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Consumo sustentável de alimentos no Brasil

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1.220
SIMULADO ENEM 1
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA DE REDAÇÃO
(Enem) Com base na leitura dos textos motivadores se-
guintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua 
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma-
-padrão da língua portuguesa sobre o tema “Consumo susten-
tável de alimentos no Brasil: entre o sustentável e o desper-
dício”, apresentando proposta de conscientização social que 
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, 
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de 
seu ponto de vista.
TEXTO I
O universo midiático muitas vezes interfere nos hábitos das pes-
soas que nele veem o sinônimo de felicidade. Com isso sempre 
estão buscando ter e comprar tudo aquilo que veem na mídia. O 
consumista compulsivo sempre está infeliz. Quanto mais compra, 
mais quer comprar. Muitas vezes não tem recursos para tal consu-
mo, o que o deixa irritado e depressivo.
(http://goo.gl/7jvavS)
TEXTO II
O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU número 12 
diz: “Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis”. 
As metas incluem reduzir pela metade o desperdício de alimentos 
per capita mundial; alcançar o manejo ambientalmente saudável 
dos produtos químicos e todos os resíduos; e reduzir substancial-
mente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, re-
ciclagem e reúso, entre outros.
(https://nacoesunidas.org/pos2015/ods12/ )
TEXTO III
(http://goo.gl/7jvavS)
TEXTO IV
Os benefícios da alimentação orgânica
(http://blogdoaluno.utfpr.edu.br/?p=8131)
Instruções:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em 
até 30 linhas.
• A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada 
“insuficiente” e receberá nota zero.
• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo 
dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de 
Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas 
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
ESTA PROVA É UM SIMULADO QUE REPRODUZ AS CARACTERÍSTICAS DE CONTEÚDO E OS ASPECTOS VISUAIS DAS PROVAS OFICIAIS DO ENEM.
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
1º DIA 
CADERNO 
AMARELO
EM2SEN10198
s1
.2
20
Prova Geral 1 – 2ª série EM
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90, dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as instruções anteriores. 
Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome 
as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas.
5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE 
QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
6. Não esquecer de assinar a lista de presença.
7. Quando terminar as provas, entregue o CARTÃO-RESPOSTA ao aplicador.
8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorrida 1h30min do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE 
QUESTÕES.
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SIMULADO ENEM2
1.220
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
 01. Leia o texto a seguir.
I made my bed and I sleep like a baby
With no regrets and I don’t mind sayin’
It’s a sad sad story when a mother will teach her
Daughter that she ought to hate a perfect stranger
And how in the world can the words that I said
Send somebody so over the edge
That they’d write me a letter
Sayin’ that I better shut up and sing
Or my life will be over
I’m not ready to make nice
I’m not ready to back down
I’m still mad as hell and
I don’t have time to go round and round and round
It’s too late to make it right
I probably wouldn’t if I could
’Cause I’m mad as hell
Can’t bring myself to do what it is you think I should
Todo artista corre riscos ao manifestar-se politicamente, so-
bretudo por meio de canções de protesto. Foi o que de fato 
ocorreu com o grupo country norte-americano Dixie Chicks, 
quando uma das integrantes da banda criticou o então presi-
dente George W. Bush por autorizar a invasão do Iraque em 
2003. Com base exclusivamente no excerto anterior, da can-
ção “Not ready to make nice”, o que teria sucedido ao grupo 
após essas críticas?
 a) Manifestações políticas.
 b) Piquetes contra a entrada de fãs em shows.
 c) Ameaças de morte.
 d) Ocupação do palco por fãs.
 e) Queda nas vendas de CDs da banda.
 02. Leia o texto a seguir.
What’s going on inside our skulls? Thanks to brain scanners 
and other hi-tech methods, we now have the technology to peer 
inside the brain. However, that wasn’t always the case. In the 
late 18th century, it was believed that the shape of a person’s 
skull gave good insights into their personality and mental state.
The idea was that by measuring the various lumps and 
bumps of the skull, phrenologists could get an insight into the 
inner workings of their patients’ minds. By the 1840s, 50 years 
after its introduction, phrenology was discredited as a science. 
(Adaptado de http://www.bbc.com/future/story/20151028- 
a-brief-history-of-our-desire-to-peer-into-the-brain)
A comunidade científica com frequência contesta alegações 
pseudocientíficas, populares ou não. A frenologia, por vezes 
usada para justificar o racismo, tem como princípio básico que:
 a) contusões musculares podem provocar alterações de perso-
nalidade.
 b) a mente humana é e sempre será inescrutável.
 c) o formato da cabeça indica a personalidade do indivíduo.
 d) criminosos e políticos têm crânios com formatos semelhantes.
 e) os poderes telecinéticos do cérebro ainda permanecem um 
mistério.
 03. Leia o texto a seguir.
Think of what you skip reading a novel: thick paragraphs 
of prose you can see have too many words in them. What 
the writer is doing, he’s writing, perpetrating hooptedoodle, 
perhaps taking another shot at the weather, or has gone into 
the character’s head, and the reader either knows what the 
guy’s thinking or doesn’t care. I’ll bet you don’t skip dialogue.
(Disponível em: https://www.brainpickings.org/2013/ 
08/21/elmore-leonard-10-rules-of-writing/ )
O grande escritor Elmore Leonard, autor de Get shorty, Be 
cool e muitos outros romances, muitas vezes adaptados para 
o cinema, certa vez escreveu para o jornal The New York Times 
um artigo com dez “regras” que todo escritor deveria seguir. 
Uma delas, explicitada no excerto anterior, poderia ser expres-
sa da seguinte forma:
 a) Privilegie a descrição física das personagens.
 b) Inicie o romance falando do tempo (chuva, sol, etc.).
 c) Ajude o leitor revelando o que a personagem está pensando.
 d) Não escreva aquilo que você normalmente não leria.
 e) Escreva uma prosa densa com longos parágrafos.
 04. Observe a tira a seguir.
Nas tiras da série Frank and Ernest, encontramos ocasionais 
reflexões acerca de experiências vivenciadas pela sociedade. 
Neste caso, critica(m)-se:
 a) os farofeiros de fim de semana.
 b) os coletores de lixo, que ignoram as praias.
 c) o nível do mar, que continua a subir.
 d) as autoridades, que jogam esgoto no mar.
 e) o desrespeito humano ao meio ambiente.
 05. Leia o texto a seguir.
“Now! Now!” cried the Queen. “Faster! Faster!” And 
they went so fast that at last they seemed to skim through 
the air, hardly touching the ground with their feet, till suddenly, 
just as Alice was getting quite exhausted, they stopped, and 
she found herself sitting on the ground,breathless and giddy.
Alice looked round her in great surprise. “Why, I do believe 
we’ve been under this tree the whole time! Everything’s just 
as it was!”
“Of course it is,” said the Queen, “what would you have it?”
“Well, in our country,” said Alice, still panting a little, 
“you’d generally get to somewhere else – if you ran very fast 
for a long time, as we’ve been doing.”
“A slow sort of country!” said the Queen. “Now, here, 
you see, it takes all the running you can do, to keep in the 
same place. If you want to get somewhere else, you must run 
at least twice as fast as that!”
(Adaptado de Lewis Carroll, Through the looking-glass: 
and what Alice found there.)
Este é um trecho do livro Through the looking-glass: and what 
Alice found there (Alice através do espelho), de autoria do 
matemático inglês Charles Dodgson, mais conhecido como 
Lewis Carroll. A menina Alice se encontra do outro lado do es-
pelho, conduzida rapidamente pela rainha negra a um destino 
que nunca chega. Pode-se dizer que:
 a) a rainha negra representa o neoliberalismo iníquo, que explora 
a classe trabalhadora.
 b) o texto ilustra a necessidade de respeito aos mais velhos, sim-
bolizados pela rainha.
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SIMULADO ENEM 3
1.220
 c) a rainha aqui é o sonho americano intangível, usado como 
instrumento de dominação.
 d) há uma visível subversão da lógica, pois o deslocamento é 
possível no mundo real.
 e) o clima onírico, de alucinações fugidias, revela sérios distúr-
bios psicológicos do autor.
 06. Leia o poema a seguir.
Olhos nos olhos
5
10
15
Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mais nem por quê
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
‘Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz
(Chico Buarque)
O relacionamento amoroso é tema de muitas músicas. Pode 
ser a declaração de amor, o significado de um relacionamento 
ou o fim de um, e este último se concretiza em “Olhos nos 
olhos”. Sobre o texto, é possível afirmar que:
 a) o eu lírico denota indiferença com o fim do relacionamento.
 b) o eu lírico do texto é feminino e parece fingir ter superado um 
relacionamento amoroso fracassado.
 c) o poema apresenta uma marca de coloquialidade, visto que 
conjuga os verbos na 2ª pessoa do singular e usa o pronome 
de tratamento “você”.
 d) o eu lírico feminino quer convencer o leitor de sua felicidade, 
mas cai, muitas vezes, em contradição.
 e) a linguagem excessivamente formal não combina com a decla-
ração de amor do eu lírico.
 07. Leia o texto a seguir.
Talvez pareça excessivo o escrúpulo do Cotrim, a quem não 
souber que ele possuía um caráter ferozmente honrado. Eu 
mesmo fui injusto com ele durante os anos que se segui-
ram ao inventário de meu pai. Reconheço que era um mode-
lo. Arguiam-no de avareza, e cuido que tinham razão; mas a 
avareza é apenas a exageração de uma virtude e as virtudes 
devem ser como os orçamentos: melhor é o saldo que o 
“déficit”. Como era muito seco de maneiras tinha inimigos, que 
chegavam a acusá-lo de bárbaro. O único fato alegado neste 
particular era o de mandar com frequência escravos ao calabou-
ço, donde eles desciam a escorrer sangue; mas, além de que 
ele só mandava os perversos e os fujões, ocorre que, tendo lon-
gamente contrabandeado em escravos, habituara-se de certo 
modo ao trato um pouco mais duro que esse gênero de negócio 
requeria, e não se pode honestamente atribuir à índole original 
de um homem o que é puro efeito de relações sociais.
(Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.)
