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Aula 15 - Prof. Rodrigo Rennó Noções de Administração p/ Polícia Federal - 2017 (Escrivão) - Com videoaulas Professores: Rodrigo Rennó, Sérgio Mendes Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 112 Sumário Liderança...........................................................................................4 Liderança X Chefia .............................................................................5 Tipos e Fontes de Poder ........................................................................7 Abordagens de Liderança.......................................................................8 Teoria dos Traços de Liderança. ...............................................................8 Teoria Comportamental ± Os Estilos de Liderança............................................9 Os Estilos de Liderança de Likert. ........................................................... 11 Grid Gerencial de Blake e Mouton. .......................................................... 13 Liderança Contingencial ou Situacional ..................................................... 15 Teoria da Contingência de Fiedler. .......................................................... 16 Teoria Caminho-Meta ........................................................................ 17 Teoria Situacional............................................................................. 19 Liderança Transacional x Transformacional................................................. 21 Liderança Carismática ........................................................................ 23 Liderança Visionária.......................................................................... 26 Motivação ........................................................................................ 27 Motivação e Desempenho .................................................................... 28 Ciclo Motivacional............................................................................ 29 Teorias de Processo e Teorias de Conteúdo ................................................. 31 Teoria das Necessidades de Maslow. ........................................................ 32 Teoria X e Y de McGregor. .................................................................. 35 Teoria Z de William Ouchi ................................................................ 36 Teoria dos dois fatores de Herzberg.......................................................... 37 Teoria do Reforço............................................................................. 39 Teoria ERC (ou ERG) - Alderfer ............................................................ 41 Teoria da Expectância de Vroom............................................................. 42 Teoria das Necessidades Adquiridas, de McClelland. ...................................... 45 Teoria da Equidade ........................................................................... 47 Teoria do Estabelecimento de Objetivos (Autoeficácia).................................... 48 Teoria da Avaliação Cognitiva ............................................................... 49 Motivação e o Contrato Psicológico ......................................................... 50 ³(PSRGHUDPHQWR´�RX�(PSRZHUPHQW .......................................................... 52 Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 112 Resumo........................................................................................... 57 Questões Comentadas ........................................................................... 68 Lista de Questões Trabalhadas na Aula......................................................... 98 Gabaritos. ...................................................................................... 110 Bibliografia .................................................................................... 110 Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 112 Liderança Um líder ideal deve saber conduzir sua equipe de modo a que todos atinjam seus resultados esperados. Para isso, deve se utilizar do conhecimento sobre sua equipe e de uma comunicação eficaz para guiá-los ao encontro dos objetivos da organização. Naturalmente, o processo de liderança é um dos mais importantes no trabalho de um administrador. Além disso, é um dos mais difíceis. Milhares de livros são lançados anualmente em todo mundo, tentando ensinar os gestores a serem melhores líderes. Basicamente, a liderança envolve a habilidade para influenciar pessoas para que sejam alcançados determinados objetivos. É mostrar o caminho a ser seguido. É vender uma visão de futuro sobre a organização. É incentivar os membros da empresa em torno dos objetivos que são almejados. Algumas definições de Liderança podem ser vistas abaixo: ³2� FRQFHLWR� GH� OLGHUDQoD� p� UHODFLRQDGR� FRP� D� utilização do poder para influenciar o comportamento de outras pessoas1�´ ³/LGHUDQoD� p� D� KDELOLGDGH� GH� LQIOXHQFLDU� SHVVRDV� em direção ao alcance das metas organizacionais2�´ ³e� XP� IHQ{PHQR� WLSLFDPHQWH� VRFLDO� TXH� RFRUUH� exclusivamente em grupos sociais e nas organizações. A liderança é exercida como uma influência interpessoal em uma dada situação e dirigida através do processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos3�´ Ao buscar liderar nossos subordinados e colegas, estamos lidando com seres humanos, pessoas. E cada indivíduo responde de maneira diferente a cada estímulo. Alguns colegas provavelmente precisarão de um contato mais constante, uma atenção maior do líder. Já outros, provavelmente, têm maior maturidade e não demandam muita supervisão e atenção de seus superiores, pois tem maior iniciativa e 1 (Zaleznik, 1992) 2 (Daft, 2005) 3 (Chiavenato, Administração Geral e Pública, 2008) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 112 Abordagens de Liderança &RPR�IDODPRV�DFLPD��H[LVWHP�WHRULDV�GLVWLQWDV�TXH�WHQWDP�³H[SOLFDU´� o funcionamento do processo de liderança nos grupos humanos. A primeira teoria é a dos traços de liderança. Esta teoria não é mais aceita pelos principais teóricos da área, mas ainda é cobrada em provas, ok? Por isso, vamos conhecê-la um pouquinho. Mas vocês verão que este tema é bem gostoso! Teoria dos Traços de Liderança. A teoria dos traços ou das características é uma das mais antigas no estudo da administração. Ela se baseia em uma noção antiga de que os OtGHUHV� WHULDP� FHUWRV� ³WUDoRV´� GH� SHUVRQDOLGDGH� TXH os definiriam, que seriam característicos destas pessoas. 2X�VHMD��D� WHRULD�GL]LD�TXH�VHUi�SRVVtYHO�GH� FHUWD� IRUPD� ³PDSHDU´� quais seriam estas características e, após isso, poderíamos buscar pessoas semelhantes na população, para que fossem alçadas ao papel de liderança6. E quais seriam estes traços, professor? Basicamente, seriam características pessoais como a inteligência, a capacidade de oratória, a confiança, os valores, dentre outros aspectos vistos como positivos para que um líder possa desempenhar este papel. De acordo com Krumm7, ³2V�SULPHLURV�WHyULFRV�dos traços achavam que os bons líderes já nascem com esses traços e que esses traços são uma parte constituinte da personalidade do administrador. Essa posição foi, posteriormente, modificada para indicar que os traços podem ser desenvolvidos pela experiência;mas os traços eram considerados como aspectos FHQWUDLV�GD�SHUVRQDOLGDGH�GR�OtGHU´� Ou seja, os traços seriam a princípio características natas, ou de nascença. Com o desenvolvimento da teoria, alguns autores consideravam que os traços poderiam ser adquiridos ou aprendidos com a experiência. 6 (Chiavenato, Administração nos novos tempos, 2010) 7 (Krumm, 2005) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 112 E como funcionaria, na prática? Vamos imaginar que você conhecesse um líder, ou pelo menos sua descrição, como Júlio Cesar, Alexandre o Grande, ou Felipão (sei...peguei SHVDGR���� 7HQWDUtDPRV� ³PDSHDU´� GHSRLV� TXDLV� seriam as suas principais qualidades. Com estas qualidades definidas, tentaríamos achar alguém com as PHVPDV�FDUDFWHUtVWLFDV�H�³voilá´��WHUtDPRV�XP�OtGHU�HP�SRWHQFLDO�QDV�PmRV� Como você pode imaginar, as coisas não foram tão simples. Fazer esse mapeamento já era algo complicado. Muitas destas características são mensuradas pela percepção de outras pessoas. Comparar aspectos como inteligência, flexibilidade e valores é algo muito difícil. Além disso, muitas vezes uma característica que tinha sido muito positiva em um caso, poderia ser desastrosa em outra situação. Um líder PXLWR�³ILUPH´�FRP�VXD�HTXLSH�SRGHULD�VHU�D�³VROXomR´�HP�XP�FDVR�GH�XP� general na segunda guerra mundial, mas seria um fracasso em um líder de governo no Senado, por exemplo. Isto acontece SRUTXH� HVWDV� VLWXDo}HV� GLIHUHQWHV� ³SHGLULDP´� OtGHUHV� diferentes. A teoria não estava considerando o ambiente externo, o contexto, dentro de sua análise. Não existiria um líder perfeito para todas as situações. Desta maneira, o modelo aos poucos foi sendo desacreditado e superado por novas teorias que buscaram analisar a influência do meio externo no papel do líder. Teoria Comportamental ± Os Estilos de Liderança. A teoria dos estilos de liderança (ou comportamental) buscou analisar a liderança não pelas características dos líderes, mas pelo seu comportamento em relação aos seus subordinados. A teoria ficou conhecida através dos estudos de Lewin, Lipitt e White, autores americanos, com suas pesquisas na Ohio State University8. Eles estudaram o comportamento de grupos de pessoas, principalmente em UHODomR� DR� FRQWUROH� GH� VHXV� VXERUGLQDGRV�� H� ³PDSHDUDP´� WUrV� HVWLORV� diferentes: autocrático, democrático e liberal. O líder autocrático seria aquele que controla mais rigidamente seus empregados. Ele toma todas as decisões e não delega autoridade nenhuma para seus funcionários. 