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GESTÃO E ELABORAÇÃO DE PRJETOS SOCIAIS

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GESTÃO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS
Marta Regina da Silva[footnoteRef:1] - marta.r.silva18@gmail.com [1: Assistente Social e Pós graduanda pelo Instituto PROMINAS.] 
Eixo da educação social:
	O conceito de educação social está indissociavelmente vinculado ao de exclusão, é como uma resposta afirmativa e adequada que a educação social emerge no debate sobre que educação oferecer aos milhares de crianças, adolescentes e adultos excluídos da e na escola; do e no emprego; da e na terra; das e nas instituições sociais? Toda educação é social conforme diz o material de estudo, entretanto o tratamento desta questão deve, igualmente, convidar a toda a sociedade desde o seu debate até a sua execução (CARVALHO & BAPTISTA, 2008). No material de estudo consta que Petrus (2003) afirma que na educação social, as principais perspectivas que devem se criar acerca dos educadores enquanto atores sociais são: as de prestar apoio de caráter pedagógico, cultural, social e recreativo a indivíduos, grupos e comunidades, com vista à melhoria das condições de vida; as de colaborar na prospecção, estudo e avaliação de planos de promoção social e comunitária, na identificação de necessidades de preenchimento de tempos livres e em estudos sobre a caracterização do meio social; as de promover, desenvolver e/ou apoiar atividades culturais, educativas e recreativas na ocupação de tempos livres de crianças, adolescentes, jovens, adultos e pessoas idosas; as de dinamizar e/ou apoiar atividades de caráter formativo mediante a realização de cursos ou campanhas de educação e formação familiar; as de assegurar a articulação entre os equipamentos sociais, as famílias, as outras instituições e serviços da comunidade, dinamizando e/ou participando em reuniões, programas de promoção ou outras ações desenvolvidas em nível comunitário.
Pedagogia social: impasses, desafios e perspectivas: 
Para atuar como educador social no trabalho social o indivíduo deve ser da área da educação, ou seja, área pedagógica (GARRIDO et al., 2011). Isso justificaria considerar esses profissionais essencialmente como trabalhadores da educação, que atuam em espaços não escolares, portanto também deveriam ser regulados pela LDBEN n.º 9.394/96 em termos de atuação e formação, redirecionando, dessa forma, a concepção subjacente na regulamentação da profissão de educadores sociais. A educação social é um campo de conhecimento e de atuação profissional que agrega diversas práticas educativas com pessoas em vulnerabilidade na intenção de promovê-las cognitiva e socialmente; é uma educação que está presente em diversos setores da vida social, porque a sua intencionalidade é resolver as questões sociais que se apresentam e tomando as populações oprimidas como sujeitos de sua prática.
Distinções entre educação não formal, formal e informal:
	A Educação Formal caracteriza-se por ser altamente estruturada (GADOTTI, 2005). Desenvolve-se no seio de instituições onde o aluno deve seguir um programa pré-determinado, semelhante ao dos outros alunos que -frequentam a mesma instituição. A Educação Não Formal define-se como qualquer tentativa educacional organizada e sistemática que normalmente é realizada fora dos quadros do sistema formal de ensino, ela utiliza projetos voltados para a cultura, para os esportes e para a arte. Finalmente, a Educação Informal ocorre de forma espontânea na vida do dia-a-dia através de conversas e vivências com familiares, amigos, colegas e interlocutores ocasionais (GADOTTI, 2005).
A educação não formal: campos e problemas:
	Ainda falando sobre educação não formal, Gadotti (2005) afirma que ela se baseia em cinco dimensões: aprendizagem política dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos, esta dimensão está atrelada a como o indivíduo se conscientiza dos seus interesses, ao seu meio social, dentre outros;   capacitação dos indivíduos para o trabalho, envolve a capacitação do indivíduo para realizar as atividades do seu trabalho;  capacidade dos indivíduos se organizarem com objetivos comunitários, que seja capaz de ajudar em problemas de caráter grupal, aprendizagem dos conteúdos da escolarização formal; educação desenvolvida na mídia e pela mídia. Entretanto, segundo Bianconi & Caruso (2005) a metodologia dessa forma de ensino é considerada um ponto fraco, porém parte da interação da cultura dos indivíduos e dos grupos, dessa forma, o método nasce a partir da problematização da vida cotidiana, uma vez que a educação não formal é aquela que se aprende "no mundo da vida", via os processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivos do dia a dia. 	Assim, esta educação abrange os seguintes eixos: educação para justiça social; educação para direitos; educação para liberdade; educação para igualdade; educação para democracia; educação contra discriminação; educação pelo exercício da cultura, e para a manifestação das diferenças culturais.
