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07/06/2020 1 2020.1 Docente: Profª Esp. Lívia Dantas Graduada em Engenharia Civil Pós Graduada em Engenharia de Segurança do Trabalho 2020.1 UNIDADE 3: Compactação do solo Seção 3.1 – Princípios gerais da compactação Docente: Profª Esp. Lívia Dantas Graduada em Engenharia Civil Pós Graduada em Engenharia de Segurança do Trabalho 07/06/2020 2 Princípios gerais da compactação COMPACTAÇÃO Por que é tão importante o conhecimento sobre a compactação de um solo? Um solo em determinado local pode não apresentar as condições necessárias de projeto, podendo ser pouco resistente, muito compressível ou apresentar características naturais que deixam a desejar do ponto de vista econômico. Por meio de técnicas de compactação é possível fornecer ao solo um aumento resistência e uma diminuição da compressibilidade e permeabilidade, podendo ser realizada mecanicamente (rolos compactadores) ou manualmente (soquetes manuais). Princípios gerais da compactação COMPACTAÇÃO Mecanicamente (rolos compactadores) Manualmente (soquetes manuais) 07/06/2020 3 Princípios gerais da compactação COMPACTAÇÃO Qual o efeito da compactação? • Produz um maior entrosamento entre os grãos; • Melhora a coesão e o ângulo de atrito das partículas do solo; • Aumento da resistência ao cisalhamento, melhorando a capacidade de suporte do solo; • Redução de vazios do solo; • Redução da permeabilidade e capacidade de absorção d’água, tornando o solo mais estável. Princípios gerais da compactação COMPACTAÇÃO Qual o efeito da compactação? Solo não compactado (baixo suporte de carga) Solo compactado (suporte de carga melhorado) 07/06/2020 4 Princípios gerais da compactação COMPACTAÇÃO Métodos para estabilização dos solos: Princípios gerais da compactação ENSAIO DE COMPACTAÇÃO PROCTOR • Criado em 1933 pelo engenheiro Ralph Proctor. • Conhecido hoje em dia como Ensaio normal de Proctor. Divulgou um dos princípios mais importantes da mecânica dos solos: A massa específica de um solo compactado depende fundamentalmente da energia dispendida e do teor de umidade do solo. O ensaio é normatizado pela NBR 7182/2016 e DNER ME - 129/94. 07/06/2020 5 Princípios gerais da compactação ENSAIO NORMAL DE PROCTOR O ensaio consiste em se compactar uma amostra dentro de um recipiente cilíndrico, com aproximadamente 1.000 cm³, em 3 camadas sucessivas, sob a ação de 26 golpes de um soquete pesando 2,5 kg, caindo de 30,5 cm de altura. Princípios gerais da compactação O ensaio é repetido para diferentes teores de umidade, determinando-se, para cada um deles, o peso específico aparente seco. 𝑤 = 𝑀𝑎 𝑀𝑠 𝑥 100 𝛾 = 𝑃𝑠 𝑉𝑡 ENSAIO NORMAL DE PROCTOR 07/06/2020 6 Princípios gerais da compactação Com os valores obtidos, traça-se a curva de compactação, obtendo-se o ponto correspondente a umidade ótima (hot) e o peso específico máximo aparente seco (𝜸𝒅). CURVA DE COMPACTAÇÃO DO SOLO Princípios gerais da compactação Para o traçado da curva é conveniente a determinação de cinco pontos, de forma que, dois deles se encontrem no ramo ascendente (ramo seco), um próximo à umidade ótima e os outros dois no ramo descendente da curva (ramo úmido). CURVA DE COMPACTAÇÃO DO SOLO 07/06/2020 7 Princípios gerais da compactação As curvas de compactação, embora sejam diferentes para cada tipo de solo, se assemelham quanto à forma. CURVA DE COMPACTAÇÃO DO SOLO Princípios gerais da compactação CURVA DE COMPACTAÇÃO DO SOLO A medida que cresce o teor de umidade, até certo valor, o solo se torna mais “trabalhável”, resultando em pesos específicos maiores e teores de ar no solo menores. 07/06/2020 8 Princípios gerais da compactação Como não é possível expulsar todo o ar existente nos vazios do solo, a curva de compactação não poderá nunca alcançar a curva de saturação. CURVA DE COMPACTAÇÃO DO SOLO Princípios gerais da compactação ENSAIO DE COMPACTAÇÃO PROCTOR Atualmente, tendo em vista o maior peso e eficiência dos equipamentos de compactação, tornou-se necessário alterar as condições do ensaio para manter a indispensável correlação com o esforço de compactação obtido no campo. Surgiram, assim, as energias Intermediária e Modificada de Proctor. 07/06/2020 9 Princípios gerais da compactação ENSAIO DE COMPACTAÇÃO PROCTOR Princípios gerais da compactação ENSAIO DE COMPACTAÇÃO PROCTOR 07/06/2020 10 Princípios gerais da compactação Quando aumentamos a energia de compactação, os valores da umidade ótima (hot) e do peso específico máximo aparente seco (𝜸𝒅) serão diferentes. CURVA DE COMPACTAÇÃO DO SOLO Princípios gerais da compactação Compactação: ocorre a diminuição dos vazios do solo por expulsão do ar presente. As cargas aplicadas são de natureza dinâmica, e o efeito conseguido é imediato. Adensamento: ocorre predominantemente a expulsão de água do solo. As cargas aplicadas são normalmente estáticas, e o processo ocorre ao longo do tempo (pode levar muitos anos para que ocorra por completo, a depender do tipo de solo). COMPACTAÇÃO X ADENSAMENTO 07/06/2020 11 Princípios gerais da compactação Foi desenvolvido por Porter em 1929. Voltado para o dimensionamento de pavimentos rodoviários, posteriormente adaptado pelo Corpo de Engenheiros para projetos de pavimentos de aeroportos e se mantém até hoje como o parâmetro de projeto mais utilizado. Foi desenvolvido a fim de avaliar o potencial de ruptura do subleito, pois esse era o defeito mais comumente observado nas rodovias da Califórnia naquela época. O ensaio é normatizado pela NBR 9895/2016. ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC Princípios gerais da compactação É determinado pela relação entre a pressão necessária para penetrar um pistão cilíndrico padronizado em um corpo de prova de um determinado solo e a pressão necessária para penetrar o mesmo pistão em uma brita graduada padrão. ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC 07/06/2020 12 Princípios gerais da compactação Exemplo: Ao encontrar o resultado de ISC = 10%, entende- se que aquele solo representa 10% da resistência à penetração da brita padronizada. ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC Princípios gerais da compactação O ensaio permite ainda obter o índice de expansibilidade do solo, pois em uma das etapas do ensaio, o solo é imerso em água por no mínimo 4 dias, possibilitando a análise. É um parâmetro importante, relacionado à durabilidade. ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC 07/06/2020 13 Princípios gerais da compactação O ensaio é realizado em três fases: Compactação do corpo de prova: realizada com energia padrão (Proctor), obedecendo-se ao número correto de golpes e de camadas, correspondentes à energia desejada, normal ou modificada. ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC Princípios gerais da compactação ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC 07/06/2020 14 Princípios gerais da compactação O ensaio é realizado em três fases: Expansão: o conjunto já preparado para o ensaio, é imergido em água por no mínimo 4 dias, devendo ser realizado leituras no extensômetro a cada 24 horas. ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC Princípios gerais da compactação Os índices de expansão não afetam diretamente no dimensionamento de pisos e pavimentos, porém a sua avaliação é imprescindível, pois um solo potencialmente expansivo, poderá provocar manifestações patológicas irreparáveis. ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC 07/06/2020 15 Princípios gerais da compactação Segundo o manual de pavimentação do DNIT, os valores usuais de expansão são categorizados de acordo com o tipo de função estrutural exercida, conforme a seguinte classificação: • Sub-base: Expansão < 1 %, • Subleito: Expansão < 2 %, e • Reforço do subleito: Expansão < 2 %. ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC Princípios gerais da compactação ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC 07/06/2020 16 Princípios gerais da compactação ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC Princípios gerais da compactaçãoO ensaio é realizado em três fases: Resistência à penetração: É retirado o corpo de prova, depois do período de imersão, e deixado para ser drenado naturalmente por 15 minutos. ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC 07/06/2020 17 Princípios gerais da compactação O ensaio é realizado em três fases: Resistência à penetração: Em seguida, leva-se o corpo de prova para a prensa, onde deverá ser rompido através da penetração de um pistão cilíndrico. ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC Princípios gerais da compactação O ensaio é realizado em três fases: Resistência à penetração: Utilizando um anel dinamômetro na prensa, registra-se os valores necessários para o cálculo das pressões de cada penetração, a uma velocidade de 1,27 mm/min. ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC 07/06/2020 18 Princípios gerais da compactação O resultado é determinando pela expressão abaixo: A pressão padrão dada na expressão acima, é 6,90 e 10,35 MPa para as penetrações de 2,54 e 5,08 mm respectivamente. No resultado final, é considerado aquele que obtiver o maior valor de CBR. ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC Princípios gerais da compactação Os resultados dos ensaios, são variáveis de acordo com a textura (granulometria) do solo e da constituição mineral de suas partículas. • Siltes e outros solos expansíveis: CBR inferior a 6%. • Solos finos e solos arenosos: CBR entre 8% e 20%. • Solos grossos (pedregulhos e britas graduadas): CBR entre 50% a 100%. Como parâmetros de projeto: • Pisos e pavimentos rígidos (placas de concreto): CBR > 8% • Pisos e pavimentos flexíveis (asfalto): CBR > 12%. ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC 07/06/2020 19 Princípios gerais da compactação ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA - ISC Princípios gerais da compactação ETAPAS DA COMPACTAÇÃO DOS SOLOS 07/06/2020 20 Princípios gerais da compactação Fatores importante: • Distância de transporte; • Características geotécnicas; e • Umidade do material em relação à umidade de compactação. ETAPAS DA COMPACTAÇÃO DOS SOLOS Princípios gerais da compactação ETAPAS DA COMPACTAÇÃO DOS SOLOS 07/06/2020 21 Princípios gerais da compactação Utilizado motoscrapers ou unidades de transporte. ETAPAS DA COMPACTAÇÃO DOS SOLOS Princípios gerais da compactação Utiliza-se moto niveladora para acerto da altura da camada. A camada deve ter espessura ≤ 30 cm de material fofo, para ter 15 a 20 cm de solo compactado, incluindo 2 a 5 cm da camada anterior. ETAPAS DA COMPACTAÇÃO DOS SOLOS 07/06/2020 22 Princípios gerais da compactação Remoção ou desagregação de torrões secos, material aglomerado ou fragmentos de rocha alterada por uso de escarificadores ou arados de disco. ETAPAS DA COMPACTAÇÃO DOS SOLOS Princípios gerais da compactação Utiliza-se técnicas de irrigação (caminhões pipa e irrigadeiras) ou aeração (arados de disco), havendo homogeneização e conferência da umidade. ETAPAS DA COMPACTAÇÃO DOS SOLOS 07/06/2020 23 Princípios gerais da compactação Utiliza-se equipamentos escolhidos de acordo com o tipo de solo e de serviço. ETAPAS DA COMPACTAÇÃO DOS SOLOS Princípios gerais da compactação É necessário fazer o controle pela avaliação da umidade ótima (tolerância de ± 2 a 3%) e peso específico aparente seco máximo, pelo grau de compactação especificado. ETAPAS DA COMPACTAÇÃO DOS SOLOS 07/06/2020 24 Princípios gerais da compactação Por fim, é feita a escarificação para a camada seguinte, e o processo é repetido ETAPAS DA COMPACTAÇÃO DOS SOLOS A empresa de engenharia decide iniciar a alternativa do traçado da rodovia e para isso constrói seu primeiro aterro de conquista. Após alguns ensaios de compactação, são adotados os resultados apresentados na Tabela a seguir: EXEMPLO Com os dados apresentados na tabela acima, desenhe a curva de compactação e determine a umidade ótima e a massa específica aparente seca máximo do material que será usado para a construção de um aterro. 