8 (Lewin, Lippitt e White, 1939) apud (Krumm, 2005) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 112 Grid Gerencial de Blake e Mouton. Esta é uma das teorias comportamentais da liderança mais conhecidas. A grade gerencial de Blake e Mouton foi uma evolução da teoria de Tannenbaum e Schmidt, que postulava que a liderança era um ³FRQWLQXXP´�HQWUH�D�OLGHUDQoD�RULHQWDGD�SDUD�SHVVRDV�H�D�RULHQtada para tarefas, pois questionou esta visão antagônica (ou era focada em pessoas ou tarefas, e não nas duas!)9. Para Blake e Mouton, tanto a preocupação com as pessoas e com a produção são fundamentais para se alcançar um bom resultado10. Eles montaram a grade gerencial baseada nas duas dimensões comportamentais: preocupação com as pessoas e preocupação com a produção (por isso é chamada visão bidimensional do estilo de liderança)11. A ideia por trás da teoria é a de que o líder não deveria ser totalmente focado nas pessoas, pois provavelmente tenderia a não atingir os resultados da empresa (oferecendo benefícios em excesso e cobrando pouco os resultados). Por outro lado, também não poderia ser totalmente voltado para os resultados (ou para a produção), pois poderia alienar as pessoas e criar um ambiente desmotivador e afastar os melhores empregados12. Abaixo podemos ver mais facilmente o grid gerencial: 9 (Daft, 2005) 10 (Robbins & Coulter, Administração, 1998) 11 (Blake e Mouton, 1985) apud (Clegg, Kornberger, & Pitsis, 2008) 12 (Clegg, Kornberger, & Pitsis, 2008) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 112 Teoria da Contingência de Fiedler. De acordo com o autor, as características das personalidades são desenvolvidas durante diversas experiências vividas durante a vida e dificilmente são alteradas15. Para Fiedler, existem dois tipos de líderes: líderes orientados para tarefas e líderes orientados para pessoas. Os primeiros seriam mais focados nos resultados e nos objetivos organizacionais. Já os segundos, naturalmente, estariam mais voltados para o bem-estar de sua equipe. A teoria engloba três aspectos principais: o relacionamento entre o líder e seus empregados, o poder de autoridade que este líder detém e a estrutura da tarefa/atividade. Os fatores combinados formam oito dimensões, desde a mais desfavorável a mais favorável para o líder. O conceito principal da teoria é que o gestor deve analisar qual é o perfil do líder para que possa posteriormente inseri-lo dentro do contexto que mais se adapte ao seu comportamento16. Figura 6 - Teoria da Contingência de Fiedler. Fonte: (Rennó, 2013) A conclusão do trabalho foi interessante. O autor percebeu que a liderança orientada para tarefas era mais eficaz na maioria das situações (ver gráfico acima). Tanto em situações altamente favoráveis quanto nas altamente desfavoráveis, o líder focado na tarefa se saía melhor. Somente em situações intermediárias era que a liderança orientada para pessoas era a mais adequada. 15 (Krumm, 2005) 16 (Sobral & Peci, 2008) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 112 Teoria Situacional A teoria da liderança situacional de Hersey e Blanchard pôs o foco da liderança nos subordinados, e não nos líderes17�� 3DUD� HOHV�� D� ³FKDYH� GR� VXFHVVR´�GD�liderança está na escolha correta de um estilo de liderança que esteja adequado ao nível de maturidade dos funcionários. Para os autores, os líderes devem analisar o nível de maturidade para saber como devem se comportar em relação a eles. Um conceito muito importante nesta teoria é o de adaptabilidade. Um líder é adaptável (ou adaptativo) quando consegue variar o estilo de liderança de acordo com o contexto18. Ao contrário, um líder rígido só consegue ser eficaz quando seu estilo de liderança é adequado ao ambiente que o cerca. Naturalmente, os líderes adaptáveis são mais adequados aos nossos tempos. Isto acontece porque os funcionários não são todos iguais. De acordo com Hersey e Blanchard, eles têm um nível de maturidade variável. Aqui estamos definindo maturidade não só de acordo com o aspecto psicológico do trabalhador, mas também em relação à sua capacidade de realizar o trabalho. 17 (Cavalcanti, Carpilovsky, Lund, & Lago, 2009) 18 (Cavalcanti, Carpilovsky, Lund, & Lago, 2009) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 112 Figura 7 - Estágios de Maturidade. Fonte: (Cavalcanti, Carpilovsky, Lund, & Lago, 2009) Assim, um funcionáriocom alta maturidade seria capaz de fazer suas tarefas de forma independente, de se autogerenciar e de buscar as metas necessárias. Já um funcionário com baixa maturidade demandaria uma maior atenção do líder, de modo a compensar sua baixa capacidade de realizar as atividades, somado com sua pouca disposição de assumir responsabilidades. Os autores montaram um quadrante com dois fatores: comportamento focado nas tarefas e comportamento focado nos relacionamentos. 2V�OtGHUHV�WHULDP�TXDWUR�³HVWLORV´�RX�FRPSRUWDPHQWRV�SRVVtYHLV��GH� acordo com a combinação destes fatores (tarefa e relacionamento): direção, delegação, persuasão e participação. De acordo com Schermerhorn19, os estilos seriam os seguintes: 19 (Schemerhorn Jr., 2008) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 112 ¾ Direção (ou Determinação) ± determinar o que cada subordinado fará em detalhes, com rígida supervisão. Um estilo com alta preocupação com a tarefa e baixa preocupação com o relacionamento; ¾ Persuasão ± explicar a necessidade de cada tarefa de forma persuasiva e dar um suporte ao empregado sempre que possível. Um estilo com alta preocupação com a tarefa e também alta preocupação com o relacionamento; ¾ Participação (ou compartilhamento) ± enfatizar o compartilhamento de ideias e a participação dos funcionários na tomada de decisões em relação ao trabalho que será desenvolvido. Seria um estilo com baixa preocupação com a tarefa e alta preocupação com o relacionamento; ¾ Delegação ± deixar o funcionário ou o grupo tomar suas próprias decisões em relação ao trabalho e assumir suas responsabilidades. Seria um estilo com baixa preocupação com a tarefa e baixa preocupação com o relacionamento. O conceito da teoria é bem simples: o líder deve perceber em que situação está seu empregado e aplicar o estilo adequado. Para funcionários que tenham sido recentemente contratados, com pouca experiência prática, o líder deve adotar um comportamento mais focado no que deve ser feito, sem dar muita autonomia, supervisionando de perto. Já com funcionários com muito tempo de casa e com experiência prática nas tarefas, o líder deve dar autonomia e delegar autoridade e responsabilidade. Estes empregados têm capacidade para se autogerenciar. Liderança Transacional x Transformacional. Grande parte das teorias de liderança se baseia no relacionamento entre líderes e subordinados. Existem, porém, estudos que abordam o tipo de recompensa que o líder oferece, ao invés de analisar o comportamento do líder em relação aos liderados. Estes estudos apontam dois tipos de líderes: líderes transacionais e transformacionais. Liderança transacional é aquela onde existe uma relação de troca entre líder e subordinado. Seu nome vem exatamente desta troca, de transação! O líder define as metas que devem ser alcançadas e promete os ³SUrPLRV´�FDVR�RV�REMHWLvos sejam atingidos. O líder transacional deve então esclarecer quais serão as tarefas e os objetivos, motivar seus funcionários para que eles atinjam suas metas, e Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 112 visões.26 Assim, esse tipo de líder seria mais adequado a empresas emergentes ou que necessitem de uma grande mudança. Liderança Visionária Da mesma forma que a liderança carismática, o próprio nome da liderança visionária indica qual é o seu enfoque. Os autores que criaram esse termo, Bennis e Nanus, apontaram que a capacidade de criar e compartilhar uma visão de futuro seria fundamental na atuação de um líder.27 Mas afinal, o que seria uma visão? Esse conceito está relacionado com o destino desejado ± XP� ³PDFUR� REMHWLYR´�� 6HULD�� EDVLFDPHQWH�� UHVSRQGHU�D�SHUJXQWD��³FRPR�TXHUHPRV�HVWDU�GDTXL�D�FLQFR�RX�GH]�DQRs? ´� Para Albrecht,28 para chegar à visão, uma empresa deve perguntar: como queremos ser vistos pelas pessoas e pelo mercado? 