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MATÉRIA TEORIA GERAL DO DIREITO

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TEORIA GERAL DO DIREITO – RESUMO
Descreve abstratamente um fato.
1. DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO
D. Objetivo é a previsão abstrata de um comportamento. É a “norma agendi”.
- Já o D. Subjetivo é atribuição de poder a um determinado ente, para que este ative e exija de outrem certo comportamento. É dotado de um interesse, uma pretensão e garantia.Expectativa do direito, não tem proteção.
Ex.: Direito público pode suspender contrato, Direito Privado não.
- Aquisição do D. Subjetivo é expectativa de direito.
2. A NORMA JURÍDICA NO DIREITO CIVIL
- O D. Civil, como ramo do D.Privado, regula a conduta de entes que estabelecem entre si relações de coordenação (normalmente particulares) – reciprocidade de poderes e deveres. Por essa razão, sua normas são, principalmente de comportamento, se A (determinado comportamento) é, B (consequência) deve ser.
Direito Civil refere-se à proteção da pessoa, da família e patrimônio, por isso, é considerado que o direito é um conjunto de normas de comportamento ou de organização imposta ou de observância obrigatória, tendo função de evitar ou dirimir conflitos de interesse, realizando objetivos fundamentais como segurança, justiça e o bem comum.
Art. 1° CCB - Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
3. RELAÇÃO JURÍDICA
A relação jurídica é uma categoria básica do D. Privado, representa um nexo jurídico entre pessoas, contendo poderes e deveres, tal intersubjetividade se concretiza pela reciprocidade de poderes e deveres, com isso, a relação jurídica esta na origem, “mediante manifestação de vontade ou o encontro consensual das vontades” – [é personalista], da que regula o comportamento concretos das partes.
* Pessoa é sujeito titular de relações jurídicas.
- É o vínculo constituído entre dois ou mais sujeitos, em razão de determinado objeto.
- Elementos: vinculo de atributividade; sujeitos; objeto.
-Relações jurídicas simples e relação complexa.
- Pode-se conceituar também como o vínculo entre duas situações subjetivas.
 Dever Jurídico
S. Passivo S. Ativo
 Direito Subjetivo
S. Ativo S. Passivo
$
Carro
Situação Subjetiva
Relação jurídica completa.
*Divórcio é um direito potestativo, logo quando se casa.
Situação Subjetiva
Divórcio
4. HISTÓRIA DO DIREITO CIVILReuniu várias leis antigas > Direito nacional tem influência.
- A influência do D. Romano: O corpus Iuris Civilis.
- As ordenações do Reino de Portugal: Afonsinas, manuelinas e filipinas.
- Independência do Brasil: A Constituição de 1824 e as mudanças na legislação (1615).
- 1850: Promulgação do código comercial.Não tratava da vida civil.
- A consolidação das leis civis de Teixeira de Freitas, e o esboço, chamou de código (anteprojeto de Código Civil).Teixeira achou que deveria revogar o código comercial, o império não aceitou e por isto, deixou o esboço incompleto.
- 1899: Apresentação do anteprojeto de Clóvis Belviláqua.
- A longa tramitação do projeto de código civil e sua aprovação em dezembro de 1915.
1902: Ruy Barbosa vs Clovis
1912: sai aprovado
1 de janeiro de 1917 entra em vigor.
1919: tentativa de reforma.
Final da década de 90 sai tentativas desde a década de 70.
Dezembro de 2001 governo de FHC publicação. Entra em vigor dia 12/01/2003
- O primeiro código brasileiro. As tentativas de reforma.
- A Constituição de 1988.
- O projeto de Miguel Reale.
Lei n° 10.406 de 10/01/2002.
(11/01/2002 publicação, 1 ano + 1 dia = 12/01/2003).
CCB é uma lei ordinária, maioria simples e está
abaixo da constituição.
*emanta: resumo da lei.
Vocatio legis: espaço de publicação e entrada em vigor.
Logo após a queda de Roma, a Revolução comercial contribuiu para o desenvolvimento do código comercial pela burguesia, foi tal classe que consagrou o individualismo como princípio fundamental da ordem jurídica moderna
UINIDADE I – DAS PESSOAS
1. PERSONALIDADE JURÍDICA
- É o atributo, concedido pelo Direito a determinados entes, para possibilitar a titularidade de situações subjetivas.
