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INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS O rodeiro ferroviário é o conjunto de um eixo, duas rodas e dois rolamentos. Possui várias dimensões, de acordo com o tipo de truque e vagão, conforme tonelagem bruta exigida. Tem a função de suportar todo o peso do vagão através dos rolamentos e manga de eixo. Recebe choques causados pelas irregularidades dos trilhos. Roda Eixo Rolamento Manga do eixo 2 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Uma das principais características dos rodeiros é a bitola, que é definida pela distância entre as rodas. Quanto à classificação, a bitola pode ser: a) Bitola Métrica (M) ..........................................1.000 mm b) Bitola Normal (N) ...........................................1.435 mm; c) Bitola Larga (L) ..............................................1.600 mm. 3 Medição de bitola Medida bitola: 1514 a 1516 mm Meça a cada 120°, em três locais separadamente e faça uma média. Se a diferença entre duas medidas quaisquer exceder 3/16”, remova o rodeiro de serviço e recolha-o à oficina para correção. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 4 Medição de bitola Bitolas de eixamento para vagões: Bitola de 1,00m: entre 911 mm e 913 mm para rodas de 30” e 33”. Bitola de 1,00m: entre 914 mm e 920 mm para rodas de 29”. Bitola de 1,60m: entre 1514 mm e 1516 mm INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Eixo é a parte do rodeiro onde são fixados as rodas e rolamentos, elemento de união das rodas. 5 Os eixos ferroviários são forjados conforme norma AAR (American Association of Railroads) e podem ser divididos em vários tipos ou graus conforme o tratamento térmico e a faixa de carbono. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 6 Os eixos seguem, normalmente, a seguinte classificação: Grau “F” - Duplamente normalizado e revenido (todos os eixos para vagões de carga com diâmetro da parte central acima de 165,1 mm); Grau “G” – Temperado e revenido; Grau “H” - Normalizado, temperado e revenido. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 7 Os graus “F”, “G” e “H” são representativos de eixos usados para trabalhos pesados em locomotivas, carros de passageiros, vagões e outros equipamentos. O processo de fabricação de eixos segue normas internacionais, sendo as mais conhecidas AAR (American Association of Railroads) e UIC (Intemational Union of Railways). A Norma AAR recomenda que o aço usado na fabricação de eixos deve ter origem em alto forno, fomo elétrico ou fomo que trabalhe com redução de oxigênio. Os lingotes usados no processo deverão ter um descarte suficiente na cabeça e no pé para garantir a ausência de rechupe e segregação. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 8 Limites de desgaste, motivos para renovação de eixos I K INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 9 Todos os eixos envolvidos em grandes descarrilamentos (velocidade maior que 16 Km/h com vagão vazio ou carregado ou tenha percorrido, depois de descarrilado, uma distância de 61 metros ou que tenha havido tombamento de vagão – AAR Field Manual, Rule 36.A.1.b) devem ser checados quanto à empenos apoiados entre centros INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 10 Deve-se acoplar um relógio comparador com base magnética de forma que a ponta do relógio esteja perpendicular em relação ao eixo e a uma distância de ¼” (6,35 mm) ½ polegadas (12,7 mm) da extremidade da manga. O relógio deverá ser zerado e girar o eixo uma ou duas vezes. A máxima variação permissível será de 0,010” (0,254 mm). Deverá ser utilizado um relógio com resolução mínima de 0,001” ou 0,0254 mm. Todo eixo que ultrapassar o valor indicado deverá ser marcado (para evitar a reutilização) e sucatado (Rule 1.1.2 e 1.2.2 AAR – Section G-II – RP 633 pág. 67). Caso o rodeiro empenado seja rebaixado para manga inferior, deverá ser garantido empeno dentro do padrão medido entre pontas e sem as rodas. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 11 Colocar o eixo entre os contrapontos de um torno e medir o desvio de giro no assento do guarda pó. Se o deslocamento no relógio comparador for maior que 0,13mm (0,005"), o eixo não poderá ser utilizado. Para rodeiros envolvidos em descarrilamentos de menores proporções deverá ser checado o empeno do eixo conforme AAR – Rule 41.A.r _Field Manual e AAR – Rule 43.5 Field Manual, medindo a distância entre rodas em três pontos. Se a diferença entre dois pontos medidos exceder em 6,35mm, será motivo de substituição. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 12 A manga de eixo deverá ser cuidadosamente inspecionada quanto às suas dimensões padronizadas conforme tabela abaixo. A localização das medidas A, B, C e D e a checagem da região do assento com gabarito. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 13 Para realizar a medida do diâmetro da manga de eixo nas regiões do assento dos rolamentos deverá ser utilizado um calibrador de bocas com resolução mínima de 0,0001” (0,00254mm). O disco padrão para “zeragem” do relógio comparador do calibrador de bocas deverá ser no mínimo classe X (AAR Rule 1.2.5.3 Section G-II [S-659] pág. 4). Deve-se medir com um micrômetro de resolução mínima de 0,0001” em 3 pontos equidistantes. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 14 O raio de concordância da manga deverá ser inspecionado quanto a desgaste da seguinte forma: Encostar o gabarito na manga e na região do raio de concordância, se uma lâmina de 0,13 mm (0,005”) puder ser inserida mais que 10 mm (3/8”) na maioria dos pontos do contorno, a região do raio deve ser retrabalhada (Rules 1.1.2 e 1.8.2.2 – Section G–II). Raio de concordância da manga de eixo - Raio conforme – lâmina não passa Raio de concordância da manga de eixo - Raio não conforme – lâmina passa INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 15 Deverá ser utilizado para medição o gabarito modelo AAR (Fillet gage), ou ainda o gabarito que verifica a localização dos rolamentos. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 16 O ensaio por ultra-som em eixos ferroviários deve detecta a descontinuidade interna do eixo através da emissão de som. Como o eixo tem solicitação cíclica, ou seja, gira junto com a roda, os pontos de solicitação estão sempre se alterando, exigindo que o eixo tenha uniformidade estrutural, física e química. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS As Rodas são presas ao eixo, através de pressão, têm a função de transmitir todo o peso do vagão aos trilhos, guiando-o sobre os mesmos além de obter e permitir a frenagem e proporcionar o rolamento sem arrastamento. Flange Alma Cubo Furo Adoçamento do flange Pista de rolamento Face posterior da bandagem Face da frente da bandagem 17 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Coxim Superfície de Rolamento é a parte do aro da roda que se apoia sobre o trilho, contra o qual a sapata atrita no processo de frenagem. Aro também chamada de Bandagem, é a parte periférica da roda que se apoia sobre o trilho. 18 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Friso ou Frange é a parte do aro da roda responsável por guiar o truque nos trilhos. Disco ou Alma é parte da roda intermediária limitada pelo aro e o cubo. Cubo é parte central da roda, perfurada para receber o eixo. 19 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS As classes das rodas são definidas pela faixa de dureza e pela composição química. Conforme Norma AAR as rodas ferroviárias podem ser dos seguintes tipos (classes), conforme sua utilização: Rodas Classe “L”: Serviços de alta velocidade, frenagens severas e contínuas e baixa carga por roda; Rodas Classe“A”: Serviços de alta velocidade, condições severas e contínuas de frenagem e carga moderada por roda; Rodas Classe “B”: Serviços de alta velocidade, frenagens severas e contínuas e alta carga por roda; Rodas Classe “C”: Serviços com condições suaves de frenagem e alta carga por roda. Poderá ser usada com condições severas e contínuas de frenagem com o emprego de discos de freio. As recomendações para o emprego das classes acima são: Rodas Classes “B” e “C” normalmente são usadas para vagões de carga e locomotivas; Rodas Classes “L”, “A” e “B” normalmente usadas para carros de passageiros. 20 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 21 As rodas podem ser fabricadas em aço fundido ou forjado. A roda proporciona o movimento de rolagem sobre os trilhos, preferencialmente sem arrastamento, distribuindo o peso dos vagões sobre os trilhos. É ela que guia o vagão nos trilhos pelo efeito dos frisos. As rodas de um rodeiro são classificadas quanto ao processo de fabricação, quanto à aplicação (classe do aço da roda), perfil do disco e quanto ao número de vidas. Além disso, possui alguns parâmetros dimensionais importantes como: largura do friso, perfil da superfície de rolamento, composição química e características metalúrgicas. Os rodeiros são usinados quando apresentam avarias na pista de rolamento, desgaste excessivo ou deformação do perfil da roda. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 22 O processo de fabricação de uma roda Fundida: Na fundição da roda, o aço líquido proveniente da aciaria é colocado em moldes de areia ou grafite. Os moldes têm exatamente o formato da roda acabada e a fundição é feita sob pressão. No tratamento térmico, as rodas são temperadas em água e revenidas para alívio de tensões em fomos elétricos, a gás ou a óleo. Nessa etapa da fabricação se determina a dureza que irá definir, junto com a composição química, a classe da roda. As rodas fundidas são normalmente usinadas no furo central para permitir a montagem e na região da pista de rolagem para eliminar a ovalização proveniente do processo de fabricação que causa trepidação excessiva e fadiga dos componentes dos vagões. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 23 Revenimento é um tratamento térmico utilizado no aço para corrigir inconvenientes decorrentes da têmpera, sendo, portanto, e sempre aplicado posteriormente a ela. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 24 Passo a passo de produção das rodas forjadas Após o aquecimento, os blocos são retirados um a um do forno e passam por um jateamento de água e alta pressão para remover a carepa formada no processo de aquecimento No processo de fabricação das rodas forjadas, os lingotes vindos da aciaria são cortados em blocos com o peso aproximado da roda a ser produzida. Após o corte, os blocos são pesados e depois vão para o aquecimento até 900ºC no forno. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 25 Passo a passo de produção das rodas forjadas Na sequência, os blocos são prensados em prensas que variam de 6.000 t a 12.000 t., fazendo a aproximação da forma do disco, cubo e bandagem. Em seguida é feita a laminação, onde é formada a superfície de rolamento da roda juntamente com o friso, por meio de transferência de material do disco da roda para a pista. Depois é feito o furo central (em alguns laminadores o posicionamento do furo central pode ser feito antes da laminação para o caso de laminadores com centro no furo da roda). No final do forjamento a roda está em torno de 800° C. Após o forjamento, as rodas são colocadas em fossas refratárias cobertas, para um resfriamento lento e controlado. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 26 Passo a passo de produção das rodas forjadas INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 27 O perfil do disco das rodas também veio evoluindo ao longo dos anos, com o objetivo de minimizar as tensões mecânicas e térmicas nas rodas, acarretando numa maior confiabilidade destes componentes quanto a trincas na sua estrutura e consequentes fraturas em serviço. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 28 De acordo com o tipo destes perfis o nível de tensões geradas nas rodas difere significativamente. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 29 O aumento de temperatura das rodas causado pela frenagem também gera tensões críticas que necessitam de ser controladas. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 1 W 1” 1/2” 2 W 2” 1/4” MW 2” 3/4” Rodas Usadas na EFC. Rodas com uma vida útil (somente 01 usinagem) Rodas com duas vidas úteis (somente 02 usinagens) Rodas com múltiplas vidas úteis (muitas usinagens) 30 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 1 W = CB38” 1” 1/2” A BAN B A = ALTURA DO FRISO = 25.4+4.6mm - 0.00mm. B = ESPESSURA DO FRISO=29 A 32mm. BAN = 38.1mm OU 1.1/2”(NOVA) 28mm (SUCATA) TAPE = 287 A 296 ( NOVA ) 260 ( SUCATA ). VIDA MÉDIA = 300.000 A 350.000Km 31 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS MEDIDOR DE CAVA 32 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS GABARITO PERFIL 1:20 33 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 0 1 2 3 6 5 4 1 6 2 0 2 4 2 8 3 2 4 0 4 4 4 8 1 2 1 16 MEDIDOR DE FRISO (FINGER) ESCALA DE MEDIDA DE ESPESSURA DE FRISO MEDIDA DA ESPESSURA DE FRISO ANEL GRADUADORA MEDIDA DE ESPESSURA DE FRISO ESCALA DE MEDIDA DE BANDAGEM FACE QUE ENCOSTA NA FACE DA RODA FACE QUE ENCOSTA NA PISTA DE ROLAMENTO DA RODA 34 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS FOTO DO MEDIDOR DE FRISO 35 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 0 1 2 3 6 5 4 16 20 24 28 32 40 44 48 12 SIMULAÇÃO DE MEDIÇÃO DE FRISO E BANDAGEM 2- EMPURRA-SE A ESCALA DE MEDIDA DE ESPESSURA DE FRISO ATÉ TOPAR NO FRISO DA RODA; 1- COLOCA-SE O MEDIDOR DE FRISO NA FACE DA RODA E A OUTRA EXTREMIDADE NA PISTA DE ROLAMENTO DA RODA; 3- FAÇA A