07/06/2020 25 Com base nos dados fornecidos de massa específica úmida, podemos determinar a massa específica seca pela expressão: EXEMPLO A partir da tabela podemos construir a curva de compactação: EXEMPLO 07/06/2020 26 A partir da tabela podemos construir a curva de compactação: EXEMPLO umidade ótima (hot) pe so es pe cí fic o m áx im o ap ar en te se co (𝜸 𝒅 ). 2020.1 UNIDADE 3: Compactação do solo Seção 3.2 – A compactação no campo Docente: Profª Esp. Lívia Dantas Graduada em Engenharia Civil Pós Graduada em Engenharia de Segurança do Trabalho 07/06/2020 27 A compactação no campo OBJETIVO DA SEÇÃO • A prática da compactação em campo. • A importância da energia de compactação utilizada em um ensaio. • Como os equipamentos para a execução da compactação do solo devem ser definidos e dimensionados. • O objetivo e as aplicações nas principais obras de terra: aterros, bases de pavimentos de rodovias e barragens de terra. A compactação no campo ENERGIA DE COMPACTAÇÃO Energia de compactação é o esforço de compactação de um trabalho executado, por uma unidade de volume de solo após compactação. 𝑬 = 𝑷 × 𝒉 × 𝑵 × 𝒏 𝑽 E = energia de compactação (por volume, representado por V). P = peso do soquete. h = altura de queda do soquete. N = número de golpes por camada n = número de camadas, respectivamente. 07/06/2020 28 A compactação no campo ENERGIA DE COMPACTAÇÃO A compactação no campo ENERGIA DE COMPACTAÇÃO Porque existe diferentes energias de compactação no ensaio de Proctor? Devido à necessidade das exigências de muitos projetos, essa modificação foi motivada principalmente devido ao aumento na produtividade das obras, de uma maneira mais econômica. 07/06/2020 29 A compactação no campo INFLUÊNCIA DA ENERGIA DE COMPACTAÇÃO NOS PARÂMETROS FÍSICOS DOS SOLOS A compactação no campo ENERGIA DE COMPACTAÇÃO Podemos estimar uma previsão dos comportamentos para os diferentes tipos de solo, quando submetidos aos processos de compactação. • Areias puras são totalmente ineficientes à compactação. • Solos arenosos com uma pequena porcentagem de argila respondam bem a compactação. • Argilas muito plásticas não permite que ocorra uma compactação eficiente, pois o solo se comporta analogamente como uma “massa de pão”. 07/06/2020 30 A compactação no campo Valores de Wótima e 𝜸dsmáx para solos típicos A compactação no campo EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA COMPACTAÇÃO SOQUETES MECÂNICOS 07/06/2020 31 A compactação no campo EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA COMPACTAÇÃO ROLOS ESTÁTICOS Rolo pé de carneiro Rolo liso Rolo pneumático A compactação no campo EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA COMPACTAÇÃO ROLOS VIBRATÓRIOS 07/06/2020 32 A compactação no campo EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA COMPACTAÇÃO SOQUETES MECÂNICOS • São equipamentos compactos utilizados em locais de difícil acesso a outros equipamentos, podendo ser manuais ou mecânicos. • As camadas compactadas devem ter espessura de 10 a 15 cm para solos finos e 15 cm para solos grossos. A compactação no campo EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA COMPACTAÇÃO ROLOS ESTÁTICOS • Os rolos pé de carneiros são adequados para camadas com 15 cm de espessura e um número de passadas que varia de 4 a 6 (solos finos) e de 6 a 8 (solos grossos). • São muito indicados para solos finos, promovendo um maior entrosamento entre as camadas pós compactação. 07/06/2020 33 A compactação no campo EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA COMPACTAÇÃO ROLOS ESTÁTICOS • Os rolos lisos são indicados para camadas com espessura entre 5 e 15 cm, com 4 a 5 passadas. • São muito indicados em base de estradas, capeamentos, onde os solos sejam arenosos, pedregulhosos ou compostos por agregados graúdos. • Em solos muito moles, ele afunda, dificultando a tração do equipamento, sendo esta uma desvantagem. A compactação no campo EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA COMPACTAÇÃO ROLOS ESTÁTICOS • Os rolos pneumáticos são muito indicados para compactação de solos finos a arenosos, bem como capas asfálticas, bases e sub-bases deestradas. • Recomendados para camadas com 30 cm de espessura. Atenção: pesos muito elevados podem causar rupturas no solo. 07/06/2020 34 A compactação no campo EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA COMPACTAÇÃO ROLOS VIBRATÓRIOS • A compactação do solo é consequência da vibração do equipamento. • São recomendados para solos arenosos com camadas de até 15 cm. Atenção: A frequência de vibração possui um efeito singular no processo de compactação, todavia o uso incorreto causa a super compactação. A compactação no campo CUIDADOS COM A COMPACTAÇÃO 07/06/2020 35 A compactação no campo CONSTRUÇÃO DE ATERRO PARA CONTROLE DE COMPACTAÇÃO Uma das maneiras mais praticadas para termos a certeza de que o grau de compactação foi atingido está na construção de um aterro experimental previamente no local desejado. A compactação no campo CONSTRUÇÃO DE ATERRO PARA CONTROLE DE COMPACTAÇÃO Como deve ser executado? • Escolha da área regularizada e compactada. • Lançamento das camadas do aterro (dobro de largura do rolo compressor). • A espessura da camada (fofa) deverá ter até 25 cm. • Deve-se a realizar 2, 4, 8, 16 e 32 passadas com o rolo. • Medir a cada passada a umidade ótima (hot) e o pesos específico seco (𝛾d). • Com base nesses resultados, construímos um gráfico. 07/06/2020 36 A compactação no campo INTERPRETAÇÃO DO GRÁFICO Uma das curvas indicará qual será o 𝜸dmáx para os esforços a partir de um dado equipamento de compactação. O 𝜸 dmáx do laboratório poderá ser inferior, igual ou superior ao 𝜸dmáx do aterro. A compactação no campo INTERPRETAÇÃO DO GRÁFICO Se o 𝜸dmáx do laboratório for inferior ao do aterro, deve-se determinar o número de passadas necessárias para que o equipamento leve o peso específico desejado. 