As relações entre senhores e escravos, referidas no excerto: 
 a) caracterizam-se por uma crueldade, plenamente justificada pe-
las circunstâncias.
 b) são meramente decorrência do mundo em que vivemos.
 c) são elementos caracterizadores da sociedade da época.
 d) nunca ocorreram no Brasil.
 e) em momento algum conseguiram afetar a sociedade brasileira.
 08. Leia o texto a seguir.
Poesia, crônica, prosa, romance, ficção, fato, editorial, relato, 
testemunho, censura, tapa na cara, dura, teatro, verbete, dita-
dura, entrelinha, pau de arara, abertura, sim senhor, apologia, 
cacetete, escreve aí, AI5?, letra, arranjo, som, na música o 
drible, o dom, chega, democracia, argumento, por favor. 
(Propaganda do 1º Salão Nacional do Jornalista Escritor, 
promovido pela Associação Brasileira de Imprensa.)
O fragmento reproduzido anteriormente mostra que, proposital-
mente, aquele que o produziu preferiu deixar a cargo do leitor:
 a) traduzir para uma linguagem mais formal o conteúdo do discurso.
 b) relacionar o texto a uma variedade de língua não padrão.
 c) substituir as palavras escritas pelo oposto de seu significado. 
 d) estabelecer relações de sentido entre os enunciados.
 e) decodificar os símbolos fonéticos e compreender o texto.
 09. Leia o texto a seguir.
Há um meio certo de começar a crônica por uma triviali-
dade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, 
agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou sim-
plesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fe-
nômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do 
sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro 
a Petrópolis, e la glace est rompue; está começada a crônica.
(...)
Não posso dizer positivamente em que ano nasceu a crô-
nica; mas há toda a probabilidade de crer que foi coetânea 
das primeiras duas vizinhas. Essas vizinhas, entre o jantar e a 
merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do 
dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Uma di-
zia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa 
mais ensopada que as ervas que comera. Passar das ervas às 
plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias 
do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e 
possível do mundo. Eis a origem da crônica.
(...)
(Machado de Assis, “O nascimento da crônica”.)
Machado de Assis é um dos maiores representantes da lite-
ratura brasileira e mais conhecido por seus romances e con-
tos. Contudo, não devem ser esquecidas as suas crônicas, as 
quais elabora com seu característico “estilo machadiano”. Nos 
trechos de “O nascimento da crônica”, a função da linguagem 
predominante e a importância do calor são, respectivamente:
 a) a função referencial e o assunto inicial que desencadeia o que 
seria o tema de uma crônica.
 b) a função referencial e o próprio tema de uma crônica.
 c) a função metalinguística e o assunto inicial que desencadearia 
uma crônica.
 d) a função metalinguística e o alvo da reclamação do cronista 
em seu texto.
 e) a função metalinguística e o próprio tema de uma crônica.
 10. (Enade)
 Todo caminho da gente é resvaloso. 
 Mas também, cair não prejudica demais 
 A gente levanta, a gente sobe, a gente volta!... 
 O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: 
 Esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, 
 Sossega e depois desinquieta. 
 O que ela quer da gente é coragem. 
 Ser capaz de ficar alegre e mais alegre no meio da alegria, 
 E ainda mais alegre no meio da tristeza...
(J. G. Rosa. Grande sertão: veredas. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.)
De acordo com o fragmento do poema anterior, de Guimarães 
Rosa, a vida é:
 a) uma queda que provoca tristeza e inquietude prolongada.
 b) um caminhar de percalços e dificuldades insuperáveis. 
 c) um ir e vir de altos e baixos que requer alegria perene e coragem. 
 d) um caminho incerto, obscuro e desanimador. 
 e) uma prova de coragem alimentada pela tristeza.
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SIMULADO ENEM4
1.220
 11. (Enade) A discussão nacional sobre a resolução das complexas 
questões sociais brasileiras e sobre o desenvolvimento em ba-
ses sustentáveis tem destacado a noção de corresponsabilidade 
e a de complementaridade entre as ações dos diversos setores e 
atores que atuam no campo social. A interação entre esses agen-
tes propicia a troca de conhecimento das distintas experiências, 
proporciona mais racionalidade, qualidade e eficácia às ações de-
senvolvidas e evita superposições de recursos e competências. 
De uma forma geral, esses desafios moldam hoje o quadro de 
atuação das organizações da sociedade civil do Terceiro Setor. No 
Brasil, o movimento relativo a mais exigências de desenvolvimen-
to institucional dessas organizações, inclusive das fundações em-
presariais, é recente e foi intensificado a partir da década de 1990. 
(Adaptado de BNDES. “Relato Setorial n. 3 AS/GESET”. 
Terceiro Setor e Desenvolvimento Social. Disponível em: 
http://www.bndes.gov.br. Acesso em: 02.08.2013.)
De acordo com o texto, o Terceiro Setor: 
 a) é responsável pelas ações governamentais na área social e 
ambiental. 
 b) promove o desenvolvimento social e contribui para aumentar 
o capital social. 
 c) gerencia o desenvolvimento da esfera estatal, com especial 
ênfase na responsabilidade social.
 d) controla as demandas governamentais por serviços, de modo 
a garantir a participação do setor privado.
 e) é responsável pelo desenvolvimento social das empresas e 
pela dinamização do mercado de trabalho.
 12. (Enade) Uma revista lançou a seguinte pergunta em um edito-
rial: “Você pagaria um ladrão para invadir sua casa?”. As pessoas 
mais espertas diriam provavelmente que não, mas companhias 
inteligentes de tecnologia estão, cada vez mais, dizendo que 
sim. Empresas como a Google oferecem recompensas para 
hackers que consigam encontrar maneiras de entrar em seus 
softwares. Essas companhias frequentemente pagam milhares 
de dólares pela descoberta de apenas um bug – o suficiente para 
que a caça a bugs possa fornecer uma renda significativa. As 
empresas envolvidas dizem que os programas de recompensa 
tornam seus produtos mais seguros. “Nós recebemos mais re-
latos de bugs, o que significa que temos mais correções, o que 
significa uma melhor experiência para nossos usuários”, afirmou 
o gerente de programa de segurança de uma empresa. Mas 
os programas não estão livres de controvérsias. Algumas empre-
sas acreditam que as recompensas devem apenas ser usadas 
para pegar cibercriminosos, não para encorajar as pessoas a en-
contrar as falhas. E também há a questão de double-dipping – 
a possibilidade de um hacker receber um prêmio por ter achado 
a vulnerabilidade e, então, vender a informação sobre o mesmo 
bug para compradores maliciosos. 
(Disponível em: http://pcworld.uol.com.br. Acesso em: 30.07.2013.) 
Considerando o texto anterior, infere-se que:
 a) os caçadores de falhas testam os softwares, checam os siste-
mas e previnem os erros antes que eles aconteçam e, depois, 
revelam as falhas a compradores criminosos. 
 b) os caçadores de falhas agem de acordo com princípios éticos 
consagrados no mundo empresarial, decorrentes do estímulo 
à livre concorrência comercial. 
 c) a maneira como as empresas de tecnologia lidam com a pre-
venção contra ataques dos cibercriminosos é uma estratégia 
muito bem-sucedida. 
 d) o uso das tecnologias digitais de informação e das respectivas 
ferramentas dinamiza os processos de comunicação entre os 
usuários de serviços das empresas de tecnologia. 
 e) os usuários de serviços de empresas de tecnologia são bene-
ficiários diretos dos trabalhos desenvolvidos pelos caçadores 
de falhas contratados e premiados pelas empresas.
 13. (Enade) De um ponto de vista econômico, a globalização é a 
forma como os mercados de diferentes países interagem e 
aproximam pessoas e mercadorias. A superação de fronteiras 
gerou uma expansão capitalista que tornou possível realizar 
transações financeiras e expandir os negócios para mercados 
distantes e emergentes. O complexo fenômeno da globa-
lização resulta da consolidação do capitalismo, dos grandes 
avanços tecnológicos e da necessidade de expansão do fluxo 
comercial mundial. As inovações nas áreas das telecomunica-
ções e da informática (especialmente com a internet) foram 
determinantes para a construção de um mundo globalizado. 
(Disponível em: www.significados.com.br. Acesso em: 02.07.2013.) 
O texto discute o problema da globalização, alegando que se 
trata de:
 a) um fenômeno gerado pelo capitalismo, que impede a forma-
ção de mercados dinâmicos nos países emergentes. 
 b) um conjunto de transformações na ordem exclusivamente 
econômica e de alcance mundial que aprofunda a integração 
econômica, social, cultural e política. 
 c) um fenômeno que atinge as relações e condições de trabalho 
decorrentes da mobilidade física e da expansão e adaptação 
tecnológica das empresas. 
 d) um conjunto organizado de fatores sociopolíticos que, de forma 
geral, só traz benefícios para o desenvolvimento de uma nação.
 e) um complexo exclusivamente social que implica mudanças ra-
dicais na economia e na sociedade como um todo.
 14. (Enade)
Texto I:
Muito me surpreendeu o artigo publicado na edição de 
14 de outubro, de autoria de um estudante de Jornalismo, que 
compara a legislação antifumo ao nazismo, considerando-a um 
ataque à privacidade humana. 
Ao contrário do que afirma o artigo, os fumantes têm, 
sim, sua privacidade preservada. (...) Para isso, só precisam 
respeitar o mesmo direito à privacidade dos não fumantes, 
não impondo a eles que respirem as mesmas substâncias que 
optam por inalar e que, em alguns casos, saem da ponta do 
cigarro em concentrações ainda maiores. 
(Adaptado de J. Fiterman. Disponível em: http://www.clicrbs.com.br. 
Acesso em: 24.07.2013.) 
Texto II:
Seguindo o mau exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro, 
o estado do Paraná, ao que tudo indica, também adotará a 
famigerada lei antifumo, que, entre outras coisas, proíbe a 
existência de fumódromos nos espaços coletivos e estabe-
lece punições ao proprietário que não coibir o fumo em seu 
estabelecimento. É preciso, pois, perguntar: tem o Estado o 
direito de decidir a política tabagista que o dono de um bar, por 
exemplo, deve adotar? Com base em que princípio pode uma 
tal interferência ser justificada? 