-A personalidade é um atributo genérico em relação às situações subjetivas.
- Pessoa: Natural ou física e jurídica.
-Inicio da personalidade da pessoa natural: art. 2° do CCB
Art. 2° CCB - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Tem que nascer para ser pessoa.
Ainda não nasceu, mas é pessoa.
a) Natalistas: diz que para ser pessoa tem que nascer/ expectativa do direito.
b) Concepcionista: nascituro já é pessoa, exatamente porque já foi concebido.
c) Personalidade condicional: a personalidade desde a concepção, mas condicionado ao nascimento com vida (não é pessoa se não nascer).Ex.: esta na barriga tem direitos. Mas não é gente se nascer morto (natimorto). Todavia, existiu D. de Personalidade.
- O nascituro no Direito Sucessório.Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão. (obs.: fica condicionada ao nascimento com vida (art. 2º do CC).
A personalidade é instituto básico do direito civil, e a pessoa, o seu núcleo principal. O Direito protege-a e garante-lhe a reprodução e a conservação, por meio dos direitos da personalidade. Em suma, somente com a personalidade jurídica que é garantida seus direitos e deveres.
2. CAPACIDADE JURÍDICA
- Capacidade de direito (gozo): aptidão para adquirir direitos e outras situações subjetivas. Não é um atributo genérico, mas específico (art.1°, CCB) Perdeu relevância: Ex.: escravo não era pessoa.
Ex.: CNPJ do condomínio
- Entes despersonalizados
 Sem capacidade jurídica.
Para exercer pessoalmente os fatos.
É sujeito, porém não é pessoa. Necessita de representante, possui capacidade de direito, mas não é personalizado.
	Legitimação: capacidade especial para determinado ato ou negócio jurídico.
Legitimidade: capacidade processual, uma das condições da ação.
Personalidade: soma de caracteres da pessoa, ou seja, aquilo que ela é para si e para a sociedade.
- Capacidade de fato: é a aptidão para exercer pessoalmente os atos da vida civil.
a) Absolutamente incapaz (impúberes) (art. 3°) menor de 16 anos - RepresentanteArt. 3° - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. 
b) Relativamente incapaz: (púberes) (art. 4°) 16 – 18 anos - Assistente
Art. 4° - São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; 
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. 
* Relativamente incapaz também: 
Ébrios habituais: dependente químico viciado em tóxico. /Pródigos: gasta exageradamente.
FUNAI representa os índios, Par. Único art.4°.
c) Capaz: (art. 5°) Idade: 18 anos ou mais
*Representante do maior de idade: Curador.
Art. 5° A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Capacidade plena é junção da capacidadede direito (gozo) (que todos possuem, adquirida através da personalidade jurídica), com a capacidade de fato ou exercício (aptidão para exercer pessoalmente os seus direitos). Isso ocorre através da chamada emancipação.
- Emancipação (a partir de 16 anos). É somente com poder familiar, não se confunde com guarda. *Emancipação tem caráter irrevogável (uma vez concedida o menor não poderá voltar ao status de incapaz).
· Voluntária: livre vontade dos pais; independentemente de homologação judicial.
· Judicial: quando não há poder familiar e há divergências com os pais;
· Legal: prática de determinado ato (autonomia), * os pais não podem optar em não desempenhar. Só precisa cumprir requisitos, ex.: casamento, etc.
· Arts. 1630/1634 e 1635 CCB
* Os pais do menor de 16 anos possuem poder familiar para ministrar viagem, casamento etc. pode perder em casos de abuso sexual, por exemplo.
· Pais: poder familiar (poder-dever);
Art. 1.630. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto menores.
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
I - dirigir-lhes a criação e a educação; 
II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584; 
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;
IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior; 
V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência permanente para outro Município;
VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar; 
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; 
VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; 
IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição. 
· Tutores: perda de poder familiar
Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar:
I - pela morte dos pais ou do filho;
II - pela emancipação, nos termos do art. 5o, parágrafo único;
III - pela maioridade;
IV - pela adoção;
V - por decisão judicial, na forma do artigo 1.638.
· Curadores: representante do maior incapaz.
- Processo de interdição (nomeação de curador)
Art. 1.767. Está sujeito a curatela:
I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil; 
II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade;
III - os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos; 
IV - os excepcionais sem completo desenvolvimento mental
I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
II - (Revogado); 
III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
IV - (Revogado); 
V - os pródigos.
