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Inovação tecnológica e o cuidado da enfermagem 
 
 1Pinheiro, Gerlani Liandro (1710999);
2Lays Tebaldi Talyuli
¹Acadêmica de Enfermagem da Faculdade do Espírito Santo – Multivix.
2Professora de Inovação em saúde I do curso de Enfermagem da Faculdade do Espírito Santo – Multivix.
RESUMO
Durante muito tempo os profissionais de saúde não sabiam da importância da assepsia das mãos no ambiente de trabalho. Mas, em 1846 o médico húngaro chamado Philip Semmelweis (1818 - 1865) percebeu que os médicos não faziam a higiene das mãos ao saírem da ala da autópsia para a ala da obstetrícia, então ele sugeriu que fosse feita a higienização das mãos com uma solução clorada antes do atendimento das pacientes da clínica obstétrica. O resultado? Diminuição na taxa de mortalidade por infecções puerperais. Desde então, busca-se a cada dia inovar e melhorar as condições de higiene no ambiente hospitalar. Contudo, na atualidade existem outros desafios que precisam ser considerados paralelos as inovações de higienização, entre eles, o cuidado com o meio ambiente e o impacto que os produtos de limpeza e a utilização da água pode causar à natureza. 
PALAVRAS – CHAVES: CCIH; Higiene das mãos; Soluções inovadoras; Cuidados de enfermagem; Enfermagem. 
1 INTRODUÇÃO
O controle de infecções hospitalares sempre foi um desafio e nos tempos atuais isso não tem sido diferente. A cada dia que passa se faz mais necessário a criação de mecanismos que impeçam a proliferação das infecções no ambiente hospitalar, e que além de eficiente não agrida ao meio ambiente. Para isso faz-se necessário a criação de inovações tecnológicas que atuem na assepsia, mas que também se preocupem com as consequências da utilização da água e de resíduos de produtos que são lançados ao esgoto. 
Porém, para que todos os cuidados sejam tomados e para que as inovações tecnológicas possam ser implantadas de maneira consciente e eficiente é necessário que tudo seja devidamente monitorado. Para isso, foi criada o CCIH (Conselho de Controle de Infecção Hospitalar). 
O CCIH foi sancionado pela portaria do Ministério da Saúde, nº 2616, de 12 de maio de 1998 que exige a criação de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) para que os hospitais coloquem em prática as ações do PCIH. Por meio do CCIH é feita toda fiscalização referente ao controle e prevenção das infecções hospitalares, cabe então a esse conselho conclui se os métodos utilizados pelo hospital são eficazes nessa prevenção e controle. 
Diante dos expostos o presente trabalho, seguindo as normas da Anvisa e cumprindo as regras estabelecidas pelo CCIH, pretende apresentar uma sugestão sustentável e eficaz de assepsia das mãos no ambiente hospitalar, visando a prevenção e o controle das infecções hospitalares, mas também prezando pela diminuição do impacto ao meio ambiente. 
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Higienização das mãos
A prevenção e o controle de infecções hospitalares é um assunto considerado um grande desafio da área hospitalar e da medicina atual. Contudo, não se trata de um desafio recente, na verdade, ele tem sido enfrentado desde que a medicina existe. 
Com altas taxas de mortalidades, foi no século XIX que, a medicina começou associar a limpeza das mãos com os números de mortos. Segundo Fernandes (2000) em uma experiência percebeu-se que as amputações realizadas em domicilio tinha uma taxa de morte de 10,9% e as realizadas no ambiente hospitalar era de 41,6%. A partir de então James Young Simpson (1811-1870) chegou à conclusão que algo dentro do ambiente hospitalar potencializava as infecções nos pacientes. 
Mas, foi o médico húngaro chamado Philip Semmelweis (1818 - 1865) que descobriu o real problema das infecções hospitalares, e estava nas mãos dos médicos. Ele percebeu que a maioria dos médicos e estudantes de medicina saiam da ala de autópsia e iam direto para a obstetrícia, sem lavar as mãos. Foi então que ele notou que havia nas mãos desses profissionais um forte odor desagradável e resolveu pedir a eles que lavassem as mãos antes de atenderem as pacientes da obstetrícia. 
Como esse novo procedimento a taxa de mortalidade por infecções puerperais diminuíram muito e desde então viu-se que é de suma importância que haja higiene do local, mas, principalmente, do profissional que lida diretamente com paciente. Assim, não só os médicos precisam manter esse cuidado, mas todos os outros profissionais envolvidos no cuidado e bem-estar do paciente. 
	
2.2 Controle de infecções hospitalares e a utilização dos recursos hídricos. 
Desde que se percebeu a necessidade de lavar as mãos com frequência para diminuir a disseminação das infecções no ambiente hospitalar, o método mais utilizado tem sido a água com sabão. 
É de se entender que para o século passado esse era o processo mais seguro e acessível para a lavagem das mãos, no entanto, o século atual cobra que a cada dia possa-se refletir sobre os impactos ambientes de cada atitude adotada em todos os setores sociais. 
O uso da água de maneira adequada tornou-se um grande desafio nos dias atuais, diversos fatores devem ser levados em consideração quando se trata da sua utilização, tem-se pensado maneiras em todos os âmbitos para reutilização desse recurso e para minimizar os danos causados a natureza em virtude da utilização dos recursos hídricos. 
No ambiente hospitalar, no entanto, sabe-se que se faz necessário o constante uso da água para lavagem das mãos e para cuidados essenciais com os pacientes, evitando assim a contaminação do profissional e do paciente. No que tange essa questão o CCIH seguindo as normas da ANVISA, orienta na maioria dos casos, principalmente no ambiente cirúrgico a utilização da água como parte do processo de assepsia das mãos. 