A lei somente se justificaria caso seu escopo se restrin-
gisse a locais cuja propriedade é estatal, como as repartições 
públicas. Não se pode confundir um recinto coletivo com um 
espaço estatal. Um recinto coletivo, como um bar, continua 
sendo uma propriedade privada. A lei representa uma clara 
agressão ao direito à propriedade. 
(Adaptado de A. Pavão. Disponível em: 
http://agguinaldopavao.blogspot.com.br. 
Acesso em: 24.07.2013.)
Os textos I e II discutem a legitimidade da lei antifumo no 
Brasil, sob pontos de vista diferentes. A comparação entre os 
textos permite concluir que, nos textos I e II, a questão é tra-
tada, respectivamente, dos pontos de vista: 
a) ético e legal.
b) jurídico e moral.
c) moral e econômico.
d) econômico e jurídico. 
e) histórico e educacional.
 15. (Enade) Exclusão digital é um conceito que diz respeito às ex-
tensas camadas sociais que ficaram à margem do fenômeno da 
sociedade da informação e da extensão das redes digitais. O pro-
blema da exclusão digital se apresenta como um dos maiores 
desafios dos dias de hoje, com implicações diretas e indiretas 
sobre os mais variados aspectos da sociedade contemporânea.
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SIMULADO ENEM 5
1.220
Nessa nova sociedade, o conhecimento é essencial para 
aumentar a produtividade e a competição global. É funda-
mental para a invenção, para a inovação e para a geração de 
riqueza. As tecnologias de informação e comunicação (TICs) 
proveem uma fundação para a construção e aplicação do co-
nhecimento nos setores públicos e privados. É nessecon-
texto que se aplica o termo exclusão digital, referente à falta 
de acesso às vantagens e aos benefícios trazidos por essas 
novas tecnologias, por motivos sociais, econômicos, políti-
cos ou culturais.
Considerando as ideias do texto anterior, avalie as afirmações 
a seguir:
 a) O direito à informação diferencia-se dos direitos sociais, uma 
vez que esses estão focados nas relações entre os indivíduos 
e aqueles, na relação entre o indivíduo e o conhecimento. 
 b) Os movimentos sociais propiciam a exclusão digital, principal-
mente quando remetem a conhecimentos de classes sociais 
menos privilegiadas. 
 c) Um mapeamento da exclusão digital no Brasil permitiu que 
gestores de políticas públicas reconhecessem a necessidade 
de ampliar, incentivar e revolucionar possíveis ações para o 
desenvolvimento tecnológico na escola. 
 d) O uso das TICs não cumpre papel social, ao prover informa-
ções àqueles que tiveram esse direito negado ou negligencia-
do e não tiveram oportunidade de conhecer os meandros da 
tecnologia nas escolas. 
 e) O maior problema de acesso digital no Brasil está na deficitária 
tecnologia existente em território nacional, muito aquém da 
disponível na maior parte dos países do Primeiro Mundo.
 16. Observe a imagem a seguir.
(Disponível em: repostr.tumblr.com/post/18493541965/ 
e-se-as-propagandas-fossem-sinceras)
As mensagens podem veicular várias informações, inclusive 
atreladas a críticas ou a alertas que os propagandistas pre-
tendem transmitir a seus leitores. O uso do logotipo de uma 
conhecida marca de refrigerantes e a mensagem escrita indi-
cam que: 
 a) a ideia foi criar uma intertextualidade com o slogan real da mar-
ca, de modo a chamar a atenção do consumidor para somente 
um ponto específico do produto.
 b) houve a intenção, por parte do autor do novo slogan, de indicar 
uma verdade ampla e cientificamente comprovada, daí a inclu-
são do anúncio nos itens de propaganda efetivamente sincera.
 c) a parte escrita leva o leitor a considerar que o produto não 
mata, mas existem pesquisas apontando que ele pode causar 
sequelas graves ao indivíduo.
 d) por meio de uma contradição e uma referência a um conhe-
cido ditado popular, o autor repassa a responsabilidade pela 
saúde do consumidor ao produto consumido.
 e) o slogan da propaganda apresenta uma relação de causa e 
consequência, procurando, de maneira irônica, criticar o con-
sumo do produto.
 17. Leia a charge a seguir.
DESIGUALDADES SOCIAIS
FILHO i-PAD,
PRA VOCÊ
FIO, OCÊ VAI
I PEDI...
A temática da exclusão social pode ser expressa em vários 
tipos textuais, incluindo charges. Na imagem anterior, observa-
-se a divisão entre dois universos infantis: de um lado, o dota-
do de poder aquisitivo, de outro, os excluídos. Na contraposi-
ção entre esses dois personagens, nota-se: 
 a) a intenção de se estabelecer uma relação fonética entre a pro-
núncia de “i-Pad” e “i pedi”.
 b) que os erros cometidos pelos pais impõem uma linguagem vi-
ciosa e incorreta para os filhos, independentemente da situação 
cultural dos envolvidos.
 c) que as vírgulas nas duas falas foram usadas para separar voca-
tivos.
 d) que a crítica social presente na charge indica a situação so-
cioeconômica dos brasileiros que recebem menos de um sa-
lário mínimo.
 e) que o carro e os edifícios presentes no fundo do desenho indi-
cam que a situação ocorre em São Paulo.
 18. Leia o texto a seguir.
Filho tira dúvida com o pai:
– Pai, o certo é o carro atolou-se ou o carro se atolou?
– Bem, filho, se atolar as rodas traseiras, o certo é “o carro 
se atolou”; agora se for as rodas dianteiras, escreveremos “o 
carro atolou-se”.
– Mas se atolarem as quatro rodas, pai?
– Ah, aí escrevemos “o carro se atolou-se”.
(Disponível em: http://bentovsales.blogspot.com.br/ 
2011/03/piadas-gramaticais.html )
Muitas vezes, questões gramaticais suscitam bem-humoradas 
respostas, que se traduzem em um texto humorístico. Embora 
o texto procure caracterizar a linguagem em uso, o efeito cô-
mico é obtido:
 a) pela indicação de que a resposta dada pelo pai é uma forma de 
esconder a falta de conhecimentos gramaticais dele. 
 b) pela sequência pronominal repetida que justapõe conceitos 
gramaticais com tecnologia avançada.
 c) pela analogia feita pelo pai ao relacionar a colocação pronomi-
nal com as rodas atoladas do carro.
 d) pelo uso tanto da próclise quanto da mesóclise, o que revela que 
as formas “o carro atolou-se” e “o carro se atolou” estão corretas.
 e) pela inserção proposital de um erro de gramática que tem por 
finalidade tirar uma dúvida gramatical do filho.
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SIMULADO ENEM6
1.220
 19. Leia o texto a seguir.
Só o rock’n’roll salva
 Elvis Presley que estais no Céu,
 Muito escutado seja Bill Haley,
 Venha a nós o Chuck Berry,
 Seja feito barulho à vontade,
 Assim como Hendrix, Sex Pistols e Rolling Stones,
 Rock and roll que a cada dia melhora,
 Escutai sempre Clapton e Neil Young,
 Assim como Pink Floyd e David Bowie,
 Muddy Waters e The Monkees.
 E não deixes cair o volume do som
 102,1 de estação
 Mas livrai-nos do axé.
 Amém!
Na propaganda da rádio Kiss, a construção do sentido depende 
da relação que o leitor deve fazer com o “Pai-Nosso”. Tal proce-
dimento pode ser classificado como:
a) Resumo.
b) Contexto linguístico.
c) Intertextualidade. 
d) Descrições nominais.
e) Introdução e retomada.
 20. Observe as imagens a seguir.
(Disponível em: http://www.thebeatles.com/album/abbey-road )
(Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Quadrinhos)
Sobre a relação de intertextualidade entre essas duas imagens, 
pode-se afirmar que: 
 a) evidencia a importância da nova obra. 
 b) desrespeita a obra original. 
 c) é mera referência à obra original. 
 d) não faz nenhuma referência à obra original. 
 e) evidencia uma interpretação sobre a obra original. 
 21. Observe a imagem a seguir.
-
(https://twitter.com/mcmelodyoficial)
Além do pouco domínio da linguagem escrita, sobre o tuíte da 
funkeira Mc Melody, pode-se afirmar que:
 a) é totalmente incompreensível devido aos erros de linguagem 
cometidos. 
 b) evidencia que sua autora não é alfabetizada. 
 c) mostra que o funk deturpou a linguagem da menina. 
 d) reflete a influência da rede social na escrita. 
 e) revela dificuldades de assimilação da linguagem culta.
 22. Leia a mensagem a seguir.
A esperança é um urubu pintado de verde.
(Mario Quintana. Pra viver com poesia. 
São Paulo: Globo, 2008. p. 17.)
Aforismo é uma sentença que busca, em poucas palavras, 
transmitir uma mensagem de caráter moral, filosófico ou pro-
cura traçar alguma reflexão sobre os indivíduos ou a socieda-
de, exprimindo uma mensagem expressiva.
O aforismo de Mario Quintana, poeta modernista brasileiro, 
tem caráter:
a) pessimista
b) otimista
c) anarquista
d) romântico
e) idealista
 23. Leia o texto a seguir.
Uma ideia e um aparelho simples devem ajudar a salvar 
vidas de recém-nascidos em breve. Idealizado pelo mecânico 
argentino Jorge Odón, o dispositivo que leva seu nome desen-
tala um bebê preso no canal vaginal – e por mais inusitado que 
pareça, é baseado em uma técnica usada para remover rolhas 
de dentro de garrafas. (...) O dispositivo consiste em uma bol-
sa plástica, inserida dentro de uma proteção feita do mesmo 
material e que envolve a cabeça da criança. Com tudo devi-
damente posicionado, a bolsa é inflada para aderir à cabeça e 
ser puxada aos poucos, de forma a não machucar o bebê. (...) 
O método do Odón Device deve substituir outros mais 
“arcaicos”, como o fórceps ou os “tubos de sucção”. Apesar 
da popularidade de ambos, se usados por mãos maltreinadas, 
podem comprometer a vida do bebê – algo que, segundo os 
especialistas (...) não deve acontecer com o novo conceito. (...)