3. FIM DA PERSONALIDADE DA PESSOA NATURAL 
Art. 6° - A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Aquele que pode ser detectado pelo cadáver/declarado judicialmente. Ex.: parada cardiorrespiratória; Morte encefálica.
- Morte real: critérios médicos definidores;
Precisa de laudo oficial de enceramento de buscas pela sentença do juiz, emite declaração.
- Morte presumida: Quando falta cadáver.
Art. 7° - Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
- Comoriência: quando ocorre de duas pessoas morrem simultaneamente/ um eraA herança é dividida separadamente.
Herdeiro do outro.
Art. 8º - Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
4. REGISTRO DOS ATOS JURÍDICOS
- Registro: Abre novo título. Ex.: Nascimento.
Art. 9° - Serão registrados em registro público:
I - os nascimentos, casamentos e óbitos;
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.
-Averbação: A mudança é feita em registro já existente. Ex.: divórcio 
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:
I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação;
III – Revogado.
- A lei de Registros Públicos (lei n° 6.015/1973).
Características próprias (Direito Privado).
5. DIREITOS DA PERSONALIDADE (Art. 11° a 21° CCB)
- Personalidade (em sentido subjetivo) x direitos da personalidade (sentido objetivo).
- Surgimento dos direitos da personalidade e confronto com direitos fundamentais e direitos humanos. - Proteção dos interesses:
Direitos fundamentais: necessários/ absoluto. Esfera interna do ordenamento jurídico.
Direitos humanos: Esfera Internacional
- CARACTERÍSTICAS:
a) Essenciais ou necessários: fundamentais;
b) Absolutos: efeito “erga omnes” = vale para todos;
c) Extrapatrimoniais: não patrimônio/ não mensura em dinheiro. Ex.: direito autoral, extrapatrimonial em relação a moral do autor. Só pode haver exploração patrimonial comercial em caso de morte e que não tenha herdeiros, virando domínio público;
d) Intransmissíveis: é intransmissível o D. de Personalidade;
e) Indisponíveis (inalienáveis, impenhoráveis, irrenunciáveis).
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Tem como objetivo prevenir a prática do ilícito, entendido como ato contrário ao direito material.
- FORMAS DE PROTEÇÃO: (art. 12 CCB)
· Tutela inibitória, acautela ou preventiva:
*O requerimento à tutela inibitória é feita pelo cônjuge sobrevivente ou companheiro, qualquer parente em linha reta ou colateral até o 4° grau.
Parentesco:
 Linha reta: pais, filhos, avós.
Linha colateral ou transversal: irmão.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
· Tutela indenizatória ou ressarcitória: danos emergentes e lucros cessantes, inclui danos materiais, morais e estéticos.Tentativa de voltar ao estado anterior.
Dano emergente e lucro cessante > indenização.
- Inicio e fim dos direitos da personalidade
(A personalidade termina com a morte. O direito protege a honra do morto, seja pela proibição de imagens, manifestação de pensamento, art. 20° CCB).
a) Transferência p/ família;
b) Direito à memória do morto;
c) Reflexos “post mortem” (pós-morte)
Art. 20° - Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. 
Parágrafo único. Em se tratandode morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
d) 
(DIREITO DA PERSONALIDADE)
-Autonomia do “paciente”: consentimento livre e informado. (Órgãos duplos e generativos).Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.
-Doação de órgãos: lei n° 9.434/1997/ art. 1°, doação “in vivo” e doação em “causa mortis”;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9434.htm
Art. 1º A disposição gratuita de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, em vida ou post mortem, para fins de transplante e tratamento, é permitida na forma desta Lei.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, não estão compreendidos entre os tecidos a que se refere este artigo o sangue, o esperma e o óvulo.
-Disposição do cadáver: gratuita, fins específicos; (art.14° CCB)
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
-Direito ao nome: Pronome e nomes de família (sobrenome). Registro e alteração. Causas de alteração de nome, proteção ao pseudônimo (é um nome fictício usado por um indivíduo como alternativa ao seu nome real.). (art.16° a 19° CCB)
*Agnome: filho, neto, Jr, primeiro e segundo.