0DV�XPD�YLVmR�QmR�SRGH�ILFDU�VRPHQWH�QD�³FDEHoD´�GR�OtGHU��Um líder YLVLRQiULR�³YHQGH´�D�YLVmR�DRV�PHPEURV�GD�RUJDQL]DomR. Ele utiliza HVVH�³DOYR´��HVVH�PDFUR�REMHWLYR��FRPR�XP�IDWRU�PRWLYDGRU�H�TXH�FULD�XPD� coesão no grupo. Essa visão serve para que todos tenham uma noção clara de quais são os objetivos buscados e auxilia na priorização de esforços e de recursos. De acordo com Bennis e Nanus,29 ³e�� SRUWDQWR�� XP� HOHPHQWR� PRWLYDGRU�� DOpP� GH� atuar como critério de seleção para a alocação de esforços, filtrar as informações a serem analisadas, e disciplinar as ações, de modo a canalizar todos os HVIRUoRV�SDUD�XP�~QLFR�ILP��´ Assim sendo, um líder visionário não só escolhe uma visão correta para a empresa, mas também comunica essa visão a todos RV� PHPEURV� H� FRQVHJXH� TXH� HVWHV� ³FRPSUHP´� HVVD� YLVmR� H� VH� dediquem ao máximo para que a mesma vire realidade. 26 (Cavalcanti, et al. 2009) 27 (Bennis e Nanus, 1988) apud (Cavalcanti, et al. 2009) 28 (Albrecht) apud (Boyett e Boyett, 1999) apud (Cavalcanti, et al. 2009) 29 (Bennis e Nanus, 1988) apud (Cavalcanti, et al. 2009) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 112 Motivação De acordo com Daft30, a motivação é relativa às forças internas ou externas que fazem uma pessoa se entusiasmar e persistir na busca de um objetivo! Como a motivação afeta a produtividade, a organização deve canalizar a motivação para os objetivos organizacionais. Desta forma, Robbins31 diz que, no ambiente organizacional, a motivação é a vontade de exercer altos níveis de esforço para alcançar os objetivos organizacionais. Entretanto, a dificuldade existe no fato de que as pessoas são muito diferentes umas das outras. O que pode motivar uma pessoa, pode não motivar outras. Existe uma diversidade de teorias motivacionais32, mas em geral os autores abordam dois tipos de fatores que geram motivação, os extrínsecos (de fora da pessoa) e os intrínsecos (de dentro da pessoa). De acordo com Bergamini, ³1R� SULPHLUR� FDVR�� SUHVVXS}H-se que a força que conduz o comportamento motivado está fora da pessoa, quer dizer, nasce de fatores extrínsecos que são, de certa forma, soberanos e alheios à sua vontade. No segundo caso, subjaz a crença de que as ações humanas são espontâneas e gratuitas, uma vez que têm suas origens nas impulsões interiores; assim sendo, o próprio ser humano traz em si seu potencial e a fonte de origem do seu comportamento PRWLYDFLRQDO��´� Podemos dizer, portanto, que a motivação para o trabalho deriva da própria pessoa, além da instituição em que ela trabalha, do seu ambiente. Assim, os elementos que afetam a motivação podem ser internos ao indivíduo e externos. Dizendo de outra forma, a motivação vem de dentro de cada um, mas os estímulos e incentivos externos também afetam o nível motivacional. Desta forma, existem diversas teorias que se baseiam nos fatores externos e/ou internos do indivíduo. Quando uma empresa oferece um prêmio para o funcionário que bater uma meta está se baseando nos 30 (Daft, 2005) 31 (Robbins & Coulter, Administração, 1998) 32 (Bergamini, 1990) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 112 A teoria da hierarquia das necessidades, também conhecida como pirâmide de Maslow, estabelece que as necessidades que devem ser supridasprimeiro são as fisiológicas (alimentação, descanso, água, etc.), e não as sociais (integração, afeto, amizade, etc.)! Além disso, antes de iniciar qualquer programa, o gestor deve diagnosticar em que nível da pirâmide se encontra sua equipe, para saber qual aspecto deve focar. O gabarito é questão errada. Teoria X e Y de McGregor. A teoria X e Y de McGregor, uma das teorias mais simples e intuitivas no estudo da Administração, é também uma das mais cobradas em provas de concurso! McGregor trouxe a ideia de que existem GXDV�³PDQHLUDV´�GH�VH�YHU� as pessoas. Estas visões seriam contrárias, ou seja, antagônicas. Uma seria mais positiva e moderna (a teoria Y, baseada na confiança nos indivíduos), e a outra seria negativa e antiquada (teoria X, baseada na desconfiança)39. Pela teoria X, as pessoas seriam naturalmente preguiçosas, pouco ambiciosas e sem iniciativa própria. A ideia é a de que o ser humano não gosta de trabalhar e irá fazer o menor esforço possível! Se o gestor tem esta visão negativa das pessoas, ele tende a ser mais ILVFDOL]DGRU� H� FRQWURODGRU�� SRLV� DFUHGLWD� TXH� TXDQGR� ³YLUDU� DV� FRVWDV´� R� trabalhador parará de trabalhar. Ele irá tratar os subordinados de modo mais rígido e será autocrático (decidirá tudo sozinho), pois acha que o empregado não gosta de assumir responsabilidades e não consegue tomar decisões! Não delegará responsabilidades, porque acha que os funcionários são dependentes. (VWD�YLVmR�VHULD�PDLV�³DQWLJD´��H�DGHTXDGD�D�XPD�RUJDQL]DomR�HP�XP� ambiente estável e com um modelo burocrático de gestão. Já a teoria Y seria mais embasada na confiança nas pessoas! Nesta situação, o gestor acredita que seus funcionários são ambiciosos, gostam de trabalhar, têm capacidade de decidir e iniciativa. A ideia é a de que as pessoas buscam assumir responsabilidades e desafios! Desse modo, o próprio empregado se controla, não havendo a necessidade de coerção! Como o administrador acredita no potencial de seus subordinados, ele busca a participação deles, delega poderes para que eles assumam 39 (Chiavenato, Administração Geral e Pública, 2008) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 112 A teoria do reforço não toma conhecimento do que se passa no ³LQWHULRU´� GD� SHVVRD� �FRPR� DV� HPRoões, expectativas, atitudes etc.), apenas o que acontece com o indivíduo quando ele age42. $VVLP��HVVD�WHRULD�p�PXLWR�FULWLFDGD�SHOR�VHX�DVSHFWR�³PDQLSXODGRU´� das pessoas. Apesar disso, seu impacto não é renegado. Apenas não se acredita mais que o reforço seja o único fator que gera uma maior motivação e, por consequência, um melhor desempenho. A teoria do reforço não se enquadra nem nas teorias de conteúdo nem nas teorias de processo, tendo uma visão única do processo motivacional. De acordo com a teoria, as ferramentas que um gestor de pessoas poderia utilizar iriam desde um estímulo positivo (um prêmio, por exemplo) até um estímulo negativo (uma punição). Estímulos positivos tenderiam a reforçar o comportamento, ao passo que os estímulos negativos buscariam anular um comportamento indesejado. As estratégias seriam quatro: reforço positivo, reforço negativo, punição e extinção. 42 (Robbins, Organizational Behavior, 2004) Características da Teoria do Reforço Busca entender como as conseqüências dos comportamentos anteriores influenciam as ações futuras A relação entre o comportamento e suas conseqüências segue uma idéia de aprendizagem cíclica O reforço é uma tentativa de causar a repetição ou inibição de um comportamento Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 112 Teoria da Equidade Esta teoria afirma que a equidade, ou seja, a percepção de que o que ganhamos está em linha com o que oferecemos em troca (e em relação aos outros) é um aspecto motivador. Assim, a noção de que esta relação é justa teria um impacto significativo na motivação. De acordo com Stacy Adams, todos nós fazemos uma comparação HQWUH�R�TXH�³HQWUHJDPRV´�H�R�TXH�³UHFHEHPRV´�HP�WURFD�SHOD�HPSUHVD��6H� pensarmos que estamos sendo favorecidos, nos sentiremos culpados. Se sentirmos que estamos sendo desfavorecidos (recebendo menos do que entregamos) teremos raiva48. $OpP�GLVVR��FRPSDUDPRV�WDPEpP�D�³UHODomR´�GH�WURFD�FRP�RV�QRVVRV� colegas de trabalho e até de pessoas que trabalham em outras empresas e/ou profissões. Dessa maneira, se sentimos que a relação de troca não tem eqXLGDGH�� LUHPRV� WRPDU� DOJXPD� ³SURYLGrQFLD´� SDUD� UHVROYHU� HVVD� inequidade. De acordo com Adams, existem seis possibilidades de ação frente à uma inequidade: 9 0XGDQoD� QDV� ³HQWUHJDV´, ou seja, passar a trabalhar menos; 9 Mudanças nos resultados ± ocorre quando pessoas que ganham por produção começam a produzir mais com menos TXDOLGDGH��RX�VHMD��QD�³SUHVVD´�� 9 Distorção na sua percepção ± o indivíduo pode começar a PXGDU� VXD� LGHLD� VREUH� VL� PHVPR� �³DFKDYD� TXH� WUDEDOKDYD� pouco, mas vendo sicrano trabalhando já começo a achar que VRX�PXLWR�WUDEDOKDGRU´�� 9 Distorção na percepção dos outros ± o indivíduo passa a achar que a posição dos outros é que não é satisfatória; 9 Mudança no referente ± Se a pessoa que nos comparamos está em situação melhor, podemos passar a nos comparar com alguém que está pior do que nós mesmos; 9 6DLU�GR�³MRJR´ ± por exemplo: sair do emprego atual. 