Não se sabe quando ele começará a ser produzido e nem 
o preço que será cobrado pela companhia, mas, (...) não passará 
dos 50 dólares – com redução no custo em países mais pobres.
(G.Gusmão. Disponível em: http://exame.abril.com.br/ 
tecnologia/noticias/aparelho-deve-facilitar- 
partos-em-situacoes-de-emergencia)
O texto de divulgação científica é caracterizado por fornecer 
informações acerca de métodos ou tecnologias avançadas em 
setores essenciais à sociedade. Com relação ao texto anterior, 
é possível afirmar que o aparelho criado por Odón:
 a) poderá reduzir a taxa de natalidade, mesmo em países pobres.
 b) por ser uma variante dos tubos de sucção, é resultado de aper-
feiçoamento de equipamentos de parto.
 c) por seu uso simples, tem grande potencial de utilização em 
países onde o parto é usualmente realizado em hospitais e 
feito por meio de cesarianas.
 d) por ter seu preço reduzido em países mais pobres, evidencia 
uma preocupação com a responsabilidade social.
 e) por necessitar de interferência médica, acrescentará um custo a 
países pobres, uma vez que o parto deve ser feito em hospitais.
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SIMULADO ENEM 7
1.220
 24. (Enade) Importante website de relacionamento caminha 
para 700 milhões de usuários. Outro conhecido servidor de 
microblogging acumula 140 milhões de mensagens ao dia. É 
como se 75% da população brasileira postasse um comentário 
a cada 24 horas. Com as redes sociais cada vez mais presentes 
no dia a dia das pessoas, é inevitável que muita gente encontre 
nelas uma maneira fácil, rápida e abrangente de se manifestar.
Uma rede social de recrutamento revelou que 92% das 
empresas americanas já usaram ou planejam usar as redes so-
ciais no processo de contratação. Destas, 60% assumem que 
bisbilhotam a vida dos candidatos em websites de rede social.
Realizada por uma agência de recrutamento, uma pesqui-
sa com 2 500 executivos brasileiros mostrou que 44% des-
classificariam, no processo de seleção, um candidato por seu 
comportamento em uma rede social.
Muitas pessoas já enfrentaram problemas por causa de 
informações on-line, tanto no campo pessoal quanto no pro-
fissional. Algumas empresas e instituições, inclusive, já adota-
ram cartilhas de conduta em redes sociais.
(Adaptado de G. Poloni. “O lado perigoso das redes sociais”. 
Info, p. 70-75. jun./2011.)
De acordo com o texto:
 a) mais da metade das empresas americanas evita acessar 
websites de redes sociais de candidatos a emprego.
 b) empresas e instituições estão atentas ao comportamento de 
seus funcionários em websites de redes sociais.
 c) a complexidade dos procedimentos de rastreio e monitora-
mento de uma rede social impede que as empresas tenham 
acesso ao perfil de seus funcionários.
 d) as cartilhas de conduta adotadas nas empresas proíbem o uso 
de redes sociais pelos funcionários em vez de recomendar 
mudanças de comportamento.
 e) a maioria dos executivos brasileiros utilizaria informações obti-
das em websites de redes sociais para desclassificar um can-
didato em processo de seleção.
 25. Leia o texto a seguir.
As mulheres frequentam mais os bancos escolares que 
os homens, dividem seu tempo entre o trabalho e os cuidados 
com a casa, geram renda familiar, porém continuam ganhando 
menos e trabalhando mais que os homens.
As políticas de benefícios implementadas por empresas 
preocupadas em facilitar a vida das funcionárias que têm crian-
ça pequena em casa já estão chegando ao Brasil. Acordos de 
horários flexíveis, programas como auxílio-creche, auxílio-babá 
e auxílio-amamentação são alguns dos benefícios oferecidos.
(Adaptado de http://www1.folha.uol.com.br. 
Acesso em: 30.07.2013.)
Jornada média total de trabalho por
semana no Brasil (em horas)
0 2010 30 40 50 60 70
mãe com filhos
pai com filhos
mulher chefe de
casal com filhos
homem chefe de
casal com filhos
mulher cônjuge em
casal com filhos
36,8
41,4
36,5
44,4
34
tempo médio por semana dedicado
aos afazeres domésticos
tempo médio por semana dedicado
ao trabalho remunerado
25,9
15,5
30,3
10,1
31,7
(Disponível em: http://ipea.gov.br. Acesso em: 30.07.2013.)
O texto e o gráfico expõem um comparativo entre trabalho de 
homens e de mulheres. A partir da leitura do texto e do gráfi-
co, pode-se inferir que:
 a) há a necessidade de criação de políticas que promovam a 
igualdade entre os gêneros no que concerne, por exemplo, a 
tempo médio dedicado ao trabalho e a remuneração recebida.
 b) o somatório do tempo dedicado pelas mulheres aos afazeres 
domésticos e ao trabalho remunerado é inferior ao dedicado 
pelos homens, independentemente do formato da família.
 c) ressalta-se a diferença entre o tempo dedicado por mulheres 
e homens ao trabalho remunerado, sem alusão aos afazeres 
domésticos.
 d) homens e mulheres chefes de casal com filhos estão em propor-
ções iguais, devido à maior presença masculina no mercado de 
trabalho fora do lar e à maior presença feminina no trabalho no lar.
 e) a desigualdade entre homens e mulheres que trabalham e 
sustentam a casa deve-se, principalmente, à menor escolari-
dade, que produz uma mão de obra não especializada e sujeita 
a trabalhos menos formais.
 26. (Enade)
JOÃO UBALDO, ARIANO
E RUBEM ALVES... UMA
PENA. POR OUTRO LADO,
GANHAMOS TRÊS
GRANDES PENAS!!
(Disponível em: http://www.chargeonline.com.br. 
Acesso em: 26.07.2014.)
Verifica-se que a palavra “pena”, na primeira fala, foi emprega-
da com o mesmo sentido que no seguinte trecho.
 a) “Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, 
vale a pena ter nascido.” (Fernando Pessoa)
 b) “Aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais 
cínica com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário. 
Viver pra sempre tão boba e perdida teria sido fatal.” (Tati Bernardi)
 c) “E pra deixar acontecer / A pena tem que valer / Tem que ser 
com você.” (Jorge e Mateus)
 d) “A primeira imagem que surge quando o assunto é pena são 
os pássaros.” (Arte no Corpo)
 e) “De boas palavras transborda o meu coração. Ao Rei consagro 
o que compus; a minha língua é como a pena de habilidoso 
escritor.” (“Salmo 45”, Bíblia Sagrada.)
 27. (Enade) Pegada ecológica é um indicador que estima a demanda 
ou a exigência humana sobre o meio ambiente, considerando-
-se o nível de atividade para atender ao padrão de consumo 
atual (com a tecnologia atual). É, de certa forma, uma maneira 
de medir o fluxo de ativos ambientais de que necessitamos para 
sustentar nosso padrão de consumo. Esse indicador é medido 
em hectare global, medida de área equivalente a 10 000 m2. Na 
medida hectare global, são consideradas apenas as áreas pro-
dutivas do planeta. A biocapacidade do planeta, indicador que 
reflete a regeneração (natural) do meio ambiente, é medida tam-
bém em hectare global. Uma razão entre pegada ecológica e bio-
capacidade do planeta igual a 1 indica que a exigência humana 
sobre os recursos do meio ambiente é reposta na sua totalidade 
pelo planeta, devido à capacidade natural de regeneração. Se for 
maior que 1, a razão indica que a demanda humana é superior à 
capacidade do planeta de se recuperar e, se for menor que 1, 
indica que o planeta se recupera mais rapidamente.
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SIMULADO ENEM8
1.220
0,70
1,60
1,50
1,40
1,30
1,20
1,10
1,00
0,90
0,80
0,60
0,74
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1,00
19
61
19
65
19
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19
75
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19
85
19
90
19
95 20
00
20
05
20
08
Razão entre a pegada ecológica e a biocapacidade do planeta
1,08
1,16 1,14
1,25 1,27
1,30
1,45
1,52
(Disponível em: http://financasfaceis.wordpress.com. 
Acesso em: 10.08.2014.)
O aumento da razão entre pegada ecológica e biocapacidade 
representado no gráfico evidencia:
 a) redução das áreas de plantio do planeta para valores inferiores 
a 10 000 m2 devido ao padrão atual de consumo de produtos 
agrícolas.
 b) aumento gradual da capacidade natural de regeneração do pla-
neta em relação às exigências humanas.
 c) reposição dos recursos naturais pelo planeta em sua totalida-
de frente às exigências humanas.
 d) incapacidade de regeneração natural do planeta ao longo do 
período 1961-2008.
 e) tendênciaa desequilíbrio gradual e contínuo da sustentabilidade 
do planeta.
 28. Leia o excerto a seguir.
Aquele mamão mofado
Fui reunir as crônicas para ver se lanço um livro novo e 
ganho um cascalho extra neste fim de ano. Da tela, vinha um 
estranho cheiro de fruta podre. As crônicas que escrevi ao lon-
go do ano agora apodreciam no monitor como aquele mamão 
que comprei achando que seria uma boa ideia passar a comer 
mamão e agora o mamão parece um quadro de Romero Britto, 
amarelo, laranja, azul e roxo. 
Resolvi que a crônica de hoje seria anacrônica: desenga-
jada, despropositada, imperecível. Uma crônica que não fosse 
um mamão, mas uma margarina – já perceberam que aquilo 
não estraga nunca?
(Gregório Duvivier. “Aquele mamão mofado”. 
Folha de S.Paulo, 24.08.2015. Acesso em: 02.09.2015.)
A respeito do trecho “Resolvi que a crônica de hoje seria ana-
crônica: desengajada, despropositada, imperecível” e do con-
teúdo do excerto, é possível inferir que a crônica é um gênero 
textual que:
 a) está em desacordo com os usos e costumes de uma época.
 b) segue um tempo cronológico determinado.
 c) contraria a cronologia.
 d) não tem caráter crítico.
 e) descreve fatos duradouros.
