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Horus Faculdades – Campus de São Miguel do Oeste Curso: Educação Física – Bacharelado Disciplina: Ginástica Geral Professor: Octávio Gabriel Monteiro Battistelli Acadêmicos: Ariel Winícius Marconatto TRABALHO SOBRE GINÁSTICA A história da ginástica aeróbica no Brasil se inicia nos anos 80, modalidade que trabalha todos os grupamentos musculares do corpo. Após 20 anos de altos e baixos entre as modalidades da moda, a ginástica aeróbica foi à precursora de outras tantas modalidades praticadas em nosso país. Após passar por uma grande evolução dentro das academias e estabelecimentos, a ginástica aeróbica está novamente em alta. Professor de ginástica coletiva possui alunos de diferentes níveis de condicionamento físico nesse sentido é de extrema importância avaliar em que nível de atividade física se encontra cada aluno, com base dessa informação é possível orientar a intensidade adequada durante as aulas e promover a melhoria das capacidades físicas. Referente ao estágio de aprendizagem cabe ao profissional de educação física identificar em qual estágio encontra-se cada aluno objetivando a eficiência na execução do movimento. A Programação Neuro Linguística (PNL) indica que o processo de ensino- aprendizagem de habilidades motoras é composto por quatro estágios de aprendizagem em formato de círculo. O primeiro é incompetência consciente, segundo incompetência consciente, terceiro competência consciente e quarto competência inconsciente. MUSICALIDADE APLICADA EM AULAS COLETIVAS A música utilizada na prática de exercícios físicos, e escolha da seleção musical pode proporcionar prazer e motivação para continuar a atividade, a música é uma estratégia para evitar o cansaço, dor e tensão psicológica durante a prática de exercícios físicos. Por meio da música é possível definir as velocidades de execução dos movimentos corporais através de constante marcações influenciando a intensidade da atividade tornando atividade mais motivante. OITAVAS E FRASES MUSICAIS A métrica é determinada pela divisão das unidades de tempo podendo ser classificada em simples ou composta: binários, ternários ou quaternários. Geralmente em aulas coletivas é empregado dois quaternários, que compõem uma oitava musical. Para facilitar o trabalho do professor os tempos ímpares são mais utilizados, para o início do movimento ou proporcionar simetria entre o lado direito e o lado esquerdo, geralmente os tempos ímpares tem uma batida mais forte na música. Em aulas coreografadas o primeiro movimento deve ser sempre realizado no primeiro tempo de uma frase musical, fazendo com que haja uma sincronia entre a coreografia e a música. Uma oitava é representada por 1x8 ou 8 tempos. Uma frase musical é composta por 4x8 ou 32 tempos. TREINAMENTO DE FORÇA A música auxilia o professor na contagem dos movimentos através das frases musicais, assim o professor consegue ter mais interação com os alunos. É aconselhado no planejamento das aulas neuromusculares a utilização da contagem lenta. Caso o professor não domine a estrutura, não conseguindo encontrar o início da frase musical, pode-se utilizar de aulas com tempo de execução, usando cronômetro e aplicativos como auxilio. TREINAMENTO DE FLEXIBILIDADE Os movimentos podem ser dinâmicos ou estáticos utilizando as frases musicais ou apenas como fundo musical, visando a manutenção da flexibilidade dos alunos. TREINAMENTO EM CIRCUITO Nas aulas em circuito é recomendada a utilização de exercícios por tempo. Utilizando nas aulas aeróbicas contagem rápida e em aulas de força utilizar contagem lenta. Os elementos formais da música são a densidade, timbre, intensidade, altura, duração, harmonia, melodia e ritmo. ESTRUTURA MUSICAL A estrutura musical depende da identificação instrumental, verso, refrão e fade. BPM A velocidade da música é determinada através dos BPM, influenciando na velocidade dos