*Com 18 anos até 19 completos é possível durante 1 ano mudar o prenome sem nenhuma justificativa, o juiz somente analisa se não é para fins ilícitos. (Direito potestativo – quando o outro se submete, é um direito que não admite contestações).
Art. 56, LRP. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos de família, averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa.
*É possível incluir apelidos;
*É possível mudar todo o nome, em caso de ameaça;
*É possível inclusão de padrasto/madrasta em nome;
* Em nome jurídico é possível ajuizar ação o quanto antes.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as
providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
Toda imaginação envolvendo a industrialização é manifestação de pensamento. D. a Propriedade Industrial.
-A proteção à manifestação do pensamento (art. 20°)
-Direito autoral: aspecto moral e aspecto patrimonial. A ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) N°4.815 e as biografias não autorizadas. Aspecto moral não pode ser mexido, patrimonial sim (D. Material) – domínio público.
D. Autoral pode ser explorado após 50 anos.
* Não é preciso registro na parte autoral, basta provar.
-Inviolabilidade da vida privada. Limitação parcial e temporária. Ex.: BBB pode, é temporário.
6. AUSÊNCIA
- Ausente é a pessoa que é reconhecida judicialmente como desaparecida em circunstâncias em que não há indícios de seu falecimento.Mostra tempo razoável para a anormalidade. 
Objetiva a regulação das situações jurídicas pendentes: (art.7° – morte presumida)
-Se o desaparecido não houver deixado representante, a ausência transcorrerá em três fases:
a) Curadoria de bens: 1 ano, guarda os lucros. Não pode explorar (art.24°-25°CCB)
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.
Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes.
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.
§ 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.
§ 2º Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.
§ 3º Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.
b) Sucessão provisória: 1 ano, abre testamento ou divide herança. Entretanto, não pode abrir mão dos bens, todavia pode usufruir mantendo os bons rendimentos.
Herdeiros necessários: ascendentes, descendentes e cônjuge.
Herdeiros não-necessários: é necessário prestar caução, garantia de cuidado do bem sem dilapidar. Só ganha 50% dos bens. 
Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão.
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados:
I - o cônjuge não separado judicialmente;
II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários;
III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte;
IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.
Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.
§ 1o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo competente.
§ 2o Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até trinta dias depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823.
Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União.
Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.
§ 1o Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa garantia.
§ 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente.
Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.
Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas.Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz competente.
Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos.
Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria.
Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo.
Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono.
c) Sucessão definitiva: se o desaparecido por mais de 5anos, já tiver 80 anos de idade. Solicitação pela parte interessada definitiva para ter declaração de morte presumida após os 10 anos. É necessário declarar morto.
Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas.
Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.
Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território federal.
-Hipótese em que há representante com poderes para administrar todos os bens do ausente.
-Se o ausente tiver 80 anos e de 5 anos darem as últimas notícias dele. Art. 38 CCB. (sucessão definitiva).
-Se a ausência for voluntária e injustificada
UNIDADE II – PESSOA JURIDICA
São todos de personalidade jurídica.
7. PESSOA JURIDICA:
- Ente não humano dotado de personalidade em razão de sua constituição.
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Empresa é atividade econômica.
Firma é nome da pessoa jurídica (identificação) – razão social.
- Distinções: empresa e firma
Sócio não responde, a menos que seja fraude.
-Autonomia de personalidade e autonomia patrimonial
Pode ser titular no D. Subjetivo.
- Classificação quanto à norma jurídica:
a) Pessoa jurídica de direito público: pode ser interna e externa (D. Internacional Público). Ex.: D. Adm
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
b) Pessoa jurídica de direito privado: Ex. D. Civil; D. Empresarial.Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos;
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. 
§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código.
 § 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. 
- Início da personalidade das pessoas jurídicas de direito adquirido. Art.45 *Existe a partir do registro.Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
- O ato constitutivo: estatuto e contrato social; (conteúdo registro, Art.46) representante estará descrito no ato constitutivo.
Art. 46. O registro declarará:
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.
Constituição das pessoas jurídicas de D. Privado:Existe a partir do ato registro, ato constitutivo. Art. 45
a) Manifestação da vontade criadora;
b) Elaboração do ato constitutivo: estatuto ou contrato social (art. 46)
Registro em cartório próprio: Associação; Fundação e EIRLLI. 
S.A = Sociedade anônima ou S.C = sociedade cooperativa.