 29. Considerando que a elipse consiste na omissão de um ou 
mais termos que podem ser facilmente identificados numa 
oração, tanto por elementos gramaticais presentes na pró-
pria oração, quanto pelo contexto, identifique, a seguir, o 
enunciado em que isso não ocorre:
 a) “A praia deserta, ninguém àquela hora na rua.” (Autran Dourado)
 b) “No fim da festa, sobre as mesas, copos e garrafas vazias.”
 c) “Na casa vazia, nenhum sinal de vida.”
 d) “A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos” (Carlos 
Drummond de Andrade)
 e) “Sua boca é um cadeado e meu corpo é uma fogueira.” (Chico 
Buarque)
 30. Leia o texto a seguir.
De onde vem a canção
 De onde?
 De onde vem?
 De onde vem a canção?
 Quando do céu despenca
 Quando já nasce pronta
 Quando o vento é que inventa
 De onde vem a canção?
 De onde?
 De onde vem?
 De onde vem a canção?
 Quando se materializa
 No instante que se encanta
 Do nada se concretiza
 De onde vem a canção?
 Pra onde vai a canção
 Quando finda a melodia?
 Onde a onda se propaga?
 Em que espectro irradia?
 Pra onde ela vai quando tudo silencia?
 Depois do som consumado
 Onde ela existiria?
 (...)
(Lenine. Chão. Universal Music, 2011.)
A metalinguagem é um recurso em que o escritor refere-se 
ao próprio ato da escrita. O artista faz uma reflexão sobre seu 
instrumento de trabalho. Nesse sentido, o trecho da canção de 
Lenine indica que:
 a) para o eu lírico não há inspiração, mas um trabalho de produ-
ção textual que se revela na forma de canção.
 b) o eu lírico constrói uma sequência de indagações para tentar 
compreender de onde vem e para onde vai a canção, dado que 
esta lhe chega e sai como uma espécie de onda.
 c) depois do som construído, a canção desaparece, subsistindo 
apenas na forma de poesia e na pena de quem a criou.
 d) para o eu lírico, o silêncio anula a existência e a essência da canção.
 e) por não possuir o elemento autorreferencial, a letra da canção 
não pode ser considerada uma obra de metalinguagem.
 31. Leia o texto a seguir.
Se reduzirem muito vai ter Maternidade de Segurança Máxi-
ma! Camburão Kids!
(Zé Simão. Folha de S.Paulo, 03.07.2015.)
O texto anterior é parte de uma crônica humorística escrita pelo 
jornalista Zé Simão e publicada no jornal Folha de S.Paulo. Assina-
le a alternativa que mais se aproxima do tema criticado pelo autor.
a) Corrupção.
b) Reforma política.
c) Maioridade penal.
d) Revisão do código civil.
e) Crise na saúde pública.
 32. O eufemismo é uma forma de atenuar uma realidade crua e 
muitas vezes é utilizado para esboçar uma crítica a determina-
das situações ocorridas na realidade. A tira de André Dahmer 
aborda uma situação em que há:
Viram
essa? Rico não
atropela.
Rico "se
envolve em
acidente".
(Disponível em: http://deposito-de-tirinhas.tumblr.com/ )
 a) a falta de credibilidade dos meios de comunicação, ao retratar 
um mesmo fato de duas maneiras distintas.
 b) a apresentação de um mesmo fato de uma forma distinta de 
acordo com a condição socioeconômica do envolvido.
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SIMULADO ENEM 9
1.220
 c) os equívocos dos jornalistas ao elaborarem o título da notícia.
 d) a correção de outro jornalista a respeito da notícia lida.
 e) o preconceito racial se manifestando na forma como se redige 
o título de uma notícia. 
 33. Observe as imagens a seguir.
(Disponível em: http://br.web.img3.acsta.net/medias/ 
nmedia/18/90/95/72/20122043.jpg)
(Disponível em: https://maeperfeita.files.wordpress.com/ 
2013/04/e-o-coentro-levou.jpg)
A propaganda se relaciona com o cartaz do filme E o vento 
levou, de modo a criar um efeito de:
 a) humor, pois se destaca o coentro na paisagem que lembra a 
do cartaz.
 b) humor, pois apenas se altera o nome do filme, inserindo um 
produto comercializado pela empresa.
 c) humor, pois se alteram o nome e os elementos que compõem 
o cartaz do filme, evidenciando o coentro, produto comerciali-
zado pela empresa.
 d) crítica, pois se ridiculariza a qualidade do filme, colocando um 
coentro no lugar das personagens que estão no cartaz.
 e) crítica, pois se apontam os produtos alimentícios, representa-
dos pelo coentro, como os responsáveis pelos maiores gastos 
da renda familiar. 
 34. Leia o texto a seguir.
Vizinhos se unem para ajudar na recuperação de 
morador de rua com esquizofrenia
Chumán Don Luciano, um homem de 83 anos que mora 
na cidade de Ferreñafe, na costa do Peru, é conhecido por seus 
vizinhos como “Louco Chumán”. Isso porque ele tem esquizo-
frenia, um transtorno mental complexo que dificulta na distin-
ção entre as experiências reais e imaginárias, e, apesar de ter 
uma casa e uma família, ele vive a maior parte do tempo na rua.
Por isso, a comunidade de peruanos que está habituada a 
ver Chumán andando pelas ruas decidiu se unir para melhorar 
a vida dele. “Às vezes nos portamos de maneira indiferente 
diante das pessoas com quem vivemos dia após dia. Mas isso 
precisa mudar. Queremos ajudar pessoas cada vez mais ve-
zes”, disse um representante da associação de moradores.
Os moradores decidiram fazer a barba, dar comida e rou-
pas limpas e iniciaram uma corrente de solidariedade no 
Facebook para quem quiser ajudá-lo no dia a dia.
(Disponível em: https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/
vizinhos-se-unem-para-ajudar-na-recuperacao-de-morador- 
de-rua-com-esquizofrenia/. Acesso em: set./2015.)
Leia o texto atentamente e assinale a alternativa que contém 
uma afirmação correta:
 a) A esquizofrenia não é a principal causa da situação de Chumán, 
mas sim o fato de não se dar bem com sua família.
 b) A comunidade peruana que conhece Chumán decidiu ajudá-lo 
apenas para ter suas atitudes divulgadas na mídia.
 c) A iniciativa de ajudar Chumán impulsionou toda a comunidade 
a estender sua caridade a outros necessitados.
 d) O representante da associação de moradores não fala por to-
dos, já que alguns habitantes do local rejeitam a iniciativa.
 e) As redes sociais da internet não são uma alternativa para aju-
dar Chumán, porque os moradores assumem que desconhe-
cidos não se apiedarão da situação dele.
 35. Leia o texto a seguir.
O urubu mobilizado
 Durante as secas do Sertão, o urubu,
 de urubu livre, passa a funcionário.
 O urubu não retira, pois prevendo cedo
 que lhe mobilizarão a técnica e o tato,
 cala os serviços prestados e diplomas,
 que o enquadrariam num melhor salário,
 e vai acolitar os empreiteiros da seca,
 veterano, mas ainda com zelos de novato:
 aviando com eutanásia o morto incerto,
 ele, que no civil quer o morto claro.
 Embora mobilizado, nesse urubu em ação
 reponta logo o perfeitoprofissional.
 No ar compenetrado, curvo e conselheiro,
 no todo de guarda-chuva, na unção clerical,
 com que age, embora em posto subalterno:
 ele, um convicto profissional liberal.
(João Cabral de Melo Neto. “O urubu mobilizado”. A educação 
pela pedra. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2008. p. 209.)
Considerando o vocabulário empregado no texto e os senti-
dos promovidos pelo uso da linguagem figurada, é possível 
afirmar que:
 a) o poeta se vale da associação entre urubu e morte para cons-
truir a associação entre “urubu funcionário” e a política das 
secas, promovida pelo governo.
 b) verifica-se o emprego de um vocabulário relacionado ao mundo 
do trabalho ao lado de palavras associadas à morte, que, segundo 
o poeta, estão intimamente relacionados no universo retratado.
 c) o trecho “O urubu não retira” destaca a ideia de que “o urubu 
funcionário” age como todas as outras aves que, durante a 
seca, abandonam o Sertão.
 d) o urubu (funcionário) “vai acolitar os empreiteiros da seca”, isto 
é, vai acompanhá-los e ajudá-los a desfazer a imagem negativa 
da seca.
 e) a representação do urubu como um “perfeito profissional” 
constitui uma expressão de admiração por quem trabalha com 
profissionalismo e afinco.
 36. Leia o texto a seguir.
Capítulo LXXVI
Montava bem. Toda a gente que passava, ou estava às portas, 
não se fartava de mirar a postura do moço, o garbo, a tranqui-
lidade régia com que se deixava ir. Carlos Maria, – e este era 
o ponto em que cedia à multidão, – recolhia as admirações to-
das, por ínfimas que fossem. Para adorá-lo, todos os homens 
faziam parte da humanidade. 
(Machado de Assis. Quincas Borba. São Paulo: 
Editora Núcleo, 1992.)
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SIMULADO ENEM10
1.220
A literatura realista legou, entre outros aspectos, a preocupa-
ção com a formação do caráter e do comportamento da per-
sonagem, como o demonstra o mais importante escritor do 
século XIX do Brasil. Carlos Maria, uma das personagens rica-
mente lapidadas por Machado de Assis, é caracterizado:
 a) por sua elegância garbosa que desperta a inveja das pessoas 
e promove a introspecção do moço. 
 b) pelo adjetivo da expressão “tranquilidade régia”, revelando sua 
estirpe nobre bem como sua soberba.
 c) pela forma como cavalga, elegante, garboso e tranquilo, que 
desperta o interesse de todos os homens que o contemplam.
 d) pela nobreza de caráter e elegância fina, de modo que a huma-
nidade, feita para adorá-lo, não passa de uma simples coadju-
vante no quadro em que ele é o centro.
 e) pelo egocentrismo, consciente do papel que os outros huma-
nos tinham, que era adorá-lo.
 37. Leia o texto a seguir.
Ele: – Pois é.
Ela: – Pois é o quê?
Ele: – Eu só disse pois é!
Ela: – Mas “pois é” o quê?
Ele: – Melhor mudar de conversa porque você não me entende.
