: processo físico ou químico que elimina bactérias vegetativas, 
micobactérias, maioria dos vírus e fungos, de objetos inanimados e superfícies. 
 Desinfecção de alto nível: processo físico ou químico que destrói todos os microrganismos de objetos 
inanimados e superfícies, exceto um número elevado de esporos bacterianos. 
Assepsia é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microorganismos num 
ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção. 
Antissepsia é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microorganismos ou 
removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou 
desinfetantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13. (Prefeitura de Várzea Alegre – CE/URCA/2014) De acordo com as orientações gerais para a Central de 
Esterilização do Ministério da Saúde, todo processo de desinfecção e esterilização deve ser precedido pela 
limpeza e secagem rigorosas dos artigos. Do conceito de Desinfecção e esterilização de artigos todos estão 
corretos, EXCETO: 
a) Considera se um artigo estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microorganismo contaminantes 
é menor do que 1:1000.000. 
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A. 
 
Amigo(a), percebeu como as questões 11ª e a 12ª são bem parecidas? 
FIQUE ATENTO! As bancas de concurso costumam manter um estilo de prova e questões, daí a 
importância de você estar resolvendo questões com frequência para manter o foco em sua aprovação! 
E como você já deve ter lido anteriormente, no site do curso tem questões online, que estão sendo 
ampliadas diariamente (todas comentadas em vídeo) - estude por elas para ser aprovado (a). 
 - 
 
 34 
b) Desinfecção de nível intermediário possui ação bactericida e virucida, inclusive contra o bacilo da 
tuberculose, mas não destrói esporos. 
c) O método e o tipo de desinfecção deve ser escolhido de acordo com o Artigo. 
d) A esterilização só pode ser feita por meio de processo físico. 
COMENTÁRIOS: 
Item A. CORRETO. Convencionalmente considera-se um artigo estéril quando a probabilidade 
desobrevivência dos microorganismos contaminantes é menor do que 1:1.000.000. A exposição de um artigo a 
um agente esterilizante, não garante a segurança do processo, uma vez que esta depende de limpeza eficaz 
(Brasil 2001). 
Item B. CORRETO. Desinfecção de nível intermediário é o processo físico ou químico que destrói 
microrganismos patogênicos na forma vegetativa, micobactérias, a maioria dos vírus e dos fungos, de objetos 
inanimados e superfícies inclusive o bacilo da tuberculose. 
Item C. CORRETO. Isso mesmo! O método e o tipo de desinfecção deve ser escolhido de acordo com o 
Artigo. 
Item D. INCORRETO. Esse item é a exceção, veja por quê: 
Segue abaixo alguns dos métodos de esterilização. Guarde que existem os métodos físicos, 
químicos e físico-químicos de esterilização! 
MÉTODOS FÍSICOS 
Esterilização por vapor 
O vapor quente sob pressão é o método mais usado para esterilização de 
materiais médico-hospitalares do tipo crítico. É não tóxico, de baixo custo e esporicida. 
Por esses motivos, deve ser usado para todos os itens que não sejam sensíveis ao calor e 
à umidade. O calor úmido destrói os micro-organismos por coagulação e desnaturação 
irreversíveis de suas enzimas e proteínas estruturais. Este tipo de processo é realizado 
em autoclaves. As autoclaves podem ser divididas segundo os tipos abaixo: 
Gravitacional - O vapor é injetado forçando a saída do ar. A fase de secagem é limitada uma vez que não 
possui capacidade para completa remoção do vapor. Sua desvantagem é que pode apresentar umidade ao 
final pela dificuldade de remoção do ar. As autoclaves verticais são mais indicadas para laboratórios. Na 
venturi, o ar é removido através de uma bomba. A fase de secagem é limitada uma vez que não possui 
capacidade para completa remoção do vapor. Sua desvantagem é que pode apresentar umidade pelas próprias 
limitações de remoção do ar do equipamento. Apresenta a capacidade máxima de 100 litros. 
Alto vácuo - Introduz vapor na câmara interna sob alta pressão com ambiente em vácuo. É mais seguro 
que o gravitacional devido a alta capacidade de sucção do ar realizada pela bomba de vácuo. 
 
Esterilização por calor seco 
Este método é reservado somente aos materiais sensíveis ao calor úmido. Guarda 
suas vantagens na capacidade de penetração do calor e na não corrosão dos metais e dos 
instrumentos cortantes, sendo porém um método que exige maior tempo de exposição para 
alcançar seus objetivos, por oxidação dos componentes celulares. Abaixo, alguns exemplos 
de temperatura e respectivo tempo de exposição necessário: 
 
 - 
 
 35 
Temperatura Tempo 
171°C 60 minutos 
160°C 120 minutos 
149°C 150 minutos 
141°C 180 minutos 
121°C 12 horas 
 
MÉTODOS FÍSICO-QUÍMICOS 
De forma geral, os métodos físico-químicos são processos realizados com baixas temperaturas. A 
esterilização a baixa temperatura é requerida para materiais termo sensíveis e/ou sensíveis à umidade. O 
método ideal não existe e todas as tecnologias têm limitações. 
 
Óxido de etileno 
É quase que exclusivamente utilizado para esterilização de equipamentos que 
não podem ser autoclavados. A efetividade do processo depende da concentração do 
gás, da temperatura, da umidade e do tempo de exposição. Age por alcalinização de 
proteínas, DNA e RNA. As desvantagens para sua aplicação são o tempo necessário 
para efetivar o processo, o custo operacional e os possíveis riscos aos pacientes e aos 
profissionais envolvidos. Apresenta potencial carcinogênico e mutagênico, 
genotoxicidade, podendo alterar sistema reprodutor e nervoso e, ainda, causar 
sensibilização aos profissionais envolvidos no processo, devendo haver supervisão 
médica constante nos mesmos. 
 
Radiação ionizante 
Método extremamente caro de esterilização, tendo sido usado para tecidos 
destinados a transplantes, drogas, entre outros. Para outros artigos, perde para o óxido de 
etileno, justamente devido a seu custo. As vantagens do processo estão em permitir aos 
produtos serem tratados na sua embalagem de transporte e também no fato dos 
prestadores de serviço possuírem irradiadores de grande porte, onde pallets inteiros são 
processados ao

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