S.A = Sociedade anônima ou S.C = sociedade cooperativa.
O conceito de social= sociedade não pode ser altruísta. O contrato social é para sociedades limitadas > deveres de cada sócio. Sendo essas sociedades com fins econômicos:
 Empresária = produção, circulação de bens e serviço. S.A; S. LTDA; S.C.
Simples= profissão intelectual.
EIRELLI: fins econômicos e fins civis. Art. 966
c) Registro do ato constitutivo: junta comercial ou cartório de Registro das Pessoas Jurídicas.Sociedade simples; EIRELLI com fins civis, fundação, associação.
Sociedade empresarial.
· A tomada de decisões nas pessoas jurídicas. 
Órgãos internos: Órgão de representação e órgão de Deliberação;
Conselho curador: administra a PJ. 
Art. 47;48;49 destituição do representante.
Assembleia geral: sociedade e associação.
Reúne todos os sócios ou associados para votar sobre assuntos importantes na vida da PJ. O voto pode ser de cabeça ou capital.
· Desconsideração da personalidade jurídica: art. 50
Uso fraudulento.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos decertas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
· Abuso de personalidade: desvio de finalidade ou confusão patrimonial;
É necessário provar, qualquer sócio pode responder por esse desvio.
· Requerimento da parte interessada ou do Ministério Público.
· Uma vez deferida à desconsideração, serão atingidos os bens dos sócios e administradores;
· Efeitos episódicos (atinge somente o caso em julgamento);
Quando não se pode pagar com os bens.
· Extinção da pessoa jurídica: independente da causa, só se opera com o cancelamento do registro. No entanto, previamente, deve-se proceder à liquidação dos bens. Extinção das associações (art. 61) e das fundações (art. 69).
Só se extingue a PJ com o cancelamento do registro, provando que não há dividas.
CPC: Desconsideração inversa: ocultação dos bens dos sócios.
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.
§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação.
§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
7.1 ASSOCIAÇÕESSem fins econômicos, possui art. Específicos – 61.
Não precisa ter patrimônio (imóvel) se tiver, é necessário estar descrito e se tem cotas.
· Pessoa jurídica colegiada, sem fins econômicos;
· Estatuto com registro no Cartório ou Registro das Pessoas Jurídicas. Requisitos: (art. 54);Extinção: tenta pagar as dividas; olha se o capital é dividido em cotas = associados; olha o Estatuto, se não tem vai para assembleia geral.
· Categorias de associados;
· Capital social e divisão em quotas;Todos têm direito de participação na Assembleia geral, que é o órgão de deliberação.
· Órgãos de deliberação: assembleia geral. Competência privativa: (art. 59)
Para que haja bens faz a dotação patrimonial depois o Estatuto. Não tem sócio/associado só tem adm de patrimônio. Sem fins econômicos.
7.2 FUNDAÇÕES
· Pessoa jurídica patrimonial, constituída para fins altruísticos e assistenciais descritos no paragrafo único do art. 62;
· Dotação patrimonial por escritura pública (“ato inter vivos”) ou testamento (“ato causa mortis”);Precisa ser escrita, escritura pública e testamento. Art. 63
Causa mortis= O testador deixa especificado, é irrevogável. 
· Atuação do Ministério Publico como fiscalizador. Recorre-se ao juiz, olha o ato constitutivo se trata do bem, é fiscalizado pelo MP.
7.3 SOCIEDADEEm uma sociedade os sócios têm direito a partilha resultados. Contrato social ou Estatuto p/ S.A ou S.C.
· Pessoa jurídica colegiada, cujos sócios visam a partilha dos resultados;
Classificação:
a) Sociedade empresária: aquela que desempenha a função típica de empresário, sociedade anônima por ações – Junta Comercial.
art. 966, se tiver atividade intelectual não se considera empresário
b) Sociedade Simples: art. 966, parag. Único – Sociedade cooperativa é simples ,Certidão de Registro de PJ
· Ato constitutivo e registro.
7.4 EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA (EIRELI)
Precisam de capital mínimo, 100 salários-mínimos= 100 mil como patrimônio. Possui patrimônio separado e, fins econômicos; pode ser pessoa jurídica de uma única pessoa. A responsabilidade é limitada pelo valor patrimonial. 