07/06/2020 37 A compactação no campo INTERPRETAÇÃO DO GRÁFICO Se o 𝜸dmáx do laboratório for superior, então o equipamento utilizado deverá ser alterado para outro. Se 𝜸dmáx do laboratório for igual, então a energia de compactação obtida pelo equipamento será considerada adequada ao ensaio de laboratório. A compactação no campo TÉCNICA DE COMPACTAÇÃO EM BARRAGENS As barragens podem ser consideradas aterros de grande altura e estão sujeitas a percolação de água. Suas condições de compactação devem ter características diferentes das utilizadas em aterros e obras de pavimentação. 07/06/2020 38 A compactação no campo TÉCNICA DE COMPACTAÇÃO EM BARRAGENS A Bureau of Reclamation é a organização de maior autoridade em construção de barragens de terra. Recomenda critérios diferentes de especificações para solos finos (zonas impermeáveis) e solos grossos (zonas permeáveis). A compactação no campo TÉCNICA DE COMPACTAÇÃO EM BARRAGENS O critério adotado para obtenção da wótima e da 𝛾 dmáx também é diferente do praticado em ensaios Proctor normal ou modificado. Utiliza-se um soquete com peso de 2,5 kg, altura de queda de 45,7 cm, número de camadas igual a 3, número de golpes por camada igual a 25. 07/06/2020 39 Ensaio de Proctor Foi criado pelo engenheiro Ralph Proctor em 1933. Utiliza um cilindro metálico, onde a amostra de solo é compactada em três camadas (26 golpes por camada), utilizando um peso padrão de 2,5 kg em queda livre de uma altura padrão de 30,5 cm. É normatizado por várias associações: • NBR 7182 da ABNT. • D698-70 e D1557-70 da ASTM. • T99-70 e T180-70 da AASHTO. Ensaio de Proctor 07/06/2020 40 Ensaio de Proctor ETAPAS DO ENSAIO DE COMPACTAÇÃO PROCTOR NORMAL Ensaio de Proctor CUIDADOS NA EXECUÇÃO DOS ENSAIOS • Pode-se reutilizar o solo no ensaio de compactação, porém não devemos reaproveitar amostras ensaiadas quando os solos possuem estrutura quebradiça. • Quando desejamos ensaiar solos sensíveis à secagem, como solos lateríticos, solos argilosos e siltosos, é recomendado que se faça a compactação em laboratório sem a realização da secagem. • Em solos pedregulhosos, é recomendada a utilização de um cilindro de compactação maior e com soquete mais pesado, além de um menor número de golpes de forma a relacionar a energia de compactação. 07/06/2020 41 2020.1 UNIDADE 3: Compactação do solo Exercício para conclusão da unidade Docente: Profª Esp. Lívia Dantas Graduada em Engenharia Civil Pós Graduada em Engenharia de Segurança do Trabalho Ensaio de Proctor 01. Foi realizado um ensaio de compactação com um amostra de previamente seca e destorroada. Na tabela abaixo estão as massas, determinadas nas cinco moldagens de corpo de prova, no cilindro que tinha 1600 cm³ de volume. As respectivas umidades também estão indicadas. Desenhe a curva de compactação e determine o peso específico aparente seco máximo e a umidade ótima. CP 1 2 3 4 5 w (%) 22 23,7 25,8 27,65 29,25 Msolo (g) 2763,20 2830,24 2898,40 2918,56 2920,96 07/06/2020 42 Ensaio de Proctor Primeiro determinamos o peso específico aparente: 𝝆𝒂𝒑 = 𝑴𝒕 𝑽𝒕 (1) 𝝆𝒂𝒑 = 𝑴𝒕 𝑽𝒕 = 𝟐𝟕𝟔𝟑,𝟐𝟎 𝟏𝟔𝟎𝟎 = 𝟏, 𝟕𝟐𝟕 g/cm³ x 10 = 17,27 kn/m³ (2) 𝝆𝒂𝒑 = 𝑴𝒕 𝑽𝒕 = 𝟐𝟖𝟑𝟎,𝟐𝟒 𝟏𝟔𝟎𝟎 = 𝟏, 𝟕𝟔9 g/cm³ x 10 = 17,69 kn/m³ (3) 𝝆𝒂𝒑 = 𝑴𝒕 𝑽𝒕 = 𝟐𝟖𝟗𝟖,𝟒𝟎 𝟏𝟔𝟎𝟎 = 𝟏,812 g/cm³ x 10 = 18,12 kn/m³ (4) 𝝆𝒂𝒑 = 𝑴𝒕 𝑽𝒕 = 𝟐𝟗𝟏𝟖,𝟓𝟔 𝟏𝟔𝟎𝟎 = 𝟏,824 g/cm³ x 10 = 18,24 kn/m³ (5) 𝝆𝒂𝒑 = 𝑴𝒕 𝑽𝒕 = 𝟐𝟗𝟐𝟎,𝟗𝟔 𝟏𝟔𝟎𝟎 = 𝟏,826 g/cm³ x 10 = 18,26 kn/m³ Ensaio de Proctor CP 1 2 3 4 5 w (%) 22 23,7 25,8 27,65 29,25 Msolo (g) 2763,20 2830,24 2898,40 2918,56 2920,96 𝜸𝒂𝒑 (kn/m³) 17,27 17,69 18,12 18,24 18,26 07/06/2020 43 Ensaio de Proctor Agora determinamos o peso específico aparente seco: 𝜸𝒅 = 𝜸𝒂𝒑 (𝟏 + 𝒘) (1) 𝜸𝒅 = 𝜸𝒂𝒑 (𝟏 𝒘) = 𝟏𝟕,𝟐𝟕 (𝟏 𝟎,𝟐𝟐) = 𝟏𝟒, 𝟏𝟔 kn/m³ (2) 𝜸𝒅 = 𝜸𝒂𝒑 (𝟏 𝒘) = 𝟏𝟕,𝟔𝟗 (𝟏 𝟎,𝟐𝟑𝟕) = 𝟏𝟒, 𝟑𝟎 kn/m³ (3) 𝜸𝒅 = 𝜸𝒂𝒑 (𝟏 𝒘) = 𝟏𝟖,𝟏𝟐 (𝟏 𝟎,𝟐𝟓𝟖) = 𝟏𝟒, 𝟒𝟎 kn/m³ (4) 𝜸𝒅 = 𝜸𝒂𝒑 (𝟏 𝒘) = 𝟏𝟖,𝟐𝟒 (𝟏 𝟎,𝟐𝟕𝟔𝟓) = 14,29 kn/m³ (5) 𝜸𝒅 = 𝜸𝒂𝒑 (𝟏 𝒘) = 𝟏𝟖,𝟐𝟔 (𝟏 𝟎,𝟐𝟗𝟐𝟓) = 14,13 kn/m³ Ensaio de Proctor CP 1 2 3 4 5 w (%) 22 23,7 25,8 27,65 29,25 Msolo (g) 2763,20 2830,24 2898,40 2918,56 2920,96 𝜸𝒂𝒑 (kn/m³) 17,27 17,69 18,12 18,24 18,26 𝜸𝒅 (kn/m³) 14,16 14,30 14,40 14,29 14,13 07/06/2020 44 Ensaio de Proctor CP 1 2 3 4 5 w (%) 22 23,7 25,8 27,65 29,25 Msolo (g) 2763,20 2830,24 2898,40 2918,56 2920,96 𝜸𝒂𝒑 (kn/m³) 17,27 17,69 18,12 18,24 18,26 𝜸𝒅 (kn/m³) 14,16 14,30 14,40 14,29 14,13 Ensaio de Proctor 1 2 3 4 5 07/06/2020 45 Ensaio de Proctor 02. Para executar a compactação de uma barragem, realizou-se um ensaio do frasco de areia em uma determinada camada compactada, obtendo-se um peso específico aparente seco de campo (𝛾 ) igual a 13,9 kn/m³ umidade igual a 29%. Sabendo-se que os parâmetros de laboratório são 𝛾 á = 14,4 kn/m³, 𝑤ó = 25,7% e que o grau de compactação definido para este projeto é de 98% ∓ 2% e o desvio de umidade ótima é ∓ 2%, deve-se aceitar ou rejeitar esta camada compactada? 𝑮𝒄 = 𝜸𝒄𝒂𝒎𝒑𝒐 𝜸𝒅𝒎á𝒙 × 𝟏𝟎𝟎 ∆𝒘 = 𝒘𝒄𝒂𝒎𝒑𝒐 𝒘ó𝒕𝒊𝒎𝒐 Ensaio de Proctor 02. Para executar a compactação de uma barragem, realizou-se um ensaio do funil de areia em uma determinada camada compactada, obtendo-se um peso específico aparente seco de campo (𝛾 ) igual a 13,9 kn/m³ umidade igual a 29%. Sabendo-se que os parâmetros de laboratório são 𝛾 á = 14,4 kn/m³, 𝑤ó = 25,7% e que o grau de compactação definido para este projeto é de 98% ∓ 2% e o desvio de umidade ótima é ∓ 2%, deve-se aceitar ou rejeitar esta camada compactada? 𝑮𝒄 = 𝜸𝒄𝒂𝒎𝒑𝒐 𝜸𝒅𝒎á𝒙 × 𝟏𝟎𝟎 = 𝟏𝟑,𝟗 𝟏𝟒,𝟒 × 𝟏𝟎𝟎 = 𝟗𝟔, 𝟓𝟑% ∆𝒘 = 𝒘𝒄𝒂𝒎𝒑𝒐 𝒘ó𝒕𝒊𝒎𝒐 = 29% - 25,7% = 3,3% 07/06/2020 46 Ensaio de Proctor 02. Para executar a compactação de uma barragem, realizou-se um ensaio do funil de areia em uma determinada camada compactada, obtendo-se um peso específico aparente seco de campo (𝛾 ) igual a 13,9 kn/m³ umidade igual a 29%. Sabendo-se que os parâmetros de laboratório são 𝛾 á = 14,4 kn/m³, 𝑤ó = 25,7% e que ograu de compactação definido para este projeto é de 98% ∓ 2% e o desvio de umidade ótima é ∓ 2%, deve-se aceitar ou rejeitar esta camada compactada? 