Ela: – Entender o quê?
Ele: – Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já.
(Clarice Lispector. A hora da estrela. 4. ed. Rio de Janeiro: 
Livraria José Olympio, 1978.)
O diálogo travado entre Ele (Olímpico) e Ela (Macabéa) con-
figura um tipo de discurso típico de pessoas que buscam as-
sunto para poderem continuar falando. A função da linguagem 
predominante no diálogo é:
 a) a função poética, pelo uso reiterado de figuras que deixam a 
linguagem colorida.
 b) a função fática, pois se estabelece a partir da manutenção do 
canal de comunicação.
 c) a função metalinguística, uma vez que se refere à própria lingua-
gem em “mudar de conversa porque você não me entende”.
 d) a função emotiva, pois Macabéa fica confusa e desconcertada.
 e) a função conativa, já que predomina no texto o discurso per-
suasivo.
 38. Leia o texto a seguir.
Os puristas e a mentira do “vale-tudo”
Atenção! Cuidado! Alerta! Não acredite nos puristas que 
andam declarando nos meios de comunicação que os lin-
guistas são defensores do “vale-tudo” na língua. Esse é mais 
um dos muitos argumentos falaciosos que eles utilizam para 
desqualificar os resultados das pesquisas científicas e as pro-
postas de renovação da pedagogia de língua inspiradas em 
critérios mais racionais e menos dogmáticos, e em posturas 
políticas menos intolerantes e mais democráticas.
É claro que, numa perspectiva exclusivamente linguística, de 
análise da língua em seu funcionamento interno, tudo tem o seu 
valor. Afinal, como nada na língua é por acaso, então toda e qual-
quer manifestação linguística está sujeita a regras e tem sua lógi-
ca interna: não há razão para atribuir maior ou menor valor à forma 
linguística A ou à forma linguística B. Seria algo tão inaceitável 
quanto um zoólogo achar que as borboletas têm maior valor que 
as joaninhas e que, por isso, as joaninhas devem ser eliminadas... 
Para o cientista da linguagem, toda manifestação linguística é um 
fenômeno que merece ser estudado, é um objeto digno de pes-
quisa e teorização, e se uma forma nova aparece na língua, é pre-
ciso buscar as razões dessa inovação, compreendê-la e explicá-la 
cientificamente, em vez de deplorá-la e condenar seu emprego.
(Marcos Bagno. Não é errado falar assim!: em defesa do 
português. São Paulo: Parábola, 2009. p. 35-36.)
O texto recomenda que se tenha cuidado com os “puristas” 
pois a língua está diante de novas formas de análise e de com-
preensão. Essa maneira de acreditar que valores ditos puristas 
devem ser vistos com restrições também aparece na literatu-
ra, em que é possível identificar visões mais, ou menos, puris-
tas da linguagem. A esse respeito pode-se afirmar que:
 a) a produção poética da primeira geração romântica apresenta 
forte preocupação purista, do que decorre uma tentativa de 
fazer renascer a língua portuguesa segundo os padrões lusita-
nos, com forte rejeição às formas linguísticas nacionais.
 b) o Arcadismo se destaca como um dos movimentos literários 
de maior rigor purista, que se revela na preferência por uma 
linguagem rebuscada, vocabulário erudito, de difícil acesso e 
frases na ordem inversa.
 c) os autores barrocos revelam uma visão purista da linguagem 
ao privilegiarem o cultismo, que se caracteriza pelo rebusca-
mento formal, manifestado no jogo de palavras e no excessivo 
emprego de figuras de linguagem.
 d) a produção literária da segunda geração romântica, opondo-se 
à primeira, adota uma visão nada purista, revelada na extrema 
simplicidade da linguagem, que rejeitava formas lusitanas para 
expressar, nos textos, a grande alegria de ser brasileiro.
 e) a terceira geração romântica, antecipando a visão pouco puris-
ta do Realismo, que viria em seguida, prefere uma linguagem 
despojada, direta e até chula, que consiga retratar com objeti-
vidade a realidade brasileira.
 39. Leia o texto a seguir.
Vila Rica
 O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre;
 Sangram, em laivos de ouro, as minas, que ambição
 Na torturada entranha abriu da terra nobre:
 E cada cicatriz brilha como um brasão.
 O ângelus plange ao longe em doloroso dobre,
 O último ouro do sol morre na cerração.
 E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre,
 O crepúsculo cai como uma extrema-unção.
 Agora, para além do cerro, o céu parece
 Feito de um ouro ancião, que o tempo enegreceu...
 A neblina, roçando o chão, cicia, em prece,
 Como uma procissão espectral que se move...
 Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu...
 Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove.
(Olavo Bilac. Poesia comentada. Editora Núcleo, 1993.)
Representante do movimento parnasiano, Olavo Bilac lapida 
seus versos em busca de um retrato da cidade histórica que 
ele pretende apresentar ao leitor. Para melhor caracterização 
de Vila Rica, o autor faz uso, entre outros, de recursos:
 a) linguísticos, como a aliteração, e técnicos, como a dissertação.
 b) poéticos, como a aliteração, e técnicos, como o dodecas- 
sílabo, elaborando um texto descritivo.
 c) linguísticos, como o uso de metáforas na construção de um 
texto narrativo. 
 d) poéticos, como o decassílabo, e técnicos, como arima, para a 
construção de um texto dissertativo.
 e) poéticos fáticos, utilizando vocabulário sofisticado.
 40. A paisagem foi uma das temáticas gratas aos pintores impres-
sionistas, que viram na natureza um pretexto para dar forma ao 
seu entendimento do mundo. Essa corrente artística exprimia a 
visão científica da realidade e apoiava-se nos resultados provoca-
dos pela industrialização. Claude Monet foi um dos artistas mais 
significativos do grupo parisiense, apresentando publicamente a 
nova pintura na 1ª exposição dos impressionistas em 1874.
Em relação ao Impressionismo e à época em que apareceu como 
movimento artístico de destaque, não está correto dizer que:
 a) os artistas utilizavam pequenas pinceladas, traços ligeiros e 
tintas produzidas industrialmente, demonstrando o apego 
científico e a fugacidade do período.
 b) as tintas eram colocadas diretamente na tela sem necessidade 
de mistura, sendo que a diversidade de cores e tons viria da 
transparência obtida pela sobreposição das tintas. 
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SIMULADO ENEM 11
1.220
 c) a iluminação elétrica recém-propagada fazia contraponto com a 
iluminação natural, em temas que variavam de paisagens ao ar 
livre até ambientes urbanos típicos da belle époque, entre eles 
as festas e a vida noturna da boêmia parisiense. 
 d) a Torre Eiffel, símbolo da modernidade, do realismo e do cien-
tificismo do período, foi desprezada nos primeiros anos do Im-
pressionismo, pois não estava em concordância com os ideais 
pretendidos pelo grupo.
 e) os artistas, em geral, se dedicavam ao mesmo tema por pe-
ríodos longos, realizando vários quadros com a mesma paisa-
gem ou situação, pois valorizavam, como ponto fundamental da 
composição artística, a iluminação através da luz captada em 
diferentes horas do dia.
 41. Observe a imagem a seguir. Ela foi produzida no contexto da 
chamada Grande Depressão que se abateu sobre os Estados 
Unidos após a Crise de 1929.
(Dorothea Lange, Migrant mother. Estados Unidos, 1936.)
Após sua observação, pode-se afirmar que a fotografia:
 a) é pautada pela imparcialidade e independe das intenções de 
quem a produz.
 b) consegue, por vezes, capturar e resumir toda a angústia de 
uma época difícil.
 c) é sempre deformada, ou seja, reflete apenas o que o seu pro-
dutor desejou.
 d) nunca pode ser encarada como um documento histórico por 
não ter compromisso com o real.
 e) retém as emoções humanas mas nunca supera, em intensida-
de, a pintura.
 42. Observe a imagem a seguir.
(Míron, Discóbolo. c. 450 a.C. Grécia Clássica.)
Sobre a escultura apresentada, é correto afirmar que: 
 a) demonstra o apreço pelo esporte e possui postura estática e 
hierática.
 b) preocupa-se com a lateralidade, a simetria e a bidimensionalidade.
 c) sugere movimento, equilíbrio e preocupação com a forma físi-
ca do atleta.
 d) comprova a fusão de elementos gregos e orientais ao valorizar 
o equilíbrio e o belo.
 e) valoriza o equilíbrio, a textura, a postura estática, mas não va-
loriza a forma física do atleta.
 43. Leia o texto a seguir.
As grandes pirâmides do Egito foram construídas pe-
los sobreviventes de uma civilização perdida, provavelmente 
Atlântida. Ou então por extraterrestres, que podem tanto ter 
visitado a Terra, como simplesmente enviado seu “manual de 
instruções”. Talvez a inspiração para obras tão magníficas tenha 
vindo diretamente de Deus. A função desses monumentos 
seria decodificar a profunda estrutura geométrica do universo. 
Ou, ainda, revelar profecias de todos os grandes acontecimen-
tos vindouros na história humana.
Ao longo dos séculos, cada uma dessas teorias foi, em al-
gum momento, defendida por um ou outro tipo de estudioso – 
dos que viveram na época em que a religião explicava tudo até 
os esotéricos de eras mais recentes, passando, é claro, pelos 
primeiros cientistas, que contavam apenas com os precários 
conhecimentos dos tempos em que os métodos de investiga-
ção ainda engatinhavam.
Hoje, dispomos de um bom número de informações con-
sistentes sobre o processo de construção das pirâmides e seu 
papel na cultura egípcia; assim, a maioria das hipóteses levan-
tadas no passado soa como tolice.
(Revista BBC História, 8. ed., ano 1.)
O texto de divulgação sobre estudos arqueológicos do Antigo 
Egito mostra a evolução das teses sobre a construção das pi-
râmides. Assim, é possível afirmar que, ao longo dos séculos:
 a) os métodos de estudo arqueológico se transformaram, condu-
zindo a uma visão mais realista e científica do significado das 
pirâmides dentro da sociedade egípcia na Antiguidade. 
 b) os métodos de estudo arqueológico se transformaram, pois 
as hipóteses levantadas no passado soavam como tolice ou 
crendices sem fundamento.
 c) os métodos de estudo arqueológico se transformaram, bem 
como as crenças religiosas dos pesquisadores.
 d) os estudos arqueológicos estiveram intimamente ligados às 
crenças religiosas de cada época, daí a busca de explicações 
mais materialistas a partir do século XIX.
 e) as transformações nos métodos de estudo arqueológico só 
serviram para reafirmar antigas teorias.