· Pessoa jurídica unipessoal com fins lucrativos;
· Pode ter natureza empresária ou simples;
· Pode se originar da concentração de capital em um único sócio;
· Mínimo de capital social para constituição;
· Limitação da responsabilidade.
· Direitos da Personalidade da Pessoa Jurídica: art. 52
· Teoria Negativista: não há reconhecimento da personalidade, mas há direitos da personalidade.
· Teoria Afirmativista: existe direito a personalidade. 
8. Domicílio (art. 70 a 77)
Local onde a pessoa se estabelece com ânimo definitivo (“animus manendi”) * vontade de permanecer
· Domicílio e residência:
Local onde a pessoa esta, podendo ser temporária.
Local onde se estabelece com vontade de permanecer. 
· Pluralidade de domicílio: mais de um domicilio, é exceção por poucas pessoas ter.
· Domicílio profissional: se diferencia do domicilio residencial. Ex.: escritório.
Classificação:· Domicílio voluntário: ex.: mendigo, domicilio local onde se encontrar.
· Domicílio Legal ou necessário: imposto por lei, aquele que não podem escolher. Art76, caso marítimo, olha o número de matricula. 
· Domicílio comum ou geral:
· Domicílio especial ou contratual: apenas para efeito do contrato, escolhe onde receber contrato.
UNIDADE III – DOS BENS art. 79
1. Classificação dos bens considerados em si mesmos
Móvel: não altera sua essência, quando o bem move e não se altera, sem perda.
Semoventes: animais de bando. Por força da natureza;
Antecipação: pode se torna móvel > por contrato.
Por força de lei: art. 83
Temporários: plantações.
Imóvel: Quando o bem se movimenta e perde seu valor econômico. Ex.: palmeira, solo, plantações. 
Imóvel:
Por natureza; 
por força de lei – art. 80; 
por acessão > casa, por aceder ao solo.
1.1 Bem
Corpóreos: pode ser percebido pelos sentidos
Incorpóreo: não há corpo. Ex.: D. autoral. É transmitido por acessão.
1.2 Bem
Fungível: pode ser substituído.
Infungível: características únicas. Ex.: carro usado.
1.3 Bem
Consumível: seu uso possui desgaste rápido. Ex.: comida.
Inconsumível: 
1.4 Bem
Divisível: Pode ser fracionado sem perder $.
Indivisível: 
1.5 Bem
Singular: se o proprietário o considera individualmente.
Coletivo: universalidade de fato. Vontade do proprietário. Força de lei.
1.6 Bem
Bem em comparação a outro bem, ele depende de outro para existir ou não.
2. Bens reciprocamente considerados
Não precisa de outro bem para existir. Ex.: árvore. 
2.1 Bem principal
Depende de outro bem para existir. Ex.: fruto, não da para comparar a outro.
2.2 Bem acessório
Bens utilizados de modo duradouro em outro bem, mas se conserva sua autonomia = bem principal liga de modo duradouro acessório.
2.3 Pertenças
- “Acessorium sequitur principale”Rendimentos periódicos produzidos pelo bem principal, juros e fruto do rendimento do capital.
a) Frutos 
· Naturais: bem da natureza – fruto; flores;
· Civis: salário; juros;
· Industriais: indústria humana, trabalho humano produto final do trabalho humano.
· Quanto à origem 
· Pendentes: unido ao bem principal – salário não recebido, juros que não venceu;
· Percebidas ou colhidos: naturais – frutos percebidos;
· Estantes: frutos armazenados. Ex.:carnes em frigorifico, não é comercializado ainda.
· Percipiendos: colhidos depois da época, passou do tempo sofre redução econômica.
· Consumidos: cumpriram sua função, ex.: dinheiro gasto.
· Quanto à localização
c) Produtos: rendimento produzido pelo bem principal uma única vez, a separação do produto deteriora o bem principal. Ex.: minério.
· Necessárias: essencial à construção do bem principal;
· Úteis: aumenta a utilidadedo bem principal;
· Voluptuárias: aumenta o prazer do uso principal, ex.: lazer; embelezamento.
d) Benfeitorias
Melhoramento no bem principal. Ex.: Reforma na casa.
Art. 1.219: é pago o que foi gasto (indenização), mármore carará não é indenizado, só acessórios necessários ou uteis. 
Lei 8.245
3. Bens considerados em Relação aos Sujeitos
3.1 Bem privado ou particular
PJ de D. Publico, capital publico. Usucapião não entra.