𝑮𝒄 = 𝜸𝒄𝒂𝒎𝒑𝒐 𝜸𝒅𝒎á𝒙 × 𝟏𝟎𝟎 = 𝟏𝟑,𝟗 𝟏𝟒,𝟒 × 𝟏𝟎𝟎 = 𝟗𝟔, 𝟓𝟑% (APROVADO!!) ∆𝒘 = 𝒘𝒄𝒂𝒎𝒑𝒐 𝒘ó𝒕𝒊𝒎𝒐 = 29% - 25,7% = 3,3% (REJEITADO!!) Ensaio de Proctor 02. Para executar a compactação de uma barragem, realizou-se um ensaio do funil de areia em uma determinada camada compactada, obtendo-se um peso específico aparente seco de campo (𝛾 ) igual a 13,9 kn/m³ umidade igual a 29%. Sabendo-se que os parâmetros de laboratório são 𝛾 á = 14,4 kn/m³, 𝑤ó = 25,7% e que o grau de compactação definido para este projeto é de 98% ∓ 2% e o desvio de umidade ótima é ∓ 2%, deve-se aceitar ou rejeitar esta camada compactada? Conclusão: deve-se rejeitar a camada compactada, pois para ser aceitar devemos ter os dois parâmetros dentro dos limites impostos pelo projeto. 07/06/2020 47 2020.1 UNIDADE 4: Água no solo Seção 4.1 – Estudo da água no solo Docente: Profª Esp. Lívia Dantas Graduada em Engenharia Civil Pós Graduada em Engenharia de Segurança do Trabalho Água no solo A água pode modificar as propriedades físicas e mecânicas de solos e rochas, apesar de existirem mecanismos para minimizar os seus efeitos (drenagens), ela ainda pode trazer consequências muito prejudiciais às obras de engenharia. A água está presente nos vazios dos solos e das rochas e podem fluir através dos poros interconectados. Nesse sentido, podemos estudar a influência da água no solo sob uma perspectiva de único fluido presente (fluxo monofásico) ou dois ou mais fluidos presentes (fluxo multifásico). 07/06/2020 48 Estudo da água no solo A permeabilidade é um parâmetro que possui estreita relação com a maior ou menor capacidade de um solo em permitir que fluidos percolem por ele. Com base na percolação, podemos classificar os solos desde permeáveis (maior percolação) até quase impermeáveis (mínima percolação). PERMEABILIDADE Estudo da água no solo Será que a água presente nos solos possui um mesmo comportamento se compararmos um solo arenoso com um argiloso? Em solos granulares os poros podem ser conectados por canalículos, onde a água presente encontra-se em equilíbrio hidrostático ou pode fluir pela ação da gravidade. Em solos argilosos a situação é diferente, pois nesses solos os diâmetros dos poros são muito inferiores e consequentemente esses mesmos canalículos também o são. PERMEABILIDADE 07/06/2020 49 Estudo da água no solo O movimento da água no solo é chamado de percolação, sendo possível esse movimento por causa da existência de vazios no solo. Porque é tão importante o estudo da percolação? Para conhecer a vazão com que essa água se movimenta. Essa água se movimentando irá gerar uma força, e essa força irá modificar a pressão existente nos vazios do solo. PERCOLAÇÃO DA ÁGUA Estudo da água no solo Essa modificação da pressão nos vazios está relacionada diretamente com a poropressão (𝝁) existente nos solos. É sabido que a tensão efetiva do solo (𝜎′) é igual a tensão total do peso do solo (𝜎) menos a poropressão. 𝝈′ = 𝝈 - 𝝁 Logo, se aumentarmos a poropressão, diminuíremos a tensão efetiva total do solo. PERCOLAÇÃO DA ÁGUA 07/06/2020 50 Estudo da água no solo SITUAÇÃO CRITICA Quando a poropressão for igual a tensão total do solo, será gerado um tensão efetiva nula, causando diversos fenômenos que prejudicam a estabilidades das estruturas. 𝝈 = 𝝁 ---> 𝝈′ = 𝟎 PERCOLAÇÃO DA ÁGUA Estudo da água no solo Exemplo: Uma barragem para conter a água do rio PERCOLAÇÃO DA ÁGUA A coluna d’agua está fazendo pressão para passar a água para o outro lado, isso aumenta a poropressão no solo, se a poropressão for igual tensão total do solo, fará com que a barragem perca estabilidade, levando ao afundamento do solo. 07/06/2020 51 Estudo da água no solo Exemplo: Uma barragem para conter a água do rio PERCOLAÇÃO DA ÁGUA Pode ocorrer também das partículas menores do solo serem carregadas, causando uma erosão interna, levando a existência de “buracos” no solo abaixo da barragem, que serão esmagados pelo peso da estrutura. Estudo da água no solo Exemplo: Talude PERCOLAÇÃO DA ÁGUA Sem presença de água existe apenas o peso do solo. Com a presença da água, o comportamento será alterado, levando a uma menor estabilidade do talude. Estudando a percolação ficará mais fácil compreender qual é a chance da massa de solo com água desabar. 07/06/2020 52 Estudo da água no solo Exemplo: Recalque PERCOLAÇÃO DA ÁGUA A presença da água no solo altera o seu comportamento, o que ocasiona uma menor estabilidade das estruturas acima do solo, pois o peso da estrutura ocasionará a expulsão da água, fazendo com que o solo seja deslocado e recalque a estrutura. Estudo da água no solo Como é feito o estudo da permeabilidade do solo? Através de um permeâmetro. Simula o fluxo de água dentro do solo, que será expulso por uma dada vazão.. PERCOLAÇÃO DA ÁGUA 07/06/2020 53 Estudo da água no solo Como calculamos a vazão da água no solo? Através da lei de Darcy. PERCOLAÇÃO DA ÁGUA Estudo da água no solo Darcy queria descobrir com qual vazão a água vertia para fora do permeâmetro quando se colocava uma carga hidráulica (peso de água), exercendo pressão na coluna de água. LEI DE DARCY 07/06/2020 54 Estudo da água no solo Primeiro ele descobriu que a vazão depende de três variáveis. • Coeficiente de permeabilidade (k). • Área do permeâmetro (A). • Carga hidráulica (i). PERCOLAÇÃO DA ÁGUA Q = k . i . A Estudo da água no solo O coeficiente da permeabilidade (k) varia para cada tipo de solo. A carga hidráulica (i) é encontrado através do gradiente hidráulico que relaciona a diferença de altura do nível da água com o comprimento do solo para essa água passar e chegar ao outro lado. Logo, é dado pela equação: PERCOLAÇÃO DA ÁGUA i = ∆𝑯 𝑳 Q = k . ∆𝑯 𝑳 . A 07/06/2020 55 Estudo da água no solo Para conhecer a velocidade de percolação da água podemos relaciona-la diretamente com a vazão que também é conhecida pela fórmula: Substituindo na equação da Lei de Darcy, temos: VELOCIDADE DE PERCOLAÇÃO