 44. Leia o texto a seguir.
Embora o modelo cinematográfico em que a projeção do 
filme se realiza para um espectador sentado entre o projetor 
e a tela tenha consagrado o cinema clássico hollywoodiano, a 
pesquisa sempre foi uma condição do cinema. Como criar uma 
imagem em movimento? Como projetar? Como isolar o ruído do 
projetor? Como trabalhar com cor, som, profundidade? O cinema 
implicou, de maneira definitiva, as questões da tecnologia e da 
forma, permitindo que questões da arte, da literatura, do teatro, 
da pintura e da fotografia fossem aprofundadas e combinadas em 
montagens inauguradas peia linguagem cinematográfica. 
(...) A investigação que não se restringiu à forma clássica do 
cinema teve desdobramentos do ponto de vista tanto da narrati-
va quanto da participação do espectador. Ao lado do cinema que 
narra, sempre houve aquele que não narra, outra maneira de dizer 
que o cinema reinventou a narrativa que era própria ao teatro e ao 
romance. O cinema experimental deslocou essa relação, intensi-
ficando-a (cinema das vanguardas), fragmentando-a e repetindo-a 
(cinema estrutural), ou desintegrando-a (cinema abstrato).
(Enciclopédia Itaú Cultural. “Outro cinema, outras narrativas”. 
Disponível em: http://www.cibercultura.org.br/ 
tikiwiki/tiki-index.php?page=outros+cinemas, 
+outras+narrativas. Acesso em: 22.02.2013)
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SIMULADO ENEM12
1.220
No excerto anterior, o autor afirma que:
 a) o modelo hollywoodiano de cinema impediu o desenvolvimento 
de novas linguagens cinematográficas.
 b) as tentativas de diálogo entre a linguagem cinematográfica e 
as questões pertinentes a outras áreas, como a arte e a litera-
tura, não tiveram êxito.
 c) apesar de implicar questões de tecnologia e forma na lingua-
gem cinematográfica, a participação do espectador dentro da 
narrativa é sempre a mesma.
 d) o cinema conseguiu desenvolver uma forma de narrativa dis-
tinta àquela tradicional do teatro e do romance.
 e) o cinema experimental manteve a linguagem própria do cine-
ma clássico hollywoodiano.
 45. Leia o texto a seguir.
Ser intelectual não é desprezar o cinema como uma arte inte-
lectual. A cinefilia, a crítica, a reflexão sobre o cinema conse-
guiram legitimá-lo como arte do século XX, situá-lo na cultura 
maior. Foi Godard quem afirmou: “Colocamos Hitchcock na 
história da arte…”. Se o cinema é arte do século, é porque os 
cinéfilos viram ali, com seus próprios olhos, por vezes o grande 
romance do século, mas também o quadro, a peça de teatro, 
a arquitetura. O cinema foi para eles a única síntese possível 
de todas as outras artes. Era rico em potencialidades diversas: 
ele as realizava ainda melhor. O cinema se tornou, visto pelos 
cinéfilos e escrito pelos críticos, melhor que a arquitetura, a 
literatura, a pintura, melhor que o romanceou que a música. 
De uma certa maneira, conseguiu encontrar a grande arte por 
excelência, aquela que diz direta e simplesmente a beleza do 
mundo, a arte poética. O cinema é a poesia do século XX. 
Esperamos que, da mesma forma, será – e eu acredito que 
sim – a do século XXI.
(Revista Cult, ed. 195.)
A partir do texto, podemos corretamente inferir que o autor:
 a) discorda dos críticos e cinéfilos que defendem o cinema como 
uma arte maior, pertencente a um patamar distinto do teatro 
ou da arquitetura.
 b) atribui ao cinema um caráter de arte poética, a partir do modo 
como este expressa a beleza do mundo.
 c) mostra que os cinéfilos se opunham à ideia do cinema como 
um grande romance.
 d) mostra a sua expectativa de que o cinema seja importante no 
século XXI, tal qual foi a poesia no século XX.
 e) despreza a visão defendida pelos críticos de que o cinema é 
uma atividade verdadeiramente intelectual.
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
 46. Leia o texto a seguir.
Com o golpe de 18 de Brumário considera-se encerrada a Revo-
lução Francesa. Todas as conquistas sociais mais avançadas fo-
ram eliminadas uma a uma; as guerras no exterior perdem seu 
caráter de guerras revolucionárias e passam a ser feitas para ga-
rantir o poder do império e da burguesia que lhe dá sustentação.
(Rogério Forastieri da Silva. A Revolução Francesa. 
São Paulo: Núcleo, 1989. p. 59.)
Após o golpe de 18 de Brumário e o fim da Revolução France-
sa, o período conhecido como Consulado foi marcado:
 a) pelo fortalecimento do Parlamento francês, agora composto 
por representantes dos três Estados.
 b) pela execução de Luís XVI e de toda a família real da Dinastia 
Bourbon. 
 c) pela centralização político-administrativa em torno da figura de 
Napoleão Bonaparte.
 d) pela fase do Terror, em que os jacobinos lideraram a execução 
dos suspeitos de traição.
 e) pelo mandato de Robespierre, principal líder do período revolu-
cionário, frente ao governo francês.
 47. (Enem) Entre os séculos XIX e XX, a razão principal para incenti-
var a vinda de imigrantes para o Brasil, uma iniciativa do Estado 
e de particulares (principalmente fazendeiros), foi a necessidade 
de conseguir mão de obra para a expansão da lavoura cafeeira. 
O gráfico a seguir representa as quantidades, em milhares, de 
imigrantes que entraram no Brasil, nos séculos XIX e XX.
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75
18
50
19
14
19
19
19
34
(*) Dados do IBGE.
(Adaptado de http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 18.10.2008.)
Correlacionando a imigração para o Brasil com os outros even-
tos históricos registrados no gráfico, conclui-se que:
 a) as políticas de incentivo à migração, no século XIX, não conse-
guiram incrementar a migração que ocorreu no século XX. 
 b) o período estável de ocorrência do fluxo migratório para o Brasil 
coincide com a expansão da lavoura cafeeira. 
 c) a imigração para o Brasil, entre 1850 e 1930, foi estimulada 
pela Primeira Guerra Mundial, quando a população europeia 
fugia do conflito. 
 d) o país passou por um período de significativo crescimento 
econômico, desde o fim da Segunda Guerra até a década de 
1970, mas deixou de atrair grandes fluxos migratórios. 
 e) o governo Vargas, percebendo que o número de empregos era in-
suficiente para a mão de obra no país, criou, em 1934, a Lei de co-
tas de imigração, o que resultou em um decréscimo na imigração.
 48. Existe uma regra religiosa, aceita pelos praticantes do judaís-
mo e do islamismo, que proíbe o consumo de carne de porco. 
Estabelecida na Antiguidade, quando os judeus viviam em re-
giões áridas, foi adotada, séculos depois, por árabes islamiza-
dos, que também eram povos do deserto. 
Essa regra pode ser entendida como: 
 a) uma demonstração de que o islamismo é um ramo do judaís-
mo tradicional. 
 b) um indício de que a carne de porco era rejeitada em toda a Ásia. 
 c) uma certeza de que do judaísmo surgiu o islamismo. 
 d) uma prova de que a carne de porco era largamente consumida 
fora das regiões áridas. 
 e) uma crença antiga de que o porco é um animal impuro.
 49. Leia os textos a seguir.
Texto I:
Cientistas americanos observaram, em um estudo recente, o 
motivo que pode tornar adolescentes impulsivos e infratores. 
Exames de neuroimagem em jovens mostraram que o córtex 
pré-frontal, região do cérebro ligada à tomada de decisão, ou 
seja, que nos faz pensar antes de agir, ainda está em formação 
nos adolescentes. Essa área do cérebro tende a ficar “madu-
ra” somente aos 20 anos. Por outro lado, a região cerebral 
associada às emoções e à impulsividade, conhecida como sis-
tema límbico, tem um pico de desenvolvimento durante essa 
fase da vida, o que aumenta a propensão dos jovens a agirem 
mais com a emoção do que com a razão. O aumento da emo-
tividade e da impulsividade seriam gatilhos naturais para atitu-
des extremadas, inclusive para cometer crimes.
(Adaptado de Camila Neumam. “Estudo explica por que 
adolescentes são impulsivos e podem cometer 
crimes”. www.uol.com.br, 26.05.2015.)
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1.220
Texto II:
A situação de vulnerabilidade aliada às turbulentas condições 
socioeconômicas de muitos países latino-americanos ocasiona 
uma grande tensão entre os jovens, o que agrava diretamente 
os processos de integração social e, em algumas situações, 
fomenta o aumento da violência e da criminalidade.
(Adaptado de Miriam Abramovay. Juventude, violência e 
vulnerabilidade social na América Latina, 2002.)
Os textos expõem abordagens sobre o comportamento agres-
sivo na adolescência referidos, respectivamente, a:
 a) psicanálise e psicologia comportamental.
 b) aspectos religiosos e aspectos materiais.
 c) fatores emocionais e fatores morais.
 d) ciência política e sociologia.
 e) condicionamento biológico e condicionamento social.
 50. (Enem) 
De volta do Paraguai
Cheio de glória, coberto de louros, depois de ter derramado seu 
sangue em defesa da pátria e libertado um povo da escravidão, 
o voluntário volta ao seu país natal para ver sua mãe amarrada 
a um tronco: horrível realidade! (...) 
(Adaptado de Agostini. A vida fluminense, n. 128, ano 3, 11.06.1870. 
In: R. Lemos (Org.). Uma história do Brasil através da caricatura 
(1840-2001). Rio de Janeiro: Letras & Expressões, 2001.) 