48 (Robbins, Organizational Behavior, 2004) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 112 Teoria do Estabelecimento de Objetivos (Autoeficácia) 6HUi� TXH� IXQFLRQDPRV� PHOKRU� TXDQGR� SURFXUDPRV� ³ID]HU� R� QRVVR�PHOKRU´�RX�TXDQGR temos uma meta específica? De acordo com Locke49, a intenção de atingir um objetivo é um grande fator motivador. Ou seja, quando temos uma meta em mente, e aceitamos essa meta, tendemos a conseguir resultados melhores do que quando apenas ³WHQWDPRV�R�QRVVR PHOKRU´��$OpP�GLVVR��TXDQWR�PDLV�GLItFLO�D�PHWD��PHOKRU� será o nosso desempenho (desde que, obviamente, aceitemos a meta, ou seja, realmente tentemos atingi-la). Outro fator importante é a retroação. Se soubermos como estamos nos saindo, diz a teoria, tenderemos a obter melhores resultados. Assim, a retroação afetaria o desempenho. Este é um fato bastante intuitivo, não é mesmo? Outro fator motivador seria a Autoeficácia. De acordo com o autor, essa característica seria a habilidade que as pessoas podem ter de acreditar que serão capazes de atingir os resultados de uma atividade. A teoria do estabelecimento dos objetivos foi criada por Locke, e depois desenvolvida por Bandura, que em seus estudos provou que o estabelecimento de vários objetivos próximos (e mais fáceis de atingir) é mais eficaz do que criar objetivos distantes (e mais difíceis). Se realmente acreditamos em nossa habilidade de realizar uma tarefa, a teoria afirma, tenderemos a nos motivar e conseguir melhores resultados. Indivíduos com um alto nível de Autoeficácia tenderão a ter resultados melhores do que pessoas com baixo nível de Autoeficácia. De acordo com Yassuda e outros50, ³$� WHRULD� GD� Autoeficácia prevê que o nível de confiança do indivíduo em suas habilidades é um forte motivador e regulador de seus comportamentos. Bandura defende que o indivíduo que se percebe capaz de realizar uma determinada tarefa, faz maior esforço para realizá-la, tem maior motivação paraconcluí-la e persevera mais tempo na sua realização do que o indivíduo com baixa $XWRHILFiFLD��´ Deste modo, essa teoria está baseada nos fatores internos da motivação, sendo um contraponto, por exemplo, a teoria do Reforço de 49 (Locke, 1968) apud (Robbins, Organizational Behavior, 2004) 50 (Yassuda, Lasca, & Neri, 2005) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 112 pagamento, uma recompensa extrínseca, reduzisse a sua motivação intrínseca. Sua motivação geral acaba sendo reduzida. De alguma maneira, a pessoa passa a sentir que o trabalho é menos ³DOJR� TXH� JRVWR� GH� ID]HU´� H� PDLV� ³DOJR� TXH� WHQKR� TXH� ID]HU´�� (VVH� comportamento seria explicado pela Teoria da Avaliação Cognitiva. E qual seria o motivo disso acontecer? A explicação mais popular é a de que a pessoa sentiria uma perda de controle sobre o seu comportamento, levando a uma diminuição da sua motivação52. A teoria está baseada na teoria da autodeterminação, que indica que as pessoas são guiadas por uma necessidade de autonomia. Desse modo, de acordo com essa teoria os funcionários devem participar ativamente dos processos de avaliação do desempenho. Apesar de ser uma teoria contemporânea, Robbins afirma que sua aplicabilidade é limitada na maioria dos casos porque a maioria das funções de nível operacional não seriam suficientemente gratificantes para despertar a motivação intrínseca. Motivação e o Contrato Psicológico O contrato psicológico é considerado um vínculo que liga os empregados às organizações53�� (VWH� ³FRQWUDWR´� p� derivado de um conjunto de expectativas das partes relacionadas com as necessidades tanto dos empregados quanto das empresas. Este tema é importante porque são associados resultados positivos quando este contrato é cumprido e resultados negativos quando estes são descumpridos54. Dentre os fatores positivos teríamos: o aumento do empenho, satisfação no trabalho, comportamentos de cidadania organizacional e a intenção de continuar na empresa. Já os resultados negativos do descumprimento do contrato seriam: diminuição do empenho e aumento do absenteísmo, dentre outros. Para Guzzo e Nooan55, ³Os Contratos Psicológicos podem ser entendidos como o conjunto dos termos altamente subjetivos 52 (Robbins, Organizational Behavior, 2004) 53 (Rosolen, Silva, Leite, & Albuquerque, 2009) 54 (Leiria, Palma, & Cunha, 2006) 55 (Guzzo e Nooan, 1994) apud (Rosolen, Silva, Leite, & Albuquerque, 2009) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 112 e específicos para cada empregado, termos estes que podem ser elementos concretos (salário, condições de trabalho) ou abstratos (segurança, desafio pessoal) de uma relação de troca entre empregado e empregador��´ (VWD� ³UHODomR� GH� WURFD´�� H[SUHVVD� QR� FRQWUDWR�� WHULD� VHX� LQtFLR� QR� processo de recrutamento e seleção do empregado e se prolongaria por toda a duração do vínculo do empregado com a organização56. Todos nós temos certas expectativas ao entrar em uma organização, não é mesmo? As empresas também têm certas expectativas ao nos contratar. Quando estas expectativas mútuas são cumpridas, existe um equilíbrio e o desempenho individual e organizacional é maior. Quando isto não ocorre, temos uma queda na motivação dos empregados e problemas na relação da empresa com os empregados. O Contrato psicológico permitiria, assim, tanto ao empregado como ao empregador, preencher os espaços em branco deixados pelo contrato formal de trabalho57. Uma classificação muito conhecida dos contratos psicológicos é a de MacNeil. Para este autor, os contratos são divididos entre os contratos transacionais e relacionais58. De acordo com o autor, ³$FRUGRV� transacionais são aqueles que apresentam termos de troca bem definidos, normalmente termos monetários, específicos e com tempo de duração definido, assim como contratos entre os donos de equipamentos caros e complexos (ex: aquecedores e refreadores de ambientes) e as companhias que vendem estes equipamentos. Os contratos relacionais, por sua vez, são menos definidos do que os transacionais. Seus termos são mais abstratos, tendem a não apresentar fácil monetarização e costumam dizer respeito à relação entre o indivíduo e a organização. Por exemplo, receber o salário prometido está relacionado ao contrato transacional, já ser tratado com respeito por um superior está relacionado ao contrato relacional³� Desta maneira, todo contrato psicológico tem uma parte relacional e outra parte transacional. A empresa determina que o empregado fique, por 56 (Lester e Kickul, 2001) apud (Rosolen, Silva, Leite, & Albuquerque, 2009) 57 (Rousseau, 1995) apud (Leiria, Palma, & Cunha, 2006) 58 (MacNeil, 1985) apud (Rosolen, Silva, Leite, & Albuquerque, 2009) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 112 exemplo, um número de horas diariamente na empresa (parte transacional), mas também espera um comprometimento especial do funcionário ± TXH� FKDPDPRV� GH� ³YHVWLU� D� FDPLVD´� ± que seria a parte relacional. Do mesmo modo, o empregado espera receber certo valor mensal de salário (parte transacional), mas também espera ter oportunidades de crescimento profissional na empresa (parte relacional). O equilíbrio entre a parte relacional e a parte transacional dependerá das ações e políticas de Recursos Humanos da organização, que deve inserir aspectos mais básicos com aspectos ligados às necessidades mais avançadas dos indivíduos59. ³EPSRGHUDPHQWR´ ou Empowerment 2� ³empowerment´�� RX� ³HPSRGHUDPHQWR´�� p� R� SURFHVVR� GH� fortalecimento do papel das pessoas e equipes dentro de uma organização. De acordo com Slack60, ³2� HPSRZHUPHQW� VLJQLILFD� GDU� DR� SHVVRDO� D� autoridade para fazer mudanças no trabalho em si, assim como na forma em que ele é GHVHPSHQKDGR´� Deste modo, busca-se ampliar as responsabilidades e autoridades para que estes possam tomar suas decisões e agir61. O empowerment surgiu na segunda metade do século XX, como uma possível solução para empresas que operavam ainda com modelos burocráticos e baseados na hierarquia, na formalidade e na cadeia de comando rígida como base do controle no ambiente de trabalho. Estes ambientes de trabalho tradicionais geram uma desmotivação e uma alienação do trabalhador, pois este não entende qual é o objetivo geral da organização, nem se sente parte importante da empresa. O modelo burocrático, tradicional, não proporciona uma liberdade para que estes funcionários possam contribuir com ideias e tomar decisões sobre o próprio trabalho. De acordo com o modelo tradicional, deveria existir uma separação entre a tomada de decisão (feita pela cúpula) e a execução das tarefas (feita pelos trabalhadores da base). 59 (Guzzo e Nooan, 1994) apud (Rosolen, Silva, Leite, & Albuquerque, 2009) 60 (Slack, 1997) apud (Rodrigues & Santos, 2001) 61 (Chiavenato, Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 2004) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 112 4. Dar visibilidade às pessoas e proporcionar reconhecimento pelos seus esforços e resultados; 5. Construir relacionamentos entre as pessoas, ligando-ascom pessoas mais importantes e apoiando-as através de líderes e impulsionadores; 6. Mover a informação em todos os níveis. Informação é poder e habilita as pessoas a penar e a agir melhor; 7. Pedir a opinião das pessoas a respeito dos assuntos de trabalho. Fazer com que elas se sintam as donas dos processos de trabalho. Fazer com que elas tenham orgulho de pertencer à organização; 8. Acentuar a colaboração e o espírito de equipe. Empoderar pessoas é empoderar equipes; 9. Ajudar as pessoas empoderadas a empoderar as demais. Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 68 de 112 Questões Comentadas 1. (CESPE ± ANVISA ± TÉCNICO ± 2016) A liderança nas organizações, sinônimo de administração, deve ser atribuída aos administradores que demonstrem maior capacidade para planejamento, organização, direção e controle. Bom, a questão confunde a Liderança com o processo administrativo. Para começar, a liderança não é sinônimo de administração. O processo de administrar envolve os processos de: planejamento, organização, direção (que engloba a liderança) e o controle. Como visto, o conceito de administração é muito mais amplo do que o de liderança. O gabarito é questão errada. 2. (CESPE ± DPU ± AGENTE ADMINISTRATIVO ± 2016) Atualmente, a liderança que contribui para o desempenho eficaz da equipe ampara-se em características ou qualidades pessoais como carisma, propósito e realização, o que leva as pessoas a perceberem a influência do líder em situações de maior ou menor estabilidade. A teoria que se ampara em características pessoais é a teoria dos traços, que é ultrapassada. Atualmente, existem diversas teorias, como a situacional e a contingencial, que apontam o contexto do ambiente, a maturidade dos liderados, a posição do líder, que indicam qual o estilo de liderança que seria o mais eficaz. O gabarito é questão incorreta. 3. (CESPE ± DPU ± AGENTE ADMINISTRATIVO ± 2016) Segundo as abordagens de traços e competências de liderança, a presença de comportamentos orientados ao trabalho e ao relacionamento interpessoal no modo de agir do líder favorece eficazmente o alcance dos resultados de equipes e organizações. A presença de comportamentos orientados ao trabalho (tarefa) ou ao relacionamento não fazem parte da teoria dos traços, que baseia-se nas características pessoais do líder, ou seja, o conceito de que a liderança seria algo que herdaríamos de nascença. O gabarito é questão errada. 4. (CESPE - FUB ± PSICÓLOGO ± 2015) Qualquer indivíduo tem potencial para exercer a liderança e para utilizar todos os seus Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 69 de 112 estilos quando for conveniente, pois não existe um único estilo de liderança a ser adotado permanentemente nas organizações. Bom, a afirmação central da questão está correta: a liderança pode ser aprendida, pode ser desenvolvida por qualquer pessoa. Não é uma FDUDFWHUtVWLFD�TXH�³QDVFH´�FRP�D�SHVVRD��FRPR�SHQViYDPRV�DQWLJDPHQWH� Além disso, outra afirmação do enunciado está certa: não existe um estilo único de liderança a ser adotado em todas as situações, ou seja, não H[LVWH�XPD�³UHFHLWD�GH�EROR´�D�VHU�VHJXLGD��2�JDEDULWR�p�TXHVWmR�FRUUHWD�� 5. (CESPE - FUB ± PSICÓLOGO ± 2015) As teorias de liderança que defendiam uma abordagem situacional, flexível e rapidamente adaptável às constantes mudanças das organizações evoluíram para uma abordagem que descreve traços e características pessoais necessários aos líderes eficazes bem como ações que eles devem realizar. A abordagem dos traços é a mais antiga do estudo da Administração. Portanto, foi o contrário o que ocorreu: a abordagem dos traços evoluiu para uma abordagem situacional, mais flexível. Deste modo, o gabarito é questão errada. 6. (CESPE - MPOG ± TÉCNICO ± 2015) Na perspectiva da teoria de traços, que compreende a liderança a partir das características pessoais dos líderes, os atributos pessoais são inatos e capazes de exercer influência sobre as pessoas, o que diferencia os líderes dos demais. A abordagem dos traços realmente entende a liderança a partir de características individuais que seriam congênitos, ou seja, que nasceriam com a pessoa. Essa afirmação está certa. Uma dúvida que pode aparecer em alguns de vocês é o significado de ³LQDWR´��TXH�UHSUHVHQWD�DOJR�VHPHOKDQWH�D�³QDWR´��6mR�FRQFHLWRV�FRUUHODWRV� e não antônimos, como pode parecer. Assim, o gabarito é mesmo questão certa. 7. (CESPE - MPOG ± TÉCNICO ± 2015) Os três estilos básicos de liderança ² autocrática, democrática e laissez faire ² são definidos com base no comportamento do líder nos grupos de trabalho. Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 70 de 112 Perfeito. A teoria dos estilos de liderança buscou analisar a liderança não pelas características dos líderes, mas pelo seu comportamento em relação aos seus subordinados. Basicamente, os estilos são os seguintes: 9 Autocrático ± Líder decide sozinho; 9 Democrático ± Líder decide em conjunto com a equipe; 9 Liberal (laissez faire) ± Equipe decide com participação mínima do líder. O gabarito é questão certa. 8. (CESPE - FUB ± PSICÓLOGO ± 2015) Na liderança autocrática, as decisões são tomadas de forma demorada e as tarefas são realizadas após os líderes consultarem seus subordinados. É exatamente o contrário o que ocorre. O estilo autocrático envolve uma centralização da tomada de decisão na figura do líder. Ora, se ele decide tudo sem ouvir ninguém, leva menos tempo para decidir. O gabarito é questão errada. 9. (CESPE - FUB ± PSICÓLOGO ± 2015) Na liderança democrática, os membros da equipe reconhecem devidamente o papel do líder no processo, a tomada de decisão tende a ser mais rápida e a produtividade é elevada. No estilo de liderança democrática, a tomada de decisão é mais lenta. Como várias pessoas participam do processo decisório, isso toma tempo. Só por isso a questão já estaria errada, mas temos outro erro: os estudos não comprovam que o estilo de liderança democrática sempre alcance melhores resultados. Ou seja, existem situações onde ele não seria o indicado. O gabarito, assim, é questão errada. 10. (CESPE - FUB ± PSICÓLOGO ± 2015) A liderança Laissez-Faire é eficaz quando os subordinados não são dotados de capacidade de auto-organização, gerando desempenho nas tarefas satisfatórias. 2�HVWLOR�GH�OLGHUDQoD�FRQKHFLGR�FRPR�³ODLVVH]�IDLUH´�RX�OLEHUDO�Vy�SRGH� funcionar se os membros da equipe são capacitados e têm capacidade de auto-organização. Seria o contrário do que a banca afirmou no enunciado. O gabarito é questão errada. Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 71 de 112 11. (CESPE - MPOG ± TÉCNICO ± 2015) São características que evidenciam a liderança transformacional; trocas entre líderes e liderados com vistas ao alcance das metas organizacionais; monitoramento frequente para correção de desvios; e programas de recompensas que permitam, por exemplo, que liderados exerçam outras atividades no horário de trabalho. Estas características são associadas com a liderança transacional (aquela onde existe uma relação de troca entre líder e subordinado. Seu nome vem exatamente desta troca, de transação) e não com a liderança transformacional. Na liderança transformacional, o papel do líder é de inspirador de seus subordinados. Nela, o líder busca que seus liderados transcendamseus objetivos pessoais em benefício da organização, não se baseando apenas nas recompensas materiais para motivar os seus liderados. O gabarito é questão errada. 12. (CESPE - MPOG ± TÉCNICO ± 2015) São ações e características de um líder alinhado à liderança transformacional: ser carismático, estimular a criatividade, inspirar confiança e propor desafios, além de estimular e motivar seus liderados para superação e desenvolvimento pessoal e no trabalho. Perfeito. O líder alinhado à liderança transformacional deve inspirar seus subordinados, deve leva-los a quebrar barreiras e buscarem a superação no trabalho. Ao contrário GD� OLGHUDQoD� WUDQVDFLRQDO�� TXH� p� EDVHDGD� QR� ³WURFD- WURFD´��D�OLGHUDQoD�WUDQVIRUPDFLRQDO�p�EDVHDGD�QR�FDULVPD�GR�OtGHU�H�QD�VXD� capacidade de fazer sua equipe transcender. O líder transformacional é um agente de mudanças e inovações na organização. O gabarito é questão certa. 13. (CESPE ± PF - ADMINISTRADOR ± 2014) Nas organizações, o líder define-se pela autoridade que lhe é delegada. Negativo! O líder não é definido pelo nível de autoridade delegado pela instituição. Ou seja, o líder não precisa ser um chefe, uma autoridade hierárquica frente seus liderados. Ele pode, ou não, ter essa autoridade delegada. Pode ocorrer de o líder ser apenas um colega de trabalho que tem ascendência perante seus pares. O gabarito é questão errada. Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 72 de 112 14. (CESPE ± MS ± ANALISTA ± 2013) A liderança não está associada a estímulos e incentivos que possam provocar motivação nas pessoas para a realização da missão e dos objetivos organizacionais, visto que tal função é uma atribuição da chefia dos indivíduos. Esta frase está equivocada. O líder pode sim manejar estímulos e incentivos (sejam financeiros ou não) para que seus subordinados fiquem PRWLYDGRV��$OpP�GLVVR��QmR�H[LVWH�HVWD�³VHSDUDomR´�IRUPDO�HQWUH�R�SDSHO� de liderança e o de chefia. Naturalmente, o líder pode ou não ser o chefe formal dos empregados de uma organização. O gabarito é, assim, questão errada. 15. (CESPE ± ANP ± ANALISTA ± 2013) A liderança é um predicado das pessoas, diferentemente da autoridade formal, que é atributo do cargo. Perfeito. Esta é uma questão recorrente nas provas. A liderança não está ligada necessariamente ao papel de chefia. A liderança nasce da pessoa, não do cargo. Existem chefes que não sabem liderar, bem como há líderes que não são chefes. Já a autoridade formal é sim relacionada com um cargo específico. Você tem o poder de mandar em alguém por ocupar um cargo específico. Ao sair dele, você perde esta autoridade. O gabarito é mesmo questão certa. 