V = 𝐐 𝐀 Q = V . A V = k . i Estudo da água no solo Problema 01) A existência de uma camada de areia com a área de seção transversal foi determinada em uma extensão de 500 m de dique. A permeabilidade da camada de areia é de 3m/dia. Obtenha a quantidade de água que flui para a vala, em m³/min. 07/06/2020 56 Estudo da água no solo Resolvendo: Estudo da água no solo Resolvendo: 07/06/2020 57 Estudo da água no solo Problema 02) A figura mostra camadas de solo colocadas em um tubo com uma seção transversal quadrada com 100 mm de lado. Para se manter a diferença de carga constante de 300 mm, é necessário adicionar água no tubo da esquerda. Os coeficientes de permeabilidade na direção do escoamento estão definidos na tabela a seguir. Determinar qual a vazão necessária, em cm³/h, para que este sistema seja mantido. Estudo da água no solo Resolvendo: 07/06/2020 58 Estudo da água no solo Resolvendo: Estudo da água no solo Resolvendo: 07/06/2020 59 Estudo da água no solo Resolvendo: Estudo da água no solo Resolvendo: 07/06/2020 60 Estudo da água no solo Resolvendo: Estudo da água no solo Problema 03) Determinar a vazão que percola pelo sistema constituído por dois solos (A e B) no permeâmetro de seção quadrada apresentado na figura. 07/06/2020 61 Estudo da água no solo Resolvendo: Estudo da água no solo Resolvendo: 07/06/2020 62 2020.1 UNIDADE 4: Água no solo Seção 4.2 – Fluxo de água no solo Docente: Profª Esp. Lívia Dantas Graduada em Engenharia Civil Pós Graduada em Engenharia de Segurança do Trabalho Fluxo de água no solos • Rede de fluxo, tanto em solos homogêneos quanto heterogêneos, fundamentais à aplicação de problemas em obras de engenharia. • Fenômenos como a areia movediça e piping, condicionada por uma propriedade importante chamada gradientehidráulico. • Ensaios de permeabilidade praticados em campo. OBJETIVO DA SEÇÃO 07/06/2020 63 O uso da rede de fluxo busca avaliar o fluxo bifásico, já que a água pode percorrer caminhos curvos e paralelos, muito comum nas fundações das barragens quando o rio é represado, condicionando inclusive a estabilidade desta obra. A elaboração da rede é feita a partir de linhas traçadas no local onde existe o fluxo, representando as linhas de fluxo e equipotenciais. REDE DE FLUXO Fluxo de água no solos A representação gráfica é baseada na equação de Laplace, que trata do fluxo em um meio poroso. As linhas de fluxo indicam a trajetória macroscópica da partícula através do meio poroso. As linhas equipotenciais representam linhas de mesma energia (mesma carga hidráulica). REDE DE FLUXO Fluxo de água no solos 07/06/2020 64 REDE DE FLUXO Fluxo de água no solos Linhas de fluxo (Lf) Linhas equipotenciais (Le) Linha de fluxo superior Linha de fluxo inferior Linhas equipotenciais superior REDE DE FLUXO Fluxo de água no solos Canais de fluxo (Nf) Faixas de perda de potencial (Nd) 07/06/2020 65 REDE DE FLUXO Fluxo de água no solos Linhas de fluxo: Lf = 5 Número de canais de fluxo: Nf = Lf – 1 Nf = 5 – 1 Nf = 4 Linhas equipotenciais: Le = 9 Número de faixas de perda de potencial Nd = Le – 1 Nd = 9 – 1 Nd = 8 REDE DE FLUXO Fluxo de água no solos Válida Lei de Darcy: • Solos homogêneos e isotrópicos • Escoamento laminar Q = K . ∆h . NfNd Nf = Lf – 1 Nd = Le – 1 Kx = Ky 07/06/2020 66 REDE DE FLUXO Fluxo de água no solos Válida Lei de Darcy: • Solos homogêneos e anisotrópicos • Escoamento laminar Q = Keq . ∆h . Nf Nd Kx ≠ Ky Keq = kx × ky A partir da rede de fluxos, podemos listar resumidamente algumas de suas propriedades. • As linhas de fluxo e equipotenciais formam ângulos de 90⁰. • A rede de fluxo deve satisfazer as condições de contorno do problema. • Entre duas linhas de fluxo sucessivas (canal de fluxo) percola a mesma quantidade de fluxo. • A mesma perda de carga ocorre entre duas linhas equipotenciais. REDE DE FLUXO Fluxo de água no solos 07/06/2020 67 A partir da rede de fluxos, podemos listar resumidamente algumas de suas propriedades. • Rede de fluxo que apresente um número exagerado de linhas de fluxo pode se tornar confusa e de difícil interpretação, sendo indicado de 3 a 4. • Se o número de linhas de fluxo for pequeno, a rede pode perder precisão para a interpretação dos seus resultados. • É importante o estudo de rede de fluxos já existentes REDE DE FLUXO Fluxo de água no solos A partir da rede de fluxos, podemos listar resumidamente algumas de suas propriedades. • Deve-se visualizar quadrados nítidos no cruzamentos da linhas de fluxo com as equipotenciais, principalmente ao centro. • Deve-se também visualizar um circulo que toca todas as faces do quadrado que cruza as linhas de fluxo com as equipotenciais. REDE DE FLUXO Fluxo de água no solos 07/06/2020 68 Onde é aplicado? Como que podemos tirar informações de vazão da rede de fluxo? Conhecer a vazão que percola dentro do maciço em projetos de: • Barragens de terra; • Fundação; • Talude/encostas; • Estruturas de contenção; e • Sistemas de drenagem. REDE DE FLUXO Fluxo de água no solos Se compararmos a aplicação da rede de fluxo em meios homogêneos com meios heterogêneos, veremos que, além de complexa, o meio heterogêneo pode fornecer diferentes resoluções para um mesmo problema. A figura do próximo slide mostra um exemplo da interpretação de duas redes de fluxo para um mesmo maciço de barragem de terra composto por dois materiais. REDE DE FLUXO Fluxo de água no solos 07/06/2020 69 O Solo 1 é um material altamente permeável. O Solo 2 é o núcleo da barragem, que tem permeabilidade cinco vezes menor que o outro. REDE DE FLUXO Fluxo de água no solos Em A foi utilizada uma rede de elementos quadrados no Solo 1 e retangulares no Solo 2, de forma a manter a igualdade da vazão e a perda de carga. Em B foi traçada uma malha quadrada tanto para o Solo 1 quanto para o Solo 2. REDE DE FLUXO Fluxo de água no solos 07/06/2020 70 Esse fenômeno é raro na natureza, mas pode ser provocado pela ação antrópica, como uma barragem ou uma escavação. Se considerarmos