Pessoas naturais ou PJ de D. Privado.
· De uso comum: inalienáveis – não podem ser vendidos;
· De uso especial: inalienáveis - II
· Dominical: todo bem que não couber nos primeiros – pode ser vendidos.
3.2 Bem público
Empréstimo:
Comodatário infungível: mesmo bem;
Mútua fungível: não é o mesmo bem, mas semelhante.
UNIDADE III – DOS FATOS JURIDICOS NO CODIGO CIVIL
1. Comparação entre a classificação de Pontes de Miranda e a classificação tradicional dos fatos jurídicosEvento da natureza que produz consequências jurídicas, não existe vontade. Ex.: maioridade; morte/nascimento.
· Fato jurídico 
“stricto sensu”
· Ato jurídico 
“lato sensu”
· Ato-fato jurídico
(P. de Miranda)A vontade só esta presente para formação do ato. Ex.: reconhecimento paterno. Produção dos efeitos é pela lei. Ex.: pagamento de dividas.
· Ato jurídico 
“stricto sensu”
· Negócio jurídico
Fato Jurídico (“lato sensu”)Ação ou omissão humana voluntária que produza efeitos.
Não existe vontade, só a lei regula a criação – não precisa de vontade/ é indiferente. Art. 1.264/ 1.269.
Vontade além da criação, mas também nos efeitos. Ex.: contrato de compra e venda.
Não tem ilícito
· Fato jurídico
“stricto sensu”
· Ato Jurídico
“lato sensu”
(Classificação tradicional)· Ato Jurídico
 “stricto sensu”
· Negócio Jurídico
· Ato ilícito
Ação ou omissão humana, voluntária ou não voluntaria.
Fato Jurídico (“lato sensu”)
Ação ou omissão humana, contrária ao direito que produz consequências jurídicas.
Elem. Complementar
2. Da Validade dos Negócios Jurídicos
· A ausência de um elemento complementar do suporte fático do negócio pode acarretar-lhe:Negócio anulável – falta elemento complementar, mas não impede de ser corrigido. Possível de anulação.
a) Nulidade relativa ou anulabilidade
Tem defeito mais grave, não é anulável, é nulo – não pode ser corrigido. Ex.: compra e venda de cocaína. 
b) Nulidade absoluta ou nulidade, simplesmente.
· O código Civil, no art. 104, lista os elem. complementares do objeto e a observância da forma. Pode-se acrescentar a liberdade e a consciência da manifestação de vontade e o respeito à boa-fé objetiva.Gera a nulabilidade – Comportamento de acordo com padrão exigido.
· Principio da conservação dos NJ
Art. 318 – pagamento em moeda estrangeira
Legal: pais; tutores; curadores.
Convencional: procuração- representação convencional.
2.1 Requisitos subjetivos
· Capacidade de fato e representação
Ex.: autorização do outro cônjuge 
· Legitimidade (ou capacidade e representação)
· Grau de invalidadeNegócio jurídico nulo: (mais grave)
Negócio jurídico anulável: aquele que pode ser corrigido.
2.2 Requisitos ObjetivosIdentificado
· A indeterminação absoluta do objeto
· Ilicitude do objetoNegócio jurídico nulo.
· Objeto impossível
Como ele se exterioriza – se escolhe.
2.3 Requisitos Formais 
· Art. 107 princípio da liberdade de forma
· O negócio jurídico pode se exteriorizar por manifestação de vontade expressa ou tácitaComportamento incompatível com a vontade.
Indica o que você quer.
Não manifestação é o silêncio (não precisa de manifestação de vontade de expressão, salvo em alguns casos.
· O silêncio como manifestação de vontade (art. 111)
· Negócios formais e negócios solenes.Solene: traz sua forma ao núcleo,
Não tem nos negócios jurídicos boa-fé subjetiva,
3. Boa-fé Negocial
· Distinção entre boa-fé subjetiva e boa-fé objetiva
· Os deveres anexos ou secundários: lealdade, informação, vinculação de publicidade, segurança.
· Proibição do “venire contra factum proprium”."ninguém pode comportar-se contra seus próprios atos"
4. Modalidades de Negócio Jurídico
· São clausulas voluntárias colocadas no negócio para regular seus efeitos.