movimentos e consequentemente na intensidade do esforço. ESTRUTURA COREOGRÁFICA Para que a aula seja estruturada de forma simétrica os blocos coreográficos e a coreografia devem sempre estar interligados. Nesse sentido, na construção coreográfica os movimentos organizados em forma de blocos, que somados completam ½ (2x8), 1(4x8) ou 2 (8x8) frases musicais, são classificados em B 16, B 32 ou B 64. ESTRUTURA DE UMA AULA PRIMEIRO CONTATO Duração aproximada de 5% do tempo total da aula. Momento de apresentação do professor para alunos novos, informar com a estratégia da aula, equipamentos e ou acessórios necessários. Esse momento é muito importante para promover no grupo o sentido de integração e interação. AQUECIMENTO Duração aproximada de 10% do tempo total da aula. Nesta fase o objetivo é aumentar a circulação sanguínea e ou preparar o corpo para o trabalho proposto. PARTE PRINCIPAL Momento em que se concentra a escolha e ou posto prática os objetivos de processo de ensino aprendizagem proposto pelo professor. VOLTA ACALMA Duração aproximada de 5% do tempo total da aula. Tem o objetivo de reduzir a frequência cardíaca por meio de atividades com menor intensidade. ENCERRAMENTO Duração aproximada de 5% do tempo total da aula. Momento para agradecer a participação de todos e repassar informações ou recados. METODO DE ENSINO Os exercícios ensinados, dependendo da complexidade, podem ser de fácil execução e compreensão, ou quando elaborados com uma complexidade maior, devem ser ensinados por partes e progredidos gradualmente. MÉTODO DIRETO Os exercícios devem ser exatamente simples de assimilação imediata. MÉTODO POR PARTES O método por partes possui várias técnicas em sua aplicação: adição, análise, união e pirâmide. ESTRATÉGIAS DE ABORDAGEM EM GRUPO O professor deve adotar estratégias com intuito de aumentar o senso individual de alta eficiência de cada aluno. VARIAÇÃO DO ESPAÇO Na construção coreográfica devemos considerar o movimento dos alunos no espaço. O espaço possui 03 aspectos, nível, direção e amplitude. MONTAGEM COREOGRÁFICA Na construção coreográfica o professor de ginástica coletiva deve considerar o equilíbrio dos seguintes aspectos: fisiológico, biomecânico e psicomotor. Equilíbrio fisiológico: está relacionado com a intensidade. Equilíbrio de um mecânico: evitar que haja pontos de estresse excessivo e garantir que os membros inferiores e superiores sejam estimulados com a mesma intensidade. Equilíbrio psicomotor: Está relacionado com o grau de complexidade dos blocos coreográficos. Os movimentos selecionados deverão ser aqueles que a maior parte dos alunos conseguem fazer. Nível de aptidão dos alunos: A Aula deve ser montada pensando na característica dos alunos, nesse caso, a aula deve ser com menor complexidade e trabalhar com a intensidade. O contrário também pode ocorrer. A duração da aula: As aulas podem ter tempo de duração variável. O professor deve ministrar aulas de maior intensidade (se a aula for um tempo menor para alunos condicionados) ou uma menor intensidade com maior número de passagens durante o aprendizado. Layout e tamanho da sala: Dependendo do layout da sala devemos priorizar uma outra forma de se deslocar ou movimentar. Número de alunos: Se a sala for pequena e número de alunos for grande, evitar fazer grandes deslocamentos ou usar muitos acessórios. Materiais e ou acessórios: Se for utilizar muitos materiais ou acessórios verificar se a sala comporta e se existe quantidade adequada para todos os alunos. Posicionamento do professor e dos alunos: O professor, não deve ficar de costas para os alunos, mesmo na presença de espelhos. Antes de iniciar a aula o professor deve orientar os seus alunos com relação ao posicionamento. Os três posicionamentos do professor são o posição tradicional, posição diagonal e posição circular Aescolha da seleção musical: Cada tipo de aula utiliza um estilo musical diferente. O