Na charge, identifica-se uma contradição no retorno de parte 
dos “Voluntários da Pátria” que lutaram na Guerra do Paraguai 
(1864-1870), evidenciada na:
 a) negação da cidadania aos familiares cativos. 
 b) concessão de alforrias aos militares escravos. 
 c) perseguição dos escravistas aos soldados negros.
 d) punição dos feitores aos recrutados compulsoriamente. 
 e) suspensão das indenizações aos proprietários prejudicados.
 51. (Enem) Um fenômeno importante que vem ocorrendo nas úl-
timas quatro décadas é o baixo crescimento populacional na 
Europa, principalmente em alguns países como Alemanha e 
Áustria, onde houve uma brusca queda na taxa de natalidade. 
Esse fenômeno é especialmente preocupante pelo fato de a 
maioria desses países já ter chegado a um índice inferior ao 
“nível de renovação da população”, estimado em 2,1 filhos por 
mulher. A diminuição da natalidade europeia tem várias cau-
sas, algumas de caráter demográfico, outras de caráter cultu-
ral e socioeconômico.
(Adaptado de P. S. Oliveira. Introdução à Sociologia. 
São Paulo: Ática, 2004.) 
As tendências populacionais nesses países estão relacionadas 
a uma transformação: 
 a) na estrutura familiar dessas sociedades, impactada por mu-
danças nos projetos de vida das novas gerações.
 b) no comportamento das mulheres mais jovens, que têm im-
posto seus planos de maternidade aos homens.
 c) no número de casamentos, que cresceu nos últimos anos, re-
forçando a estrutura familiar tradicional.
 d) no fornecimento de pensões deaposentadoria, em queda 
diante de uma população de maioria jovem. 
 e) na taxa de mortalidade infantil europeia, em contínua ascen-
são, decorrente de pandemias na primeira infância.
 52. (Enem) Em 1879, cerca de cinco mil pessoas reuniram-se para 
solicitar a D. Pedro II a revogação de uma taxa de 20 réis, um vin-
tém, sobre o transporte urbano. O vintém era a moeda de menor 
valor da época. A polícia não permitiu que a multidão se aproxi-
masse do palácio. Ao grito de “Fora o vintém!”, os manifestantes 
espancaram condutores, esfaquearam mulas, viraram bondes e 
arrancaram trilhos. Um oficial ordenou fogo contra a multidão. As 
estatísticas de mortos e feridos são imprecisas. Muitos interes-
ses se fundiram nessa revolta, de grandes e de políticos, de gente 
miúda e de simples cidadãos. Desmoralizado, o ministério caiu. 
Uma grande explosão social, detonada por um pobre vintém. 
(Adaptado de www.revistadehistoria.com.br. 
Acesso em: 04.04.2014.) 
A leitura do trecho indica que a coibição violenta das manifes-
tações representou uma tentativa de:
 a) capturar os ativistas radicais. 
 b) proteger o patrimônio privado. 
 c) salvaguardar o espaço público. 
 d) conservar o exercício do poder. 
 e) sustentar o regime democrático.
 53. (Vunesp) Em junho de 2008, comemorou-se o centenário 
da imigração japonesa para o Brasil. Em 18.06.1908 o navio 
Kasato Maru aportou em Santos, SP, trazendo 781 japoneses, 
que compunham a primeira leva de imigrantes.
Observe os gráficos.
BRASIL E JAPÃO _ DADOS DEMOGRÁFICOS EM 1908 E 2008
População
(em milhões
de pessoas)
Esperança de
vida ao nascer
(em anos)
Densidade
populacional
(habitantes por km2)
1908 2008 1908 2008
192,0
128,0
48,0
23,4
34,0
44,0
81,9
72,3
192,0
128,0
48,0
23,4
34,0
44,0
81,9
72,3
1908 2008
125,6
2,9 22,0
338,0
125,6
2,9 22,0
338,0
Brasil Japão
(Ministério do Interior e Comunicações do Japão; IBGE, 
Estatísticas do Século XX; Organização das 
Nações Unidas, 2008.)
Utilizando seus conhecimentos, assinale a alternativa que indi-
ca causas que contribuíram para reforçar os acordos nipo-bra-
sileiros no início do século XX e a direção do fluxo migratório 
ao longo de todo o período.
 a) Elevada densidade populacional no Japão; menor população e 
escassez de mão de obra agrícola no Brasil; inversão do fluxo, 
com brasileiros, descendentes ou não de japoneses, emigran-
do para o Japão.
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SIMULADO ENEM14
1.220
 b) Acelerado processo de urbanização no Japão; menor popula-
ção e escassez de mão de obra industrial no Brasil; manuten-
ção do fluxo, exclusivamente com japoneses altamente quali-
ficados imigrando para o Brasil.
 c) Cobrança de impostos elevados no Japão; Abolição da Escra-
vatura no Brasil; interrupção total do fluxo migratório entre os 
dois países.
 d) Política de privilégios para o primogênito no Japão; baixa espe-
rança de vida e escassez de mão de obra industrial no Brasil; 
inversão do fluxo, exclusivamente com descendentes de japo-
neses emigrando para o Japão.
 e) População muito maior no Japão; densidade populacional ele-
vada, com grande expansão urbana no Brasil; aumento do flu-
xo em mais do que o dobro, exclusivamente com brasileiros 
natos emigrando para o Japão.
 54. (Enem) Leia o texto a seguir.
Quando ninguém duvida da existência de um outro mundo, a 
morte é uma passagem que deve ser celebrada entre parentes 
e vizinhos. O homem da Idade Média tem a convicção de não 
desaparecer completamente, esperando a ressurreição. Pois 
nada se detém e tudo continua na eternidade. A perda contem-
porânea do sentimento religioso fez da morte uma provação 
aterrorizante, um trampolim para as trevas e o desconhecido.
(Adaptado de G. Duby. Ano 1 000 ano 2 000: na pista 
de nossos medos. São Paulo: Unesp, 1998.)
Ao comparar as maneiras com que as sociedades têm lidado 
com a morte, o autor considera que houve um processo de:
 a) mercantilização das crenças religiosas.
 b) transformação das representações sociais.
 c) disseminação do ateísmo nos países de maioria cristã.
 d) diminuição da distância entre saber científico e eclesiástico.
 e) amadurecimento da consciência ligada à civilização moderna.
 55. Leia o texto a seguir.
Celebrado já durante o consulado pombalino, o Tratado de Madri 
teve curta duração: em 1761, um novo tratado anulou suas cláu-
sulas. Voltava-se ao estado de hostilidade latente entre castelha-
nos e portugueses. (…) No período que vai desde a ratificação 
do Tratado de Madri (1750) até a assinatura do Tratado de Santo 
Ildefonso (1777), viveu-se em um estado de guerra crônica entre 
os reinos ibéricos no extremo sul da América.
(Adriana Lopez; Carlos Guilherme Mota. História do Brasil – 
Uma interpretação. Editora Senac, 2008. p. 231.)
Assinale a alternativa que apresenta respectivamente o trata-
do de 1761 citado pelo texto e o pretexto para sua assinatura.
 a) O Tratado de Utrecht e a Guerra de Sucessão Espanhola. 
 b) O Tratado de El Pardo e a Guerra Guaranítica.
 c) O Tratado de Santo Ildefonso e a Guerra dos Sete Anos. 
 d) O Tratado de Badajós e a Guerra das Laranjas. 
 e) O Tratado de Lisboa e as bandeiras.
 56. Portanto, para Hume, se todo nosso conhecimento provém 
de impressões sensíveis e da reflexão sobre nossas ideias, 
se essas impressões e ideias são assim sempre variáveis, se 
a causalidade resulta apenas de regularidade, repetição, cos-
tume e hábito, então, em consequência, jamais temos um co-
nhecimento certo e definitivo.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia: 
dos pré-socráticos a Wittgenstein. 6. ed. 
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.) 
A partir do que o texto apresenta sobre os limites do conheci-
mento para Hume, é possível afirmar que a ciência:
 a) lida com verdades extraídas de operações dedutivas da razão, 
obtidas por meio da inferência de relações de causalidade pró-
prias ao entendimento.
 b) não é capaz de desenvolver nenhum conhecimento definitivo, 
pois as percepções sensíveis induzem o sujeito a habituar-se 
ao erro e ao engano.
 c) não constitui uma forma de conhecimento objetivo, pois os 
sujeitos possuem hábitos e costumes diferentes, dada a diver-
sidade cultural e social.
 d) adquire resultados prováveis, já que só possui legitimidade em 
procedimentos indutivos, isto é, fundamenta seu conhecimen-
to na experiência, pressupondo a regularidade dos fenômenos.
 e) constitui num conhecimento caótico, uma vez que a ação de-
sordenada das impressões sensíveis interfere no processo de 
construção de regularidade das ideias.
 57. (Enem) A crise do modelo de desenvolvimento brasileiro, 
perverso e excludente, foi marcada, especialmente, pela con-
centração de renda. As consequências dessa agravante são 
observadas por alguns problemas caóticos, como gastos infi-
nitos com segurança pública, vias saturadas e mal planejadas, 
poluição hídrica e aglomerados urbanos sem infraestrutura. 
(Adaptado de J. A. Souza et al. “Ocupação desordenada”. 
Revista Conhecimento Prático Geografia, abr./2010.) 
No espaço urbano brasileiro, vêm se agravando os problemas 
socioambientais relacionados a um modelo de desenvolvimen-
to que configurou formas diversas de exclusão social. Uma 
ação capaz de colaborar com a solução desses problemas é: 
 a) investir de forma eficiente em melhorias na qualidade de vida 
no campo para impedir o êxodo rural.
 b) integrar necessidades econômicas e sociais na formulação de 
estratégias de planejamento para as cidades.
 c) transferir as populações das favelas para áreas não suscetíveis 
à erosão em outros estados.
 d) considerar a organização dos espaços urbanos de acordo com 
as condições culturais dos grupos que os ocupam.
 e) facilitar o assentamento de populações nas áreas fluviais urbanas 
para incentivar a formação de espaços produtivos democráticos.
 58. Leia o texto a seguir.
Os leitores mais velhos ou de países antiquados conhecem o 
mito napoleônico tal como ele existiu durante o século em que 
nenhuma

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