Assim a água e o “sabão” tornaram-se os principais antissépticos utilizados, mas em meio as necessidades atuais, faz-se necessário repensar essa utilização, visto que além da utilização da água os produtos utilizados na lavagem das mãos também podem contaminar os recursos hídricos. Além disso, no ambiente cirúrgico também utiliza as escovas degermantes que são descartadas e contribuem para poluição do meio ambiente. 
Para Graf et al. (2014) a utilização de soluções alcoólicas para antissepsia das mãos seria uma solução viável para a minimizar a utilização dos recursos hídricos. Em seu artigo Graf et al. (2014) fez comparações que comprovou a eficácia das soluções alcoólicas, além dos benéficos quanto ao custo e seu impacto ambiental. 
Vale ressalte que as soluções alcoólicas são indicas e utilizadas em diversos procedimentos de antissepsia dentro dos hospitais, contudo acredita-se que a tecnologia é capaz de contribuir para criação de soluções alcoólicas eficazes para substituir o uso da água. 
Segundo Rotter (1996) existem três elementos principais que previnem a transmissão de micro-organismo pelas mãos. O primeiro é o agente tópico com eficácia antimicrobiana, o segundo é a utilização da técnica correta e o tempo preconizado e por último a adesão regular no uso, o que quer dizer que deve ser usado nos momentos indicados. 
Observando os elementos descritos por Rotter (1996), chega-se à conclusão que as soluções alcoólicas são capazes de proporcionar os requisitos necessários para uma boa assepsia. Visto que é possível inserir os agentes antissépticos necessário e regulamentados nas soluções alcoólicas. 
Kawagoe in Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das Mãos (2009) apresenta diversas pesquisas que foram feitas sobre a eficácia do uso das soluções alcoólicas e a maioria desses estudos comprovaram que é possível utiliza-la em todos os setores dos hospitais, inclusive no sítio cirúrgico. 
Já existem empresas especializadas em produção específica de produtos antissépticos voltados para a higienização das mãos em ambiente hospitalar. Sendo possível encontrar com facilidade e preço acessível. 
Ainda vale ressalta que o uso dessas soluções alcoólicas, além de contribuir para o meio ambiente, aumentam o custo-benefício, causamdanos muito menores a pele, visto que a escovação causa grande danos a pele, e ainda reduz o tempo de lavagem das mãos. 
Apesar de todos os benefícios vale ressaltar que a compra desses antissépticos devem ser aprovadas pela CFT e CCIH, além de seguir rigorosamente as normas da ANVISA para que eles sejam padronizados segundo parâmetros técnicos definidos para o produto. 
Ainda cabe ressaltar que nenhuma prática de higienização das mãos é segura se não forem seguidas as recomendações de adesão e que nenhum produto será 100% eficaz se não for utilizado conforme as orientações. 
3 CONCLUSÃO
As soluções alcoólicas utilizadas de maneira correta e com as devidas orientações e regulamentação do CCIH pode se torna uma solução inovadora no ambiente hospitalar.
Buscar maneiras de reduzir os impactos ambientais, tendo sido no nosso século uma forma de inovar, pois sabe-se que os recursos naturais são finitos, mas sempre serão necessários para a sobrevivência do homem. 
Visto que a área da saúde deve sempre estar preocupada com o bem-estar das pessoas, a busca por inovação nunca deve parar, pois torna-se essencial estar em sintonia com os avanços tecnológicos e alinhado com o cuidado com meio ambiente. 
Diante de todo o exposto percebe-se então que é possível promover a inclusão das soluções alcoólicas, já presentes no cotidiano hospitalar, de maneira a substituir a cada dia o uso da água, prezando assim pelos recursos hídricos e não deixando de levar segurança aos pacientes. 
Por fim, vale ressaltar que a lavagem das mãos é uma das inúmeras ações que devem ser adotadas no ambiente hospitalar para controle das infecções e que ainda existe muito a se pesquisar para que outros recurso possam ser criados de forma a causar cada vez menos impactos ao meio ambiente. 
4 BIBLIOGRAFIA
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das Mãos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2009. 105p. 1. Vigilância Sanitária. 2. Saúde Pública. I. Título
Brasil. Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia Hospitalar. O que é CCIH?. Disponível em: https://www.abih.net.br/news-abih-detalhe.php?blog=1154. Acesso em: abr/2020.
FERNANDES, AT. Infecção Hospitalar e suas Interfaces na Área da Saúde. São Paulo: Atheneu, 2000. p.56-74.
GRAF, ME, et al. Antissepsia cirúrgica das mãos com preparações alcóolicas: custo-efetividade, adesão de profissionais e benefícios ecológicos no cenário de saúde. Rio de Janeiro: Medinsight – Empresa do Grupo Resulta, 2014. p.71-80.
KAWAGOE, JY. Higiene de mãos: comparação da eficácia antimicrobiana do álcool – formulação gel e líquida – nas mãos com matéria orgânica. São Paulo, 2004. Tese de Doutorado - Escola de Enfermagem - Universidade de São Paulo (USP).
KAWAGOE, JY. Produtos utilizados na higienização das mãos. In Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das Mãos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2009. 105p. 1. Vigilância Sanitária. 2. Saúde Pública. I. Título
ROTTER, ML. Hand washing and hand disinfection. In: MAYHALL C, G. Hospital Epidemiology and Infection Control. Baltimore: Williams & Wilkins, 1996. p.1052-68.
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