professor deve escolher as músicas de acordo com o gosto musical dos alunos, e não exclusivamente do seu gosto. Outras instruções importantes em relação a seleção musical: BPM inadequado, organizar uma sequência musical com antecedência, variação de músicas e volume do som Organização dos exercícios em blocos de músicas: Os blocos de músicas são divisões apresentadas na estrutura de aula, compostas de produto final de exercícios simples ou combinado, com o intuito de organizar e facilitar a montagem coreográfica. RECOMENDAÇÕES ALUNOS INICIANTES Sequencias mais simples; Menor número de movimentos por sequência; Movimentos menos complexos; Movimentos com menor intensidade; Ausência de giros; Não acrescentar movimentos onde o aluno esteja de costas. HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO EXPRESSÃO CORPORAL O profissional de ginástica em academia além do conhecimento técnico deve relacionar-se bem com pessoas. PREPARAÇÃO O bom professor preparar toda sua aula através das seguintes informações sobre os alunos: Média de idade, preferência musical, perfil dos alunos, exercícios que eu mais gosto de executar e outros assuntos de interesse. ESCOLHA DA ROUPA Aparência física é um elemento da linguagem não verbal e traz impacto para os alunos. ANSIEDADE E MEDO Falar em público com as pessoas é uma atividade importante. Ansiedade prévia é positiva, desde que faça uma boa preparação. CONTROLE DA RESPIRAÇÃO Devemos falar em público pausadamente. Quando uma pessoa fala sem os devidos recortes, ela perde o ar e o sentido da frase é prejudicado. ÂNIMO Devemos ser positivos e não deixar os problemas particulares atrapalhar a sua comunicação com os alunos. LINGUAGEM VERBAL É muito importante refletir antes de falar com os alunos, para não correr o risco de contradizer-se ou ter que se corrigir a todo momento. VÍCIOS DE LINGUAGEM A otimização das expressões, denominadas muletas linguísticas, são empregadas quando as pessoas não possuem vocabulário amplo, com intuito de cobrir os espaços vazios do discurso. MODISMOS Os modismos são termos ou frases sazonais desgastadas pelo excesso de uso, essas frases podem até ter um forte apelo interativo, mas transferi-las para as aulas de ginástica empobrece a capacidade comunicativa. VOZ É fundamental para audição do aluno, que a voz seja variada através do ritmo, velocidade, volume e tom. A voz deve ser projetada ao centro do grupo de alunos, proporcionando uma comunicação direta e clara. LINGUAGEM NÃO VERBAL Refere-se a transmissão de uma mensagem por algum meio diverso da fala ou da descrita. É muito importante que executemos os movimentos com perfeição. Por isso devemos ser um modelo perfeito a ser imitado. Se não executamos uma boa técnica, não inspiraremos confiança. CONTATO VISUAL O contato visual aumenta a proximidade com professor. É muito importante não ficar olhando para cima, para baixo ou para as paredes. Devemos manter contato visual com os alunos durante toda a aula. EXPRESSÃO FISIONÔMICA A linguagem corporal revela o estado emocional das pessoas. O professor não deve se apresentar com o ar sisudo, excessivamente sério. ANTECIPAÇÃO Baseia-se em avisar antecipadamente para os alunos a mudança de exercício. Para que antecipação seja efetiva devemos realiza-la com tempo suficiente. INSTRUÇÃO TÉCNICA Na instrução Técnica são apresentadas execução dos exercícios mais complexos e as informações de segurança dos exercícios. Devem ser utilizadas repetidas vezes para descrever os movimentos que mal executados podem lesionar os alunos. CORREÇÃO DOS EXERCÍCIOS- FEEDBACK Corrigir a execução dos exercícios é uma das maneiras de ajudar outra pessoa, individualmente, a considerar e aceitar mudanças em seu comportamento motor através da correta execução dos exercícios. A correção dos exercícios leva a uma melhor performance e segurança. Para aplicar uma correção com eficiência deve-se seguir as 05 