16. (CESPE ± SERPRO ± ANALISTA ± 2013) De acordo com princípios da gerência colaborativa, os gestores devem abdicar de sua posição de liderança e destiná-la a seus subordinados, a fim de que estes tomem as decisões sobre as mudanças nas organizações. $�JHUrQFLD�FRODERUDWLYD�QmR�HQYROYH�XP�HVWLOR�GH�OLGHUDQoD�³DXVHQWH´� ou também conhecida como liderança liberal. Dentre deste modelo de gestão, o líder continua com poder de decisão, mas envolve seus subordinados na tomada de decisão. O gabarito é questão incorreta. 17. (CESPE ± UNIPAMPA ± ANALISTA ± 2013) O líder autocrático pronuncia comentários irregulares sobre as atividades dos membros da equipe e determina as providencias para a execução das tarefas apenas quando solicitado. Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 73 de 112 O líder autocrático não determina as providências para a execução das tarefas apenas quando solicitado. O líder autocrático centraliza a tomada de decisão! Deste modo, ele detalha para seus subordinados como, TXDQGR�H�R�TXH�FDGD�XP�GHOHV�GHYH�ID]HU��1mR�H[LVWH�HVWD�³OLEHUGDGH´�GH� atuação na liderança autocrática, ok? O gabarito é questão incorreta. 18. (CESPE ± UNIPAMPA ± ANALISTA ± 2013) Emergente é o líder que reúne habilidades para conduzir a equipe a objetivos específicos, porém, nessa situação, a equipe geralmente se desorganiza, o que pode gerar insegurança e atritos entre os membros da equipe. Um líder emergente é aquele que reúne habilidades de liderança independentemente de ocupar um cargo de chefia. Assim, ele reúne estas habilidades para guiar a equipe para os objetivos desejados. Este líder VXUJLULD�³QDWXUDOPHQWH´�GD�LQWHUDomR�HQWUH�RV�PHPEURV�GR�JUXSR� O erro da questão é que este tipo de liderança não gera uma desorganização ou insegurança na equipe, muito pelo contrário. Se o líder emergente foi gerado no próprio grupo, isto significa que as pessoas confiam nesta pessoa, não é verdade? O gabarito é questão errada. 19. (CESPE ± MI ± ASSISTENTE TÉCNICO ± 2013) Nas organizações públicas, lideranças eficazes decorrem diretamente de atribuições regimentais e de uma estrutura organizacional rígida e com muitos níveis hierárquicos. Não necessariamente. As lideranças eficazes podem partir inclusive de pessoas que não detém nenhum cargo formal na instituição. Existem muitos chefes que não sabem liderar, bem como existem líderes que não ocupam cargos de chefia. Além disso, uma estrutura organizacional rígida com muitos níveis hierárquicos pode dificultar o papel da liderança, pois deixa o líder mais ³GLVWDQWH´�GH�VHXV�OLGHUDGRV��2�JDEDULWR�p�TXHVWmR�HUUDGD� 20. (CESPE ± UNIPAMPA ± ANALISTA ± 2013) Para exercer a liderança é necessário que o funcionário tenha habilidade de relacionamento com as equipes e motivação para condução das atividades propostas. Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 74 de 112 Exato. Esta questão é bem intuitiva, pois uma pessoa para ser líder deve ter habilidade para se comunicar e para convencer seus liderados. Sem um bom relacionamento com sua equipe, nenhum líder terá sucesso. Você consegue imaginar um líder que fique só no seu canto calado? Deste modo, o gabarito é mesmo questão certa. 21. (CESPE - ANCINE - ANALISTA ± 2013) A maturidade do líder é a principal característica do modelo de liderança de Hersey & Blanchard, que demonstra as situações enfrentadas pelos subordinados. Esse modelo deve ser analisado em um conjunto de tarefas, a partir das quais é possível enquadrar os líderes em categorias universais, considerando suas competências e motivações. A questão tem uma "pegadinha" logo no seu início: a teoria de Hersey & Blanchard se preocupa com a maturidade do liderado, e não a do líder. Para os DXWRUHV��D�³FKDYH�GR�VXFHVVR´�GD�OLGHUDQoD�HVWi�QD�HVFROKD� correta de um estilo de liderança que esteja adequado ao nível de maturidade dos funcionários. Deste modo, o líder deve tratar de modo distinto funcionários com maturidades diferentes. Portanto, o gabarito é questão errada. 22. (CESPE ± CAPES ± ANALISTA ± 2012) Na liderança do tipo laissez-faire, o líder não define etapas ou métodos de trabalho, apenas fornece materiais ou informações que lhe sejam solicitados. O estilo liberal, também conhecido como HVWLOR� ³HPSREUHFLGR´� GH� liderança, reflete um estilo de liderança em que os subordinados têm muita liberdade para decidir como devem fazer suas atividades. Deste modo, eles podem escolher quais serão as ferramentas que utilizarão, os horários em que estarão trabalhando, etc. Assim, o líder acaba tendo uma atuação de suporte, como descrito pela banca. O gabarito é questão certa. 23. (CESPE ± TJ-ES - ANALISTA ± 2011) Em qualquer situação, o estilo de liderança positiva, participativa e cordial é o mais apropriado. Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícioscomentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 75 de 112 O estilo de liderança deve sempre estar adaptado ao cenário, ao DPELHQWH� TXH� HQFRQWUDPRV�� 1mR� H[LVWH� HVWLOR� ³SHUIHLWR´� SDUD� WRGDV� DV� situações, como a questão quer dizer. Um estilo pode funcionar em um tipo de empresa, com um grupo de pessoas, mas falhar em uma situação diferente, com outras pessoas envolvidas. O trabalho do gestor é o de identificar qual é a situação e utilizar o estilo mais adequado para aquele momento. O gabarito é questão errada. 24. (CESPE ± TJ-ES - ANALISTA ± 2011) De acordo com os estudos clássicos a respeito de estilos de liderança, administrador que conduz seus subordinados por meio de liderança liberal obtém produtividade superior à obtida por aquele que adota liderança autocrática, em razão da criatividade e da inovação geradas. Isto não ocorre, de acordo com a teoria comportamental. O estilo de liderança liberal foi considerado pelos autores como o que trazia o pior resultado prático. O gabarito é questão errada. 25. (CESPE ± CORREIOS / PSICÓLOGO ± 2011) Independentemente de fatores situacionais, líderes voltados ao cumprimento de metas e preocupados com aspectos técnicos das tarefas são mais eficazes que líderes orientados para o relacionamento. Vejam como estas questões se repetem, não é mesmo? Lembrem-se disso: os fatores situacionais são importantes e devem orientar o administrador no momento de escolher a melhor abordagem perante seus subordinados. 2X�VHMD��QmR�H[LVWH�³UHFHLWD�GH�EROR´��1mR�Ki�XP�HVWLOR�GH�OLGHUDQoD� que vá sempre funcionar, independente do momento ou tipo de organização que estamos trabalhando. Líderes focados nas tarefas podem ³GDU� FHUWR´� HP� XPD� HPSUHVD� H� IUDFDVVDU� HP� RXWUDV� RUJDQL]Do}HV�� 2� gabarito é questão errada. (CESPE ± PREVIC / ANAL. ADM. ± 2011) No contexto das organizações, pesquisadores ligados ao estudo da liderança situacional têm apresentado diversas propostas de modelos para serem aplicados em instituições. Um desses modelos baseia-se em três aspectos inter-relacionados: o comportamento de tarefa, o comportamento de relacionamento e a maturidade dos subordinados. Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem, referentes à liderança situacional. Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 76 de 112 26. A maturidade de um grupo ou de um liderado deve ser considerada globalmente, e não somente em relação à tarefa específica a ser realizada. Não basta o funcionário ter maturidade psicológica, por exemplo. Ele pode ter vinte anos de experiência em outras áreas da empresa, muita segurança e equilíbrio emocional, mas não conhecer nada da atividade atual. Isto é comum de ocorrer quando um funcionário experiente é transferido para um novo setor. Ele terá de se adaptar ao novo trabalho, não é mesmo? O gabarito é, portanto, questão incorreta. 27. Consideram-se comportamento de tarefa o apoio socioemocional e o encorajamento dado pelo líder. Negativo. De acordo com a liderança situacional, o comportamento voltado para os relacionamentos é que seriam relacionados com estes fatores citados pela banca. O comportamento de tarefa seria voltado para o atingimento dos objetivos organizacionais, com a finalização dentro do prazo das atividades. O gabarito é questão errada. 28. (CESPE ± ANATEL/ANALISTA ADMINISTRATIVO ± 2009) A teoria da liderança situacional procura definir qual estilo de liderança se ajusta melhor a cada situação organizacional. Para atingir-se esse propósito, deve-se, preliminarmente, diagnosticar a situação existente. Exato. De acordo com a liderança situacional, temos de diagnosticar o contexto para definirmos como devemos atuar. O gabarito é questão correta. 29. (CESPE ± CETURB-ES/ADMINISTRADOR ± 2010) O monge defende que a base da liderança não é o poder, e, sim, a autoridade, conquistada com amor, dedicação e sacrifício. Afirma, ainda, que respeito, responsabilidade e cuidado com as pessoas são virtudes indispensáveis a um grande líder. Ou seja, para liderar é preciso estar disposto a servir. James C. Hunter. O Monge e o executivo. Rio de Janeiro: Sextante, 2004, contracapa (com adaptações). Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 77 de 112 No que concerne a liderança, julgue os próximos itens. (ADAPTADA) O líder transacional é o personagem inspirador que recompensa seus liderados com o prestígio de pertencer a determinado grupo na organização. O personagem inspirador seria o líder transformacional, e não o transacional! A liderança transacional está ligada a ideia de um negócio, ou uma troca, entre líderes e subordinados. Um entra com o desempenho e o outro com as recompensas. O gabarito é questão errada. 30. (CESPE ± BASA / ADMINISTRAÇÃO ± 2010) Na atualidade, inexiste situação que comporte a aplicação da liderança autocrática no âmbito de uma organização, pois essa é uma teoria sem aplicabilidade prática. A liderança autocrática tem sim aplicabilidade prática. Existem diversas situações em que a liderança democrática ou a liderança liberal não funcionam, como casos em que não temos tempo para tomar uma decisão, por exemplo. Quem já serviu ao Exército, por exemplo, sabe que o estilo de liderança nas forças armadas não é o democrático, não é mesmo? O gabarito é questão errada. 31. (CESPE ± ABIN / OFICIAL TÉCNICO ± 2010) Em organizações formais contemporâneas, os dirigentes ocupam posição em uma hierarquia regida por normas impessoais. A autoridade formal concedida a esses dirigentes não garante a liderança e a condução de pessoas. Perfeito! O fato de uma pessoa estar ocupando um cargo não é garantia de um papel de liderança. O gabarito é questão correta. 32. (CESPE ± MPS - ADMINISTRADOR ± 2010) O estilo de liderança adotado por uma organização influi direta e indiretamente em seus resultados. No caso da liderança orientada para tarefas, a autocracia e o autoritarismo são características marcantes. Já no estilo de liderança voltado para as pessoas, as características são democracia e participação dos funcionários. Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 78 de 112 Esta frase descreve bem os estudos de Michigan sobre liderança, dividindo os líderes em: líderes centrados em tarefas (preocupados com a produção, aspectos técnicos relativos à tarefa, prazos e custos baixos de produção) e líderes centrados nas pessoas (preocupados com as relações interpessoais e as necessidades dos funcionários). O gabarito é questão certa. 33. (CESPE ± UNIPAMPA/ ADMINISTRADOR ± 2009) Caso o administrador adote uma liderança liberal, as questões serão debatidas e decididas pelo grupo. O estilo de liderança onde as questões são debatidas e decididas pelo grupo é o democrático, e não o liberal (ou laissez-faire). No estilo liberal o líder dá liberdade total para o subordinado decidir como quiser. O gabarito é questão incorreta. 34. (CESPE ± UNIPAMPA/ ADMINISTRADOR ± 2009) Se desejar valorizar do mesmo modo os cargos e funções com perfil técnico ou gerencial, o administrador deverá adotar a carreira em Y, pois, desse modo, os empregados receberão remuneração e status proporcionais ao nível em que se encontrem. A carreira em Y foi uma maneira de criar uma alternativa à carreira executiva para que as empresas não perdessem seus quadros técnicos (seja para a concorrência ou para que deixassem a área técnica para a área administrativa). Desta forma, se a empresa tem um funcionário que é um excelente desenvolvedorde software, por exemplo, ele pode continuar a crescer profissionalmente na carreira de técnico, ao invés de ter de se tornar um gerente para poder ser mais bem remunerado. O gabarito é questão correta. 35. (CESPE ± ANATEL/ANALISTA ADMINISTRATIVO ± 2009) A teoria da liderança situacional procura definir qual estilo de liderança se ajusta melhor a cada situação organizacional. Para atingir-se esse propósito, deve-se, preliminarmente, diagnosticar a situação existente. Perfeito. Esta é uma definição correta da liderança situacional. O gabarito é questão correta. Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 79 de 112 36. (CESPE ± TRT-17 / PSICOLOGIA ± 2009) Liderança é definida como a influência exercida por aqueles que possuem autoridade formal na organização. Pegadinha na área! Como já vimos, não é sempre que o chefe (quem tem autoridade formal) será o líder de um grupo. A liderança não é necessariamente realizada por este chefe, pois ele pode não ter perfil para isto, por não dar atenção a este fator, dentre outros motivos. O gabarito é mesmo questão errada. 37. (CESPE ± HEMOBRÁS/ ADMINISTRADOR ± 2008) O exercício pleno da liderança depende da ocupação de cargo de chefia pelo líder. Como vimos, nem sempre o líder é o ocupante do cargo de chefia. Muitas vezes quem acaba liderando é um colega mais experiente, mais comunicador e respeitado. Portanto, o gabarito é questão errada. 38. (CESPE ± MIN. ESPORTE - ADMINISTRADOR ± 2008) No trabalho em equipe, o estilo de liderança democrático, por compartilhar o processo decisório, contribui para o aumento da motivação dos membros da equipe. Beleza. O estilo democrático leva a uma maior motivação dos funcionários, pois eles passam a se sentir responsáveis pela decisão tomada, tendo assim maior motivação para que a mesma tenha sucesso. O gabarito é questão correta. 39. (CESPE ± DFTRANS / ADMINISTRADOR ± 2008) A liderança autocrática tem como foco a automatização dos processos de trabalho e o compartilhamento das decisões com os membros da equipe. Frase totalmente equivocada! O estilo de liderança autocrática não tem como foco a automatização dos processos de trabalho, muito menos o compartilhamento das decisões com os membros da equipe (característica do estilo democrático). O gabarito é questão errada. 40. (CESPE ± MTE / ADMINISTRAÇÃO ± 2008) O managerial grid (grade gerencial) proposto por Blake e Mouton pressupõe que o administrador deva se preocupar apenas com os resultados. Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 80 de 112 O grid (ou grade) gerencial de Blake e Mouton mostra uma relação entre duas variáveis na liderança: o enfoque em pessoas e o enfoque na produção. Para os autores a melhor situação seria uma alta preocupação com os dois fatores (produção e pessoas). Dessa maneira, o gabarito é questão incorreta. 41. (CESPE ± PETROBRÁS / ADMINISTRADOR ± 2007) O líder autocrático é aquele que delega a autoridade e encoraja a participação dos membros da equipe. O estilo de liderança no qual o líder delega autoridade e encoraja a participação dos subordinados é o democrático, e não o autocrático. Vejam que estas questões se repetem! O estilo democrático pode ainda ser consultivo (o líder pede a opinião, mas decide sozinho) ou participativo (o líder permite a participação não só com opiniões, mas na própria decisão). O gabarito é questão errada. 42. (CESPE ± PETROBRÁS / ADMINISTRADOR ± 2007) Identifica-se o estilo de liderança diretivo quando o líder explica aos demais membros quais são as tarefas deles e como devem executá-las. O estilo de liderança autocrático é também chamado de diretivo! Neste estilo o líder centraliza as decisões e informa aos subordinados a decisão tomada (afinal ninguém deveria ter de adivinhar o que deve ser feito). O gabarito é questão certa. 43. (CESPE ± ANVISA ± TÉCNICO ± 2016) É recomendável instituir programas motivacionais padronizados e permanentes nas organizações para estimular a motivação dos empregados. Negativo. As teorias modernas de motivação indicam que as pessoas são motivadas por diferentes fatores e cada um deveria ser analisado de modo individual. Assim, programas motivacionais padronizados não seriam efetivos. O gabarito é questão errada. 44. (CESPE ± DPU - AGENTE ADMINISTRATIVO ± 2016) A equidade interna e externa é importante fator de motivação dos empregados de uma organização. Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 83 de 112 Já os fatores higiênicos influenciam a insatisfação, ou seja, podem gerar insatisfação se forem negativos, mas não geram satisfação se forem positivos! Dentre estes fatores estão relacionados: condições de trabalho, remuneração, segurança, relações pessoais, políticas da empresa e supervisão. Portanto, no caso da organização que forneça bons salários, boas condições de trabalho e segurança, ela pode gerar um ambiente harmônico, mas não necessariamente um ambiente altamente motivador. O gabarito seria, portanto, questão certa. 47. (CESPE ± TRE-GO ± ANALISTA ± 2015) Caso se busque motivar um colaborador que tenha alta necessidade de realização nos termos propostos pela teoria das necessidades adquiridas, deve- se considerar que pessoas com essa característica preferem trabalhar sozinhas. De acordo com McClelland, a motivação é relacionada com a satisfação de certas necessidades adquiridas dos indivíduos. Para ele, estas necessidades seriam três73: ¾ Necessidade de afiliação ± relativas ao desejo de ter bons relacionamentos e amizades; ¾ Necessidade de poder ± ligadas ao controle e a influência de outras pessoas e em relação aos destinos da organização, e; ¾ Necessidade de realização ± ligada aos desejos de sucesso, de fazer bem algum trabalho, de se diferenciar dos outros. Para o autor, os indivíduos que tenham uma alta necessidade de realização deveriam trabalhar com tarefas em que não necessitassem do trabalho dos outros. Assim, essas pessoas só dependeriam de si mesmas e poderiam ³DSDUHFHU´� RX� ³PRVWUDU� VHUYLoR´� VR]LQKDV�� 'HVVH� PRGR�� R� JDEDULWR� p� questão certa. 