LEITURA DO FRISO UTILIZANDO A ESCALA NO FÍSICO E CONVERTENDO NA TABELA; 4- EM SEGUIDA FAÇA A LEITURA DA BANDAGEM UTILIZANDO A ESCALA NA FACE DO MEDIDOR DE FRISO E CONVERTA NA TABELA; 36 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS TABELA DE CONVERSÃO DE BANDAGEM POLEGADA MILÍMETRO 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 25 28 32 35 38 41 44 47 50 53 57 60 63 66 69 72 75 0 1 2 3 6 5 4 1 6 2 0 2 4 2 8 3 2 4 0 4 4 4 8 1 2 1 16 MEDIDOR DE FRISO 37 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS TABELA DE CONVERSÃO PARA ESPESSURA DE FRISO 0 1 2 3 6 5 4 1 6 2 0 2 4 2 8 3 2 4 0 4 4 4 8 1 2 1 16 MEDIDOR DE FRISO MEDIDOR DE FRISO 0 2 4 6 8 9 32 30 28 26 24 22 MEDIDAS EM MILIMETRO 38 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 0 1 2 3 6 5 4 16 20 24 28 32 40 44 48 12 RODA NOVA RODA ÚLTIMA VIDA 16 20 24 28 32 40 44 48 12 0 1 2 3 6 5 4 MEDIDOR DE FRISO 39 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 40 Para o eixamento das rodas é a frio, em prensa hidráulica dotada de manômetro e registrador gráfico. A prensa tem que permitir um eixamento progressivo e controlado. de modo a não deformar os componentes e não danificar as partes usinadas. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 41 Marcar o centro do eixo com tinta apropriada ou sobre pintura de alvaiade. Esta marcação serve como referência para controle da bitola interna do rodeiro. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 42 As sedes das rodas e da engrenagem e os respectivosfuros devem ser limpos com sol vente e tecido que não deixe fiapos. Lubrificar as sedes das rodas e/ou da engrenagem e os respectivos furos com um dos lubrificantes, tomar cuidado com o excesso de lubrificante.. No eixamento das rodas e/ou da engrenagem deve-se tomar o cuidado de verificar o alinhamento dos componentes do rodeiro com o pistão da prensa hidráulica. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 43 Verificar. antes do inicio do eixamento, se o registrador gráfico está zerado e pronto para iniciar o registro. No eixamento a força de eixamento começa a crescer logo que a penetração da sede da roda no furo da mesma atinja 20 mm. O gráfico tem que mostrar força de eixamento crescente e lenta, gradualmente com o deslocamento da roda, o valor final deve estar de acordo com a tabela. Nos últimos 25 mm de eixamento das rodas, o valor da força de eixamento não deve decrescer mais de 50 kN e tem de ser superior ao valor mínimo especificado na tabela. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 44 O registro gráfico da força de eixamento de roda deve representar a força de eixamento, em quilonewtons, em função do deslocamento no eixamento, em milímetros. O registro deve ser feito em escala suficiente para avaliar os valores grafados em cada ponto da curva. A queda da pressão de eixamento : 1. Não pode exceder 5 t. 2. Só pode ocorrer na última polegada de eixamento. 3. Não pode cair abaixo da pressão mínima de eixamento. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 45 Condição de condenação de eixamento. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS DEFEITO EM RODA 46 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 47 Para fazer a leitura radial, direcionar perpendicularmente a ponta do relógio para a superfície da pista da roda. Marcar um ponto na roda onde começará a leitura, girar o rodeiro 360º verificando as variações máximas e mínimas no relógio. Ex.: 0,40mm e -0,20mm a leitura total será igual a 0,40 – (-0,20)=0,60mm. Variação permissível 0,030” 0,76mm, conforme AAR Section G-II, Rule 1E12 e Rule 2B12, pág. G- II-9 e G-II-16. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 48 Para fazer a leitura planar, direcionar perpendicularmente a ponta do relógio para o friso da roda. Marcar um ponto na roda onde começará a leitura, girar o rodeiro 360º verificando as variações máximas e mínimas no relógio. Ex.: 0,50mm e -0,40mm a leitura total será igual a 0,50 – (-0,40)=0,90mm Variação permissível 0,045” 1,14mm, conforme AAR Section G-II, Rule 1F4 pág. G-II-9 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 49 O quê é Creepage? • Creep é a velocidade relativa (deslizante) entre a roda e o trilho numa faixa de contato; • Ele é diferente de zero quando a velocidade rotacional da roda não é igual à velocidade frontal do rodeiro; O que causa o creep (arrasto)? – Forças de Tração e Frenagem – Forças de Inscrição do Truque e do Rodeiro – Ângulo de Ataque do Rodeiro – Ângulo de Contato Roda/Trilho • Creepage é o arrasto dividido pela velocidade frontal do rodeiro. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 50 N V r F Creepage V 1 V -V :Creepage 1 rr f F :Force Creep O arrasto ocorre através das deformações elásticas da roda e do trilho nas imediações da faixa de contato rV1 w VV1 r Estado Estável Para pequenos creepages, f=inclinado V VV 11 1 wr INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 51 Faixa de Contato Roda/Trilho Raio do trilho no ponto de contato Raio transversal da roda no ponto de contato A roda sobre o trilho pode ser simplificada como esferóides de contato de propriedades elástica similares. A partir disto, as características da faixa de contato da elipse de contato pode ser calculada. Algumas das características são: comprimento dos semi-eixos maior e menor, elipticamente, e a área de elipse. As características são todas as funções das propriedades do Material: raios de contato e carga normal. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 52 Teoria do Creepage Se existe um movimento relativo entre os dois corpos em contato, então a elipse é modificada para: – Uma área de deslizamento localizada na traseira da elipse transmitindo uma força – Uma área de aderência na frente da elipse não transmitindo uma força Definição de Creepage: são velocidades relativas do corpo rígido para um movimento de origem com o ponto de contato V VV Creepage WR 321 eV,V INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 53 Teoria do Creepage As forças geradas dentro da faixa de contato são as CREEP FORCES. As creep forces (ou forças de arrasto são uma função das características da faixa de contato, coeficiente de atrito, velocidades relativas, e carga normal, geometria da via e dinâmica do rodeiro. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 54 Teoria do Creepage Velocidade Longitudinal do Trilho: Creepage Longitudinal: VV1R 0 L 1W V V r r Velocidade Longitudinal da Roda: Onde o raio de rolamento da roda esquerda: V Lr 0 L0 0 L1W1R r rr V r rV -V V VV 1 γ lateral mudança y e ,conicidade onde y,rr 0L V r 1 r y- L 1 0 Creepage Longitudinal 0 V r . INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 55 Teoria do Creepage Creepage Lateral 0 V Trilho do Lateral Velocidade R2 V V :Roda da Lateral Velocidade W2 Onde y = ângulo de ataque 2 W2R2 V VV : Lateral Creepage V V V Vy Vy INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 56 Spin Creepage (Arrasto Giratório) Spin creepage é a velocidade rotacional do rodeiro projetado sobre o plano da faixa de contato. – O contato entre o friso e a face interna do boleto causa um grande spin creepage porque a faixa de contato é proximamente perpendicular ao eixo rotacional do rodeiro; – O contato entre a banda de rolamento da roda e o topo do trilho causa um spin creepage muito pequeno porque a faixa de contato é proximamente paralela ao plano da faixa de contato; – Bandas de rolamento cilíndricas não possuem spin creepage. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 57 Spin Creepage (Arrasto Giratório) Raio Rodante do Rodeiro 0 0 0y Lr Rr 00L yrr 00R yrr Raio Rodante: INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 58 Quando uma Roda está com Trincas? É quando há o surgimento de pequenas escamações na Superfície da Pista de Rolamento. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Quando uma Roda está com Escamação? É quando há desprendimento de Metal da Superfície da Pista de Rolamento em vários locais. O seu grau de extensão e profundidade que determina o seu tipo (E1, E2 e E3). 59 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Escamação do tipo 01(E1): PEQUENA EXTENSÃO DO DEFEITO NA PISTA DE ROLAMENTO DA RODA 60 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Escamação do tipo 02 (E2): COM E2 OCORRE O AUMENTO DA EXTENSÃO DO DEFEITO NA PISTA DE ROLAMENTO DA RODA 61 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Escamação do tipo 03 (E3): COM E3 A EXTENSÃO DO DEFEITO TOMA TODA A PISTA DE ROLAMENTO DA RODA 62 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Quando uma Roda está com Calo por Arrasto? É quando a roda sofre um grande esforço em um ponto da sua pista de rolamento. Pode ser entre a sapata de freio X pista de rolamento ou pista de rolamento X trilho. Sua característica é apresentar defeito nas duas rodas na mesma direção. 