um solo arenoso submetido a um fluxo ascendente, a presença de água no solo pode provocar a ruptura hidráulica do mesmo, representando a perda da estabilidade em função da perda da resistência causada pelas forças de percolação da água. FENÔMENO DA AREIA MOVEDIÇA Fluxo de água no solos Na figura temos um exemplo de uma barragem fundada sob solos arenosos, o mais superficial é fino e o mais profundo é grosso. Se observarmos as setas, a água percolará pela camada mais grossa e sairá pela camada de areia mais fina, através de um fluxo ascendente. FENÔMENO DA AREIA MOVEDIÇA Fluxo de água no solos 07/06/2020 71 Nesta figura temos um exemplo de uma escavação em solo arenoso saturado, em que foi feito um rebaixamento do nível d’água (N.A.) para que possam seguir as escavações. O fluxo também é ascendente, podendo provocar o fenômeno da areia movediça se as condições forem atendidas. FENÔMENO DA AREIA MOVEDIÇA Fluxo de água no solos Está relacionado ao carreamento de partículas em função de forças de percolação elevadas*, provocando erosão interna não apenas na fundação das barragens, mas também no próprio corpo das barragens de terra. Essa erosão ocorre à jusante da barragem de terra (saída de água), principalmente. FENÔMENO PIPING Fluxo de água no solos *Forças de percolação elevada ocorre quando superam as forças de atrito das partículas. 07/06/2020 72 Depois de iniciado, o processo é progressivo, desenvolvendo um mecanismo tubular de erosão, que pode levar ao colapso da estrutura. Algumas formas de combater esses mecanismos é reduzir a vazão de percolação e implantação de drenagens. FENÔMENO PIPING Fluxo de água no solos Determinar a permeabilidade em laboratório é bem simples, sendo ralizado através de permeâmetros. Entretanto, os ensaios em si são de difícil reprodução e, desta forma, a representatividade dos resultados é condicionada pela qualidade tanto das amostras como da execução dos ensaios. ENSAIO DE PERMEABILIDADE Fluxo de água no solos 07/06/2020 73 Em campo, os ensaios são de difícil controle, se forem comparados ao laboratório, porém eles representam melhor as condições do maciço. É muito comum aproveitar os furos de sondagem já executados para a realização de ensaios de permeabilidade. Pode-se então: • Medir a quantidade de água que infiltra no maciço em função do tempo (ensaio de infiltração); ou • Retirar a água de dentro do furo de sondagem, utilizando uma bomba e medindo a vazão (ensaio de bombeamento). ENSAIO DE PERMEABILIDADE Fluxo de água no solos Com base em tudo que foi explicado durante a aula, fica nítida a necessidade de se ter uma atenção redobrada em obras que sejam influenciadas pela presença de água, tendo em vista que ela pode ser responsável pela redução de parâmetros de resistência dos solos, levando-os ao colapso. CONCLUSÃO: Fluxo de água no solos 07/06/2020 74 Q = K . ∆h . NfNd EXERCÍCIOS 01: ∆h = 12,7 – 10,0 ∆h = 2,7m Nf = Lf – 1 Nf = 5 – 1 Nf = 4 Nd = Le – 1 Nf = 9 – 1 Nf = 8 Q = (1x10-4) . 2,7 . 48 Q = 1,35 m³/s EXERCÍCIOS 02: A figura representa a rede de fluxo bidimensional em torno de uma ensecadeira de grande desenvolvimento longitudinal, realizada num maciço granular. Considere 𝛾 = 20Kn/m³ e k = 5x10-4m/s. a) Determine o volume de água escoado diariamente por metro de desenvolvimento da ensecadeira. b) Determine o fator de segurança em relação a ruptura hidráulica no fundo da escavação. 07/06/2020 75 EXERCÍCIOS 02: EXERCÍCIOS 02: Ensecadeira? Utilizado para execução de obras sob área inundada (rios, lagos e mar), dependendo das características do solo, é possível construir uma vedação no entorno e então bombear a água da região isolada, que permanece "seca" para execução da obra. 07/06/2020 76EXERCÍCIOS 02: a) Determine o volume de água escoado diariamente por metro de desenvolvimento da ensecadeira. Q = K . ∆h . NfNd ∆h = 26,5m K = 5 x 10-4m/s Nf = Lf – 1 Nf = 4 – 1 Nf = 3 Nd = Le – 1 Nf = 8 – 1 Nf = 7 Q = (5x10-4) . 26,5 . 37 Q = 5,68 x 10-3 m³/s.m QT = (5,68 x 10-3 ) x 2 QT = 0,0114 m³/s.m QT = 1,14 x 10-2 m³/s.m OBS: Considerando metade da figura. EXERCÍCIOS 02: a) Determine o volume de água escoado diariamente por metro de desenvolvimento da ensecadeira. Q = K . ∆h . NfNd ∆h = 26,5m K = 5 x 10-4m/s Nf = Lf – 1 Nf = 7 – 1 Nf = 6 Nd = Le – 1 Nf = 8 – 1 Nf = 7 Q = (5x10-4) . 26,5 . 67 QT = 0,0114 m³/s.m QT = 1,14 x 10-2 m³/s.m OBS: Considerando toda a figura. 07/06/2020 77 EXERCÍCIOS 02: b) Determine o fator de segurança em relação a ruptura hidráulica no fundo da escavação. FS = icritimáx icrit = γsub γw imáx = ∆h L ×Nd γsub = γ - γw γsub = 20 – 10 γsub = 10 kn/m³ icrit = 10 10 icrit = 1 imáx = 26,5 4 × 7 imáx = 0,95 FS = 10,95 FS = 1,05 O fator de segurança deve estar entre 3 e 5, logo não é seguro. 2020.1 UNIDADE 4: Água no solo Seção 4.3 – Condutividade Hidráulica Docente: Profª Esp. Lívia Dantas Graduada em Engenharia Civil Pós Graduada em Engenharia de Segurança do Trabalho 07/06/2020 78 Condutividade Hidráulica A investigação do subsolo, incluindo a determinação das propriedades dos solos, é uma etapa essencial nas análises e projetos geotécnicos. A determinação das propriedades mecânicas e hidráulicas dos solos através de ensaios de laboratório e de campo permite uma análise mais precisa do comportamento destes materiais. Ensaios realizados em laboratório podem apresentar problemas de interpretação, portanto são geralmente utilizados para o estudo em solos compactados, além de, requerer maior tempo de execução. Condutividade Hidráulica Ensaios realizados em campo são geralmente realizados para determinação da condutividade hidráulica em solos naturais, pois reduzem os problemas e abrangem um volume maior de solo. A interpretação dos resultados é geralmente baseada em modelos empíricos ou semi-empíricos, dadas as complexas condições de contorno que se estabelecem durante a infiltração de água no solo. 07/06/2020 79 Serve para medição da permeabilidade de um solo em