48. (CESPE - STJ ± TÉCNICO ± 2015) A escassez de recursos no setor público tende a conferir importância ao papel do líder na motivação do servidor. O gestor público não dispõe de muitas ferramentas e recursos comuns no setor privado para motivar seus funcionários, como: prêmios, bonificações, viagens etc. 73 (Robbins, Organizational Behavior, 2004) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 84 de 112 Portanto, deve conhecer outros elementos motivadores para incentivar seus colaboradores. Se não dispõe de recursos para oferecer aos trabalhadores, deve envolve-los de outra forma, como oferecer reconhecimento do trabalho bem feito, passar um trabalho que envolva a possibilidade de aprendizado, dentre outros aspectos. O gabarito é questão certa. 49. (CESPE - TCU ± TÉCNICO ± 2015) Os indivíduos com elevada autoeficácia prescindem da participação em programas de treinamento e desenvolvimento. A Teoria do Estabelecimento de Objetivos (ou Teoria da Autoeficácia) de Locke74 indica que a intenção de atingir um objetivo é um grande fator motivador. Para ele, se nós realmente acreditamos em nossa habilidade de realizar uma tarefa, tenderemos a nos motivar e conseguir melhores resultados. Entretanto, a teoria não diznada em relação às pessoas com alta autoeficácia prescindirem (ou seja, não necessitarem) de programas de treinamento e desenvolvimento. Naturalmente, a capacitação é importante para todos os membros de uma organização. O gabarito é questão errada. 50. (CESPE - DEPEN ± AGENTE ± 2015) De acordo com a teoria motivacional do estabelecimento de objetivos, pessoas orientadas por gestores que adotam estilos mais participativos de liderança e de gestão apresentam melhor desempenho profissional, já que elas trabalham com objetivos claros, específicos e desafiadores e recebem feedbacks gerenciais. A teoria do estabelecimento dos objetivos (também conhecida como teoria da autoeficácia) diz que os indivíduos tendem a desempenhar melhor suas funções quando têm metas desafiadores e confiam que alcançarão as metas. Para motivar um colaborador através desta teoria, o líder ou gestor deveria desenvolver um estilo mais participativo com sua equipe, estabelecendo metas e objetivos claros e desafiadores e, além disso, deve IRUQHFHU�FRQWLQXDPHQWH�XP�³IHHGEDFN´�GRV�VHXV�UHVXOWDGRV��'HVWD�IRUPD�� o gabarito é mesmo questão certa. 74 (Locke, 1968) apud (Robbins, Organizational Behavior, 2004) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 85 de 112 51. (CESPE - DEPEN ± AGENTE ± 2015) A motivação no trabalho caracteriza-se pelo esforço despendido pelo indivíduo para cumprir objetivos e metas previamente estipulados, ainda que dificuldades e obstáculos afetem seu desempenho profissional por um breve período. De acordo com Robbins75, ³A motivação é a vontade de exercer altos níveis de esforço para alcançar os objetivos organizacionais. ´ Deste modo, a motivação envolve sim uma vontade de esforço para alcançar algum objetivo estabelecido, mesmo que este seja difícil. O gabarito é mesmo questão correta. 52. (CESPE - ANATEL ± ANALISTA ± 2014) Os construtos da teoria da expectância de Vroom podem ser representados da seguinte forma: um indivíduo deseja uma promoção (instrumentalidade² grau de atração), passa a estender o seu horário de trabalho (valência ² visualização da relação entre a ação e a obtenção do resultado), pois acredita que, assim, poderá ser promovido (expectância ² antecipação dos resultados e probabilidade subjetiva). Para Vroom, a motivação depende de três fatores: a valência, a instrumentalidade e a expectativa. Pegando o caso citado pela banca, podemos ver abaixo: 1. Um indivíduo deseja a promoção ± se ele deseja a promoção, isso significa que a proposta da empresa é interessante para ele. Isso é valência; 2. Passa a estender seu horário de trabalho ± para alcançar seu objetivo (ser promovido), ele deve se esforçar mais. Isso é instrumentalidade; 3. Acredita que, assim, poderá ser promovido ± a probabilidade ou chance que ele tem de ser promovido é a sua expectativa. Desta forma, vejam que a banca trocou o conceito de valência com o da instrumentalidade no enunciado. Por isso, o gabarito é questão errada. 53. (CESPE ± MI ± ASSISTENTE TÉCNICO ± 2013) Embora a motivação enseje empenho no trabalho, o desempenho 75 (Robbins & Coulter, Administração, 1998) Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 86 de 112 individual também depende da presença de habilidades relevantes para o trabalho e de fatores contextuais, tais como o apoio da organização. Perfeito. Prestem atenção, pois esta é uma questão recorrente nas provas. A motivação é um dos aspectos mais importantes para que um profissional alcance um bom desempenho. Entretanto, a motivação é um fator necessário, mas não suficiente. Ou seja, não basta o empregado estar motivado para que alcance o resultado desejado. Também é importante que ele domine as técnicas e ferramentas do trabalho. Ele precisa, assim, ter os conhecimentos e habilidades necessários para executar o trabalho. Além disso, precisa ter o apoio da organização e de seu chefe para que possa fazer o trabalho. Desta forma, o gabarito é mesmo questão certa. 54. (CESPE ± TRT-10 ± TÉCNICO ± 2013) O desempenho humano no trabalho está relacionado a motivação, conhecimentos, habilidades e atitudes, bem como à existência de suporte organizacional para que as atividades, tarefas e responsabilidades sejam realizadas de maneira adequada e conforme os padrões esperados. O desempenho dos profissionais de uma organização é mesmo o resultado de um conjunto de fatores. Um dos mais importantes é a motivação do indivíduo para o trabalho. Mas só isso não basta! Esta pessoa deve dominar os conhecimentos e habilidades necessários para que possa executar bem o trabalho. Além disso, a instituição deve proporcionar o devido suporte para que o desempenho seja o melhor possível. Sem materiais adequados, boas condições de trabalho e uma liderança eficaz, fica difícil alcançar os resultados. O gabarito é mesmo questão certa. 55. (CESPE ± TRT-10 ± ANALISTA ± 2013) A motivação para o trabalho, sob o enfoque das necessidades humanas, é resultado do quanto a pessoa se percebe capaz de realizar uma determinada tarefa de forma autônoma e exemplar. Esta questão faz uma bagunça geral nas teorias de motivação. O enfoque das necessidades humanas foi trabalhado por Maslow, dentre outros, que indicou que estas influenciariam a motivação e que existiria uma hierarquia destas necessidades. Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 15 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 87 de 112 -i�R�ILQDO�GD�IUDVH�WHP�XP�WUHFKR�TXH�GL]��³p�UHVXOWDGR�GR�TXDQWR�D� pessoa se percebe capaz de realizar uma determinada tarefa de forma DXW{QRPD�H�H[HPSODU´��(VWH�FRQFHLWR�GH�TXH�D�SUySULD�SHUFHSomR�VREUH�VXD� capacidade afeta a motivação está relacionado com a Teoria da Autoeficácia, não da Teoria da Hierarquia das Necessidades. O gabarito é mesmo questão errada. 56. (CESPE ± ANCINE ± TÉCNICO ± 2012) O desempenho humano, resultado da motivação e das competências para a realização do trabalho, está relacionado à inexistência ou pouca incidência de obstáculos contextuais. Apesar da redação meio confusa, a questão está certa. O desempenho no trabalho depende da motivação do funcionário, de seus conhecimentos e habilidades, além do suporte da empresa em que trabalha. Desta maneira, o suporte da instituição criaria um ambiente sem obstáculos, sem barreiras que impossibilitassem um bom desempenho por parte do empregado. Por exemplo, não faltariam materiais ou energia elétrica no ambiente de trabalho. O gabarito é mesmo questão certa. 57. (CESPE ± ANP ± ANALISTA ± 2013) A teoria de McClelland propõe que o gestor atenda às necessidades de realização, afiliação ou poder dos seus colaboradores. A Teoria de McClelland está relacionada com as necessidades adquiridas das pessoas. Para esta teoria, existem três tipos de necessidades mais importantes: as necessidades de realização (atingir objetivos), as necessidades de poder (controlar, decidir e influenciar) e as necessidades de afiliação (ter amizades). Naturalmente, cada pessoa tem estas necessidades em diferentes graus de importância, mas um bom gestor deveria buscar atender cada uma destas necessidades. O gabarito é mesmo questão certa. 58. (CESPE ± MPE-PI ± ANALISTA ± 2012) As intervenções que busquem agregar aspectos motivacionais extrínsecos tendem a ser eficazes para a manutenção da motivação dos indivíduos com forte necessidade de realização. $�TXHVWmR�WHP�XPD�³SHJDGLQKD´�FRPXP��2V�DVSHFWRV�H[WUtQVHFRV�VmR� DTXHOHV� GH� ³IRUD´�� 4XDQGR� XPD�
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