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AO JUIZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE UBERLANDIA/ MG. Nº do processo: XXX EDUARDO, brasileiro, profissão, estado civil, portador de documento de RG nº XXX, CPF nº XXX, endereço eletrônico, residente e domiciliado XXX, CEP XXX, por meio do seu advogado constituído (procuração anexa), com endereço profissional XXX. e endereço eletrônico XXX, vem a presença de vossa excelência, de maneira tempestiva e com fulcro nos Art. (s) 335, 336, 337 e 343, todos do CPC, apresentar CONTESTAÇÃO COM PEDIDO DE RECONVENÇÃO em face de Marcela, brasileira, profissão, estado civil, portador de documento de RG nº XXX, CPF nº XXX, endereço eletrônico, residente e domiciliado XXX, CEP XXX, pelas razões de fatos e de direitos a seguir. 1. DAS PRELIMINARES 1.1. DA LISPENDÊNCIA Em análise dos autos, verifica-se ocorrência de litispendência da ação principal, uma vez que corre na 2º vara cível de Uberlândia/ MG, ação idêntica, de mesma autoria e contendo mesmo pedido, aguardando apresentação de réplica da autora. E pelo motivo exposto, requer a este juízo, a extinção da ação sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, inciso V, do CPC. 2. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA. O CONTESTANTE solicita assistência judiciária gratuita, pois não possuem condições de suportar as custas processuais sem prejuízo do seu próprio sustento e de seus familiares, pelo que requerer o benefício da gratuidade de justiça na forma da lei, nos termos do Art. 98 e seguintes do CPC. 3. DOS FATOS Alega a autora na ação principal, que ao parar com seu veículo diante da faixa de pedestre, na cidade de Uberlândia/MG, teve seu veículo abalroado pelo automóvel conduzido pelo réu e, em razão do acidente teve sua mão direita amputada. Por esse motivo, propôs contra a parte ré, pleiteando indenização, no valor de R$ 15.000,00, pelos danos materiais suportados, referentes a despesas hospitalares e gastos com remédios, e indenização por danos morais, no valor de R$ 60.000,00, pela amputação sofrida. No entanto, resta esclarecer que o réu alega que a autora teria parado o veículo, indevidamente, diante da faixa de pedestre, visto que, segundo relatou, não havia qualquer pessoa aguardando para atravessar a via, bem como alega haver 02 (duas) testemunhas que assistiram toda situação e se colocaram à disposição para relatar em juízo o ocorrido. 4. DO DIREITO Ora meritíssimo, uma vez que inexistiu ato ilícito, não há que se falar em responsabilidade civil por parte do réu, pois este em nenhum momento praticou ação voluntária com negligência ou imprudência que pudesse causar danos a parte autora e, consequentemente, gerasse o dever indenizatório. Não havendo, portanto, afronta, aos preceitos do Art.186 e 927, ambos do CPC. No entanto, ao contrário do réu, podemos imputar a parte autora responsabilidade objetiva, uma vez que no momento do acidente dirigia de maneira incompatível com a via, de maneira imprudente, parando seu veículo indevidamente sobre da faixa de pedestre, mesmo não havendo qualquer pessoa aguardando para realizar a travessia, o que reduz a culpa exclusiva do fato a autora, tendo esta contribuído para o acidente. Pelo exposto, evidencia-se, claramente a culpa da autora, aplicando o que estabelece o Art. 945 do CC, que traz: ''se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com o do autor do dano''. Assim sendo, resta evidente que os danos materiais e morais sofridos pela autora não podem ser imputados ao réu, vez que em momento algum este agiu de maneira a contribuir para o infortúnio. 5. DA RECONVENÇÃO Ao réu é lícito propor reconvenção, manifestando pretensão própria, uma vez conexa a ação principal, bem como fundada em sua defesa, nos termos do Art. 343, do CPC. Em decorrência do mesmo fato, pleiteia o réu, ora reconvinte, indenização pelos danos materiais sofridos no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), valor utilizado para o conserto do veículo ora danificado em razão do acidente provocado pela autora. Restando certo o dever do reconvindo em indenizar ante a prática de ato ilícito promovido pela sua negligência ao parar indevidamente o veículo na faixa de pedestre sem necessidade, plena observância ao que aduz o Art. 944 do CC, onde a indenização deve ser observada em face ao dano causado. Atribui-se ao valor da causa o importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 6. DOS PEDIDOS Em face ao exposto REQUER: A) Requer o acolhimento da preliminar arguida, sendo reconhecida a ocorrência da litispendência em razão de ação idêntica tramitando na 2° vara cível, e extinguindo este processo sem julgamento do mérito conforme artigo 485 do CPC. B) Requer a total improcedência dos pleitos autorais, quanto ao pagamento de danos morais e materiais, visto que a autora foi quem deu causa aos danos sofridos. C) Quanto a reconvenção, que seja dada procedência do pedido reconvencional, para condenação da autora ao pagamento da indenização no valor de R$10.000,00 (dez mil reais) à título de indenização pelos danos causados ao veículo do Reconvinte. D) Requer, caso digne este juízo, a convocação das 02 (duas) testemunhas para confirmar a conduta negligente da autora diante acidente. E) Requer a condenação da parte autora em custas e honorários advocatícios, nos termos do Art. 85 do CPC, em patamar de 20%. 7. DAS PORVAS Cabe provar o alegado por todos os meios em direito admitido, em especial documental e testemunhal. Dá-se à causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) Local, data Advogado, OAB
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