laboratório. • Permeâmetro de carga constante . • Permeâmetro de carga variável. Tanto um quanto o outro podem ser de fluxo ascendente ou descendente. PERMEÂMETRO Condutividade Hidráulica PERMEÂMETRO Condutividade Hidráulica 07/06/2020 80 PERMEÂMETRO DE CARGA CONSTANTE Condutividade Hidráulica • Indicado para solos de elevada permeabilidade (solos granulares). • NBR 13292/95 – Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos granulares à carga constante. Neste permeâmetro uma amostra de solo é colocada no interior de uma “célula”, cuja entrada possui comunicação com um depósito preenchido por água (sem ar), de nível constante. O nível de água neste depósito se mantém fixo. PERMEÂMETRO DE CARGA CONSTANTE Condutividade Hidráulica 07/06/2020 81 A condutividade hidráulica é determinada aplicando-se uma diferença de carga constante e medindo-se a vazão resultante. O coeficiente de permeabilidade é determinado através da equação: 𝑘 = 𝑄. 𝐿 𝐴. ∆ℎ. 𝑡 PERMEÂMETRO DE CARGA CONSTANTE Condutividade Hidráulica PERMEÂMETRO DE CARGA VARIÁVEL Condutividade Hidráulica • Indicado para solos de baixa permeabilidade (solos finos). • NBR 14545/2000 – Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos argilosos à carga variável. 07/06/2020 82 Neste ensaio a água desce pelo tubo em um intervalo de tempo, em que a forma descendente pela parte superior do tubo delgado exige que o volume de água seja igual a que atravessa uma seção (A) qualquer da amostra. Condutividade Hidráulica PERMEÂMETRO DE CARGA VARIÁVEL Um detalhe importante é evitar que se formem vias preferenciais de infiltração entre a amostra e as paredes do permeâmetro. Condutividade Hidráulica PERMEÂMETRO DE CARGA VARIÁVEL 07/06/2020 83 Neste ensaio mede-se o tempo que a água na bureta superior leva para baixar da altura inicial (hi) à altura final (hf) num instante t qualquer. O coeficiente de permeabilidade é determinado através da equação: 𝑘 = 2,3 𝑎. 𝐿 𝐴. 𝑡 𝑙𝑜𝑔 ℎ𝑖 ℎ𝑓 Condutividade Hidráulica PERMEÂMETRO DE CARGA VARIÁVEL Condutividade Hidráulica 07/06/2020 84 PIEZÔMETRO ESCAVADO IN SITU Condutividade Hidráulica São utilizados em solos naturais e compactados para determinação da permeabilidade, apresentando a vantagem quanto à simplicidade e rapidez de operação. A condutividade hidráulica in situ pode ser determinada utilizando piezômetros do tipo escavado, considerando as condições de carga constante e variável. PIEZÔMETRO ESCAVADO IN SITU Condutividade Hidráulica O ensaio consiste na medição do tempo necessário, para que infiltre no solo um volume conhecido de água, mantendo-se a carga hidráulica constante no interior do furo (carga constante) ou, alternativamente, a medição do tempo necessário para a carga hidráulica cair de um nível H1 para um nível H2 (carga variável). 07/06/2020 85 PIEZÔMETRO ESCAVADO IN SITU Condutividade Hidráulica O coeficiente de permeabilidade é determinado através da equação: Carga constante: k= qF.∆h Carga variável: k= AF × Ln. (h1h2) t2 −t1 Condutividade Hidráulica 07/06/2020 86 Condutividade Hidráulica Condutividade Hidráulica 07/06/2020 87 Condutividade Hidráulica Problema 01) Os resultados de um ensaio de permeabilidade de carga constante para um amostra de areia fina com diâmetro de 200mm e um comprimento de 400mm são: • Diferença de carga constante = 500mm • Água coletada em 5 min = 400 cm³ • Índice de vazios da areia = 0,61 Determine: a) A condutividade hidráulica (k), em cm/s. b) A velocidade de percolação (Vs). Condutividade Hidráulica Problema 01) letra a) Transformação de mm para cm ÷ 10: D = 200mm = 20cm L = 400mm = 40cm ∆ℎ = 500mm = 50cm Tranformação de min para seg × 60: T = 5min = 300s Dados complementares: Q = 400cm³ e = 0,61 𝒌 = 𝑸 × 𝑳 𝑨 × ∆𝒉 × 𝒕 𝑨 = 𝝅 × 𝒓² ou 𝑨 = 𝝅 × ( 𝑫 𝟐 )² 𝑨 = 𝝅 × ( 𝟐𝟎 𝟐 )² 𝑨 = 𝟑𝟏𝟒, 𝟏𝟔𝒄𝒎² 𝒌 = 𝟒𝟎𝟎 × 𝟒𝟎 𝟑𝟏𝟒, 𝟏𝟔 × 𝟓𝟗 × 𝟑𝟎𝟎 𝒌 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟑𝟒𝒄𝒎/𝒔 07/06/2020 88 Condutividade Hidráulica Problema 01) letra b) Transformação de mm para cm ÷ 10: D = 200mm = 20cm L = 400mm = 40cm ∆ℎ = 500mm = 50cm Tranformação de min para seg × 60: T = 5min = 300s Dados complementares: Q = 400cm³ e = 0,61 𝑽𝒔 = 𝒗 × ( 𝟏 + 𝒆 𝒆 ) 𝒗 = 𝒌 × 𝒊 𝒊 = ∆𝒉 𝑳 𝒊 = 𝟓𝟎 𝟒𝟎 𝒗 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟑𝟒 × 𝟏, 𝟐𝟓 𝒊 = 𝟏, 𝟐𝟓 𝒗 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟒𝟑𝒄𝒎/𝒔 𝑽𝒔 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟒𝟑 × ( 𝟏 + 𝟎, 𝟔𝟏 𝟎, 𝟔𝟏 ) 𝑽𝒔 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟏𝟑𝒄𝒎/𝒔 Condutividade Hidráulica Problema 02) Realizou-se um ensaio de permeabilidade numa amostra de areia em que obtiveram os seguintes resultados: • Altura d’água inicial = 150cm • Altura d’água final = 50cm • Tempo decorrido = 2 min • Área da seção transversal do tubo de carga = 2cm² • Área da seção transversal do corpo de prova = 50cm² • Altura do corpo de prova = 9cm Determine a constante de permeabilidade da areia em cm/s. 07/06/2020 89 Condutividade Hidráulica Problema 02) Tranformação de min para seg × 60: t = 2min = 120s Dados complementares: hi = 150cm hf = 50cm a = 2cm² A = 50cm² L = 9cm 𝒌 = 𝟐, 𝟑 𝒂 × 𝑳 𝑨 × 𝒕 × 𝒍𝒐𝒈( 𝒉𝒊 𝒉𝒇 ) 𝒌 = 𝟐, 𝟑 𝟐 × 𝟗 𝟓𝟎 × 𝟏𝟐𝟎 × 𝒍𝒐𝒈( 𝟏𝟓𝟎 𝟓𝟎 ) 𝒌 = 𝟑, 𝟐𝟗𝟐𝒙𝟏𝟎 𝟑𝒄𝒎/𝒔 Condutividade Hidráulica Problema 03) Em um permeâmetro de nível constante, 6x10−5m³ de água percola através de uma amostra cilíndrica de 0,13 m de altura e 0,07 m de diâmetro, durante um período de 1,5 minutos, com um nível efetivo de 0,30 m. Qual é o coeficiente de permeabilidade da amostra, em cm/s, na temperatura do ensaio? 07/06/2020 90 Condutividade Hidráulica Problema 03) Transformação de m³ para cm³ × 𝟏𝟎𝟔: V = 6x𝟏𝟎 m³ = 60cm³ Tranformação de m para cm × 100: L = 0,13m = 13cm D = 0,07m = 7cm ∆ℎ = 0,30m= 30cm Tranformação de min para seg × 60: t = 1,5 min = 90s 𝒌 = 𝑸 × 𝑳 𝑨 × ∆𝒉 × 𝒕 𝑸 = 𝑽 𝒕 𝒌 = 𝑸 × 𝑳 𝑨 × ∆𝒉 𝑸 = 𝟔𝟎 𝟗𝟎 𝑸 = 𝟎, 𝟔𝟕𝒄𝒎 /𝒔 𝑨 = 𝝅 × ( 𝑫 𝟐 )² 𝑨 = 𝝅 × ( 𝟕 𝟐 )² 𝑨 = 𝟑𝟖, 𝟒𝟖𝒄𝒎² 𝒌 = 𝟎, 𝟔𝟕 × 𝟏𝟑 𝟑𝟖, 𝟒𝟖 × 𝟑𝟎 𝒌 = 𝟕, 𝟓𝟓 × 𝟏𝟎 𝟑𝒄𝒎/𝒔
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