etapas: Identificar, contato, instrução, consciência e feedback. FIGURAS ASSOCIATIVAS São elementos lúdicos apresentados na instrução técnica, cujo objetivo principal é facilitar a compreensão na execução do movimento, através de palavras ou posições corporais similares. Exemplo: “ao realizar o agachamento, imagine que está sentando em uma cadeira”. INTERAÇÃO E MOTIVAÇÃO Para interagir e comunicar-nos ao máximo com os nossos alunos devemos adotar uma atitude aberta, sincera, transparente e alegre. É bom falar com sorriso no rosto e com um tom de voz amistoso e cordial. ENSINO EM ESPELHO Objetivando uma maior interação com os alunos, eficiência na instrução técnica e correção de eventuais exercícios é fundamental que o professor de ginástica coletiva se posicione frente aos seus alunos. Nesse sentido, o mesmo deverá iniciar os exercícios do lado direito executa-los de forma oposta ao professor, como se estivesse em frente a um espelho. CÍRCULO DE COMUNICAÇÃO Auxiliar o professor no planejamento do diálogo com os alunos em cada música durante uma aula de ginástica em academia. O intuito é transmitir a informação, interagir com os alunos no momento correto e contribuindo para fluência da aula. O círculo de comunicação é dividido em cinco fases: Antes da música (Interação pré e pós aula), Instrução técnica em grupo, Correção dos exercícios individual, Interação e motivação individual e em grupo e após o final da música MODALIDADES DE GINÁSTICA COLETIVA A ginástica aeróbica contém um vasto número de modalidade, cada uma tem uma proposta específica que mais se encaixa com o propósito do aluno. Abdominal: duração de 15 a 30 minutos, melhora da postura, força e resistência muscular localizada. Aero Box: duração de 45 a 60 minutos, melhora a resistência cardiorrespiratória e coordenação motora. Alongamento: duração de 30 a 45 minutos, melhora da postura, equilíbrio, respiração e consciência corporal. Auxilia na prevenção de lesões e recuperação de treinos mais intensos. Board fitness: duração de 30 a 45 minutos, melhora da resistência cardiorrespiratória, força, resistência muscular localizada, coordenação motora, velocidade e flexibilidade. Ciclismo Indoor: duração de 45 a 60 minutos, melhora da resistência cardiorrespiratória e aeróbica e anaeróbica. Circuit training: duração de 45 a 60 minutos, melhora da resistência cardiorrespiratória, força, resistência muscular localizada, coordenação motora e velocidade e flexibilidade. Circuito funcional: duração de 30 a 45 minutos, ganho de força, melhora da resistência cardiorrespiratória, muscular, coordenação motora, velocidade e flexibilidade. CORE Training: duração de 15 minutos, fortalecimento e manutenção da região do CORE. Fit ball: duração de 30 a 45 minutos, desenvolve a flexibilidade, força, equilíbrio, consciência corporal e correção postural. Fita Suspensa: duração de 15 a 45 minutos, desenvolver a flexibilidade, força, equilíbrio, consciência corporal e correção postural. GAP: duração de 30 a 45 minutos, melhora da força e resistência muscular localizada. HIIT: duração de 15 a 30 minutos, melhora da resistência cardiorrespiratória, coordenação motora e equilíbrio dinâmico. Jump: duração de 30 a 60 minutos, melhora da resistência cardiorrespiratória, coordenação motora e equilíbrio dinâmico. Kangoo Jump: duração de 30 a 60 minutos, melhora da resistência cardiorrespiratória, coordenação motora e equilíbrio dinâmico. Localizada: duração de 30 a 60 minutos, melhora da força e resistência muscular localizada. Pilates: duração de 30 a 45 minutos, melhora da flexibilidade, postura, equilíbrio, respiração e consciência corporal, auxilia na prevenção de lesões e recuperação de treinosmais intensos. Ritmos: duração de 45 a 60 minutos, melhora da resistência cardiorrespiratória e coordenação motora. Step: duração de 30 a 60 minutos, melhora da resistência cardiorrespiratória e coordenação motora.