63 Roda do lado Esquerdo Roda do lado Direito INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS CALO POR ARRASTO CALO POR ARRASTO CALO POR ARRASTO 64INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Quando uma Roda está com Mancha Térmica? É quando a roda sofre um aquecimento em um ponto da sua pista de rolamento devido ao um esforço excessivo. Pode ser entre a sapata de freio X pista de rolamento ou pista de rolamento X trilho. 65 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Quando uma Roda está com Calo Térmico? É quando a roda sofre um grande esforço em um ponto da sua pista de rolamento. Pode ser entre a sapata de freio X pista de rolamento ou pista de rolamento X trilho. Sua característica é apresentar no defeito uma mancha e ocorre em uma única roda. 66 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Quando uma Roda está com Friso Fino? É quando a roda sofre um desgaste excessivo no adoçamento do flange podendo causar até uma quebra do flange. 67 OBS.: Friso de roda considerado crítico quando sua medida efetuado com o medidor de friso fica abaixo de 21mm (VALE). A retirada de rodeiros de vagões para usinagem com friso abaixo de 26 mm. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Cava em rodas ferroviárias Rodas que apresentem cava maior que 4 mm (AAR Rule 41 2.i pag 294), devem ser removidas de serviço e enviadas para usinagem de recomposição da vida. As rodas com cava formam o conhecido friso falso que trava o movimento lateral dos truques, gerando no rodeiro a ocorrência de uma roda com friso fino e a outra com friso praticamente normal. 68 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Qualquer marca na pista com profundidade maior que 1/8” (3 mm) indica que a roda deve ser retirada de serviço e usinada. No caso demonstrado na figura, a ranhura é provocada pela contra-sapata do triângulo de freio. 69 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Quebra da roda, quebra de friso, trinca na alma da roda, deseixamento de roda, avarias ou quebra na pista de rolamento da roda, são defeitos críticos em rodas de vagões que podem causa acidentes ferroviários. 70 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 71 Perda da alma da roda por geração de tensões residuais. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Pista de rolamento da roda com avarias ou quebrada. 72 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Rodas com trincas na alma da roda 73 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Friso da roda Friso quebrado Friso quebrado Friso da roda Rodas com o friso quebrado 74 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Rodas com pista caldeada devem ser condenadas sempre que a pista estiver com sobreposição de material com altura maior que 1/8” (3,2mm). 75 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Mancal têm a função de transmitir todo peso do vagão à manga de eixo, permitindo que o rodeiro gire com baixíssimo atrito entre a manga e o mancal. Mancal 01 76 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Os rolamentos têm a finalidade de efetuar o casamento com o pedestal ou gafo do truque, transportando a carga e facilitando o giro do eixo com a roda movimentando o vagão. Existem dois tipos de rolamentos em vagões que circulam na EFC, os rolamentos autocompensadores conhecido com de rolamentos de caixa e rolamentos cartucho. Os rolamentos ou também conhecidos com mancais possuem tamanhos de acordo com o tipo de eixo: 7”X12”, 6½X12”, 6X11” e 5½X10”. 77 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Tipo caixa: Dois rolamentos autocompensadores de rolos; Diâmetro especial para adaptar-se à manga de eixo padrão AAR; Alojados em carcaça de ferro ou de aço fundido; Vedação por anel de labirinto ou labirinto combinado com feltro; Caixa com apoio de carga adequado para truques de pedestal. 78 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Rolamentos do tipo caixa Bujão Corpo da caixa de rolamento Junta da caixa de rolamento. Parafuso da tampa do eixo Trava de segurança Tampa do eixo Rolamento Tampa inferior e superior do labirinto Prisioneiro Arruela de pressão Porca Anel do labirinto Espaçador Rolamento Parafuso 79 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Tipo cartucho: Rolamento de duas carreiras de rolos cônicos; Um anel externo (capa) de grande largura; Dois anéis internos; Vedados por dois retentores; Transmissão de carga da lateral do truque para o anel externo feita por um adaptador de ferro fundido nodular; Anel externo exposto, apoiado no adaptador, no arco da região de carga. 