Buscar

casos concreto empresarial II- CONCLUIDOS

Prévia do material em texto

CASO CONCRETO 01
: Fernando emitiu um título de crédito em favor de Renata, o qual circulou através de diversos endossos até o atual portador. Após o prazo de vencimento, o portador decidiu executar um dos endossantes, tendo em vista que o título não foi pago pelo devedor original. Todavia, ao ser executado, o endossante alegou em sua defesa que não poderia ser executado, haja vista que recebeu o título de um menor, o qual não teria capacidade civil, e o que tornaria nula a cadeia de endossos. Diante dessa situação hipotética, pergunta-se:
a) Tem fundamento a defesa apresentada pelo endossante?
Resposta: Não, visto que as obrigações são autônomas. Em que não merece ser acolhida a defesa apresentada, considerando que após o lançamento da assinatura do título, o endossante deve vincular sua obrigação de pagar como garantidor. Sendo que as obrigações são de caráter autônomo e independente.
b) Qual o princípio que pode ser aplicado no caso em tela?
Resposta: O princípio da autonomia é combinado com o subprincípio da não executabilidade de exceções fora do cartão ou da troca. As obrigações contidas no caso são autônomas e independentes e, por causa do princípio secundário, nenhum argumento pessoal pode ser feito sobre o sacado de valores mobiliários.
QUESTÃO OBJETIVA 1: São princípios gerais dos títulos de crédito:
a) literalidade, forma e causa.
b) forma, causa e abstração.
c) negociabilidade, anterioridade e literalidade.
d) modelo, cártula e autonomia;
e) cartularidade, literalidade e autonomia.
CASO CONCRETO3:
 (VIII Exame Unificado da OAB – 2ª Fase – Empresarial – Prático-Profissional – 2012) Pedro emite nota promissória para o beneficiário João, com o aval de Bianca. Antes do vencimento, João endossa a respectiva nota promissória para Caio. Na data de vencimento, Caio cobra o título de Pedro, mas esse não realiza o pagamento, sob a alegação de que sua assinatura foi falsificada. Após realizar o protesto da nota promissória, Caio procura um advogado com as seguintes indagações:
A) Tendo em vista que a obrigação de Pedro é nula, o aval dado por Bianca é válido?
Reposta: Sim, em razão do princípio da autonomia das obrigações cambiais, a obrigação do avalista se mantem mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula, desde que não seja por vicio de forma, art. 32 ou art 7 do Dec 57663/66 (LUG)
B) Contra qual(is) devedor(es) cambiário(s) Caio poderia cobrar sua nota promissória?
Resposta: Poderá cobrar de João, como endossante e Bianca, como avalista, nos termos do artigo 42 da LUG. Não poderá cobrar de Pedro porque sua obrigação é nula, como está afirmando no comando da pergunta do item A
QUESTÃO OBJETIVA: (MAGISTRATURA/MG – VUNESP – 2012) É correto afirmar que o cancelamento do protesto, após quitação do débito:
a) é ônus do credor
b) é ônus do devedor
c) é ônus do tabelião de protestos, que deverá proceder de ofício.
d) dependerá sempre de intervenção do Poder Judiciário, mediante alvará ou mandado, conforme seja jurisdição voluntária ou contenciosa
CASO CONCRETO 5:
 Maria e Bernardo são casados e possuem conta corrente no Banco Brasileiro S.A. Para efetuar o pagamento de um tratamento dentário da esposa, Bernardo emite um cheque no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em favor do dentista Alberto. Sendo assim, o dentista depositou o cheque e foi surpreendido pela devolução do cheque por falta de fundos. Tendo em vista que não conseguiu o pagamento do cheque, Alberto promoveu execução em face de Maria, tendo em vista que foi a usuária do tratamento dentário. Analisando caso concreto, responda as seguintes questões:
a) Tendo em vista que a conta corrente é conjunta, será procedente a execução em face de Maria?
Resposta: Não. Segundo entendimento pacificado no Superior Tribunal de Justiça, apenas o assinante da cártula ainda que pertencente a conta Conjunta, deve responder pela falta de fundos no pagamento do cheque e assim uma ilegitimidade passiva da esposa no caso em tela. 
Nesse sentido: 
TJ-RS - Apelação Cível AC 70061224341 RS (TJ -RS) 
 
b) Quais os requisitos legais que devem conter num cheque?
Resposta: nos termos do art 1º da lei 7357/85, são: a denominação “ cheque” no título, a ordem incondicional de pagar quantia determinada, o nome do banco ou a instituição que deve pagar (sacado), indicação de lugar de pagamento, a indicação da data e do lugar de pagamento e a assinatura do emitente (sacador).
QUESTÃO OBJETIVA: (TJCE – Juiz – 2014) Antônio emitiu um cheque nominativo a José contra o Banco Brasileiro S.A. No mesmo dia, José endossou o cheque a Ricardo, fazendo constar do título que não garantiria o seu pagamento e que a eficácia do endosso estava subordinada à condição de que Maria, irmã de Ricardo, lhe pagasse uma dívida que venceria dali a dez (10) dias. Vinte (20) dias depois da emissão do título e sem que Maria tivesse honrado a dívida para com José, Ricardo apresentou o cheque para pagamento, mas o título lhe foi devolvido porque João não mantinha fundos disponíveis em poder do sacado. Nesse caso,
a) Ricardo não poderá endossar o cheque a terceiro, pois o cheque só admite um único endosso.
b) o endosso em preto de cheque nominativo exonera o emitente do título de responsabilidade pelo seu pagamento.
c) por força de lei, o emitente do cheque deve ter fundos disponíveis em poder do sacado, e a infração desse preceito prejudica a validade do título como cheque.
d) José responderá perante Ricardo pelo pagamento do cheque, porque se reputa não escrita cláusula que isente o endossante de responsabilidade pelo pagamento do título.
e) a despeito do inadimplemento de Maria, Ricardo ostenta legitimidade para cobrar o pagamento do título porque se reputa não escrita qualquer condição a que o endosso seja subordinado.

Continue navegando