Projetos Sociais:
O conceito de projeto pode ser definido como um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado, são atividades ou empreendimentos que têm início e fim programados, devendo resultar em um serviço ou produto final (SINGER, 2004). Já os Projetos Sociais são uma forma de organizar ações para transformar determinada realidade social ou alguma instituição. Dessa forma, na elaboração de um projeto social é fundamental estabelecer os objetivos que se quer alcançar com o projeto. Essa definição de objetivos e importante para não se desperdiçar tempo e recursos valiosos, itens raros na atuação conjuntura econômica. Dessa forma, os projetos sociais, eles nascem para dar respostas aos problemas e são responsáveis por alterar a realidade da organização, estruturando-a e promovendo seu desenvolvimento, também são utilizados para captação de recursos, uma vez que projetos bem elaborados servem para que os financiadores possam visualizar melhor as intenções da Organização. Além disso, a partir da análise do projeto os avaliadores tem como saber no que os recursos serão aplicados, que tipo de atividades serão realizadas e, principalmente, quais serão os impactos que surtirão dentro da comunidade-alvo. Para a elaboração, inicialmente deve-se observar o estabelecimento correto do problema, a identificação das pessoas e instituições a que ele afeta e possíveis fontes de financiamento ou patrocínio, em seguida faz-se necessário seguir passo a passo um roteiro pré-definido em um documento contendo: título do projeto, caracterização do problema e justificativa, objetivos, metas, metodologia, cronograma, orçamento, revisão bibliográfica.
A empresa e seu papel social: 
A busca de um novo elemento básico na existência do homem moderno, representado pela qualidade de vida, estimulou em todos os centros acadêmicos e empresariais mais evoluídos o interesse por instrumentos de aferição do desempenho da empresa nesse campo de atividades (SINGER, 2004). Nasceu aí a preocupação com elementos novos na vida da empresa e em seu âmbito administrativo, traduzidos por denominações igualmente novas. Mais do que meras ações voluntárias beneficentes esporádicas ou sazonais, pois muitas dessas ações voluntárias têm o único objetivo de marketing, a função social da empresa será cumprida se os seus produtos tiverem uma relação com os interesses da comunidade, tanto na produção como na distribuição, fazendo circular capital. Empresas têm procurado responder a esses desafios, desenvolvendo esforços no sentido de tornar mais "sociais". Assim, nota-se um crescente reconhecimento da necessidade de ampliar as responsabilidades sociais da empresa redefinindo seu papel e sua missão na sociedade. Para tanto, busca-se um esclarecimento maior a respeito do conceito daquilo que se denomina "responsabilidade social" além de se procurar desenvolver cuidadosa análise sobre a integração das preocupações sociais nos objetivos da empresa (SINGER, 2004). Dir-se-ia que, no fundo, gera-se uma nova ética empresarial, não apenas dirigida ao indivíduo colocado em seu seio, mas à empresa enquantoinstituição.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PETRUS, A. Novos Âmbitos em Educação Social. Profissão: Educador Social. Porto Alegre: Artmed, 2003.
GARRIDO, N. C.; CARO, S. M. P.; EVANGELISTA, F. A Formação Profissional do Educador Social no Nível Médio: uma proposta em discussão. In: ______. [et al.] (Orgs). Pedagogia Social: educação e trabalho na perspectiva da pedagogia social. São Paulo: Expressão e Arte Editora, 2011, p. 21-36.
CARVALHO, A. D.; BAPTISTA, I. Educação Social: Fundamentos e estratégias. Porto Editora: Porto/Portugal, 2008, p. 05 – 06, 12- 15. Disponível em: http://quadernsanimacio.net/ANTERIORES/veintiuno/index_htm_files/Edu
ca.pdf. Pesquisa realizada em: 22 de maio de 2020.
BIANCONI, M. L,; CARUSO, F. APRESENTAÇÃO EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL. Cienc. Cult., vol.5,7 n.4, São Paulo, Oct./Dec. 2005. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252005
000400013. Pesquisa realizada em: 22 de maio de 2020.
GADOTTI, M. A questão da Educação Formal/não formal. Institut International des droits de l’enfant, Sion, 2005, p. 02-04.
SINGER, P. et alii. Tecnologia Social: uma estratégia para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundação Banco do Brasil, 2004, p. 04 - 10.

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