80 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Rolamentos tipo cartucho Adaptador do rolamento no truque Tampa Corpo da caixa do rolamento Trava Parafusos PAD 81 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Os parafusos devem ser torqueados de forma alternada para que a tampa não seja fixada de maneira irregular 82 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Depois de aplicado o torque em todos os parafusos as garras das travas deverão sem fixadas. Área da garra totalmente compreendida no lado do sextavado: Dobrar toda a área da garra. Vértice do parafuso coincide exatamente no meio da garra: dobrar somente lado esquerdo. Vértice do parafuso divide área da garra em partes desiguais: dobrar para o lado de maior área de contato. 83 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Não é permitida a utilização de travas conforme ilustrado na Ilustração abaixo. As mesmas deverão ser substituídas sempre que os rolamentos forem retorqueados. As travas não podem ser reutilizadas. Não é permitido o torqueamento de parafusos em rolamentos montados no vagão. Trava não conforme Trava padrão 84 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Não é permitida a utilização de travas conforme ilustrado na Ilustração abaixo. As mesmas deverão ser substituídas sempre que os rolamentos forem retorqueados. As travas não podem ser reutilizadas. Não é permitido o torqueamento de parafusos em rolamentos montados no vagão. 85 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Vazamento pequeno de graxa é comum no início de operação, logo após a lubrificação. Se o vazamento, porém for alto sujando todo o prato da roda o mesmo deve ser retirado de serviço. 86 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS A falta de bujão no rolamento de caixa (autocompensador) não influencia na circulação do vagão, desde que o bujão seja reposto na próxima passagem desse vagão e posteriormente seja realizada a manutenção do rolamento. 87 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Para mancais tipo cartucho serão considerado como excesso de vazamento, quando houver expulsão do lubrificante pelos retentores, tanto interno como externo. Se houver respingos de graxa no disco da roda, convém checar o estado do retentor da parte interna. 88 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS A interação dinâmica entre roda e trilho transmite vibrações e carga de impacto ao rolamento, que podem ser suficientemente grandes para provocar momentaneamente a separação de lábio do retentor e anel de desgaste. Esta separação constitui uma oportunidade para que uma pequena quantidade de graxa passe sob o lábio do retentor, especialmente se o rolamento estiver trabalhando com uma pressão interna induzida termicamente. Dessa forma, o rolamento ventilará pelos lábios do retentor, e, durante a ventilação, provocará o vazamento de uma pequena quantidade de graxa. 89 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 90 Informações de dimensional e quantidade de graxa em rolamentos cartuchos. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 91 Cargas máximas permissíveis INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 92 Uma das principais falhas em estágio primário que conduzem ao descascamento prematuro são as fadigasem pontos equidistantes das pistas, que surgem em acidentes ou na montagem incorreta da caixa, com pancadas na face do anel, conhecida como fadiga equidistante. Fadiga equidistante no anel externo Fadiga generalizada no anel externo INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 93 A prevenção de fadigas por partículas estranhas se faz com boas condições de limpeza do rolamento, da graxa e dos vedadores. Uma vez ocorridas pequenas fadigas podem ser toleradas em operação, a menos que as mesmas possam ser detectadas. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 94 Descoloração superficial constitui o estágio inicial da corrosão e não são consideradas nocivas desde que removidas com lixa d’água 320. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 95 O descascamento pode originar-se por fadiga natural, isto é, quando o rolamento atingir o fim de sua vida útil. Pode ocorrer prematuramente por causas diversas como: Carga externa maior que a projetada. Pré-carga interna devida a ajuste incorreto ou folga interna insuficiente. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 96 Quando um rolamento gira com carga, ocorre a saída de material pela fadiga do aço nas superfícies dos elementos rolantes ou nas superfícies das pistas dos anéis interno e externo. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 97 A corrente elétrica em rolamentos parados provoca cavidades e crateras nas pistas e rolos. Em rolamentos em movimentos, as queimaduras surgem em forma cíclicas causando ondulações ou estrias nas pistas. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS 98 A marca de brinelamento pode ser tolerada se ocorrer no canto da pista e sua extensão não ultrapassar um terço da largura da pista. Mesmo assim, deve-se "quebrar" com lixa d'água eventuais arestas. Se ocorrer no centro da pista, o rolamento deve ser sucatado. Entende-se por centro da pista a região onde a parte central do rolo vai trabalhar INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Rompimento de manga de eixo 99 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Adaptador Componente utilizado em rolamentos tipo cartucho para acoplamento do rolamento com o pedestal, onde este pode ser usado com ou sem PAD. Em truques com Frame Brace devem ser aplicados os PAD. 100 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Adaptador 101 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Adaptadores quebrados, trincados ou com marcas de pancadas, devem ser removidos. Adaptador 102 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Os adaptadores provocam marcas na capa externa dos rolamentos. Estas marcas são visíveis e chegam a causar um pequeno polimento no local de atuação dos adaptadores. Caso sejam encontradas marcas que estejam além dos limites de apoio, isto poderá significar desgaste excessivo dos adaptadores, sendo, portanto, causa para retirada de serviço. Adaptador 103 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Os adaptadores devem ser inspecionados visualmente quanto ao desgaste das coroas. Adaptador 104 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Verificar com gabarito nas laterais do adaptador quanto a desgaste. A lateral do adaptador não deve exceder 1/8” de desgaste. Se apenas um dos lados do adaptador estiver com desgaste condenável, deve-se inverter sua posição no rolamento, ou seja, a parte com desgaste deverá ser montado no truque de forma que não esteja submetida à esforços de tração (Rule 37.3.f Fiel Manual). Se ambas as laterais do adaptador estiver com desgaste superior a 1/8” o mesmo deve ser sucatado Adaptador 105 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS A região interna e a parte lateral do adaptador onde encosta o pedestal do truque deve ser inspecionado utilizando o gabarito de verificação de desgaste (Adapter wear gage) (Rule 37. Field Manual.). Verificar na parte interna e na extremidade quanto a ranhuras (groove) encostando o gabarito, checar nas duas extremidades a profundidade do groove que não poderá exceder 0,025” (Rule 37.3.c Field Manual). Adaptador 106 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Adaptador 107 Inspeção do raio do adoçamento do adaptador. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Adaptador 108 Aferição de pista de contato do adaptador com o rolamento. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Adaptador 109 Aferição do raio de contato do adaptador com o rolamento. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Adaptador 110 Aferição da planicidade de contato da pista do adaptador. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS APOIO DE ELASTÔMERO (“SHEAR PAD”) Apoio de Elastômero (“Shear Pad”) deve ser inspecionado a cada vinda do vagão para a Oficina de Manutenção ou pelo menos a cada 18 meses. Pequenas abrasões ocorrem nas superfícies superior e inferior e nas abas de fixação, devido ao contato com adaptador de rolamento e lateral do truque. 111 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS APOIO DE ELASTÔMERO (“SHEAR PAD”) Apoio de Elastômero (“Shear Pad”) podem ser: 112 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Substituir o apoio de elastômero se algumas das condições abaixo forem encontrada: • Descolamento excessivo (maior que 25 mm) do elastômero, • Trincas profundas no elastômero. Cada trinca, não a soma de todas as trincas, não deverá exceder 9,5 mm de profundidade e 76 mm em comprimento ou numa área 8,1 cm². Em nenhuma hipótese deverá ter qualquer trincas maior que 25 mm de profundidade permitida. APOIO DE ELASTÔMERO (“SHEAR PAD”) 113 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODEIROS FERROVIÁRIOS Descolamento do elastômero e as chapas de aço não devem exceder 25 mm em profundidade e 76 de comprimento ou um total de 19,4 cm². Chapas de aço, trincadas ou faltantes. APOIO DE ELASTÔMERO (“SHEAR PAD”) 114
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