· Também são denomina dos de elementos acidentais já que não são obrigatórias, mas se estiverem presente a eficácia do negócio delas dependerá.
4.1 CondiçõesNão sabe se o evento vai acontecer
· Clausula que subordina os efeitos do negócio jurídico a evento futuro e incertoCondição legal.
· Não se confunde com “conditio iuris”
· Pode ser suspensiva ou resolutiva; causal ou protestativaO fim dos efeitos jurídicos depende do futuro e incerto.
· ValidadeClausula voluntaria – não legal (requisito)
4.2 TermoEx. testamento (morte) sabe que vai acontecer.
Data (inicio e fim), futuro e certo.
· Subordina os efeitos do negócio a evento futuro e certo
· Pode ser inicial (suspensivo) ou final (resolutivo)
· Prazo
Elemento acidental do NJ gratuito. Testamento; beneficio a alguém; contrato de comodato.
4.3 Encargo ou Modo
· Clausula colocada em negocio jurídico gratuito, que impõe uma restrição ao beneficiário.
· Não se configura como contraprestação
· Descumprimento do encargo
Art. 121-137Defeito no consentimento (manifestação de vontade). Não necessariamente pode ser invalidados, podendo ser apenas anulável.
5. Defeitos do Negócio Jurídico
5.1 Erro
· Estado de desconhecimento ou falso conhecimento da realidade
· Deve ser espontâneo substancial e ser perceptível por pessoa de diligencia normal. Art. 139Uma pessoa errou, mas a outra não ágil.
Substancial: errou no objeto principal.
Erro é espontâneo, dolo age por malicia, pode ser por omissão. Tem que recair em uma característica essencial.
5.2 Dolo – art. 148
· Conduta maliciosa que leva a parte do desconhecimento ou falso conhecimento sobre característica relevante do NJ.
· Só é anulável o dolo essencial ou substancial. Dolo acidental do direito a perdas e danos;Sem objetivo de prejudicar vs aquele que prejudica.
· “dolus bônus” e “dolos malus”
· Dolo de terceiro e dolo do representanteA faz negocio com B por dolo de terceiro C. Se B tinha boa fé o negócio continua. E pode pedir indenização para C.
Representante é por escolha, art. 149, e responde pelo dano. 
5.3 Coação
· Ameaça de mal sério e iminente que leva a parte a celebrar NJ.
· Não se confunde com temor reverencial ou exercício regular de direito
· Coação de terceiro.
5.4 Estado de Perigo (art. 156)
· Situação de risco que leva a pessoa a celebrar negócio jurídico com obrigação excessivamente onerosa;Alguém se aproveita da situação de risco do outro. Faz um negócio jurídico excessivamente oneroso.
· É necessário dolo de aproveitamento.
5.5 Lesão (art. 157)
· Desproporção manifesta em razão da inexperiência ou premente necessidade;
· Discussão sobre dolo de aproveitamento e boa-fé.Desproporção manifesta, é algo evidente. 
É perceptível que o objeto vale o dobro (ex. imóvel).
O CC não fala dessa intenção de dolo, mas ambos tem que agir com padrão de cuidado.
5.6 Fraude contra credores (Art. 158 a 165) 
Devedor abre mão de seu patrimônio vira insolvente ou já é. 
· Disposição patrimonial, praticada por devedor insolvente ou por ela reduzido à insolvência que prejudica credores preexistentes.Quem tem diversas garantias, não pode propor ação, credor quirografário que pode solicitar, pois ele não tem garantia (hipoteca).
Consilium fraudis = tem que provar que alguém se aliou para fraudar quando for onerosa. Se for disposição gratuita não precisa de prova, se presume. 
· Se a disposição for onerosa;
· Ação pauliana ou ação reipersecutóriaPerseguir a coisa, trazer a coisa de volta.
Defeito grave, pois é inexistente. 
5.7 Simulação (art. 167)
Art. 178 – anulável com tempo;
Art. 179 – 4 anos ou 2 anos. 
· Ato com aparência diversa do pretendido;
· Ato simulado e ato dissimulado;
· Simulação relativa e simulação absoluta.Declaração falsa.
Ex.: pagamento de imposto
Ato simulado e dissimulado.
Encobre outro. Ex.: doação como compra e venda, gera anulabilidade.A doação continua válida, em caso de namorados e não casados.

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